Everything Has Changed escrita por Anne Atten


Capítulo 60
Capítulo 60


Notas iniciais do capítulo

I'M BACK!!!!!!!!!!
MIL DESCULPAS POR DESAPARECER, MAS NÃO TAVA DANDO MESMOOOOO!
A FIC FEZ UM ANO DIA 22 DE AGOSTO E EU FIQUEI TRISTE DE NÃO TER O CAPÍTULO PRA POSTAR, MAS FAZER O QUE.
NUNCA FIQUEI TANTO TEMPO SEM POSTAR, E DE NOVO, DESCULPA!!!!!!!!!! NÃO PENSEM QUE EU VOU ABANDONAR ELA, PORQUE JURO QUE NÃO VOU!
Ok, chega de caps lock aosamsomaos O capítulo não tá grande coisa, mas é que eu desacostumei a escrever e como fiquei bastante tempo sem postar, não sabia ao certo o que fazer. Mas fiquem calmos, que coisas boas estão por vir! Ah, só pra avisar, o capítulo começa com o Thomas narrando :)
Boa leitura!!!!



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Hoje ta tenso aqui no teatro. A Lydia mal olha na minha cara e sinceramente, isso já está me tirando do sério. Caramba, se eu fiz alguma coisa, por que que ela não vem falar comigo? Eu quero falar com ela, mas assim fica difícil. Se reconciliar não depende só de uma pessoa não.
Recebo uns mil xingos do Ronaldo por estar fazendo tudo errado, isso na opinião dele. Porque eu estou dando meu melhor, mas se a garota com quem eu contraceno não consegue ser madura o suficiente e conversar comigo, fica difícil.
–Quer saber? Parem de novo, bebam água, lavem o rosto! Onde está a emoção? – grita o Ronaldo e vejo a Lydia abaixar a cabeça, parecendo com raiva. Até eu estou estressado com esse cara.
Mas não posso reclamar muito da atitude dele, deve estar sendo difícil coordenar uma peça na qual os protagonistas nem estão se falando.
Decido que vou falar com a Lydia agora mesmo, falar pra ela que nós dois temos que ser profissionais. E de quebra ainda obrigo ela a sair comigo e explicar toda essa palhaçada. Até porque eu preciso falar logo pra ela sobre o que aconteceu com a Ashley, antes que ela descubra por outra pessoa e fique com um ideia errada sobre os fatos.
Se tem uma coisa que não pode acontecer é a Lydia achar que eu quis beijar a Ashley, porque sei que isso iria fazer com que ela ache que sou um cafajeste e coisa do tipo, sendo que, na verdade, eu só tenho olhos pra ela.
Me viro pra falar com ela, mas ela já desceu o palco. Respiro fundo e faço meu caminho pra fora do palco, esbarrando com o Bernardo.
Bufo. Esse cara me estressa, hoje mesmo eu vi como ele ficava olhando pra Lydia, com um sorrisinho bem babaca. Quem esse cara que é pra sorrir pra Lydia? Me deu uma vontade louca de dar um soco nele, mas me controlei demais.
–E aí, como vai o Peter Pan? – pergunta ele com deboche.
Decido ignorar e continuo meu caminho.
–A Wendy deu um fora no Peter?
Viro pra ele e solto uma risada.
–Na boa, por que você não cala a boca?
–Vou calar é a boca da sua namoradinha. – ri ele e eu avanço nele, fazendo ele parar de rir. –Ow, vai com calma.
–Não ouse encostar na Lydia. – falo com a voz um pouco mais baixa, uma raiva controlada. –Estou avisando.
Largo o Bernardo e vou eu beber uma água antes que eu acabe me estressando com esse cara. Ah, ele que ouse tentar fazer algo com a Lydia. Eu sou calmo, mas se mexer com ela... Mexe comigo.
Vejo a Katherin no bebedouro e vou até ela. Ela termina de beber água e eu mesmo bebo.
–O que tá havendo com a Lydia? – pergunto pra ela, quem sabe ela saiba a resposta.
Mas ela encolhe os ombros.
–Não faço nem ideia, ainda não falei com ela. Achei que ela só tivesse estressada, como ela sempre é com você. Mas dá pra ver que alguma coisa mais séria ta rolando.
Faço que sim com a cabeça e a minha amiga pega o celular.
–Eu esto indo pra lá, vai ficar aqui?
–Só um pouco, preciso falar com a minha mãe. – assinto e volto pro teatro, decidido a falar com a Lydia sobre aquilo de sermos profissionais.
Mas quando eu entro no teatro vejo que todo mundo está amontoado, gritando e zoando alguém. Olho pro palco e vejo uma cena no mínimo perturbadora.
Aperto os olhos pra ver se estou enxergando direito, meu coração já batendo mais forte contra o meu peito. O Bernardo está com a mão na cintura da Lydia, com a outra no rosto dela, os olhos fechados e a boca grudada na dela.
Engulo em seco e sinto minha respiração ficar mais pesada. A Lydia está de costas pra mim, meu cérebro fica todo confuso e não consigo entender nada direito. A única coisa que entendo é que os dois estão se beijando. E está bem claro que ela está gostando, já que não faz nem questão de se afastar dele.
Fico olhando a cena sem saber o que fazer, sentindo uma pontada no meu estômago tão forte que parece que eu vou desmaiar. Minha cabeça começa a rodar e eu tenho uma vontade enorme de subir naquele palco e afastar os dois, mas o que eu faço é dar de costas e sair andando com os punhos cerrados, ouvindo todo mundo gritar o nome dos dois.
Bernardo e Lydia.
Dou um soco na parede quando saio do teatro e encosto a testa na parede fria, com dificuldade de respirar.
Por que ela não afastou ele? Como que ela pode fazer isso? Como ela é capaz de fazer isso comigo? Me beija e depois beija outro cara, e ainda por cima, um cara como o Bernardo?
Francamente, não esperava isso da Lydia.
De repente a raiva que estou sentindo se transforma em tristeza.
Não é apenas uma garota linda, com um cheiro especial, com um sorriso que me faz ter vontade de beijá-la, com um abraço que dá vontade de nunca largar. Não é só uma garota com um beijo doce e inocente, com uma mão que se encaixa perfeitamente na minha. Ah, não. Ela não é só isso. Ela é a Lydia Miller, ela mexe comigo de um jeito que ela não faz nem ideia e nem eu me entendo muitas vezes. O que sinto por ela é tão forte que chega a assustar e com certeza ver ela beijando outro cara não me fez nada bem.
Sinto meus olhos começarem a lacrimejar e começo a piscar, não vou me permitir chorar por ela. Não outra vez.
–Thomas? – ouço a Katherin me chamar e passo a mão com força nos olhos, me virando pra ela. –Tá tudo bem?
Me forço a fazer que sim com a cabeça e abro um sorriso com muito esforço.
–Só me deu uma tontura, mas to bem sim.
–O que estava acontecendo lá dentro? Ouvi um monte de grito, mas estava no telefone aí nem prestei atenção.
Coço a nuca, pensando em como dizer sem que eu grite de raiva e frustração.
–Pergunta pra qualquer um, todo mundo viu o que aconteceu.
Ela me olha meio confusa, mas concorda com a cabeça e nós dois voltamos pro teatro. Vejo a Lydia em cima do palco e meu coração dá uma pontada dolorida.
Que merda tá acontecendo comigo?
–Vamos retomar, porque hoje tá difícil! – grita o Ronaldo pela milésima vez e concordo levemente com a cabeça.
O Bernardo aparece do outro lado e eu cerro os punhos. Ele faz uma cara de deboche e eu só não vou até ele porque não quero receber mais xingos do Ronaldo.
Sou obrigado a ficar o ensaio todo encarando a Lydia, tentando não olhar nos olhos dela, tentando me livrar desse peso que se instalou no meu coração e insiste em não querer sair daqui.
Tem uma hora que o Capitão Gancho captura a Wendy e o Bernardo coloca as mãos na cintura dela e aproxima o rosto do dela de maneira bem exagerada. Ele não precisa ficar assim tão perto dela. Não é necessário, e nem está no script.
Viro o rosto nessa hora, não querendo ficar pior do que já estou. Não faço ideia do que a Lydia está pensando disso e não quero olhar pra ela e talvez ver que ela está gostando dessa aproximação toda.
O ensaio segue com mil gritos do Ronaldo, tem horas que não consigo evitar olhar nos olhos da Lydia e isso faz tudo piorar na minha cabeça.
A cena do nossos beijo é pulada, já que ela insistiu pro Ronaldo deixar nós fazermos apenas no dia mesmo. O engraçado é que ela não se importa de beijar o Bernardo, mas me beijar parece a pior coisa do mundo pra ela.
–Bom, pessoal. Por hoje é só. – diz o Ronaldo parecendo estressado. –Vejo vocês terça que vem e por favor, façam melhor do que fizeram hoje.
Assinto e vejo o Bernardo se aproximando de mim. Fecho a cara e cerro os punhos.
–Nossa, você parece estar tão estressado. Quer um copo de água? – diz ele cinicamente.
Decido ignorá-lo e logo a Lydia atravessa o palco.
–Ei, Lydia, gostou do beijo? – pergunta ele rindo.
Perco totalmente a cabeça e avanço nele.
–Você não pode beijar a minha garota! – digo com raiva, sem nem pensar no que falei.
A Lydia, que já estava mais na frente, volta até mim com um olhar mortal.
–Sabe, Thomas, você tem que parar de se intrometer na minha vida! Mesmo que eu não quisesse beijar ele, eu resolvo, e eu não sou que nem você que sai beijando todas por aí!
Me afasto do Bernardo e fico encarando-a, surpreso com o que ela disse. Encaro ela nos olhos meio que sem querer e vejo que ela está com muita raiva, logo seus olhos se enchem de lágrimas e ela bufa, correndo pra longe de mim.
Sinto um aperto no coração ao ver ela chorando e empurro o Bernardo, indo atrás dela sem nem pensar duas vezes.
Pego minha mochila na pressa e saio atrás dela em disparado, vendo ela descendo as escadas. Então vou eu com a muleta tentar alcança-la, o que é no mínimo, impossível.
Vejo ela saindo pela porta do edifício e desisto de tentar ir atrás dela. A Katherin aparece do meu lado, com a mão no coração.
–O que foi isso? – pergunta ela ofegante. –Só vi a Lydia sair correndo e você tentando ir atrás.
Bufo em frustração.
–Merda de muleta! – digo estressado.
A Katherin se apoia no corrimão da escada.
–Pode me explicar o que tá acontecendo?
–Acontece que a Lydia simplesmente beijou o Bernardo, foi isso que aconteceu!
A Katherin levanta uma sobrancelha, parecendo surpresa.
–Ouvi falarem mesmo, mas achei que fosse zoeira.
–Pois é, não é zoeira.
Ficamos uns segundos sem falar nada, meu coração se enchendo de raiva ao lembrar do Bernardo e da Lydia.
–Tem certeza que viu certo? – pergunta a Katherin parecendo ainda não acreditar e eu assinto bravo. –Ainda acho isso meio estranho, vou falar com ela.
–Faça isso, porque eu to aqui pensando, e não vou falar com ela não.
Katherin cruza os braços, parecendo brava.
–E por que não? Ela não te fez nada.
Solto uma risada.
–Ah, não? Ela me beija e depois beija o Bernardo? Você acha que isso é certo?
–Não acho que seja certo, mas com certeza tem uma explicação pra isso tudo. E outra, você já ficou com monte de menina mesmo tendo beijado a Lydia.
Abro a boca pra falar, mas ela me interrompe.
–E nem ouse tentar xingar a Lydia pra mim, porque eu vou ficar do lado seja o que for.
–Mas Katherin...
–Nem venha com “mas”! Eu vou ver o que aconteceu e depois a gente se fala, e você não tem direito de julgar ela sendo que você ficou com a Laura e a Amanda também.
–É, mas eu não tinha beijado a Lydia ainda.
A Katherin apenas revira os olhos e arruma a mochila nas costas.
–A gente vai resolver isso, mas se eu souber que você falou uma palavra contra a minha amiga, vai ficar bem tenso pro seu lado e eu não te ajudo.
Concordo com a cabeça.
–Pode falar pra ela que eu tentei ir atrás dela, mas meu tornozelo não tá deixando?
–Posso.
–E por favor, não deixa ela chorar. – peço, porque meu coração aperta de pensar na Lydia chorando, mesmo que eu esteja muito bravo com ela por ter beijado o babaca do Bernardo.
–Vou fazer o meu máximo.
Assinto e ela sai andando, com muita calma vou descendo as escadas pra não correr o risco de rolar escada abaixo.

POV Lydia

Quer dizer que o Thomas acha que pode cuidar da minha vida? Qual é a dele? Beija todo mundo que quer, nem liga pra mim e depois vem querer fazer gracinha?
Tá certo que eu não queria beijar o Bernardo e nem queria que ele visse aquilo e pensasse coisas erradas sobre mim, mas ele não tem nada a ver com a minha vida. Eu beijo quem eu quiser!
Quando ouvi ele falando “minha garota” meu coração meio que amoleceu, vou confessar, mas aí eu me lembrei que ele se atracou com a Ashley na enfermaria e a raiva me veio na cabeça. Eu só pretendia xingar ele, mas a raiva foi tão forte, que eu comecei a chorar. E eu odeio chorar na frente das pessoas, ainda mais na frente dele. Ele nem devia saber que eu fico com raiva dele, ele nem devia saber que eu sequer penso na existência dele!
E como não estava afim de ouvir mais coisas idiotas que saem da boca do Thomas, eu simplesmente sai correndo, morrendo de raiva e ao mesmo tempo, chateada com ele. Por que diabos eu tinha que gostar dele? Minha vida estava indo tão bem!
Sinto que ele corre atrás de mim, mas por conta do tornozelo, não dá muito certo. Mesmo assim eu não desacelero, porque sei que se ele vier até mim eu vou começar a brigar muito feio com ele e jogar na cara dele que sei sobre a Ashley e isso vai me deixar chorando mais ainda. E ele não merece me ver chorando, não merece. E ele não tem que saber que eu me importo com o que aconteceu entre ele e a ruiva. Quero que ele pense que eu não to nem ligando pras merdas que ele faz.
Saio pela porta do edifício que fica o teatro e bufo de frustração, passando a manga da blusa nos olhos e me obrigando a ficar calma.
Me encosto na parede e aos poucos, minha respiração vai desacelerando. Só quero que minha mãe chegue logo. Então me lembro que vou sair com meu pai e com a Claire depois. Eu só queria ficar dormindo em casa. Que raiva.
–Lydia? – chama a Katherin vindo pro meu lado e forço um sorrisinho. –Vem cá. – diz ela e me dá um abraço.
Pronto, isso basta pra me fazer chorar mais ainda.
–Lydia, você não vai mesmo me contar o que tá acontecendo? Eu sou amiga, só quero te ajudar.
–N-não é nada demais...
–Se não fosse, você não estaria chorando. E nem vem dizer que é só porque você está com raiva, sei que tem mais coisas nessa história que você tá deixando de fora.
Nos separamos e de novo, esfrego meus rosto com a blusa pra tirar as lágrimas.
–Eu só to tentando falar pra mim mesma que eu não me importo, mas tá difícil.
Ela assente, como se entendesse.
–Mas não dá pra guardar isso só pra você, porque eu sei que tem alguma coisa acontecendo e não adianta você falar pra mim que está tudo certo.
Só concordo com a cabeça.
–Vamos fazer assim, por que você não vai dormir em casa hoje?
–Nem dá, eu tenho que sair com a Claire e o meu pai.
–Posso dormir na sua casa então? – pergunta ela. –Aí você me conta o que tá acontecendo com você e eu tento ajudar.
Penso nisso, acho que seria uma boa. Falei só com a minha mãe sobre isso, nem comentei com a Jane e nem com a Kriss, porque sei que sempre falariam disso depois e eu não gosto de ficar lembrando. Mas a Katherin tá certa, não dá pra eu passar por isso sozinha.
–Vou perguntar pra minha mãe, mas acho que sim.
Eu ia dar carona pra ela mesmo, então se minha mãe deixar, a gente só passa na casa da Katherin e pega as coisas.
Logo ela chega e entramos no carro.
–Oi, Katherin. – diz ela com um sorriso e olha pra mim, ficando com um olhar preocupado. –Aconteceu alguma coisa?
–Muita coisa, tia. – diz a Katherin.
–Mãe, a Katherin pode ir dormir em casa hoje? – pergunto antes que ela comece o interrogatório.
Daí minha mãe diz que sim, a Katherin liga pra dela só pra saber antes mesmo de chegarmos na casa dela, a mãe dela deixa e logo passamos na casa dela e pegamos as coisas.
Quando chegamos no meu apartamento eu decido telefonar pro meu pai e falar que não vai dar pra sair. Pode ser egoísmo da minha parte, já que ele viajou só pra me ver, mas eu preciso tirar um tempo pra ficar sozinha. Não totalmente sozinha, mas você entendeu. Hoje não estou afim de fingir que estou bem, de ficar sorrindo pra não notarem que eu estou mal.
–Vou fazer uma macarronada pra vocês duas enquanto isso. – fala a minha mãe e eu e a Katherin vamos pro meu quarto.
Ela se senta na minha cama e eu fico no tapete do chão, fazendo uma trança distraidamente no meu cabelo.
–Pode começar. – fala a Katherin.
Respiro fundo.
–Provavelmente você vai ficar do lado do Thomas.
Ela ri.
–Aham, com certeza. Larga de ser otária! – diz ela e joga uma almofada em mim. –Ele ficou super estressado de ver você beijando o Bernardo, já ia te xingar, fiz ele calar a boca. - solto uma risada. –Ah, e ele foi atrás de você. Quer dizer que seja lá o que aconteceu pra você estar brava com ele, ele se importa com você.
–Acho que não... – falo olhando pra baixo e volto a olhar pra Katherin.
–Lydia, ele parecia realmente preocupado. Eu conheço o Thomas a muito tempo, ele é muito amigo meu e te afirmo com toda a certeza do mundo que ele se importa com você.
Ignoro o que ela disse e falo do episódio da enfermaria. Engulo em seco depois de falar da Ashley e ficamos em silêncio.
–Deve ter alguma explicação. – diz ela por fim.
–Não tem explicação, Katherin. Ele só não presta, só isso. – agarro a almofada, meio que abraçando-a. –Eu sei que eu e ele não somos nada, mas mesmo assim. Ele me beijou uma hora, nem três horas depois ele estava se atracando com a Ashley... Isso dói.
–Ele sabe que você sabe disso? – nego com a cabeça. –Pois você devia ir falar com ele sobre isso, sabe, não adianta ficar brava com ele e não fazer nada.
–Mas eu estou fazendo, estou evitando ele.
Katherin solta uma risadinha.
–O Thomas não vai parar de ir atrás de você e você sabe disso. Lydia, ele gosta de você, só você que não enxerga isso.
Fico quieta olhando pra baixo.
–E eu to mantendo a calma, porque sei que tem coisa errada nessa história toda dele e da Ashley. Vou falar com o Peter e com ele.
–Não fala pra ele que eu sei.
Ela revira os olhos.
–Tá legal, converso com o Peter e eu e ele vamos falar com o Thomas.
–Ainda acho melhor não. – falo e me levanto pra ir tomar um banho. –É sério, Katherin. Não faz isso. Eu não quero nunca mais falar com o Thomas. Diz pra ele que eu quero ele bem longe de mim.
Só vejo ela assentir.
–Eu to falando sério. – pego meu pijama no armário. –Se a comida ficar pronta, avisa pra minha mãe que já vou.
Entro no banheiro e tranco a porta, me olhando no espelho. Eu não devia chorar pelo Thomas, ele não merece minhas lágrimas. Ah, não merece mesmo.
Saio do banho e na mesa minha mãe pergunta sobre o que aconteceu.
–Sabe o Bernardo, um idiota que já comentei sobre? – ela assente. –Então, hoje ele simplesmente veio até mim, me puxou, e me beijou.
Minha mãe arregala os olhos.
–Não, eu não queria beijar ele. Eu só fiquei em choque, mas não demorou muito pra eu me afastar dele e empurrei ele. Mas o Thomas parece que não viu que eu afastei o Bernardo e por isso, ele ficou com raivinha. Fim.
Acho que nunca contei uma história tão rápido quanto contei agora, mas estava realmente sem paciência pra ficar explicando.
–Nossa, tá explicado. Porque quando o Thomas me falou, eu até achei estranho você ter beijado o Bernardo. – comenta a Katherin. –Esse Bernardo é um babaca!
–Um idiota, isso sim! – concorda minha mãe. –Quem esse garoto pensa que é pra fazer isso?
–Eu não sei o que ele tava pensando, só sei que isso só me deixou com mais nojo dele do que eu já tinha. – faço uma cara de desgosto ao lembrar do beijo dele. –E ainda por cima, beija mal pra caramba!
As duas riem um pouco disso.
–Só acho que você só quer beijar uma pessoa. – começa a Katherin.
Reviro os olhos.
–Como o nome dele mesmo, Katherin? – pergunta minha mãe cinicamente.
–É Thomas, tia.
–Isso, Thomas.
Olho irritada pras duas.
–Se vão continuar com isso, eu saio daqui.
–Calma, é brincadeira. – fala a minha mãe e logo começo a falar pra Katherin que minha mãe vai sair com o bonitão do trabalho dela.


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Notas finais do capítulo

juro que vou tentar postar o próximo o mais rápido possível!
e o que vocês acharam?