Blind escrita por AnneBlack


Capítulo 10
Visitante problemática




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– Rebekah? – gritou Klaus.

Caroline cobriu-se rapidamente com o lençol e empurrou Klaus para o outro lado da cama, o rosto dela ficou em um tom horrível de vermelho. Rebekah os pegara no flagra.

– Pelo menos reconhece minha voz. – Rebekah sentou-se elegantemente na poltrona do quarto.

Klaus estava nu e não se incomodou em procurar pela cueca no quarto, ele colocou a cueca e fitou Rebekah com curiosidade.

– O que está fazendo aqui? Achei que estava vivendo sua vida humana.

– Eu descobri que é muito chato passar muitas vezes pelo ensino médio, depois faculdade e não posso ficar na mesma cidade por muito tempo.

A loira suspirou e deu de ombros, como se tudo isso fosse muito entediante.

– Isso não explica você entrar na minha casa e interromper.

Rebekah riu.

– Sua namorada está se escondendo embaixo do lençol. Olá Caroline.

Caroline suspirou e ficou sentada na cama apenas com o lençol cobrindo seu corpo. Em nada adiantaria fugir dela, hora ou outra elas teriam que ficar frente a frente, principalmente porque Rebekah não parecia ter pretensão de sair da casa de Klaus.

– O que você quer aqui Rebekah?

– Olha só, falando como a dona da casa. – Caroline revirou os olhos e Rebekah continuou. – Eu vim para cá porque essa é e sempre foi a cidade do meu irmão.

– Bem vinda. – disse Klaus secamente. – Agora pode ir embora?

– Não. Quero conversar com você. – Rebekah levantou-se e jogou os cabelos loiros para trás. – Com roupas de preferencia.

Ela saiu do quarto e deixou os dois a sós. Caroline estava vermelha de raiva e de vergonha, ela não queria acreditar que havia se entregado tão fácil a Klaus.

– Agora sua irmã vai morar aqui também. Ótimo.

– E você achando que a casa estava vazia.

– Vou tomar banho enquanto você atende sua querida irmã.

Caroline estava se sentindo quase em casa, pelo menos a dor parou em sua alma parou. Enquanto ela ligava o chuveiro, pensou no que aconteceu com entre ela e Klaus.

Tudo estava tão normal entre eles e de repente aquele desejo insuportável tomou conta dela e ela entregou-se, ela implorou para ter seu desejo realizado, mas graças a Rebekah isso não se concretizou.

Ela não sabia se era bom ou ruim.

Na sala de estar, Rebekah esperava por Klaus. Ela serviu duas doses de whisky, uma para ela e outra para Klaus, o irmão desceu alguns minutos depois, abotoando uma camisa.

Klaus pegou a dose de whisky e sentou-se de frente para a irmã no sofá.

– O que quer?

– Quero voltar para casa. Em Nova Orleans eu posso trabalhar em vários lugares, você domina essa cidade.

– Você quer ficar. – ele deu de ombros. – Fique o tempo que quiser, mas não nessa casa.

Rebekah revirou os olhos.

– Por que? Quer ficar com Caroline brincando de casinha? – ela riu. – Até quando pretende levar isso?

– Não é da sua conta.

– Eu sei a verdade. Está ligado a ela e conhecendo a loira aguada, ela provavelmente quer quebrar a ligação e você está fazendo que não sabe de nada.

Klaus segurou firme no braço de Rebekah e olhou a irmã nos olhos, olhos iguais aos dele.

– Não é da sua conta. – ele repetiu entre dentes. – Se quer viver nessa cidade, viva longe daqui.

Ela soltou seu braço e deu as costas para o irmão, sem falar mais nada. Rebekah não iria ficar e ver seu irmão se derreter por alguém que nunca o amaria, Caroline não era capaz de perdão e talvez Klaus não o merecesse.

– Ela já foi? – perguntou Caroline.

Klaus virou-se para vê-la descendo as escadas, completamente a vontade com o cabelo molhado e um pijama leve. Ela sentou-se no sofá enquanto Klaus sorriu.

– O que? – ela perguntou.

– Nada. – disse Klaus. – Eu gosto de ver você assim, tão a vontade. Quero que se sinta em casa.

– Obrigada.

– Sim. Rebekah foi embora, vai continuar na cidade, mas muito longe de nós.

– Espero que ela não cause problemas.

Klaus apenas suspirou, se tratando de Rebekah e sua mania de querer ser humana, ela iria causar problemas e rapidamente.

O celular de Caroline tocou e ela atendeu.

– Alô?

– Caroline?

– Sim.

– Sou eu, Drew, sua chefa.

Droga.

– Eu sinto muito por não ter ido trabalhar eu estou com muitos problemas.

– Não, não. Tudo bem. Você não precisa mais vir, esse estabelecimento não precisa de funcionarias como você. Está demitida.

– Droga.

– Que foi? – perguntou Klaus.

– Era minha ex chefe. – disse Caroline. – Ela me demitiu. Disse que não precisa de alguém como eu.

– Se você quiser esse emprego eu posso consegui-lo de volta.

Caroline sorriu.

– Obrigada, mas prefiro que Drew fique inteira e o emprego nem era tão bom assim.

– Vai procurar algum emprego agora?

– Não. Eu acho que prefiro ficar e me acostumar com essa situação.

Foi incrivelmente fácil se acostumar com a situação. Klaus a tratava como uma princesa e sua casa era um castelo, ela tinha todas as mordomias que jamais teve, mas que em sua vida de humana adolescente sempre quis ter.

De manhã ela ia para a piscina tomar sol, sempre tinha alguém para fazer comida e os freezers eram cheios de bolsas de sangue fresco. Ela olhava televisão, lia os livros de Klaus e o via desenhar horas a fio.

Klaus era ótima companhia. Ele conhecia o mundo todo e tinha muitas histórias para contar e de vez em quando eles saiam para a noite de Nova Orleans, semanas viraram meses rapidamente.

Enquanto o tempo passava, Elena e Bonnie mandavam SMS para saber noticias, mas quase nunca achavam nada relevante sobre a ligação e Caroline nem se lembrava de que ela existia.

A vida ao lado de Klaus era ótima e ela gostava da companhia dele, até mesmo dormia com ele na mesma cama. Ele nunca forçou o sexo, mas cada poro do corpo dele ansiava por ela.

Não que ela fosse puritana, mas transar com aquele que foi seu pior inimigo exigia certa frieza, frieza essa que ela ainda não tinha.

Era madrugada e Caroline dormia na cama de Klaus quando sentiu ele se levantar.

– Onde você vai tão tarde? – ela perguntou sonolenta.

– Recebi uma ligação de Maicon. Rebekah causou problemas.

– Depois de todo esse tempo e agora que ela apronta?!

– Rebekah é imprevisível.

Klaus vestiu-se rapidamente, beijou Caroline e foi ao encontro de sua irmã.


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