Dreamy's Girls escrita por Liaa Kun


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Oioioi gente, tudo bem? Como prometido voltei essa semana. (depois de 3 :( que vergonha ) mas todos já sabem o motivo pois eu andei explicando e postando alguns recados rs e obrigada a quem leu. Eu ia furar esse semana com vocês novamente, porque infelizmente sexta-feira meu primo faleceu e eu tive que ir viajar para ir no velório, quem me tem no face viu o meu luto, essas coisas realmente são complicadas, o enterro foi ontem, mas eu não ia abandonar vcs então resolvi postar mesmo assim ^^.
Hoje meus agradecimentos vai para as lindas Aika Yamashina e MayaHyuuga por favoritar minha fic, obrigada amores.
Chega de enrolações e bora ler né? rs boa leitura amores!!!



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Pov’s Sakura

Eu estava pulando de felicidades, finalmente havia conseguido um emprego, e ainda por cima de primeira em uma empresa renomada, não tinha como eu não ficar contente, mas, tinha um detalhe naquela felicidade toda que me incomodava... Sasuke! Eu falei que queria conversar com ele, eu não achava um ponto de explicação em tudo isso, e principalmente pelo fato dele nem olhar na minha cara. Sinceramente eu não sei o que eu fiz, e por isso quero saber.

– Testuda, vou me encontrar com Hinata agora, quero conhecer o lugar onde ela trabalha. – estávamos andando em direção ao nosso carro no estacionamento.

– Ela conseguiu um emprego? – perguntei mais pelo fato de como ela já estava sabendo.

– Conseguiu. Mandei mensagem para ela e Tenten o tempo todo que eu tinha uma brecha nos testes. – ela parou na porta de seu carro e virou para mim. – Aliás, a Tenten também, em uma escola.

– Oi? A Tenten professora? Coitada dessas pobres crianças... – eu até imaginava, a Tenten “meiga” do jeito que é colocaria uma bomba em dias em uma escola.

– Meu bem, escola de luta. – Ino respondeu piscando um olho para mim e abrindo a porta de seu quarto em seguida. – Até mais tarde bebe. – dito isso fechou a porta e deu ré para fora do estacionamento.

– Até. – respondi agora para o nada. Suspirei e entrei no carro, hoje eu resolveria uns porém da minha vida.

Pov’s Tenten

– Ei Ten, gostou do primeiro dia? – perguntou Temari caminhando do meu lado pela academia de luta.

– Gostei, mas tem uma pequena pedrinha no meu sapato que eu estou sentindo que ainda vai me incomodar muito. – suspirei cansada, o dia tinha sido longo para um primeiro.

– E essa pedrinha se chama Neji? – perguntou arqueando uma sobrancelha para mim sorrindo e eu arqueei as duas para ela.

– É... Só não sei o porquê dessa tua cara de malicia. – apesar do pouco tempo de contato com Temari, a loira já me assustava, bem mais do que a Ino.

– Esquenta não, eu sou assim mesmo, com o tempo você se acostuma. – dei um sorriso para ela que retribuiu e então olhou para o lado. – Bom, eu já vou indo, até amanhã.

– Tchau. – respondi e então ela fechou a porta de entrada. Dei a volta no balcão para pegar meu celular e minhas chaves que eu havia deixado ali. E pela obra do destino eu não os achava, me abaixei atrás do balcão para ver se estava em alguma das prateleiras de baixo e então encontrei. – Achei! – disse animada.

– Oi Tenten. – Pah! Bati a cabeça na penúltima prateleira pelo susto. – Ei está tudo bem? Não foi minha inten...

– Está tudo bem sim... – interrompi Lee me levantando e massageando a parte de trás da minha cabeça, não era por mal, mas eu não estava a fim de entrar em uma conversa naquele momento.

– Ok, você vai fazer alguma coisa mais tar... – e dessa vez o toque do meu celular que o interrompeu, fiz sinal para ele de 1 minuto e o mesmo assentiu.

– Oi amor. - atendi o celular e vi Lee arregalar os olhos, detalhe é que eu estava falando com Sakura, sorri. – Não estou ocupada pode falar. Sim, ahan, mas hoje? Claro que posso, já estou indo então, está bom, tchau. – desliguei o celular e olhei para Lee. – O que você ia me perguntar?

– Nada não, eu já vou indo, até amanhã. – Lee respondeu dando as costas e indo embora.

– Então tá. – peguei minha bolsa e já ia sair quando escuto mais uma voz.

– Ótimo trabalho hoje Tenten, quero te ver nessa força da juventude todos os dias. – Gai falava sorrindo amarelo e eu penas o olhava desconfiada. Observei o mesmo caminhar sorrateiramente até a porta de saída. – Tenten fecha tudo aí, eu tenho um compromisso agora e não posso atrasar, tchau. – sabia que tinha algo por trás dessa tal força da juventude.

Pov’s Ino

Segui o endereço que Hinata havia me passado e dessa vez nenhum motoqueiro bonito me distraiu pelo caminho. Estacionei o carro em frente a biblioteca, o lugar era bem grande e tinha um ar de antiguidade, não gosto dessas coisas, me dá certo medo, suspirei e sai do carro estava louca para ver Hina e contar tudo que tinha acontecido no meu dia. Caminhei até a porta, eu tinha que admitir que o lugar era lindo e grande, não sei o porque, mas eu estava sorrindo, abri a porta e meu sorriso sumiu, aquela cena sim dava medo.

– Err, se quiser eu espero aqui fora mesmo. – disse já voltando um passo para trás.

– Não, pode entrar. – respondeu Hina. Entrei e fechei a porta, o barulho que fez ecoou pelo lugar adentro, um frio subiu na minha espinha esses lugares antigos me dava calafrios.

– Ela não é da família, não tem que ficar aqui. – e então o cabeludo denominado Neji respondeu grosseiro. Franzi a testa com isso, quem é ele mesmo para falar assim de mim?

– Eu sou sim, o único que parece que não é aqui é você. – respondi andando na direção dos dois que estava na parte de fora do balcão que tinha ali.

– Nada que um teste de DNA não resolva. – respondeu todo bem humorado, que ridículo.

– Para ser família não precisa ser de sangue... E em 2 anos eu fiz esse papel melhor do que você poderia ter feito em 20 na vida dela. – queria ter dado a palavra final se a rapunzel não tivesse apontado o dedo na minha cara.

– Escuta aqui garota... – começou ele.

– Escuta aqui você. Quem você acha que é para apontar o dedo na minha cara? – respondi empurrando a mão do mesmo que abaixou. – Eu não sou tuas ‘’negas” não querido. – respondi olhando minhas unhas que por sinal estavam horríveis, até havia esquecido que Hinata estava ali do lado.

– Com certeza não é mesmo. – respondeu Neji cruzando aqueles braços fortes, impossível não reparar. – Pois as minhas ‘’negas” é bem melhor do que você loira falsa. – completou a última frase com desdém.

– Ai não... – escutei Hinata sussurrar do meu lado e colocar a mão na boca, ela sabia bem o que estava por vir.

– Ah, mas eu te pego seu cretino. – desci dos saltos e literalmente voei nele... Bem, eu teria chegado ao meu destino se duas mãos incrivelmente fortes não tivesse segurado minha cintura.

– As duas crianças já podem parar. – uma voz grossa se fez presente.

– Criança aqui é você. – falei me virando pronta para dar uns tapas no sujeito que me chamou de criança. Eu estava muito barraqueira hoje, mas quando eu me virei eu senti meu estomago se retorcer. – Oi Gaara.

– Mais um agora. – Neji falou colocando as duas mãos na cintura impaciente. Até com os amigos dele ele é grosso. – O que faz aqui?

– O que eu faço? Bom, foi você que falou que ia vir aqui na biblioteca e era pra mim te encontrar que depois nós iriamos sair lembra? – respondeu Gaara me soltando.

– Lembro. Foi mal cara, aconteceram uns imprevistos aqui e eu me atrasei. – Neji falou já começando a andar em direção à porta.

– E seu imprevisto ainda não terminou, nós não acabamos de conversar e você ainda está com meu celular. – Hinata disse firme, o que me deixou com um sorriso de orelha a orelha, minha menininha está crescendo.

– Eu posso esperar. – Gaara respondeu se virando e indo se sentar.

– Eu também posso. – falei como quem não quer nada sorrindo e indo atrás dele. Agora só faltava a pipoca e o refrigerante porque o circo ia pegar foco, e se Neji ousasse levantar um dedo para Hinata não tinha Gaara que me seguraria.

Pov’s Sakura

– Ten como eu deixo meu cabelo? – perguntei sentada em frente minha penteadeira cor de rosa e pela milésima vez eu estava tentando achar um jeito de por meu cabelo.

– E eu virei cabelereira agora? Devia ter chamado a Ino para isso. – dava para ver o tédio na voz dela, eu sei que ela não curte essas coisas, mas poderia fazer um esforço né?

– Ino está ocupada cabeça dura. – respondi bufando. – Não ajuda então. – agora quem estava ficando brava era eu.

– Desculpa Saky, isso não é meu mundo, mas olha, deixa seu cabelo solto você sempre fica linda assim. – Ten sorriu e se levantou da minha cama saindo do meu quarto logo em seguida.

– Obrigada. – sussurrei ainda olhando para a porta.

1 hora depois...

– E então... Como eu estou? – parei em frente Tenten dando uma voltinha. Ela estava sentada no sofá assistindo tv com um saco de pipoca no meio das pernas.

– Sempre linda né amor. – respondeu sorrindo e eu sorri mais ainda para ela, afinal eu não sei exatamente o porquê, mas eu estava muito animada para ir conversar com Sasuke, talvez pelo fato da gente puder ter uma conversa civilizada, eu me arrumei ao extremo apenas para ir à casa ao lado, e isso era engraçado.

– E então Deus disse para mim: desce e arrasa. – pisquei para ela e sai rebolando em direção a porta.

– Nossa já vi que a convivência com a Ino começou a ter afetar. – apenas mandei um beijo e fechei a porta, andei em direção ao portão e abri o mesmo saindo para o passeio logo em seguida, uma brisa leve bateu em meu rosto, eu podia sentir que uma coisa boa aconteceria hoje, sorri imaginando o que poderia ser. Dei uma ultima olhada na minha roupa para ver se estava tudo em ordem. Eu havia colocado uma blusa regata de seda vermelha, uma calça jeans preta justa, e um salto alto preto para combinar, estava me sentindo uma Ino mesmo, passei uma sombra e lápis preto e um batom vermelho, e como Tenten falou meus cabelos estavam soltos e só para não perder o costume eu coloquei um lacinho vermelho caidinho de lado.

Andei em direção ao portão da casa ao lado, minhas mãos estavam suando, e meu coração iria pular para fora do peito a qualquer momento. Parei em frente ao portão e respirei fundo, tomei coragem e apertei o interfone. Esperei, esperei, esperei...

– Oi? – falou uma voz do outro lado que eu já conhecia bem.

– Oi Naruto, tudo bem? É a Sakura. – meu humor estava tão bom, eu estava tão feliz que podia andar dando piruetas pelas ruas de San Diego.

– Oi rosada, entra aí. – respondeu Naruto e nisso o portão destravou. Entrei e fechei o mesmo que fez um barulho meio alto, devia estar com problema. Fui andando a passos decididos até a porta, felizmente eu já conhecia o caminho. Girei a maçaneta e entrei dando direto na sala onde estava sentado Naruto, Shion, e Shikamaru, todos me olharam quando entrei o que me deixou meio constrangida.

– Oi gente. – falei fechando a porta e dando meu melhor sorriso.

– Oi pequena. – Naruto levantou e me deu um beijo no rosto, Shion só acompanhava tudo sentada.

– Oi pervertida. – respondeu Shikamaru olhando para tv com um cigarro na boca.

– Eaí churrasqueiro. – ele apenas fez um sinal de negativo com a cabeça ainda olhando para a televisão.

– O que te trás aqui hoje pequena? – eu ia responder o loiro se o Shikamaru não tivesse se intrometido.

– As pernas delas.

– Nossa fera, como você é engraçado, quer biscoito? – perguntou Naruto na mais pura ironia. Shika não fez o esforço nem de olhar e só se afundou mais no sofá.

– Naruto eu queria falar com o Sasuke. – disse e de canto de olho puder ver Shion arqueando uma das suas sobrancelhas bem desenhadas.

– Sasuke? Tem certeza? – dava pra notar que Naruto estava meio receoso, só faltava Sasuke estar com a ruiva na cama, mas eu só quero ter uma conversa com ele e mais nada.

– Relaxa Naruto, só quero uma conversa e mais nada. – respondi e ele assentiu fazendo um sinal com a cabeça para eu seguir ele. O caminho até o andar de cima foi em total silencio, o que me deixou com certo desconforto, paramos em frente a uma porta de madeira toda chick e envernizada, Naruto hesitou e enfim bateu três vezes na porta, que por sinal era igual a todas da casa pelo que notei.

– Quem é? – aquela voz fez minhas pernas bambear e repensar se aquilo era uma boa ideia. Mesmo que agora não fosse eu não tenho mais saída então agora é ir em frente.

– Sou eu... Naruto. – o loiro estava muito receoso e com certeza é pelo fato de estar com medo que Sasuke possa me magoar, mas contra isso eu já vim preparada. Nisso a porta é destrancada e aberta e aparece um moreno alto sem camisa, só com uma calça moletom e com cara de sono, engoli em seco, meus olhos fixados naqueles ônix tão profundos que me encaravam sem nenhum receio e nenhum sentimento, totalmente indiferentes. Sasuke olhou para Naruto e arqueou as duas sobrancelhas para ele como se perguntasse o que ele queria. – Então, a rosada quer falar com você. – nisso Naruto colocou uma de suas mãos nas minhas costas me empurrando levemente para frente. Por uma fração de segundos pude ver um brilho estranho passar pelos olhos de Sasuke quando ele olhou a mão de Naruto nas minhas costas, mas foi tão rápido que eu acho que foi coisa da minha cabeça mesmo.

Sasuke entrou para o quarto deixando a porta aberta, fiquei parada olhando a mesma, parecia que meus pés tinham criado raízes no chão, parecia até eu sentir alguém me empurrando.

– Vai. – Naruto disse impaciente agora com os braços cruzados.

– Calma. – respirei fundo, 1, 2, 3 e por fim dei um passo à frente, mas antes me virei para Naruto. – também tenho um assunto bem sério para falar com o senhor. – o loiro me olhou confuso e eu apenas acabei de adentrar o quarto fechando a porta, era grande e todo azul meio escuro e branco, uma cama de casal grande no meio com uma escrivaninha de cada lado, um guarda roupa que pegava praticamente uma parede toda, outra porta que com certeza era um banheiro, uma mesinha branca com notebook, livros, e outras de mais coisas, e uma janela de vidro com uma cortina enorme que dava para uma varanda.

– Veio avaliar meu quarto? – tomei um susto lembrando que Sasuke estava ali sentado na beira da cama e me olhando com os cotovelos apoiados nas duas pernas e os dedos entrelaçados na altura da boca. – Pois ele não está à venda. – completou. A voz dele tinha um tom tão firme e rouco que eu não conseguia nem mais lembrar qual era meu objetivo ali.

– Não vim comprar seu quarto. – recuperei a postura depois de alguns segundos. – Quero conversar com você.

– Conversar o que? – perguntou agora apoiando as duas mãos na cama de cada lado. E novamente eu fiquei perdida olhando ele, aquele homem havia se tornado uma tentação, e agora aqui na minha frente só de calça a vontade que eu tenho é de pular nele, mas eu não tenho tanta coragem para isso, mas Ino teria. – Fiquei te devendo uma bala naquela época? – perguntou com um sorriso mínimo de canto típico dos Uchihas, lembro disse nele no Itachi, no pai Fugaku, e no vô Madara que eu também conheci quando era pequena.

– Não, pois você nunca me ofereceu uma bala. – respondi tentando parecer o mais firme possível. – Sasuke não somos mais crianças, eu só quero ter uma conversa normal com você de adulto para adulto. – Sasuke fez tipo uma reverencia na maior ironia, andei e me sentei ao seu lado na cama repousando minhas mãos no meu colo e olhando para o chão branco. – O que aconteceu? – perguntei.

– Aconteceu o que? – respondeu deitando as costas na cama e cruzando as mãos atrás da cabeça, eu não ia perder o foco agora, não mesmo.

– Para de se fazer de desentendido, desde que a gente se reencontrou você me ignora, eu não entendo, eu nunca ti fiz nada. – respondi tão rápido e o olhando apreensiva que agora eu estou me perguntando se ele entendeu também. – Você entendeu? – perguntei aparentemente o óbvio.

– Relaxa, eu estou acostumado com mulheres me dizendo coisas desconexas. – e deu um sorriso de lado. Que idiota, ele não consegue ter uma conversa séria não?

– Ta legal cara. – disse me levantando. – é pra ter uma conversa idiota, então vamos lá. – cruzei os braços abaixo dos seios e percebi que ele olhou diferente, o que me fez abaixar os braços na hora.

– Finalmente você vai ter uma conversa do seu tipo né. – disse ele ainda deitado.

– Como assim uma conversa do meu tipo? O que você está querendo dizer? – eu realmente não entendi o que ele tinha falado.

– Uma conversa idiota horas, você é uma idiota. – falou agora se levantado. A que ponto nós chegamos, a que ponto já está eu me perguntava mentalmente.

– Eu sou idiota? Sasuke o que houve com você? Nós éramos tão amigos pelos 2 meses que passei no Japão quando eu tinha 7 anos, a gente se divertiu tanto, a gente se prometeu Sasuke, prometeu que um dia nos veríamos novamente, e esse dia chegou e olha só como você me trata, eu não te entendo. – a esse ponto meus olhos já estavam cheio de lágrimas e ele não parecia nenhum um pouco comovido, pelo que parece ele se tornou alguém frio.

– Esse é o ponto querida, você tinha 7 anos, você era criança e eu também era uma, e criança não tem palavras verdadeiras, ninguém liga para esse tipo de promessa e você também não deveria. – ele falava como se tivesse dizendo o óbvio dos óbvios e parecia cada vez mais idiota com esse jeito de superioridade.

– Mas... – tentei argumentar, mas fui interrompida por ele.

– Sem mais nem menos Sakura, já chega. – ele disse se virando e indo em direção à porta, parou em frente e abriu a mesma fazendo um sinal com a mão para eu sair.

– E porque você fingiu não me conhecer esses dias todos? Fazia parte também dessa sua ignorância? – eu não dei um passo em direção à porta, a conversa não tinha acabado então eu não iria sair.

– Sakura é impossível não te reconhecer... Que outro retardado nasce com os cabelos róseos? – ele tinha aquele sorriso sarcástico no canto da boca.

– Você sabe que é natural, mas eu não vim aqui discutir a cor do meu cabelo com você. – enxuguei as lágrimas com as costas da minha mão e respirei fundo. – Eu só queria conversar normalmente. – terminei após um soluço.

– Você não deveria nem ter vindo me procurar, você não é bem vinda aqui. – ele falava e me olhava sério, e não tinha um pingo de ressentimento naquelas palavras. – Aliás, Sakura, você chama a Karin de vadia, mas fica correndo atrás de mim, correndo atrás de homem, que belo exemplo você é para falar dos outros, parabéns. – completou batendo palmas em intervalos lentos e que ecoaram pelo cômodo inteiro e então sorriu.

Não dava para acreditar que ele me chamou de vadia ao me comparar com a namorada dele, a expressão no meu rosto era de horror puro, eu estava incrédula com tudo aquilo, aquele não era o Sasuke carinhoso e gentil que conheci á 13 anos atrás, não era mesmo. Eu sentia minhas lágrimas grossas e quentes escorrendo pelo meu rosto, minhas pernas tremiam e eu estava sentindo que ia desabar no chão – que mais parecia um buraco negro nesse momento – a qualquer instante. Minutos depois passos estranhos e lentos se fizeram presentes no quarto, levantei a cabeça e Karin estava bem ao lado de Sasuke me olhando com desdém, dava pra sentir que pra ela eu sou apenas um inseto que precisa ser esmagado, e com aquele gesso no pé dela eu devo é tomar cuidado mesmo.

– O que faz aqui? – Karin perguntou com aquela voz de trincar vidros, era irritante de mais.

– Nada amor, ela já está de saída. – Sasuke respondeu a abraçando pela cintura e fazendo sinal para eu sair. Apressei os passos e sai correndo do quarto e logo escutei que a porta foi fechada com um estrondo alto. As escadas pareciam vultos de tão rápido que eu estava descendo, atravessei a cozinha chorando de soluçar com a mão na boca e logo cheguei à sala e todos me olharam curiosos.

– Rosada o que houve? – Naruto veio na minha direção, mas eu apenas desviei dele e sai correndo daquela casa, eu precisava respirar, precisava de ar puro. Abri o portão e o deixei aberto, corri para minha casa e apertei o botão do controle do portão e ele subiu revelando meu carro. Entrei em casa e Tenten estava dormindo no sofá, não tinha sinal nem da Ino e nem da Hinata, agarrei as chaves do meu carro que estavam penduradas e fechei a porta devagar para não acordar Ten, ela não podia me impedir de sair agora. Entrei no carro e o liguei logo pisando no acelerador e dando ré, saí da garagem com uma manobra só, apertei o botão e ele se fechou, eu não sabia para onde ir eu só sabia que precisava sair dali e ir para um lugar longe, bem longe de preferência. Pisei fundo no acelerador e virei a primeira esquina que vi, eu dirigia mal pensando no que estava fazendo, só sentia o vento frio bater no meu rosto e levar minhas lagrimas. As casas, prédios, lojas passavam tudo em um vulto, eu não tinha certeza da onde eu queria chegar, eu apenas dirigia sem rumo. Saí dos meus devaneios quando apareceu o sinal fechado na minha frente, pisei assustada e com força no freio fazendo meu carro parar com certa brusquidão.

– Ahh o que eu faço? Meu Deus o que eu faço? – chorei com todas minhas forças e encostei minha testa no volante frio. Parecia o fim do mundo, parecia que eu tinha levado umas boas facadas que nunca iriam se fechar, eu sempre tentei ser uma boa pessoa para no final alguém me chamar de vadia? Eu estava sentindo um gosto amargo na minha boca, talvez de desgosto de mim mesma. Depois de um tempo parada sozinha no sinal e ainda encostada no volante escutei barulhos altos de motores e levantei os olhos para ver, dois carros estavam virando uma esquina a minha frente, era um G55 e um Crossover, arregalei os olhos na hora, eram carros de corrida. Automaticamente acelerei o carro na direção deles, detalhe que eu dei sorte pois no sinal não tinha nenhum carro e pelo tempo que fiquei vegetando lá já teriam levado meu carro, mas o real problema é que eu tinha que manter uma velocidade constante com aqueles carros, apesar de que eles nem estavam correndo, mas a diferença do meu motor para o deles é tremenda, da até para imaginar qual a velocidade que eles podem fazer por segundos. Eu virava uma esquina, e mais outra quando comecei a ouvir barulho de uma multidão e músicas altas sendo tocadas, continuei seguindo os carros e o barulho só iam aumentando conforme eu ia me aproximando. Após virar mais uma esquina tomei um susto, uma multidão de pessoas se estendia para mais ou menos um quarteirão e meio, a música viam de vários carros diferentes com sons que se mexiam a cada batida, muitas meninas com shorts e vestidos ultra curtos, bebidas para todo lado, e me parecia que ali tinha até competição para ver quem tinha o melhor som. Estacionei meu carro perto, mas afastado ainda assustada por ver toda aquela festa em uma avenida que provavelmente eles mesmos bloquearam. Desci do carro e comecei a andar em direção a multidão, sentia minhas pernas vacilarem a cada passo, eu não estava acostumada com aquilo. De repente todos começaram a se aproximar de uma mesma direção e começou um alvoroço total, e eu pequena e curiosa comecei e me enfiar no meio de toda aquela gente. Na hora que finalmente cheguei à linha de frente suando pelo esforço meu coração gelou e falhou uma batida. – Oh meu Deus. – coloquei a mão na boca assustada, eu só via aquilo em filmes e nunca imaginei que aquilo era realmente possível na vida real.

– Que foi Sakura? Nunca foi a uma festa como essa? – tomei um susto, quem aqui sabe meu nome? Virei-me para encontrar a tal pessoa que sabia e tomei outro susto ao ver um loiro sorrindo e com um copo de bebida na mão.

– Deidara? – inacreditável encontrar o meu mais novo colega de trabalho aqui. Eu não sabia se sorria ou se ficava mais assustada. – O que faz aqui?

– Sakura você achou mesmo que eu só gosto da carreira de modelo? – o loiro disse e então passou o braço em volta do meu pescoço. – Eu gosto de festas também. – ele sorria olhando tudo a nossa volta.

– Ahh. – eu não sabia se xingava ele por estar com o braço em torno do meu pescoço ou se batia, mas eu estava muito constrangida para tal ato.

– Fala sério Deidara, ainda não apresentou sua nova namorada? – me virei e um ruivo de cabelos curtos e arrepiados sorria abertamente. Ele tinha a pele clara e os olhos cor de mel e também tinha o corpo bem trabalhado na metida certa, era encantador.

– Oh não, eu não sou namorada dele não. – respondi sem jeito e minhas bochechas estavam queimando, eu parecia uma retardada agindo daquele jeito.

– Ela é só minha colega de trabalho Sasori, não deixa a menina sem graça assim. – respondeu Deidara para o tal Sasori que apenas assentiu ainda sorrindo.

– A é verdade, agora você virou um ‘‘modelinho” metido. – Sasori falou dando altas gargalhadas e eu só observava sorrindo também. Deidara tirou o braço do meu pescoço e os dois trocaram uns mínis socos de brincadeira.

– Cala a boca idiota. – Deidara falava rindo, os dois se divertiam e pelo que está parecendo são amigos de longa data.

– Meninos não querendo interromper... – os dois olharam para mim com as sobrancelhas arqueadas. – O que é realmente tudo isso? – fiz gestos com as mãos indicando toda aquela multidão.

– Fala sério, você não sabe mesmo? – Sasori me olhou como se eu fosse um e.t de duas cabeças, quase não acreditando. Apenas fiz um sinal negativo com a cabeça e ele deu uma risadinha sem humor e então se aproximou de mim. – Meu bem... – pigarreou e olhou para mim. – Bem vinda ao mundo das corridas, ou melhor... dos rachas.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Como prometido o capítulo enoooorme, gostaram? Então cometem, favoritem e se puder fazer 1 recomendação eu vou aceitar de bom grado ok? Bjs minhas lindas e prometo que dessa vez não vou atrasar. Qualquer duvida me mandem mensagens, bjos e até o próximo lindas e lindos...



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