The Last Time escrita por Ana


Capítulo 6
Seis


Notas iniciais do capítulo

Olá meu povo! Esse capítulo não tá muito grande, mas está satisfatório e espero que vocês gostem. Qualquer erro de português, algum nome escrito errado me falem, por favor.



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Quando a porta fechou-se atrás de ambos, ele a soltou finalmente. Seu pulso doía e a garota o esfregava tentando fazer com que não ficasse vermelho. Olhou para Draco ao seu lado com um misto de ódio e ressentimento, que formavam apenas um sentimento: desprezo.

Agora sinceramente, não entendia como pudera gostar tanto de uma pessoa desprezível, era tão relativo o que sentia agora.

Malfoy andou a sua frente, esperando que ela o seguisse. Passaram por pilhas de livros, alguns moveis empilhados e coisas velhas de todos os tipos até que parassem em frente a um móvel preto, coberto por um tecido azul. Quando o puxou, uma nuvem de poeira se instalou no ar, fazendo com que Corine tossisse o bastante para colocar seus pulmões para fora.

Parecia-se com um guarda-roupa antigo, mas tinha certeza que não era apenas isso. Olhou com atenção todos os detalhes do móvel em questão e então se virou para Draco.

– O que vai fazer?

– Você vai ver.

Retirou de seu bolso uma maçã, colocara dentro do armário em questão e o fechara em seguida. Fechou os olhos e disse palavras em sussurros algumas vezes e então se afastou.

– Isso é um armário sumidouro. Ele tem um par – respondeu, observando-a – E por saber de tudo isso, eu vou te observar em todos os lugares e vou estar por perto também.

– Pra que eu não abra a boca e conte pro Potter o que você anda fazendo.

– Potter não me assusta, ele é um garoto assustado que se esconde na barra das saias de Dumbledore – respondeu com desdém.

– Já ouvi isso antes – lembrou-se de Violet. Perguntou-se se ela sabia o que Draco era e se não estava junto com ele em toda essa história.

– Só quero que fique ciente, sua vadiazinha, de que não gosto de você. Quero que fique sabendo de que se falar algo sobre o que aconteceu hoje, sobre o que eu faço ou qualquer coisa sobre o que viu ou ouviu, sua vida valerá muito menos do que já vale para mim. Valerá muito menos que a vida de um rato qualquer da Travessa do Tranco. Não estou brincando.

Corine queria rir, seu medo era grande, mas não conseguia realmente associar que o que ouvira, o que vira e tudo que sabia agora era realmente real. Apenas assentiu e observou Draco abrir o armário mais uma vez e retirar a fruta mordida de dentro, olhando-a. Seus olhos estavam marejados, ela sabia que ele também sentia medo, tanto quanto ela. Porém tomava conhecimento de que aquilo era muito mais perigoso para ele do que para ela, ou estaria enganada novamente. Era uma marionete nas mãos de Draco agora, estava conectada a ele por um segredo quase mortal, tudo que sempre quisera e agora do que mais queria se esquivar.

– Me pergunto como pude gostar de você por tanto tempo – ela sussurrou, observando-o.

– Porque você é uma criança – ele sorriu de canto com puro desprezo – E acha que tudo vai acontecer conforme planejou. No fundo da sua mente você sempre pensou que eu olharia pra você, mesmo quando eu te desprezava, e ainda desprezo para não perder o costume.

– Eu sei a quão estúpida eu pareço agora, Draco. Mas na realidade a maior estupidez de todas foi a sua, achando que tem poder sobre mim.

– Quando ficou tão corajosa? – ele se aproximou dela rapidamente, seu rosto estava próximo do seu. Podia sentir a respiração de Malfoy bater contra suas bochechas, quente e acelerada.

– Não estou sendo corajosa. Estou sendo realista. Posso sair daqui nesse exato momento e contar tudo que sei para Alvo Dumbledore, acabar com seu disfarce, qualquer que seja seu plano e te ver desmoronar, juntamente com sua família envergonhada – ela respondeu sem vacilar em seu tom – Mas você sabe exatamente porque não vou fazer isso.

– Eu tenho toda certeza que não fará isso – ele passou os olhos por todo seu rosto, levando sua mão ao seu cabelo e aproximando seu lábio do de Corine gentilmente. Seu hálito era agradável e ela sentiu seus joelhos fraquejarem em sua tarefa de sustentá-la de pé – Porque você é uma tola – seu tom havia diminuído e agora era próximo de um sussurro – Porque ainda acredita nos seus sonhos de garota, vaga pelas suas fantasias – Draco afastou os fios escuros dos cabelos de Corine e passou seus lábios macios em toda a extensão do pescoço da garota, fazendo-a arquejar em um suspiro rápido e aproximou sua boca de seu ouvido – Porque você é idiota o bastante pra me amar.

Corine não tinha palavras para responder, afinal Draco tinha toda a razão. Não contaria a ninguém porque o amava, não diria nada a ninguém porque ela via nisso uma chance de finalmente os dois se aproximarem. Era uma criança esperançosa, ela sabia, era toda e fútil ao levar uma situação séria como uma abertura para o coração de Draco, mas não havia outra saída. Havia absoluta certeza de que ela morreria se falasse algo, mas não pelas mãos de Malfoy e sim de algo maior. Por mais esse motivo deveria se assegurar de não contar nada a ninguém.

– Agora – ele voltou a falar, afastando-se e pegando o pano que antes cobria o armário em suas mãos – Vamos sair daqui e você não vai dizer nada, já combinamos. Você vai pra sua rotininha normal com aquela sua amiga Lufana e também não vai dizer exatamente nada pra ela. Você também conhece os riscos.

– Não tenho medo de você Draco.

– E não sou eu quem deve temer Corine – ele arrumou as mangas de seu terno novamente e passou por ela sem mais nenhuma palavra.

Ficou parada por algum tempo enquanto via Draco se perder em meio aos objetos da sala. Tentava assimilar tudo aquilo que sabia agora, mas era algo impossível.

Poderia parecer impossível que alguém pudesse ver um lado positivo em toda aquela situação, porém Corine conseguia. Acha que aquilo levaria Malfoy a amá-la, a desejá-la. Era tão ridícula tal ideia que sorriu com os olhos perdidos no nada e então seguiu o garoto por onde ele havia partido deixando pra trás tudo que sabia escondido juntamente com os passados materiais empoeirados daquela sala.


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