Everything Has Changed escrita por Anne Atten


Capítulo 61
Capítulo 61


Notas iniciais do capítulo

OLÁAAAAAAAAAAA!!! DEMOREI, MAAAAS VOLTEEEEEEEI!!!
O capítulo começa com a nossa Katherin narrando, e depois é o Peter. Preparem seus corações pra coisas fofas ♥
Boa leitura!



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A Lydia é um dos seres mais cabeça dura que eu conheço. Está óbvio que o Thomas é totalmente encantado por ela, só tem olhos pra menina, só fala dela. Só a lerda da Lydia não enxerga o carinho enorme que ele tem por ela. Não é só um carinho de amigo, é um carinho a mais. Toda vez que ela está distraída, pego-o olhando pra ela com um sorriso bobo nos lábios. E mesmo assim ela ainda duvida dos sentimentos dele!
A história da Ashley realmente me deixou meio surpresa, porque não acho que o Thomas queira ficar com alguém que não seja a minha amiga, então pra mim, não fez sentindo. Há de ter uma explicação pra isso que aconteceu!
Estamos no quarto da Lydia, vendo série, mas mal presto atenção. Minha cabeça está cheia de coisas, hipóteses pro Thomas ter beijado a Ashley.
Sério, eu acho que o mais sensato seria os dois conversarem um com o outro, essa coisa de se ignorarem pra sempre não vai adiantar nada. Sim, até porque conheço o Thomas muito bem, e sei que amanhã ele vai agir como se a Lydia nem tivesse na sala e ela fará o mesmo. Os dois são muito crianças, não é possível. Se gostam e ficam de graça, mas tudo bem, amigos são pra isso.
Lydia me fez prometer que não falaria com o Thomas, mas começo a não ver outras alternativas. Se eu não me meter no meio disso, os dois vão parar de se falar por conta dessas besteiras!
Preciso falar com o Peter, ele vai saber ajudar.
–Katherin? – chama a Lydia e saio dos meus pensamentos. Ela ri. –Que cara é essa? Parece alguém de uma gangue planejando invadir um banco.
Solto uma risada, até isso seria mais fácil!
–Nada, só to aqui pensando numas coisas.
–Pensando num tal de Peter, é?
Sinto meu rosto ficar quente e jogo o travesseiro na cara dela, enquanto ela se mata de rir.
–Você é uma palhaça! – ela continua rindo e continuo socando o travesseiro nela. –Repete que eu...
Mas sou interrompida porque meu celular começa a tocar. Olho pro aparelho ao mesmo tempo que a Lydia, e vejo o nome de quem liga, fazendo meu coração disparar.
–Olha o Peter! – grita a Lydia, e antes que eu tenha a oportunidade de atender longe dessa louca, ela mesma pega o celular e se levanta com um pulo da cama, atendendo. –Não é sua amada que te atende, mas já passo pra ela.
Sinto meu rosto ficar mais corado ainda e vou pro lado dela.
–Passa o celular!
Lydia se vira pra mim rindo.
–Virou assaltante agora?
Pego o celular da mão dela e respiro fundo.
–Oi.
Não posso deixar de ouvir a risada do Peter e isso faz meu estômago dar umas voltas loucas.
E aí, Kath. To vendo que a noite das duas vai ser bem animada.
Nada, a gente estava vendo série. – olho de relance pra Lydia, vendo-a se matar de rir da situação. –A Lydia que tem probleminha, sabe?
Hmm entendi. – fala ele. –Escuta, queria falar com você essa semana toda, mas parece que nunca dá certo.
Solto uma risadinha.
–Pois é.
–Então o que você acha de...hmmm...eu...eu...
Franzo a testa.
–Você o que?
O que você acha de eu e você sairmos amanhã? – engasgo com a minha própria saliva e já posso até imaginar como ele está vermelho. –Isso é, se você quiser...
A Lydia me olha com curiosidade.
–Claro que eu quero! – fico vermelha com essa minha espontaneidade. –Quer dizer, ia ser legal.
Isso, Katherin, sua burra! Fala coisa que não deve mesmo!
Beleza, que horas você sai do teatro amanhã?
Droga, tinha esquecido disso.
–Acho que nove horas, o ensaio começa duas horas.
Ta certo, te pego no teatro então.
Sorrio.
–Tudo bem então.
Nós dois ficamos em silêncio e acabo ouvindo-o soltar uma risadinha.
Bom, até amanhã. Boa noite.
Boa noite.
–Manda boa noite pra louca da Lydia.
–Mando.
Peter respira fundo.
Beijos, até amanhã.
–Beijos, até. – e desligo o celular, recebendo uma almofadada na cara da Lydia.
Viro-me pra ela.
–Que isso?
–“Beijos”. – diz ela e reviro os olhos. –Hmmmmmmm!
–Vai te catar, Lydia Miller! A única que realmente beijou aqui, foi a senhorita!
Ela cala a boca e fica vermelha. Sorrio com isso. Ponto pra mim.
–Amanhã vou sair com o Peter, só espero que minha mãe não queira me matar, porque o teatro já vai acabar tarde, imagina a hora que vou pra casa. – falo tentando calcular as horas. –Droga, esqueci de perguntar pra onde ele quer me levar.
–Peter tem que ser muito criativo, porque olha, pelo jeito agora vai ter encontro toda semana. – diz a Lydia, zoando de novo.
Dou um tapa na testa dela e ela ri em retorno.
–Mas sério, vamos conversar. – fala ela, que está sentada no tapete e encostada na cama. Sento-me na frente dela.
–Conversar sobre o que, minha cara? – pergunto cruzando as pernas.
–Você e Peter. – diz ela e quase dou um tapa nela. –Sem brincadeirinha agora, juro. – duvido muito, mas assinto pra que ela continue falando. –Você gosta dele, de verdade não é? Tipo, não acha ele só bonito que nem as outras meninas.
Nunca falei com a Lydia diretamente sobre eu e o Peter, não totalmente sobre meus sentimentos em relação a ele.
–Gosto. – respondo encolhendo os ombros e abro um sorrisinho. –Ele é tão fofo, Lydia! Toda vez que eu estou perto dele, eu sinto que vou ter uma parada cardíaca. O dia que os garotos fizeram gracinha com a gente, o Peter ficou me abraçando em silêncio por acho que uns cinco minutos e foi tão bom... – fecho os olhos ao me lembrar disso.
O Peter é simplesmente perfeito. Ok, não perfeito, já que perfeição não existe, mas ele está bem próximo disso. Lembro que tinha uma época que ele ficava com todas as garotas e aquilo arrasava comigo, eu acho que sempre tive uma quedinha pelo Peter, mas nunca admiti pra mim mesma. Afinal, ele me tratava como uma irmã, sempre tão protetor e tal. Nunca que eu poderia sentir algo por ele.
Mas aí minha quedinha virou um abismo do caramba, mas mais uma vez, continuei quietinha na minha, sem mover um dedo pra que ele gostasse de mim.
–Katherin! – chama a Lydia e estala o dedo na frente dos meus olhos. Pisco, distraída. A Lydia ri. –Que cara é essa? Parece que ganhou na loteria ou viu um filhotinho de cachorro muito fofinho.
Percebo que devo estar sorrindo que nem uma lhama. Pera, lhamas sorriem? Começo a rir sozinha.
–Iiiiih, tem alguém apaixonada aqui?
Tento fechar a cara, mas volto a rir das lhamas e começo a fazer cosquinha na Lydia, vendo ela se debater no chão, rindo feito uma louca.
Continuamos com essa coisa sem sentido, até que vamos dormir, já que amanhã, infelizmente, temos aula.

POV Peter

Tomei vergonha na cara e chamei a Katherin pra sair. Não sei de onde toda essa coragem tá saindo, sinceramente. Acho que é culpa da minha mãe.
Eu estava deitado, escutando música, aí ela veio falar comigo sobre a Katherin.
–Peter? – disse minha mãe entrando no quarto e me sentei, tirando os fones. –Queria ter uma conversa com você.
–Aconteceu alguma coisa?
Ela negou com a cabeça e sentou-se na beirada da cama.
–Estive pensando, e semana que vem é o aniversário da Katherin. Vai dar o que pra ela?
Senti as bochechas esquentarem.
–Mãe!
Não é nada legal falar com ela sobre a Katherin e tal, fico com muita vergonha justamente por ela ser minha mãe.
Minha mãe riu.
–Para de graça, menino! Vai, já pensou no que comprar pra ela? – neguei com a cabeça. –Pensei em você sei lá, chamar ela pra sair...
Comecei a tossir pra caramba, enquanto ela dava batidinhas nas minhas costas e tossia.
–Você é tão doida quanto meu pai!
–Doida não, querido, conselheira amorosa! – fiz uma careta. –Assim como seu pai, eu acho que você devia ter mais investidas, antes que a perca pra qualquer outra pessoa.
Soltei uma risada.
–Mas o que é isso? Os dois se juntaram contra mim?
Ela ignorou minhas perguntas.
–Quando saiu com ela, foi ruim? – ri e neguei com a cabeça. –Viu! Que mal faz sair com a Katherin de novo? Vai ser ruim?
–Acho que não, muito pelo contrário, sair com ela é ótimo. – respondi com sinceridade. –Mas só tenho medo de sei lá, estar enchendo ela demais. – balancei a cabeça, confuso. –Sei lá.
Minha mãe bagunçou meus cabelos.
–Nunca ouvi você falar algo tão sem sentido. Se ela não quiser ir, ela não vai. E além do mais, ouvi sua conversa com o Thomas. – franzi a testa sem entender. –Digamos que ouvi você dizendo pro Thomas que a Katherin de deu um beijo na hora que você deixou ela na casa dela...
Eu acho que nunca passei tanta vergonha na minha vida. Meu rosto ficou todo vermelho, senti que ia pegar fogo de tanta vergonha.
–Mãe, sabia que é muito feio espionar a conversa dos outros? – perguntei vendo-a rir muito da minha cara. Palhaçada. Injustiça.
–Ah, Peter, fala sério! Eu estava passando pela porta e ouvi o Thomas te zoando, aí acabei escutando.
Ah, esse Thomas maldito me paga! Ô se me paga!
–Mas enfim, você vai ligar pra ela agora mesmo e chama-la pra sair.
–Mãe, eu não to entendo o porque disso agora, nessa hora da noite. Que que deu em você?
Ela revirou os olhos.
–Nada Peter, só estava pensando em você e logo pensei na Katherin, e se eu não der um empurrãozinho em você, talvez você continue sem fazer absolutamente nada! Vamos menino, atitude!
Mesmo com vergonha, eu consegui rir e liguei pra garota. Logo que desliguei o celular me joguei na cama, com o coração disparado.
–Machucou? – perguntou minha mãe, saindo de trás da porta.
–Poxa, mãe, para de ouvir minhas conversas! – respondi mais envergonhado do que bravo. –Certo, só que agora eu não sei o que fazer, piorou tudo!
Então ela passou um tempo conversando comigo, e eu ri muito, e me envergonhei muito. Só minha mãe viu, sério mesmo. Ela deve amar a Katherin, não é possível.

Acordei sexta feira com um misto de ansiedade e nervosismos, já que vou sair com a Katherin. Durante o caminho pra escola, o meu pai fez o belíssimo favor de me zoar, ou seja, fiquei mais sem graça que a porta mais uma vez. Fala sério, meus pais devem ter um plano pra me deixar envergonhado, porque não é possível.
Não encontrei a Katherin de primeira, mas agora, no segundo intervalo, ela vem até mim na sala, que já está fazia, e caramba, como ela tá linda. O cabelo preso em um rabo de cavalo, nossa ela vai me matar assim.
Sorrio e ela me dá um beijo na bochecha, me deixando sorrindo que nem um abobado.
–Oi. – a comprimento.
–Preciso falar com você, é sobre o Thomas e a Lydia. Os dois precisam se resolver.
Assinto, essa briga do Thomas e da Lydia já ta indo longe demais. Ontem deu a louca no meu amigo e ele ligou falando que a Lydia tinha beijado outro cara, foi um estardalhaço via telefone, quase fiquei surdo.
–Precisamos dar um jeito nesses dois. – falo e meio que por impulso, levo minha mão pro rosto dela e acaricio-o levemente, vendo-a me olhar confusa. Abro um sorriso. –Quer saber onde vamos hoje?
–Aham, você sempre fica de mistério com a minha cara. – diz ela fingindo estar zangada e ri, puxando-a pela cintura, sem conseguir me conter.
Ela levanta uma sobrancelha, sem entender minhas atitudes um pouco diferentes das normais, e por mais que eu esteja nervoso de estar tão próximo, consigo sorrir e olho-a em seus olhos cor de mel.
–Não é tão legal, mas pra não ser muito tarde, pensei de irmos naquela sorveteria na frente do teatro, sabe? – ela assente e continuamos nos olhando nos olhos.
Inclino meu rosto pra frente, e nossos narizes se encostam. Ela não recua. Caramba, o que tá havendo comigo? Isso não é normal. Esse não é o Peter. Ok, talvez aquele Peter que ficou com várias garotas antes, mas ela não é qualquer garota, ela é a garota.
–O que você tá fazendo? – pergunta ela com um sussurro e fecho os olhos, sei que ela já fez o mesmo.
–Tentando te dar um beijo. – respondo no mesmo tom e nossos lábios se encostam levemente, mas logo quando esse contato acontece, ouvimos uma gritaria e nos separamos por conta do susto. Bufo de raiva. Cortou totalmente o momento.
Fico vermelho e ela também, mas pego-a pela mão e nós dois saímos da sala pra ver o que está acontecendo.
O que eu vejo é uma treta rolando entre dois garotos, aí tem uma multidão ao redor. Não acredito que nosso beijo foi interrompido por uma treta qualquer!
O sinal logo toca e me despeço da Katherin dando-lhe um beijo no canto da boca e ela fica toda sem graça, dou risada disso e vejo que nossas mãos ainda estão entrelaçadas.
–Nos vemos mais tarde. – falo. –E outra horas conversamos sobre nossos amigos problemáticos. – falo em tom mais baixo e ela assente.
Quando ela solta a mão da minha, parece que meu corpo esfria, é tão bom segurar a mão dela. Caramba, hoje eu to pior do que nos outros dias. Não é possível.

Finalmente chega a noite, vou pra frente do teatro e vejo a Katherin saindo junto com a Lydia e o Thomas logo atrás. Percebo que os cabeça duras nem se olham.
–Peter, você por aqui? – já começa a Lydia a zoar e vem me dar um abraço. –Se vocês não se beijarem, eu me mato. – fala ela para que só eu possa ouvir e começo a rir.
Ela vai embora, já que a mãe dela já está esperando e então só sobra eu, Thomas e Katherin.
–A Lydia vai me fazer perder a cabeça. – fala o Thomas já estressado e bufa. –Na moral, não entendo. Não falo mais com ela também, se ela quer assim.
Eu e a Katherin nos entreolhamos.
–Temos que ter uma conversinha com o senhor. – fala ela seriamente e cara, até séria ela é maravilhosa. –Você tem que...
Mas bem nessa hora, chega a mãe do Thomas para buscá-lo.
–Não pensa que vai fugir dessa conversa, viu. – diz ela e ele dá um abraço rápido nela.
–Pode deixar, Katherin. Agora vou embora, deixar o casal em paz. – diz ele com cara de “hmmmm” e dou um tapa forte na sua cabeça.
Então ficamos apenas eu e a Katherin.
–Vamos? – falo e ela segura minha mão, me fazendo abrir um sorrisinho.
Peguei meu sorvete e escolhi uma mesa pra nos sentarmos, enquanto ela falava com a mãe dela no telefone. E foi aí que comecei a pensar na festa em que ela ficou bêbada e quase nos beijamos.
Depois daquela festa eu não fiquei com nenhuma garota. Pois é, dois anos sem beijar ninguém. Eu sei que é bizarro, mas acontece que toda vez que eu pensava em ficar com uma menina me vinha na cabeça o quase beijo com a Katherin.
Eu e ela nos aproximamos como amigos também, só que com uma pequena diferença: eu tinha que me controlar pra não beijá-la, pra não falar coisa que levasse ela a entender que eu estava me sentindo diferente. Os abraços com ela faziam com que meu coração disparasse. A cada beijo na bochecha eu sentia frio na barriga. Toda vez que eu olhava pra ela eu ficava meio paralisado, sem saber o que fazer. As palmas das mãos soavam e até hoje eu fico assim por causa da Katherin.
Sorrio só de pensar nela. Aqueles cabelos loiros, os olhos cor de mel. Por que ela tinha que ser tão linda? E por que eu tinha que ter demorado tanto tempo pra perceber o quanto eu gosto dela?
–Peter, tá pensando no que? – ouço-a falar do meu lado, rindo.
Meu rosto esquenta, já que estou justamente pensando nela.
Viro-me pra Katherin.
–Nada não, por que?
–Sua cara estava muito engraçada.
Rio.
–Isso é bom ou ruim?
Katherin sorri.
–É bom, você fica bonito de qualquer jeito.
Só acho que ela disse sem pensar, porque o rosto dela fica totalmente vermelho depois disso. Abro um sorriso bobo.
–Você acha? – pergunto olhando nos olhos dela. Katherin abaixa a cabeça e levanto o queixo dela levemente. –Olha pra mim, Kath.
–Peter, eu to com vergonha...
Sorrio.
–Não tem porque se envergonhar por causa disso. Sabe por que? – ela faz que não com a cabeça e seguro o rosto dela, deslizando mais pro lado dela. Nossas pernas se encostam e meu coração bate acelerado. –Porque eu também te acho bonita.
A Katherin abre um sorrisinho tímido e acaricio o rosto dela com os nós dos dedos.
–Você quer me beijar? – pergunto com um sussurro e ela começa a tossir.
–Peter!
Rio.
–Você me fez essa mesma pergunta anos atrás.
Me separo um pouco dela e ela franze a testa, confusa.
–Como assim?
–Na festa lembra?
–Que festa?
Ótimo, ela não lembra. Não que a gente tenha tocado nesse assunto depois, mas achei que ela talvez pudesse lembrar.
–Esquece.
–Não, Peter. Me explica!
Nego com a cabeça.
–Não é nada de importante. – me levanto e ela se levanta junto, segurando o meu pulso e ficando na minha frente.
–Se tem haver com você é importante sim. – diz ela olhando firmemente nos meus olhos.
–Você vai se arrepender de saber. – aviso-a, mas ela faz sinal pra eu continuar. –Lembra daquela festa que você ficou chapada e passando mal? – ela assente. –A gente brigou feio, lembra disso?
–Sim, falaram depois que a gente estava gritando na rua.
Assinto.
–O que não sabem é que, bom... Você... – bufo. Como que eu vou dizer isso pra ela? –Katherin, a gente quase se beijou.
Eu achei que ela fosse ficar vermelha e pedir explicações, mas ela continua só me olhando.
–Por que a gente não se beijou? Não acredito que a gente perdeu tanto tempo, Peter. – e com isso ela puxa a gola da minha camisa e encosta nossas testas. –Por obséquio.
Sorrio e seguro a cintura dela, puxando-a pra mim. Meu coração bate forte no meu peito.
–Já beijou antes? – sussurro perto de sua boca e ela faz que não com a cabeça. –Posso ser o primeiro?
Ela nem responde e só pressiona os lábios nos meus de uma vez com certa brutalidade. Mas não to nem aí pra isso.
A Katherin se afasta de mim na hora.
–Desculpa, te machuquei?
Seguro o rosto dela com uma mão e me aproximo.
–Deixa eu te mostrar como é. – falo baixinho e encosto meus lábios levemente nos dela, e logo nossos beijo realmente começa.
Sinto todo o meu corpo ficar tenso, mas após alguns segundos eu relaxo e apenas sinto uma sensação muito boa de estar beijando essa garota. Caramba, acho que hoje eu morro.
Assim que acaba o beijo, ficamos com os narizes ainda encostados e dou um selinho na garota, sorrindo em seguida. Ela também sorri e a envolvo em um abraço forte, sentindo o cheiro de seus cabelos. Fecho os olhos e desejo nunca mais sair de perto dessa garota.


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