Me apaixonei pelo seu sorriso... escrita por Suzanna


Capítulo 79
2º temp. " Impossible"




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Hey! Não tive nem tempo de arrumar minhas malas no armário. Suspiro. A rotina batia de volta na minha janela, eu não precisara de despertador quando é inimigo perpetuo do Sol. Lavava meu rosto no intuito daquelas manchas roxeadas á baixo do meu olhos fossem só maquiagem borrada, mas bem... Eu não dormi muito bem então elas eram olheiras. Suspiro de novo. Adentrei no chuveiro, tão animada que podia se ouvir meus pulinhos.

_ Deveria ter ficado em Nova York... – pensei alto demais ao ver as horas, 06h46min eu ainda estaria no meu querido sono lá.

Vesti a roupa que jurei combinar com os tênis vermelhos. Passei a maquiagem, peguei meu celular e mochila. Desci...

_ Bom dia... – isso foi quase um sussurro vindo de mim. Como se uma formiga tentasse se comunicar com os humanos.

_ Bom dia querida! – Marta e minha tia disseram em coro e meu tio somente ergueu a mão em um aceno. Sophie já havia tomado seu café e dançava para lá e para cá na sala. Gabi sorriu e voltou a beber seu iogurte.

_ Jenny pode me fazer um favor? – ao ouvir isso de minha tia. Eu já imaginara que ela iria me pedir para levar a pequena no ballet. Então assenti. _ Por favor, só você sabe acordar aquele preguiçoso do meu filho, pode quebrar essa pra mim?! – quebrar essa?! Como?! Eu perdi o capitulo em que minha tia ficava mais moderna?!

_ É... – engasguei. Droga! Eu acordar ele?! Não acho isso uma boa ideia. Suspirei e me levantei da mesa. Subi as escadas rezando para não sair daquele lugar, congelada de tanta frieza do ruivo. Bati na porta e como eu imaginava. NADA!

Adentrei o quarto. Ele continuava o mesmo. Não havia mudado nada, nem mesmo as posições dos moveis. E lá estava ele jogado de papo para cima na cama, seus cabelos caindo sobre os olhos e seu peito nu. Atravessei aquela bagunça de roupas jogadas pelo chão. Cara, Marta terá muito trabalho aqui!

_ Castiel... – chamei um pouco próxima da cama e ele nem mesmo se mexeu. _ Castiel... – aumentei meu tom de voz e NADA!

Suspirei. E me aproximei da cama, ou melhor, subi nela e cutuquei o ruivo. Ele se mexeu, finalmente. Com seus olhos ainda fechados, seus braços me puxaram com uma rapidez e me puseram perto dele. Meus olhos se arregalaram e meu nervoso já se notava até nos meus cílios.

_ O que é? – ele perguntou ainda de olhos fechados. Senti sua respiração misturada a minha e tentei me soltar.

_ Sua mãe... – eu travava. _ Ela pediu para te acordar, para não se atrasar! – respondi. E foi ai que os acinzentados se seus olhos encontraram os meus.

_ Por que não para de insistir? – ele perguntou enquanto se levantava e me deixava lá sem entender porra de nada.

_ No que? – perguntei mais confusa que nó cego.

_ Em termos uma conversa normal. – ele disse sem me encarar. Apenas ajeitava os cabelos.

_ Se eu parar, nunca conversaremos normal. – eu disse meio na logica e me levantei.

_ Exatamente. – ele disse me encarando. _ Então pare! – ele concluiu deixando claro que oque ele menos queria era um papo comigo.

_ Ok... – eu respondi totalmente decepcionada. _ A partir de hoje, somos somente moradores da mesma casa e colegas de sala. –conclui com um nó imenso na garganta e caminhei até a porta.

_ Diga a minha mãe que já estou descendo. – ele disse bem grosso e sem ao menos fita-lo, bati a porta.

***

Quando finalmente dei o recado para minha tia. Peguei minha mochila e sem nem ao menos um “tchau” eu sai da casa. Usaria esse caminho, sozinha para refletir minhas ideias mais bagunçadas do que meu quarto.

_ Ruivo idiota... – pensei alto demais. Esqueci que estava no meio do corredor esperando a Rosa pegar seus livros no armário. Ela me encarou meio confusa e depois revirou os olhos.

_ Isso prova que seu encontro com ele foi terrível. – ela disse e assenti entortando a boca. _ Ele te acertou com a frieza dele? – ela perguntou.

_ Mais do que isso. Ele foi um grosso, idiota e idiota... – eu repetira as palavras sem ao menos notar, vi a grisalha sorri. _ Ele simplesmente olhou na minha cara e disse “Pare de insistir para conversarmos”. – bufei irritada. _ Aquele imbecil! – tornei xinga-lo e no mesmo momento ele passou pelo corredor e me encarou de relance, virei meu rosto e encontrei o azulzinho vindo com Iris.

_ Olha ela, olha ela ai... – o azulzinho vinha cantando e apontando para mim. Não aguentei em rir. _ Como é Iris? – ele perguntou e a ruiva gargalhou.

_ Quem é ela?! É Jenny sim... – a ruivinha terminou cantando. O povo no corredor me encarou sorrindo e começaram a fazer batuque.

_ Por que ela... É uma diva sim... – o azul terminou ao som do batuque. Eu estava rindo á toa. E Rosa coitada, mal se aguentava em pé de tanto ri.

_ Você é mais louco do que os pobres coitados do hospício. – eu disse assim que ele se aproximou e me abraçou. Encarei Iris que ria muito, ela estava realmente mudada.

_ Eu não ouvi seu batuque, ruivinho! – o azul disse direcionando seu olhar para o idiota ruivo. Ele revirou os olhos e sorriu sarcástico.

_ Não batuco para coisas desnecessárias. – ele respondeu totalmente grosso. E meu sangue ferveu em minutos. Fui segurada pela Rosa e Iris para não voar no ruivo.

_ Que isso! Gente, soltaram a onça do zoológico! – o ruivo continuou provocando. E por descuido das meninas eu o alcancei e desferi uma pequena unhada em seu pescoço. Vi um pouco de sangue descer e nas minhas unhas um pouco de sua pele.

_ Ok... Vamos sair daqui! – o azul disse me puxando junto com ele.

***

Foi malvado da minha parte. Mas eu amei tirar sangue daquele imbecil, eu deveria ter deformado sua cara limpa. Quem ele pensa que é para me chamar de desnecessária ou onça?! Se bem que onças adoram pegar suas presas com as garras. A aula havia começado há uns 30min e seguia tranquila, fora os olhares para mim e para o imbecil mais atrás. Alguns tinham visto minha pequena demonstração de como posso ser perigosa no ruivo e quando eu digo alguns, eu quero dizer os 60 alunos que estavam no corredor. Eu não arriscava olhar para trás e receber aquele olhar mortal.

_ Já pensou no fato de você tê-lo deixado excitado? – o azul perguntou me tirando dos devaneios. Como?! Excitado?! O olhei sem entender caralho nenhum. _ Tipo, homens gostam de unhadas, isso fazem eles pensarem que as mulheres são selvagens. – ele concluiu e eu fiz um “ah” e depois fiz um “não”.

_ Eu o deixei com muita raiva, isso sim... – eu respondi e ele sorriu.

_ Ou os dois! – ele rebateu e eu encarei-o com um olhar mortal que diz “cala-te boca”.

Ás aulas se passou e finalmente era a hora do melhor. O intervalo. Todos saiam da sala pulando e rindo e o destino de sempre era o pátio. Meus amigos saíram e eu meio que me afastei por um segundo, estava sem fome e queria pensar um pouco sem toda animação do azul ou conversas malucas dos outros. Fui até a escadaria e me sentei sobre o terceiro degrau, mexia em meu celular até ver ele. O imbecil ruivo, vindo provavelmente para seu amado porão.

Ele passou sem me encarar e se trancou no subsolo escuro. Fechei os olhos e suspirei. Estávamos ainda piores do que quando nos conhecemos. Cada nota que ele tocava em sua guitarra mostrava oque eu não podia ver, mostrava sua raiva e desprezo. Eu podia ouvi-lo da escada e que queria sossego acabei encontrando desprezo.

_ O pessoal está te procurando... – a voz do grisalho soou. Observei-o indo em direção ao porão.

_ Estou indo vê-los! – respondi sem animo e me levantei ajeitando o vestido. Ele sorriu e adentrou o porão. E eu segui para o pátio.

LYSANDRE:

_ Viu quem estava na escada? – perguntei assim que vi o ruivo sentado no sofá com um violão em mãos.

_ Jenny Louis. – ele respondeu como se não fosse nem um pouco importante.

_ Vai continuar tratando-a assim? – perguntei enquanto pegava a guitarra e tocava alguns acordes.

_ Não vejo como poderia tratar melhor... – respondeu frio e ríspido. Colocou seu violão sobre o sofá e seguiu para pegar uma bebida em cima da mesa.

_ Cara, você vai acabar perdendo ela de novo! – eu disse o encarando meio confiante e ele riu sarcástico.

_ Cara, não se pode perder oque não achou! – ele respondeu bastante amargo. Eu dei de ombros e resolvi acabar com o assunto.

JENNY LOUIS:

_ Esse lance do Castiel está acabando contigo! – Rosa disse bem perto de mim. Estávamos na ultima aula, eu dava graças á Deus por um lado. Eu a encarei de canto e assenti.

_ Ele só não é mais idiota, porque é um só! – balbuciei e ela sorriu. _ O pior é que sei que sou culpada de tudo. – conclui e ela negou.

_ Você não tem culpa nenhuma dele ser um idiota, já nasceu com ele. – ela tentou me consolar.

_ É... Mas eu o deixei. Simplesmente não estava pronta para tentar de novo e como sempre achei eu e ele nunca fomos certos para ficarmos juntos. Tantas decepções e tantos erros. – eu disse deitando a cabeça na mesa da carteira.

_ Tira isso da sua cabecinha... - Rosa disse acariciando minha cabeça.

_ Impossible! - pensei alto na musica que combinaria perfeitamente com tudo isso.

Lembro-me de anos atrás

Alguém me disse que eu deveria tomar

Cuidado quando se trata de amor

eu fiz

E tu eras forte e eu não estava

Minha ilusão, meu erro

Eu era descuidado, eu esqueci

eu fiz

E agora, quando tudo está feito

Não há nada a dizer

Tu tens ido e sem esforço

Tu ganhas-te

Tu podes ir adiante dizer-lhes

Diz-lhes tudo o que sei agora

Gritar isso aos quatro ventos

Escrevê-lo na linha do horizonte

Tudo o que tínhamos foi embora agora

Diz a eles que eu era feliz

E meu coração está quebrado

Todas as minhas cicatrizes estão abertas

Diz-lhes o que eu esperava ser

Impossível, impossível

Impossível, impossível

Caindo de amor é difícil

Caindo para a traição é pior

Confiança quebrada e corações partidos

Eu sei, eu sei

Pensando tudo que tu precisas está lá

Edifício fé no amor e palavras

Promessas vazias usarão

Eu sei, eu sei

E agora, quando tudo se foi

Não há nada a dizer

E se tu és feito com a envergonhar-me

Em seu próprio país, tu podes ir adiante dizer-lhes

Diz-lhes tudo o que sei agora

Gritar isso aos quatro ventos

Escrevê-lo na linha do horizonte

Tudo o que tínhamos foi embora agora

Diz a eles que eu era feliz

E meu coração está quebrado

Todas as minhas cicatrizes estão abertas

Diz-lhes o que eu esperava ser

Impossível, impossível

Impossível, impossível

Impossível, impossível

Impossível, impossível

Lembro-me de anos atrás

Alguém me disse que eu deveria tomar

Cuidado quando se trata de amor

eu fiz

Diz-lhes tudo o que sei agora

Gritar isso aos quatro ventos

Escrevê-lo na linha do horizonte

Tudo o que tínhamos foi embora agora

Diz a eles que eu era feliz

E meu coração está quebrado

Todas as minhas cicatrizes estão abertas

Diz-lhes o que eu esperava ser

Impossível, impossível

Impossível, impossível

Impossível, impossível

Impossível, impossível




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