Everything Has Changed escrita por Anne Atten


Capítulo 62
Capítulo 62


Notas iniciais do capítulo

Não me matem pelo meu sumiçoooo, estou de voltaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!
Durante as férias eu fiquei vendo série e lendo, e estava totalmente sem inspiração, mas ela chegou!!!! Mas agora já estou em aula, vou postar sempre que puder, prometo!
Tá um pouco curto, mas o próximo capítulo vai ser fofinho e PROMETO que terá cute moments de Thodya ♥
Boa leituraaa!!!



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Depois daquele beijo, daquele abraço, depois de todas aquelas coisas doidas, o Peter me soltou e sorriu pra mim tão lindamente que eu não consegui não sorrir.
Ele segura minhas duas mãos e continuamos frente a frente.
—Bom, isso não estava nos meus planos... – diz ele sincero e ri. –Mas que bom que aconteceu. Eu já estava querendo fazer isso a um bom tempo, mas você sabe como eu sou... – ele aperta minhas mãos de leve. –Sou um covarde quando o assunto é você.
Solto uma risada, sentindo as bochechas corarem.
—E bom... eu estava bem nervoso, pra falar a verdade, já que nunca nos beijamos de verdade antes. Eu não sabia se era certo, se era errado, se você queria, se não queria... – ele fica meio vermelho. –Nem sei porque eu estou falando tudo isso, desculpa.
Balanço a cabeça, como se dissesse que não tem problema.
—Eu não sei o que deu em mim pra ir pra cima de você daquele jeito. – falo e ele dá risada, fico vermelha e ele solta minhas mãos, ficando do meu lado e colocando o braço ao redor dos meus ombros. –Eu só olhei e quis tanto fazer aquilo, que não pensei duas vezes.
—Que bom que não pensou duas vezes, se não ia desistir. – fale ele e dou um tapinha nele de brincadeira. –Se bem que ninguém consegue resistir ao meu charme. – o Peter ergue o queixo, em tom superior e não consigo não rir.
Continuamos andando desse jeito, dessa vez em silêncio.
—Pra onde a gente tá indo? – pergunto depois de certo tempo.
Olho pro seu rosto e vejo-o levantar uma sobrancelha.
—Não tenho nem ideia.
O Peter me puxa pra ele e me dá outro beijo, tão bom, se não melhor, que o primeiro e coloco as mãos em seu peito, sentindo o coração dele tão acelerado quanto o meu. Nos separamos e ficamos com as testas coladas.
—Katherin, eu tenho algo pra te falar. Eu...
Mas exatamente nesse instante meu celular começa a tocar loucamente e eu até me assusto, atendendo em seguida. É minha mãe.
—Alô?
Katherin, cadê você?
—To com o Peter mãe. – respondo. –Eu te disse que ia sair com ele.
Ah, tinha esquecido. — ouço um tom de preocupação em sua voz. –Sua avó chegou a pouco tempo e você não está em casa, vem já pra cá.
Tinha esquecido completamente da minha avó! Ela mora no Canadá e vem nos visitar, mas geralmente as visitas dela não são tipo, umas semanas, provavelmente ela vai ficar até o Natal ou sei lá. Minha avó tem uns parafusos a menos, vai entender.
—Tá certo, já vou. – falo e desligo. -Peter, eu tenho que ir pra casa, minha avó chegou. – ele assente e liga pro Tavares, o taxista.
Entramos no carro e vou direto pra casa. Peter me acompanha até a porta.
—Posso te dar um beijo de boa noite? – pergunta ele acariciando meu rosto.
Fico de costas pra porta e sorrio, ele também sorri e mal começa o beijo e alguém abre a porta. Quase caio pra trás já que estava apoiada nela e me deparo com a minha avó, olhando pra mim e o Peter. Tanto eu quanto ele ficamos vermelhos.
—Sua mãe não disse que estava namorando. – diz ela analisando o Peter.
Alguém me salva!
—Ahn, oi vó. – falo totalmente desconcertada e olho pro Peter. –Peter, essa é minha avó. Vó, esse é o Peter, um amigo.
Ele dá um aceno.
—Não vai chama-lo pra entrar? – pergunta minha avó com um sorriso.
Antes que eu tenha a chance de responder, ele mesmo se pronuncia.
—Eu tenho que ir, na verdade. Minha mãe já ligou. – é mentira, mas que bom que ele faz isso, porque estou morrendo de vergonha. –Nos vemos amanhã. – fala ele e me dá um beijo na bochecha, logo ele sai meio que correndo pro carro. Eu até riria do desespero dele, mas eu estou no mesmo estado, então não posso dizer nada.
Entro em casa e fecho a porta, logo dando um abraço na minha avó, ao mesmo tempo que quero matá-la por me matar de vergonha.
—Amigo? – diz ela rindo. –Sei bem que é amigo!
Meu rosto esquenta de novo.
—Vó!
Ela passa o braço sobre meus ombros.
—É um rapaz bonito, educado, parece ser boa família. – dou risada com tudo que ela fala.
A Katie logo chega e chama nós duas pra irmos comer, aparentemente elas estavam me esperando. Meu pai me dá um beijo na bochecha e logo começamos a refeição.
Enquanto como meus pensamentos se dividem entre o beijo do Peter e entre resolver a situação criada pelo Thomas e pela Lydia. Nunca vi tão complicados, mas pretendo arranjar essa situação e o Peter vai me ajudar.

Acordo cedo, porque hoje de manhã vamos ter ensaio do teatro até não sei que horas. De tarde é a vez da turma da minha irmã. Estou muito nervosa pra estreia, falta exatamente uma semana.
Abro o celular e tem uma mensagem do Peter dizendo bom dia. Sorrio e respondo, mas se não me arrumar agora chego atrasada. Tomo um banho, prendo o cabelo em um rabo de cavalo, como um pedaço de bolo e meu pai me leva pro teatro. Ele me dá dinheiro, porque vamos ter que almoçar em algum lugar perto. Acho que vai durar o dia todo esse ensaio.
—Katherin! – ouço o grito da Lydia e me viro pra ela, esperando-a. Ela sorri e me dá um abraço.
Franzo a testa.
—Você feliz a essa hora da manhã? O que de teu?
Ela revira os olhos, típico.
—Se eu to mal humorada, me xingam, se eu to de boa, me xingam! – diz ela e dou risada. –Eu estou feliz por você e pelo Peter!
Eu abro a boca pra responder, mas o Thomas chega bem nessa hora. Ele me dá um beijo na bochecha e nem olha pra Lydia. Estranho, mesmo com ela ignorando ele, ele sempre vai atrás, o que deu nele agora?
Fico no meio dos dois me sentindo desconfortável com a situação. Enquanto subimos as escadas, tento puxar assunto em que um tenha que falar com o outro, mas não consigo. Acabo desistindo.
Durante o ensaio fica evidente o quanto o clima entre os dois está pesado, e o Ronaldo, nosso professor de teatro já está nos nervos. Não tiro a razão dele, os dois são os principais e nem mesmo pra bater fala eles conseguem.
Assim que dá a hora do almoço, eu telefono pro Peter.
Boa tarde, Kath.
—Boa tarde, Peter. – falo com um sorriso. –Eu vou ser rápida, daqui a pouco a Lydia tá descendo e me encontra. A gente precisa arrumar essa situação entre o Thomas e a Lydia, acho que foi tudo um mal entendido, da parte dos dois. Se ela souber que eu to me metendo, ela me mata, mas não vejo saída.
Olho pro lado, ela ainda não saiu do teatro, deve estar falando com o Ronaldo.
—Acho que colocar os dois frente a frente não vai resolver absolutamente nada, então tive uma ideia. Seguinte, eu...
Mas bem nessa hora, vejo ela saindo do teatro, parecendo bem emburrada.
—Vou falar pro Thomas que você chamou a gente pra ir na sua casa hoje sete da noite. Vou estar aí. Tenha comida. Beijos. – acho que nunca falei tão rápido. Jogo o celular no bolso enquanto minha amiga se aproxima.
—O Ronaldo tá estressadíssimo! Ele gritou tanto, mas tanto, que achei que meus tímpanos iam estourar! – fala ela e bufa. –Tudo culpa daquele idiota do Thomas!
Levanto uma sobrancelha.
—Mas o que ele fez? – pergunto confusa, porque na minha opinião, os dois estão errados.
Ela fica vermelha de raiva.
—Ele existe! Ele respira! O simplesmente fazer nada dele já é fazer tudo! Ele é o culpado de toda essa situação! – ela tá tão brava que chega a ser engraçado, mas não ouso rir, porque se não apanho. –Sabe, você vê como ele fala o texto? Nem olhando pra mim? Francamente, que falta de profissionalismo da parte dele!
—Mas Lydia, você também não olha pra ele... – falo cautelosamente.
Ela bate as mãos nas pernas, nervosa.
—Ah, mas claro que não olho! Pra que vou olhar praquele infeliz? Eu hein!
Nunca vi ela tão estressada desse jeito, e olha que ela é estressada.
—Ele é um idiota! – diz ela de novo, do nada, no meio do nosso almoço.
Voltamos pro teatro, mais drama dos dois, mais gritos do Ronaldo. Nada de pazes entre os dois. Desse jeito não vai rolar.
Já falei com o Thomas enquanto a Lydia bebia água e ele já disse que vai comigo, só espero que ela tenha caído na minha mentira sobre estar indo embora com ele.
—Por que você não vai comigo? – disse ela desconfiada. –Tá me trocando por ele, isso mesmo?
Balancei a cabeça na negativa.
—A mãe dele falou com a minha, e achei prudente não colocar vocês dois no mesmo carro, não quero vocês fazendo barraco pra minha avó! – acho que nunca bolei uma mentira tão rápida que nem essa. –Respira um pouco, tá bom? Esse seu stress vai te dar verrugas!
Depois de um tempo, ela pareceu acreditar.

Então deu o horário do teatro, minha mãe chegou e logo fomos pra casa do Peter. Só acho que vou escutar muita coisa do Thomas quando ele descobrir minhas intenções de arrastar ele pra casa do amigo dele.
Entramos no condomínio.
—Achei meio sem sentido vocês me chamarem. – diz ele. –Vou ficar queimando de tão vela que vou ser!
Reviro os olhos.
—Nada a ver, eu já disse que é programa pra três! Que custa acreditar?
Thomas solta uma risada.
—Katherin, vindo de vocês, que devem estar um grude, eu acho que vou virar um castiçal!
Mal tocamos na campainha e o Peter aparece com um sorriso, os cabelos molhados. O Thomas só vai entrando e o Peter me dá um abraço, em seguida um beijo na bochecha e já começo a sorrir.
Vamos pra sala e vejo o Thomas ir pra algum lugar, murmurando sobre o banheiro. Ele parece estar se perguntando o que tá fazendo aqui. Até o Peter parece meio perdido.
—Não to entendendo seus planos, Katherin. – diz ele e se senta no sofá. Sento-me ao seu lado, mas não grudada com ele, porque isso faria meu rosto pegar fogo obviamente. E eu ficaria nervosa, bem nervosa.
—É simples, vou jogar na cara desse cabeça dura que ele não é o único certo da situação.
Ele levanta uma sobrancelha.
—Não podia fazer isso sozinha?
—Claro que não! Você também tem seus argumentos!
Sinto minha mão, que está a pouca distância do meu corpo, ser coberta pela mão do Peter e quando olho pra ele, ele fica todo corado, mas não tira a sua mão e agradeço internamente por isso.
Olho pra baixo, sem graça e logo o Thomas volta e se senta no outro sofá. Ele revira os olhos.
—E você disse que eu não ia ficar de vela, né.
Sem pensar direito, tiro minha mão da do Peter, desconfortável com o Thomas assistindo esses bangues estranhos que tenho com o garoto de olhos verdes.

POV Thomas


—Peter, por que me chamou aqui, tipo, do nada? – pergunto muito desconfiado.
Geralmente eu só apareço na casa dele, mas hoje ele me chamou e foi no mínimo estranho, porque assim, o Peter não é bom em esconder as coisas, ele deixa evidente que tem algo que eu não posso saber. E outra, a Katherin tá aqui também. Não faz o menor sentido, mesmo ela tendo falado de uma parada de “programa a três”.
—Isso foi ideia da Katherin. – fala o Peter. –Mas eu acho que até foi bom, sabe? Porque não aguento mais você e a Lydia de birra desnecessária!
—Desnecessária? Ela tá me estressando!
Peter parece se controlar pra não me dar um soco.
—Ela tá te estressando? Vocês dois estão me estressando! – ele bufa. –Fala sério, parecem duas crianças! Ela parou de falar com você por algum motivo, e ao invés de você tentar de verdade conversar com ela, você ficou de graça.
Levanto da cadeira.
—De graça? Eu fui atrás dela várias vezes!
Ele coça a nuca.
—Foi, pra dar umas investidas, não tentou realmente descobrir. Você sabe como ela é, só vai conversar com você quando estiverem a sós. Quando não tiver mesmo uma saída.
Me sento de novo, ainda bravo. Katherin olha pra mim, parecendo tão brava quanto o Peter.
—E agora você resolveu ignorar ela, sendo que ela já está te ignorando. Olha eu não entendo nenhum de vocês dois!

A Katherin resolve se pronunciar sobre o assunto.
—A Lydia tá te evitando Thomas, porque ela viu você se atracando com a Ashley. – fala a minha amiga loira.
Levo a mão na testa. Então é por isso que ela tá estranha! Eu mal tinha beijado ela e ela me viu com outra...
—Mas não foi minha culpa! – me apresso em dizer. –Vocês dois sabem o quanto eu to louco pela Lydia, não tenho mais olhos pra ninguém! A Ashley me agarrou quando eu estava dormindo!
Vejo a Katherin abrir um sorrisinho ao ouvir que sou louco pela Lydia e eu, ao me dar conta das exatas palavras que disse, fico um pouco vermelho.
—Eu sabia que tinha coisa errada nessa história. – diz a Katherin. –Eu até disse pra ela isso, mas ela achou que você fez porque quis.
Solto uma risada.
—Quem é ela pra dizer alguma coisa de mim? Todo mundo viu ela aos beijos com o Bernardo! – começo a me exaltar só de lembrar da cena.
Katherin bufa.
—Ela não quis aquilo.
Rio de novo.
—Não foi o que me pareceu...
A Katherin dá um tapa na mesa.
—Eu conversei com ela, porque sou capaz disso, ao contrário de você que fica nesse orgulho todo. – engulo em seco, essa garota brava me dá medo. –O Bernardo beijou ela força, ela afastou ele depois, você quem não viu.
O Peter fica alternando olhares entre eu e ela, em silêncio dessa vez.
—Eu admito que você foi atrás da Lydia e ela não quis te ouvir, mas pelo amor de Deus, imagina a raiva que ela sentiu.
—Imagina a raiva que eu senti quando vi ela com o Bernardo! – bufo em frustração. –Se ela beija quem ela bem entende, por que eu não posso fazer o mesmo?
A Katherin sai de onde ela está só pra me dar um tapa na cabeça, e logo volta pro seu lugar.
—Ai!
—Ô idiota, será que não tá na cara que você e a Lydia tem ciúmes um do outro? Eu sei que você admite, ela não vai fazer o mesmo. Se você não tentar consertar essa situação, conversar com ela de verdade, vocês nunca vão se resolver! Vão parar de se falar por causa de uma bobeira dessas? Francamente!
Ficamos em silêncio por certo tempo.
—A Lydia é cabeça dura, mais do que você, ela é orgulhosa demais, Thomas. Vai querer perder ela por causa do seu ciúmes bobo, sem pé nem cabeça? Você mesmo disse que está louco por ela.
Concordo com a cabeça.
—Katherin, eu quero essa garota pra mim. – falo com toda a sinceridade do mundo, sem ficar vermelho dessa vez. –Não suporto ver ela com outro cara.
Ela dá um sorriso.
—Eu sei, por isso te chamei aqui, porque sei que você vai fazer de tudo pra que voltem a se falar.
O Peter coloca um braço sobre os ombros dela.
—Você é mesmo impressionante. – diz ele com um sorriso. A Katherin fica vermelha e os dois ficam se encarando, sorrindo que nem dois abobados.
—Ew, vocês são nojentos.
Os dois se desgrudam, um pouco envergonhados.
—Mas enfim, vai fazer o que Thomas? – pergunta o Peter, pra mudar o assunto que eu sei.
Coço a cabeça, totalmente sem ideia.
—Sei lá, acho melhor esperar a poeira baixar.
Katherin revira os olhos.
—Olha, o teatro já é daqui uma semana, o Ronaldo vai ter um infarto de tão estressado que ele tá! – diz ela. –Então, pelo amor de Deus, seja lá o que vai fazer, faça logo!
—Não deve ser tão difícil. – diz meu amigo. –Você beijou ela e ela não te estrangulou, acho que tá de boa isso.
Solto uma risada.
—Você tá mesmo falando da Lydia? Eu ter uma conversa com ela no momento tá quase impossível. – dou um sorriso em me lembrar do nosso primeiro beijo de verdade, que saudade daqueles lábios. –Eu vou pensar.
—Promete? – pergunta a Katherin seriamente.
—Prometo. – afirmo. –Agora, por favor, vamos bater um rango que eu estou faminto.
A Katherin ri, o Peter me chama de folgado, mas no fim nós três ficamos na sala comendo porcaria e jogando videogame.


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