Me apaixonei pelo seu sorriso... escrita por Suzanna


Capítulo 78
2º temp. " A Frieza Das Lembranças"


Notas iniciais do capítulo

Nada acontece por acaso.
Não existe a sorte.
Há um significado por detrás
de cada pequeno ato.
Talvez não possa ser visto
com clareza imediatamente,
mas sê-lo-á antes que
se passe muito tempo



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"Os encontros mais importantes já foram combinados pelas almas antes mesmo que os corpos se vejam..." Paulo Coelho

_ DROGA! – o ouvi dizer e logo em seguida suspirar. Optei por descer aquelas escadas. Minhas pernas tremiam e meu coração acelerava. Terminei o ultimo degrau e me mantive de cabeça baixa. O silêncio pairou no ar.

_ Oi... – eu disse amedrontada. Encontrei seus olhos que estavam surpresos e frios. Azul tinha razão, ele estava lindo. Havia cortado os cabelos em um corte bem comum e havia clareado mais seu tom ruivo, uma franja ruiva caia sobre seus olhos.

_ Oi... – ele respondeu depois de longos segundos. Frio e grosso.

_ Estou de volta... – eu não pensara em nada melhor para dizer. Eu queria abraça-lo e sentir seu cheiro. Ele colocara sua guitarra no sofá velho e me encarara.

_ Eu vi... – grosso. Realmente ele estava um porre e aquilo era culpa minha. Neguei com a cabeça os pensamentos e suspirei. Virei-me de volta para escada e senti as lágrimas pedirem para sair. Não dei permissão para caírem e subi os degraus.

***

Meu encontro com ele foi do péssimo ao inútil. Agora eu poderia desabafar aquele peso que eu carregava. Virava na cama depois de um banho gelado, não vira mais ele depois do porão, voltei para casa sozinha e isso me trazia pensamentos ruins e até lembranças felizes.

FLASH:

Nas ruas ainda tinham várias poças de agua acumuladas, o ruivo me olhou sapeca e chutou uma poça de agua fazendo respingar tudo em mim.

_ CASTIEL... – gritei irritada e ele sorriu.

_ Já estamos voltando para casa, nada como brincar um pouco. – ele respondeu ainda sorrindo e eu fiz uma cara de “ah é” e imitei seu ato, chutei uma poça e agarrou nele.

Ficamos um grande tempo fazendo isso e logo começou a chover, sorrimos olhando para o céu de onde vinham as gotas geladas e senti seus braços me envolverem a cintura e me puxar para perto, olhei para seus olhos e sorri, ele mordeu os lábios e depois selou nossos em um beijo molhado e carinhoso, nossas testas coladas e nossas respirações ofegantes, paramos sorrindo e recuperávamos o folego, seus cabelos vermelhos colados na testa por conta da chuva e o meu do mesmo jeito, nos afastamos e nos olhamos completamente encharcados.

_ Vamos antes que fiquemos doentes. – ele disse sorrindo e eu assenti.

FLASH OFF:

Havia fotos, vídeos... Lembranças que era inevitável não lembrar.

Minha porta se abrira revelando uma cabeça pequena de cabelos castanhos.

_ Vem Sophie! Estava morrendo de saudades, pequena! – eu disse sorrindo e então a pequena correu, pulou na cama e me abraçou forte.

_ Jen, sabia que eu vou interpretar lago os cines? – ela perguntou tão fofa. Eu sorri e neguei. _ Vou dançar bem lindo, você vai ver. – ela concluiu rondando em pé na minha cama e depois caindo em meu colo.

_ Ela não para de falar nisso. – a voz da Gabi soou. Encarei-a encostada á porta.

_ Gabi minha linda, vem cá e me dá um abraço. – eu disse abrindo os braços.

_ Pensei que não fosse pedir... – ela disse sorrindo e correu para meu abraço.

Cara se saudades matasse, meu funeral não tinha nem mais graça!

_ Então... Gostando de Sweets Amoris? –perguntei.

_ Fora a diretora ser uma louca! – rimos. _ Sim... – Gabi concluiu animada e eu dei um beijo em sua testa.

_ Ok... Prazo para idiotices! Gabi e Sophie a mamãe chegou e está chamando-as. - a voz do ruivo frio soou na porta. As meninas suspiraram irritadas e saíram do quarto. Ele continuou ali á me encarar.

_ Espera... – eu disse assim que o vi se virando para ir embora. Corri ao seu encontro e parei em sua frente. _ Posso te pedir uma coisa? – perguntei.

_ Fala... – respondeu.

_ Pode me dá um abraço? – pedi e senti o choque em minhas palavras. Vi ele suspirar entediado e logo depois senti seus braços ainda mais fortes me preencher, seu cheiro adentrava minha mente, segurei firme sua cintura e me apoiei em seu peito.

_ Tudo bem... Já chega! – ele disse me afastando e adentrando seu quarto.

***

Meus tios me receberam de braços abertos quando me viram descendo as escadas. Por sua vez todos tinham mudado um pouco. Percebi que a Gabi havia colocado aparelho nos dentes e caprichado nas mechas rosa do cabelo, Sophie havia feito franjinha, minha tia havia pintado os lindos e longos cabelos de ruivo e meu tio havia feito a barba (KKK).

_ Pensei que não quisesse voltar mais! – minha tia disse me abraçando. Sorri e neguei.

_ Vão ter que me aturar muito, - eu disse sorrindo e foi a vez do meu tio me abraçar.

_ Sentimos sua falta! – ele disse sorrindo e bagunçando meus cabelos.

_ Onde está o Castiel? – perguntou tia para as meninas que deram de ombro e minha tia suspirou. _ Nunca toma jeito. CASTIEL! – ela gritou e em alguns minutos depois o ruivo surgiu sentando-se na escada.

_ Aonde é o incêndio?! – ele perguntou irônico e bagunçando seus próprios cabelos com a cara de sono.

_ Você já viu a Jenny? Que falta de educação se trancar no quarto. – ela disse bem irritada e ele revirou os olhos.

_ Ele já me viu. – eu disse sem animo e ele me encarou. _ E como estou cansada, vou indo pro quarto. Boa noite! – conclui sorrindo falso e subindo as escadas. Passei pelo ruivo sem mira-lo e adentrei meu quarto.

CASTIEL:

Eu pensei que ela não fosse voltar. Que ficaria em seu mundo de fama e glamour. Eu já estava me acostumando com a ideia ou pelo menos eu acho. Voltava a ser o que eu era antes, havia mudado só por ela. Perdia-me bastante nas lembranças e até pensava em correr atrás do prejuízo. Mas desistia na mesma da hora. Sim... Sou um fraco! Tornei-me assim quando passei a amar. Mudei por ela e depois á perdi. Por isso voltava a ser o que sempre fui.

Meu chão se abriu quando eu á vi ali na minha frente parada, com sua cabeça baixa. Ela havia voltado e estava ali mais uma vez naquele escuro porão esperando por um simples “Oi”. Só pude responder amargamente, eu havia me tornado tudo que ela odiava quando chegou aqui.

Quando simplesmente á vi subindo os degraus e sumindo. Pude suspirar decepcionado, queria muito senti-la perto de mim. Mais neguei meus sentimentos.

Minha intenção era me trancar-me por todo o dia e só encara-la no colégio de relance. Quando ela simplesmente me pediu aquele abraço, eu pensei em negar com medo de não resistir em toca-la, mas aceitei e a abracei. Seu cheiro continuara o mesmo e sua pele estava ainda mais macia. Sua cabeça recostada ao meu peito me fazia lembrar-me de todos os momentos em que fomos felizes.

Quando á vi passando por mim nas escadas. Ali eu sabia que ela estava ligeiramente magoada. Afinal eu estava frio novamente, eu me sentia arrependido de algumas coisas, mas nunca de ama-la.


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Notas finais do capítulo

Se o link não abrir. Aqui o link do corte de Castiel: http://barmetrosexual.com/wp-content/uploads/2011/01/cabelo-repicado-com-franja-masculino.jpg

Ele está lindo assim u.u