Me apaixonei pelo seu sorriso... escrita por Suzanna


Capítulo 94
2º temp. " Johnson Está Fora u.u"




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Se medo fosse um copo cheio de água, eu havia bebido toda essa água. Não tinha mais espaço para desespero no meu corpo!

Aquele corpo grudado ao meu, aquelas mãos me segurando forte, ambos desconhecidos. Eu não pensara em ninguém que poderia estar fazendo isso comigo.

Meu corpo foi virado em um ato rápido e minha boca continuava tapada. Aqueles olhos castanhos transbordando de malícia e aquele sorriso assustador nos lábios. Eu me surpreendi ao ver quem era.

_ Com medo de mim? - perguntou Dylan sorrindo malicioso. Meus olhos arregalados o encaravam. Minha respiração insistia em falhar.

Senti meu corpo ser pressionado contra a parede gelada da cabine e ele se aproximar de mim prendendo minhas pernas com as suas. Eu queria morde-lo mais não conseguia. Lágrimas insistiam em querer descer e eu as segurava. Sua cabeça seguiu para meu pescoço e senti seus lábios tocarem o mesmo.

Eu não podia gritar, bater, morder, espernear ou sequer chorar. Meu corpo involuntariamente tremia e isso o fazia rir, seus dentes tocaram minha orelha. E por um descuido de sua mão em minha boca, eu consegui morder com força. Ele me soltou para sentir sua dor e eu arrisquei sair correndo, mais ele foi rápido e me jogou com força em direção a parede.

_ Muito feio oque você fez... - ele disse rindo e tapando minha boca novamente. Ele agora apertava mais meu corpo contra a parede e isso doía.

_ Morder me deixa excitado! - ele continuou e aproximou sua boca da minha. Eu não aguentei em segurar, lágrimas desceram pelo meu rosto e gritei abafado pela sua mão.

Ele segurou- me somente com a mão tapando minha boca e levou sua outra mão até o bolso, puxando um pano branco. Engoli em seco e fiquei com mais medo ainda do que ele pensava em fazer. Vi um sorriso surgir em seus lábios e numa rapidez ele me puxara de costas para ele e amarrara o pano em minha boca.
_ Vou poder usar minha mão em algo mais interessante. - ele disse em meu ouvido e com meu corpo de costas colado ao seu ele desceu sua mão até minha coxa e apertou.

Seus lábios tocavam meu pescoço e eu chorava feito uma criança assustada...

CASTIEL:

Aulas são sempre chatas, não adianta rezar. Encarei a carteira da anã, ainda vazia e cheguei me preocupar. Ela estava demorando demais no banheiro. Cutuquei a grisalha em minha frente e ela se virou:

_ Não acha que a Jenny está demorando? - perguntei e ela olhou em volta.

_ Quer que eu vá ver oque aconteceu? - perguntou.

Nesse instante o sinal tocara e dera Graças a Deus:

_ Vamos nós dois juntos! - respondi e a mesma assentiu.

Saímos da sala e fomos em direção ao banheiro feminino e estava silencioso. Eu não podia entrar, mais a Rosa sim. Ela abriu a porta e observou por todo espaço.

_ Não tem ninguém... - ela disse e sem pensar pus a cabeça para dentro do mesmo.

_ Para onde ela iria? - perguntei.

_ Porão? - ela respondeu com uma pergunta sem muita certeza.

Dei de ombros e ela saiu do banheiro:

_ Espera! - falei parando de andar. _ Ouviu isso? - perguntei.

_ Oque? - perguntou.

_ Um grito abafado. - respondi e no mesmo instante ouvi outro.

_ Veio do banheiro feminino. - ela disse e nos aproximamos do mesmo. Ela abriu a porta e novamente observamos dentro.

_ Aquela cabine está fechada! - falei me referindo a última cabine no canto da parede esquerda.

Dane-se essa porra de meninos não podem entrar no banheiro feminino. Minha namorada sumiu e eu acabei de ouvir um grito. Adentrei o banheiro e recebi um olhar assustado da grisalha. Fechei a porta do mesmo e ambos nos aproximamos da cabine. Bati na porta da mesma e não recebi resposta além de outro grito abafado que agora eu tinha certeza que era da anã.

Forcei a porta até ela se abrir e encarei a cena. Minha anã com a boca tapada por um pano e com sua roupa totalmente desconcertada. Ela chorava e soluçava. Ele a segurava contra a parede e ambos estavam encima do vaso sanitário. Eu estou louco ou esse cara ia se aproveitar dela?!

O ódio tomara conta de mim e eu puxara aquele psicopata pela gola da camisa. Ele cairá no chão e eu me pus encima do mesmo, distribuindo socos em seu rosto. Ele não tinha como reagir, seu corpo estava totalmente por baixo do meu.

_ PARE CASTIEL, VAI MATA-LO! - rosa disse se aproximando e tentando segurar meu punho.

_ ESSA É A IDEIA! - respondi desferindo mais e mais socos.

Meu corpo fora puxado de cima do garoto e fui segurado pelo Lysandre e Armin. Encarei o garoto desacordado no chão e com o rosto sangrando bastante. Minha respiração descompensada e meu sangue ferviam.

_ Jenny, precisa de você agora! - ouvi Lysandre dizer e encarei a anã já sem o pano na boca, mais ainda completamente desesperada e abraçada a Rosa.

Puxei meus braços dos rapazes que me seguravam e me aproximei da mesma. Seus olhos tristes e marejados me encaram e pude ouvir seus soluços. Puxei seu corpo contra o meu e a abracei mais forte que podia, ela agarrou-se a minha camisa e encostou sua cabeça em meu peito. Beijei o topo de sua cabeça e uma lágrima rolou em meu rosto, não aguentava vê-la chorando.

_ Posso saber oque aconteceu aqui? - a voz enjoada da diretora soou no silêncio do banheiro e depois vi seus olhos piscando nervosamente.

_ Jenny, fora assediada! - Armin respondeu.

_ OQUE?! - a velhota perguntara assustada e encarara a anã abraçada à mim.

Nesse instante pude ver o garoto recuperando a consciência e se sentando nos encarando com a cara completamente desfigurada:

_ Ele, diretora! - Rosa disse apontando para o mesmo. _ Ele estava prestes a estuprar a Jenny aqui no banheiro. - concluiu.

A cara da velhota era de chocada. Seu olhar de raiva e susto encarou o garoto e depois a Jenny e depois a mim:

_ Você fez isso com o rosto dele? - perguntou-me e assenti.

_ Ele só estava defendendo a namorada. - Lysandre defendeu-me.

_ Quero todos na minha sala, agora! - ela disse furiosa e os garotos foram obrigados a ajudar o inútil.

_ Castiel... - ouvi o sussurro da anã agarrada a mim e a olhei preocupado. _ Não estou me sen... - ela começou pausadamente e logo depois apagou.

Segurei-a para não cair no chão. Meu desespero se tornou maior ao vê-la apagada. O olhar da diretora se tornou preocupado e do resto também. Peguei a garota em meu colo e rezei para ela acordar:

_ Leve-a para enfermaria e quando ela se sentir melhor, venham até minha sala. - a velhota disse enquanto a Rosa colocava a cabeça da garota sobre ombro e assenti.

_ E quanto a ele? - perguntou Armin.

_ Tragam pra minha sala. Se ele consegue assediar uma garota, consegue ficar sem curativos. - ela disse e pela primeira vez eu admirei a velhota.

***

Já fazia meia hora que ela estava apagada. A enfermeira explicara que ela sofrera uma queda de pressão por causa do acontecido e isso causará o desmaio. Ela também colocara a anã no soro e explicou que isso faria recuperar as forças e que ela poderia ter possível principio de vômito.

Eu deveria ter matado aquele filho de uma mãe. Não me importaria em ser processado ou julgado por homicídio. Ele mexera com minha anã, minha namorada.

_ Como ela está? - perguntou Gabi da cortina da enfermaria.

_ Ainda sem acordar. - respondi e ela se aproximou da garota na cama.

_ Ela vai ficar bem? - perguntou alisando o braço da mesma.

_ Sim. Como soube? - respondi e perguntei. _ O colégio todo já sabe. Mais Armin que me contou! - ela respondeu me encarando sentado à uma cadeira perto da cama.

_ É péssimo vê-la dessa forma! - falei observando a garota que não mexia um dedo sequer.

_ Você a ama. É normal que se sinta assim. - era mesmo minha irmã de treze anos ali?! Ou era uma velha na pele dela?!

Assenti e ela depositou um beijo na testa da anã. Ela também estava mal, afinal ela também ama a Jenny. Como não ama-la?!

JENNY:

Meus olhos pesavam em abrir. Encarei aquele teto branco e me arrependi ao fitar uma lâmpada acesa. Suspirei como se eu já estivesse horas sem respirar e ouvi um barulho. Olhei para a direção do mesmo e vi seus cabelos ruivos, seus olhos acinzentados e suas mãos segurando a minha. Sorri fraco e vi outra pessoa se aproximando, a garotinha de cabelos castanhos e olhos acinzentados, sua expressão era de aliviada.

_ Como se senti? – a voz do ruivo soou como musica em meus ouvidos.

_ Enjoada! – respondi soltando um fraco sorriso e ambos também.

_ Vou chamar a enfermeira. – Gabi anunciou e saiu.

_ O Dylan... – eu fora interrompida.

_ Não se preocupe. Ele está com a diretora e provavelmente será expulso. – ele respondeu alisando meus cabelos e eu sorri aliviada.

Logo a enfermeira chegou junto com Gabi e retirou-me do soro. Explicou-me sobre os possíveis enjoos e dores de cabeça, passou-me um remédio e depois me liberou. O ruivo me disse que teríamos que ir até a diretoria e tremi, não queria ter que olhar para cara daquele psicopata.

***

_ Que bom que não foi nada grave! –a diretora dizia se referindo ao meu desmaio. Só estávamos eu, ela, o ruivo, Rosa e os meninos na sala. Agradeci por Dylan não estar.

_ Só o fato de ela ter sido assediada, já torna tudo grave. – o ruivo disse sentando ao meu lado. E recebeu uma olhar nada amigável da mesma.

_ Bom... Gostaria de vos avisar que o Johnson fora expulso e o conselho tutelar já está cuidando de tudo! – ela disse se referindo ao psicopata e anotando algo em um papel qualquer.

_ O lugar dele é num manicômio. – Rosa disse de braços cruzados ao meu outro lado.

_ Quanto a você, senhor Castiel. Está suspenso por dois dias! – ela disse e aquilo assustou a todos.

_ OQUE?! – gritou o mesmo.

_ Você usou da violência para resolver as coisas, não admito isso no meu colégio. – ela disse num tom irritado.

_ Violência foi oque ele fez com ela! – Lysandre defendeu-me.

_ Está decidido. Castiel suspenso por dois dias e Jenny pode tirar também dois dias para descansar e se recuperar. – ela disse e todos suspiraram irritados.

Saímos da sala. O ruivo resmungava de sua suspensão, mais ao mesmo tempo havia gostado em saber que ia ficar em casa e ainda mais comigo. Rosa não me soltava de seu abraço e os meninos riam lembrando-se da cara do psicopata deformado.

– Essa é a nossa querida Jenny u.u
– Linda não é!


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