Coração de Soldado escrita por Incrível


Capítulo 41
Capítulo 41 - Desencontros


Notas iniciais do capítulo

Hello people,
Espero que gostem e bom cap :)



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Pov's Violetta

1 semana depois...

Voy donde sopla el viento
Hoy digo lo que siento
Soy mí mejor momento
Y donde quiera yo voy...

Voltei a realidade com algo batendo em meu braço. Me endireitei na mesa, completamente confusa, então procurei o que, ou melhor, quem havia me despertado.

Olhando para o lado, vejo Ludmila do outro lado da sala com uma bolinha de papel na mão e um sorriso no rosto. Olhei para baixo e notei que no chão havia uma bolinha de papel identica a que Ludmila segurava.

Olhei furiosa para ela. Ludmila por sua vez, abriu um sorriso ainda maior e apontou para a professora Cristina (que explicava em frente ao quadro), gesticulando para que eu prestasse atenção na aula.

Me foquei na professora, completamente entediada. O assunto do qual ela falava eram os diferentes timbres de voz e blá, blá, blá. Porque ela não fazia uma aula mais interativa em vez de simplesmente falar, falar e falar?

Professora Cristina, era uma senhora de 60 anos de idade que havia cantado em óperas, e tinha uma voz tão aguda, que com alguns gritos já fazia seus tímpanos doerem. Talvez isso acontecesse por conta de seu passado na música, ou ela simplesmente havia perdido a voz com o passar dos anos. Só sabia que as aulas dela me davam muito sono.

Neste dia, não foi só a aula de minha professora de Entonação e Timbre que havia me deixado com sono. Havia dormido às 1h da manhã, porque Anne estava com o abajur da escrivaninha aceso, enquanto estudava sobre estrutura molecular. Como ela não havia entendido e o professor era muito nervoso, tomou a liberdade de aprender sozinha, infelizmente atrapalhando meu sono.

Por sorte, havia dormido boa parte da aula, então assim que ouvi o sinal, arrumei meu material rapidamente e me dirigi à saída. Caminhei pelos corredores da faculdade, procurando Robert e Annie em meio a tantos rostos desconhecidos.

Por sorte, logo o encontrei encostado em uma das várias colunas que davam para o campus. Ele sorriu assim que me viu e caminhou em minha direção.

– Com sono de novo? - pergunta com um sorriso leve no rosto.

Ele disse isso porque nas últimas duas semanas, nas manhãs de sábado eu acordava com muito sono por conta de esperar horas e horas a ligação de Leon. Não entendia por que, mas ele não havia ligado nem pra mim, nem pra sua família...

– Sim, minha aula estava muito chata, além de que ontem à noite Annie estava estudando e... Bem, você já sabe no que deu - digo Bocejando ao final da frase e colocando a mão sobre a boca. - Falando em Annie... Onde ela deve estar?

Robert me olhou erguendo uma sobrancelha com um sorriso torto.

– Sala de aula - dizemos juntos e rimos em seguida.

Caminhamos tranquilamente pela faculdade, tentando encontrar a sala de Annie.

– Então, porque a aula estava tão chata? - pergunta Robert após alguns segundos.

– Se você conhecesse minha professora, entenderia - digo - eu acabei realmente dormindo na aula, mas por sorte Ludmila me acordou.

– Sério? - começa a rir.

– Para de rir, Rob - digo irritada, chamando-o pelo apelido que ele não gostava.

– Não me chama assim, Violettástica - provoca com o apelido que havia criado para me irritar.

Dei um tapa em seu ombro e ele bagunçou meu cabelo. Antes que eu pudesse reclamar percebo que chegamos à sala onde Annie deveria estar.

E realmente ela estava lá. Estudando, claro (como sempre).

– Annie - chamo da porta.

– O que fazem aqui? - pergunta ajeitando o óculos sobre o nariz.

– Combinamos de almoçar juntos, esqueceu? - diz Robert atrás de mim.

– Nossa, verdade - se levanta guardando o óculos - só um minuto.

Ela empilhou os livros e cadernos. Logo começou a carrega-los mas como eram muitos, acabou derrubando todos. Eu e Robert caminhamos rapidamente em sua direção e ajudamos a pegar todos, carregando alguns.

Após levarmos os livros de Annie para o quarto fomos ao refeitório. Pagamos pela comida e nos sentamos.

Infelizmente a paz acabou logo, pois Ludmila chegou balançando suas madeixas loiras, com Federico logo atrás dela.

– Vocês vão? - pergunta Ludmila me entregando um papel.

– O que é isso? - pergunto analisando o papel, notando que era um convite.

– Um convite para a festa dos calouros, Vilu - diz Fede.

– Nossa, que legal! - diz Annie pegando o convite de minhas mãos.

– Quando? - pergunta Robert.

– Próximo sábado - responde Annie sem tirar os olhos do convite.

– Vocês vão? - pegunta Ludmi novamente.

– Eu vou - diz Annie.

– Acho que vou também - diz Robert ocupado com a comida. - E você, Vilu?

– Não sei... - digo entre pensamentos.

– A não, você tem que ir, Vilu - diz Annie - se você não for, eu nem vou.

– Olha, tenho que resolver umas coisas no final de semana que vem - digo.

– Você vai a essa festa, Violetta! - diz Ludmila em seu tom autoritário me fazendo rir.

– Certos sacrifícios são necessários para cumprirmos prioridades. Basta olhar para o que é mais importante - diz Robert em seu tom poético.

– Tem razão, e é por isso que eu vou pra Buenos Aires no final da semana que vem e infelizmente não comparecerei à festa - digo decidida.

– Muito obrigada, Robert - diz Ludmila ironicamente lhe dando um tapa.

– Eu só queria ajudar - reclama.

– Mas atrapalhou - diz Federico.

O sinal tocou, então eu, Federico e Ludmila rumamos para o auditório da faculdade, onde teríamos aula.

Ao me sentar num dos bancos do auditório, prestei atenção às orientações da professora. Algum tempo depois, percebo que Ludmila se senta ao meu lado.

– O que vai fazer em Buenos Aires? - pergunta indo direto ao ponto.

– Domingo é aniversário de Laura e prometi que ia, além de que estou com muitas saudades de meus pais - digo - e também acho que Leon vai pra casa.

– Você não tem falado com ele... - comenta.

– Pois é. Ele me disse que toda sexta poderia me ligar, mas não o fez. Não sei o que está acontecendo. Nem sei se ele será liberado no final do mês, mas espero que sim, ele vai ficar muito triste se perder o aniversario de 1 ano da irmã - suspiro.

– Srta. Castilho - chama a professora Carmen - já que gosta tanto de conversar, porque não vem aqui e mostra um pouco da importância de um solo? - pergunta retoricamente.

– Sim, claro - digo me levantando.

Entreguei meu celular à Ludmila, caso a professora notasse que ele estava em minha mão. Então caminhei em direção ao palco.

Pov's Leon

– O que está acontecendo aqui? - pergunta Angélica adentrando a academia.

– Nada, estamos comemorando! - digo com um sorriso largo.

– Junte-se a nós, Angel! Afinal isso não seria possível sem você! - ri Jonas usando o apelido que havíamos criado para ela.

– A ideia de entrar no sistema e inscrever Luke, Jhonny e Ethan para ajudar na reforma da Academia no mês que vem foi uma jogada de gênio! - diz animada.

– Agora vão ter que passar mais um mês inteiro aqui! - diz Jonas esticando a mão em minha direção.

– É isso ai! - digo agarrando sua mão.

– Hã... Leon? - diz Angel.

– Sim?

– Você caiu ou algo do tipo?

– Não, porque? - pergunto.

– Porque seus pontos abriram.

– O que? - digo preocupado pondo a mão sobre minha testa e notando a abertura na ferida que eu havia adquirido ao bater a cabeça na quina da cama após desmaiar. Ao olhar meu dedo noto o sangue e me recordo da semana passada.

Quando estava indo de encontro ao chão, senti uma dor profunda na cabeça. Assim que acordei, notei que estava no quarto, deitado na cama de Jonas, recebendo os cuidados da enfermeira do local. Perguntei o que havia acontecido e ela respondeu que eu havia desmaiado e os garotos que estavam no quarto me socorreram. Ela se assustou ao notar que eu ria. Sinceramente, Luke tinha problemas comigo.

Voltei à realidade com a voz de Angel adentrando meus pensamentos.

– Vamos pra enfermaria, Leon - diz Angel me puxando pelo braço.

Estranhei o fato de Angel querer "me levar" à enfermaria em vez de ficar conversando com Jonas (como sempre fazia).

Chegando à enfermaria, a enfermeira me atendeu e refez os pontos em poucos segundos, cobrindo-os com gaze.

Ao sair da enfermaria, caminhamos em silêncio. Em um certo ponto Angel se aproximou mais e segurou minha mão. Mas não senti sua palma, e sim um material frio e pequeno.

– O que é isso? - pergunto ainda andando.

– Shh!! É um tipo de celular - sussurra - eu e Jonas estamos aperfeiçoando pra ser usado em conflitos para a comunicação. Vai pro depósito. De lá você pode ligar para sua família - sussurra - as ligações duram 1 minuto, então não desperdice.

– Obrigado, Angel - digo com o maior sorriso lhe dando um beijo na bochecha.

– De nada - diz envergonhada.

Corri para o depósito, e tão logo estava sozinho, disquei o número de minha casa. O telefone tocou, tocou e tocou mas ninguém atendeu. Tentei algumas vezes mais, mas sem sucesso. Provavelmente eles haviam saído.

Decidi ligar para Violetta. O celular tocou algumas vezes, e quando eu achei que ela também não estivesse presente, o celular é atendido.

– Alo - digo.

– Alo - a voz de Ludmila ecoou por meus ouvidos.

– Ludmila, cadê a Violetta?

– Nossa, a quanto tempo Leon! Também sinto sua falta! Eu estou bem sim, e você? - diz sarcasticamente.

– Desculpa minha pressa, mas tenho que falar com a Vilu!

– Ela ta na aula, não pode sair.

– Então vou avisar pra você: aconteceram uns problemas e me proibiram de fazer ligações. Mas eu estou bem, e semana que vem eu vou ser dispensado na sexta-feira - digo rapidamente e tomo fôlego para continuar. - Tenho que resolver umas coisas e devo chegar no sábado para encontra-la.

– Ok, só tem um pequeno problema nisto.

– O que?

– Sábado vai ter uma festa pros calouros, e a Vilu... - dizia.

– Ludmila? Alô?

A ligação havia caído. "Ótimo", agora eu não sabia o que fazer. Pensando bem, eu tinha uma ideia...

Provavelmente a Vilu ia pra essa festa. Então, sem dúvida eu tinha que estar lá.


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Notas finais do capítulo

Bom, por hj é só!
A fanfic q estou fazendo com minha amiga está ficando quase pronta, acredito que semana q vem já postamos, e qualquer coisa eu deixo o link pra vcs q gostariam de ver um pouco mais do meu trabalho e conhecer (pra quem não conhece) o trabalho dessa garota incrível q é minha amiga, Miimi Hye da Lua!
Até terça