Me apaixonei pelo seu sorriso... escrita por Suzanna


Capítulo 101
2º temp. " E seja o que Deus quiser..."




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(...) E seja o que Deus quiser...

E meu coração parecia querer voar de dentro de mim, meu sangue fervia, minha respiração entregava todo meu nervoso e meu corpo todo suava frio. Eu não suportava pensar nessa possibilidade, mal sabíamos cuidar de nós mesmos. Confesso que fui invadida por uma angústia sem fim e medos gigantescos e imensuráveis. Ser mãe é:

Quando um bebê decide vir ao mundo, nasce com ele uma mamãe.

Uma mãe é mãe desde o primeiro instante. Mesmo quando a vida ainda é um minúsculo ser implantado no ventre, a gente já é mãe do coração. Todo nosso pensamento, todo nosso cuidado se volta para esse serzinho que, tão minúsculo, já provoca emoções tão grandes.

A simples descoberta já nos traz um turbilhão de emoções inexplicáveis. A vida nunca mais vai ser a mesma. E nos perguntamos: “será que vou ser uma boa mãe?”, “Será que vou saber cuidar do meu bebê?”.

Mas uma mãe não nasce mãe e não aprende a ser em escolas. Uma mãe é e isso basta. Mãe sente, mãe adivinha, mãe aprende sofrendo, mãe sofre aprendendo.

Benditas são as mulheres! Se elas suportam uma das maiores dores, sentem sem dúvida a maior das felicidades. Uma mulher grávida é sempre algo sublime, ela tem algo de anjo e santo, uma aura invisível que reflete e ilumina seu rosto. Ela carrega nela a vida, um pedacinho dela mesma que vai um dia ter vida própria e isso é maravilhoso e assustador ao mesmo tempo.

Deve ser por isso que nos tornamos tão emotivas e choramos tão facilmente. Deve ser essa a razão de querermos estar satisfeitas em todos os nossos desejos.

Que a gravidez não é uma doença é verdade. Mas que não digam que é normal e que a pessoa pode viver normalmente, pois isso não é verdade. Todo o equilíbrio físico, psicológico e emocional fica balançado. Há ainda hoje civilizações onde as mulheres grávidas são tratadas como seres especiais e divinos.

Mãe que está descobrindo as alegrias da maternidade agora deixa eu te dizer uma coisa: se você tem medo de não saber o suficiente para ensinar ao seu bebê os caminhos da vida, saiba que é com ele que você vai aprender a trilhar muitos desses caminhos. Viva a sua gravidez em todos os seus instantes e não se preocupe se está fazendo ou se fará as coisas certas ou erradas. Seu coração vai te ditar, confie nele! Aproveite ao máximo cada segundo, pois cada momento é único e esse privilégio não é dado a todos.

__ Eu não estou gravida, Castiel. – liberei as palavras assim que acordei de todo transe e me sentei abraçando meus joelhos com as mãos suadas. Suspirei tentando me convencer disso também além dele.

__ Como pode ter tanta certeza? – perguntou se sentando ao meu lado e me encarando de modo duvidoso. Porra, as mulheres conhecem seu corpo.

__ Oras, tendo. – respondi ríspida. Meu nervoso estava num estado critico, chegara o ponto de até eu pensar que dentro de mim havia uma vida inocente e pequena.

__ Precisávamos ter certeza disso... – disse passando as mãos pelos cabelos, seu estado também não era dos melhores. Nem eu e muito menos ele, estávamos prontos para nos responsabilizar por um ser que não fosse cada um de nós mesmos. E muito menos enfrentar as consequências dos nossos erros.

__ Tudo bem... – respondi depois de um longo e pesado suspiro. Poderia sim, ser maravilhoso ser mãe, mais eu ainda mal sei trocar uma fralda, nem estou preparada para entregar minha vida e focar no simples fato de haver um feto dentro do meu ventre.

__ Por enquanto... Isso fica entre nós! – ordenou e por mais que odeie seu modo mandão, eu tive que concordar, afinal ele estava mais do que certo nesse momento.

__ Rezarei para todos os santos essa noite... – resmunguei.

__ Não exagera. Ter um filho não é o fim do mundo. – disse sorrindo nervoso.

__ Ter não, mas cuidar sim! – rebati e vi-o coçar a cabeça, confuso e ainda mais receoso.

***

O sol escaldante tomara conta do meu corpo assim que sairá da barraca, observei as ondas sendo quebradas nas pedras ao meio do mar e inspirei toda brisa ali presente. Fechei os olhos sentindo todo aquele paraíso tocar meu corpo de forma aconchegante, hoje estaríamos voltando para casa logo, logo. Todos ainda dormiam enquanto resolvi dar um mergulho.

A agua tomou conta do meu corpo libertando-me de todo peso morto, as ondas batiam sobre mim como se me mostrasse que eu não precisava ter medo e que precisava ser forte. Passei as mãos nos cabelos e fitei o grande penhasco de ontem, sorri ao lembrar-me da sensação de pular de encontro à agua e esperei mais uma onda tomar conta do meu corpo.

__ Você está bem? – a voz conhecida da grisalha soou logo atrás de mim e encarei-a parada ao meu lado. Não sei como não ouvir seus passos na agua. Assenti sorrindo e ela suspirou.

__ Acho que ontem o excesso de adrenalina não fez bem a ninguém. – pronunciei sorrindo e observando o horizonte onde o sol se escondia pela noite.

__ E eu estou morrendo de saudades de um pouco de cafeína. – informou a grisalha enquanto se espreguiçava sorrindo. Sorri de volta e concordei com ela.

__ Acha que rolou algo entre Gabi e Armin esses dias que eles dormiram juntos? – perguntei curiosa e mudando o rumo do assunto. Ela me encarou meio maliciosa e sorriu sapeca.

__ Não sei. Mas se eu fosse a Gabi eu tentaria algo, Armin não é de se jogar fora. – respondeu à grisalha enquanto me apoiava ao ombro dela.

__ Fala isso na frente do loiro e ele te mata... – disse sorrindo e ela retribuiu e deu de ombros.

GABRIELA:

Seu corpo sobre o meu enquanto ele focava em fazer os movimentos o mais devagar possível, suas mãos a cada lado de minha cabeça enquanto eu arranhava suas costas, seus beijos em meu pescoço enquanto eu gemia baixinho em seu ouvido. Era maravilhosa a sensação de se sentir preenchida, desejada e mulher. Armin havia me proporcionado isso e não me arrependia de nada aos meus, quatorze anos.

__ Seu irmão vai me matar... – disse assim que caiu ao meu lado, totalmente ofegante e suado. Nossos corpos nus colados e os cabelos grudando na testa mostravam o quanto foi bom e como não nos arrependíamos.

__ Ah não. Você acaba de me proporcionar a melhor experiência do mundo e depois fala do meu irmão. – brinquei e ele sorriu concordando que aquele não era o momento de lembrar-se do meu querido e amado irmão.

__ Eu te amo. – ele disse às palavras que eu mais queria ouvir desde que o vi, meu coração palpitou mais forte e minha boca se abriu num perfeito “O”.

__ Eu te amo. – respondi e logo colei nossos lábios em um beijo maravilhoso.

JENNY:

Fim de tarde. Estávamos voltando para casa e Gabi me contava os detalhes de tudo, imaginei que eles não se aguentariam em beijos sozinhos naquela barraca. Os outros já haviam ido cada um pra sua casa e nós seguíamos para nossa rua. Assim que abrimos a porta e fui recebida por uma rajada de abraços dos meus pais, meu coração gelou lembrando-se de tudo que teríamos que enfrentar agora.

__ Que bom que voltaram. Já estávamos mortos de saudades... – disse minha tia sorrindo.

__ Jenny, Tiel, Gabi... – gritou a pequena correndo em nossas direções e nos abraçando.

__ Temos um assunto para conversarmos! – o ruivo foi bem direto. Me coração saltou, eu teria um infarto agora mesmo.

__ Vem Sophie, me ajuda a guardar as malas... – disse Gabi percebendo que era uma conversa de adultos e saindo junto com a pequena.

__ Podem começar... – disse minha mãe enquanto eu tentava não entrar em pânico.

__ Eu e Jenny vamos nos casar e achamos que ela pode estar gravida! – engoli em seco assim que suas palavras saíram, os rostos de todos ficaram perplexos e eu congelei no tempo.


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