Coração de Soldado escrita por Incrível


Capítulo 37
Capítulo 37 - Nova etapa


Notas iniciais do capítulo

Heyyyy povooo, VOLTEI!
Cap feito no capricho pra vcs, então espero que aproveitem...



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Pov's Leon

Uma semana se passou desde o ocorrido com meu pai. Eu e ele nos resolvemos: contei tudo o que sentia e ele pediu perdão por tentar me transformar em Aidan, disse também que havia se enganado com relação a Violetta e, se eu quisesse, poderia escolher outra profissão.

Mas eu gostava da ideia de ser um soldado, o único problema era a distância. Isso é outra parte que eu já estou dando um jeito.

Ligação ON

– Oi, Andrew - digo.

– Ei, Leon - diz.

– Conseguiu? - pergunto.

– E eu alguma vez já te decepcionei?.... Não responda.

– Obrigado - digo após uma risada fraca.

– De nada - sinto seu sorriso - acho que hoje eles te ligam.

– Nossa, nem sei como agradecer - digo sorrindo largamente.

– Nem precisa, você sabe que é um irmão mais novo pra mim. - Comenta - falando nisso, preciso te contar uma coisa...

– O que? - pergunto curioso.

– Evelyn está gravida! - diz animado e eu fico atônito - E de uma menina, Leon! Consegue acreditar?... Leon? Esta ai?

– Sim... sim, estou - digo voltando à realidade - então quer dizer q você vai ser papai?

– Pois é, ta meio difícil de acreditar - suspira feliz.

– Fico feliz por você!

– Obrigado. Bom, tenho que ir.

– Tudo bem, até mais cara.

– Falou.

Ligação OFF

"Perfeito", penso. Tudo corria como o planejado.

Amanhã Violetta iria para a faculdade, morando em um dormitório. E eu, como um bom namorado resolvi ajudar com a arrumação das malas.

Chegando à casa dos Vargas, apertei a campainha, e quem me recebeu foi Angie.

– Leon! Ainda bem que chegou! - diz aliviada me abraçando.

– O que aconteceu? - pergunto desconcertado.

– A sua namorada não consegue escolher as roupas que vai levar - reclama.

Ri fracamente e entrei. Angie me deixou subir. Então, entrei no quarto de Vilu. O que vi foi uma extrema bagunça.

– Vilu? Cadê você? Não te encontro nesse monte de roupa - brinco.

– Engraçadinho - diz com um sorriso de lado, se levantando do chão.

– Sempre - digo - porque tanto alvoroço em colocar um monte de roupa na mala?

– Homens! - diz frustrada jogando as mãos pra cima - isso é muito mais que colocar um monte de roupa na mala. Tenho que saber qual clima vai estar até eu poder pegar mais roupas, que cor combina com a faculdade, com a luminosidade, entre outras coisas - diz procurando algo em baixo de uma pilha de roupas.

– Vilu, você está parecendo a Ludmila - ri - desde quando se importa tanto com as roupas?

– Desde sempre. - diz andando pelo quarto - E você vai ter que passar horas comigo pra me ajudar a decidir. Acho que vou levar o dia todo - enfatiza a última palavra.

– Vilu, não posso ficar o dia todo, tenho que arrumar minhas coisas também - digo cauteloso e o mais carinhoso possível.

– Mas... eu preciso da sua ajuda, Leon. - diz irritada se sentando, começando a falar atropelando as palavras - preciso que fique aqui! Você prometeu me ajudar! Prometeu estar presente! Prometeu ficar comigo mesmo com a Academia Militar - exauta a voz. Percebendo o que havia dito fechou os olhos e suspirou pesadamente, colocando as mãos sobre rosto.

– Então é isso? - pergunto, me sentando ao seu lado - não precisa ficar assim, Vilu - passo um braço ao redor de seu ombro, a trazendo para meu peito. A posição não era muito boa, já que ela seguia com as mãos tapando os olhos.

– Como não ficar assim, Leon? - pergunta tristemente.

– Eu prometi que estaria presente, e vou cumprir essa promessa, Vilu. - Digo encostando meu queixo em sua cabeça.

– Mas você vai embora amanhã e até agora nada mudou, você ainda vai pra El Salvador de Jojoy - suspira passando os braços ao redor de minha cintura - não podemos ficar tanto tempo sem nos ver, Leon.

– E não vamos. Eu disse que ia dar um jeito. Não confia em mim?

– Confio.

– Então, fica tranquila. Vai dar tudo certo.

– Me desculpa. Não devia estar fazendo isso. É injusto com você - diz.

– Tudo bem. Aliás, eu já dei um jeito - sorri.

– Já? - pergunta curiosa levantando o rosto.

– Sim, eu... - sou interrompido por meu celular tocando.

Me desvencilho de Violetta e tiro o celular do bolso.

– Alô? - digo atendendo o celular - ...sim, sou eu... sim... sim.. Claro... Tudo bem, perfeito.... Obrigado... Adeus - desligo o celular com um sorriso largo.

– Quem era? - pergunta Vilu.

– Era da Academia Militar. Acabam de me transferir para a cidade de Córdoba - digo sorridente.

– O que? Mas... Como? - pergunta sem conter a alegria.

– Falei com Andrew, pedi que ele fizesse algumas ligações para meus antigos superiores. Eles entraram no sistema e me mudaram- sorri.

– E a Academia aceitou?

– Aceitou - sorri mais ainda - agora, vem. Vamos arrumar suas malas pra ficarmos livres e poder fazer algo com o Federico e a Ludmila - me levanto segurando sua mão e ela me abraça.

– Que bom saber que estaremos juntos - diz.

Pov's Violetta

Enquanto eu e Leon terminávamos de arrumar as malas, Ludmila e Federico chegaram em casa depois de fazerem uma longa compras no shopping (Ludmila principalmente). Eles haviam chegado ontem de viagem.

Então decidimos fazer algo para aproveitar nosso último dia em casa. Papai e Angie também estavam em casa e nos convidaram para ir à piscina.

Eu, Angie e Ludmila ficamos aproveitando o sol. Enquanto isso, papai, Leon e Federico ficaram nadando na piscina. Acho que nadar não seria o termo correto, porque eles se agarravam um ao outro, fazendo uma "lutinha", como eles mesmos disseram.

– Vocês não vem? - pergunta papai, enquanto Leon e Federico conversavam num canto.

– Não! - dissemos em coro.

– Angie, meu amor. Vem - chama papai de novo.

– Não, querido - diz com voz preguiçosa.

– Se não vai vir, eu vou buscar você - sai da piscina, vem em nossa direção e pega Angie no colo.

– Me larga, German! - grita entre risadas.

Eu e os outros não conseguimos deixar de rir. Papai pulou com ela na piscina tranquilamente, e logo Angie estava se divertindo com eles.

Federico olhou pra Ludmila, sorrindo torto, já tendo a mesma ideia que papai.

– Antes que você faça algo que se arrependa....- diz Ludmi se levantando - eu entro na piscina com o mínimo de dignidade - então pula na piscina.

Passei 10 minutos desfrutando do sol e ouvindo as risadas. Mas logo um ser se sentou na cadeira de praia ao meu lado.

– Não pode me levar à força pra piscina - digo ainda de olhos fechados.

– Quem disse que vou te levar à força? - diz com uma risada fraca.

– Então o que vai fazer? - pergunto com um sorriso torto.

Ele não disse nada. Simplesmente pegou minha mão e começou a beija-la, subindo por meu braço até chegar ao meu ombro.

– Vem comigo pra piscina? - pergunta em meu ouvido, me deixando arrepiada.

– Não - sussurro abrindo os olhos.

– Por favor - pede virando meu rosto para o seu. Senti seu alito em minha boca, já meio desorientada. Antes que eu pudesse dizer alguma coisa, ele selou nossos lábios calmamente.

– Vou com você - digo assim que nos separamos.

– Foi o que eu pensei - ri se levantando.

– Ei, como conseguiu, Leon? - pergunta Fede.

– Eu tenho meus poderes de persuasão - sorri Leon.

As horas passaram rapidamente. Entre risadas e brincadeiras nem percebemos que o sol já começava a se por. Apesar de estarmos nos divertindo muito em nossa guerra de água, decidimos sair da piscina.

Leon tinha que voltar pra casa e jantar com a família. Então, assim que colocamos roupas secas ele já se despediu dos outros e eu o acompanhei até a saída.

– Se eu pudesse, ficaria mais - diz parando quando chegamos à garagem.

– Tudo bem, tem que ficar com sua família também - sorri - nos vemos à noite.

– Claro - sorri torto pondo o capacete - tchau, Vilu.

– Tchau, Leon - sorri fraco.

Foi estranho ficar vendo a moto de Leon, até perde-la de vista. Parecia que ia demorar muito tempo pra eu poder fazer isso denovo.

Após o jantar eu fui pra meu quarto e fiquei vendo minhas fotos com o pessoal do Studio pelo notebook. Sorri, e inconcientemente uma lágrima silenciosa caiu. Mudanças eram sempre dificeis, mas eu não sabia que doeria tanto.

– Posso entrar? - pergunta papai abrindo a porta.

– Claro - digo secando a lágrima e me endireitando na cama, pondo o notebook de lado - senta, pai.

– Obrigado - se senta ao meu lado - bem... Pra falar a verdade, eu nem sei porque vim aqui... Acho que... Como é seu último dia...

– Entendo - digo dando um sorriso fraco - Vai ser estranho não dormir mais nesse quarto, não ficar em casa assistindo um filme com você, não ouvir seus gritos super protetores... - rimos na última parte.

– Também vou sentir falta de proteger você - sorri - Mas... Sinto muito orgulho de você, Vilu. Você se tornou uma mulher fantástica. E... Eu sei que sua mãe também sentiria orgulho de você - diz.

Sentindo que ia chorar eu o abracei fortemente derramando algumas lágrimas.

– Obrigado, papai - digo descansando a cabeça em seu ombro - tenho medo de ir pra faculdade, o mundo parece muito grande pra enfreta-lo sozinha.

– Vai dar tudo certo. Quando ver já nem sentirá tanta falta daqui - me tranquiliza.

Talvez meu pai estivesse certo, mas demoraria um longo tempo para eu não sentir falta dele, de Angie, da casa, e de Buenos Aires.

Fiquei acordada, esperando Leon chegar. Como eram 7 horas de viagem até Córdoba, e ele tinha que chegar às 7 da manhã na Academia Militar, ele teria de partir pouco antes da meia-noite.

O tempo passava e eu começava a entrar em desespero, achando que Leon não viria. Mas às 23:20 meus temores desapareceram, quando eu ouvi batidas fracas em minha janela. O quarto era iluminado apenas pelo abajur, mas a visão era possível, então eu caminhei em direção à janela.

Abri a janela, e lá estava ele. Sentado na arvore, ele vestia o uniforme militar (que havia sido enviado alguns dias antes), e em seus ombros pendia uma bolsa da mesma cor que o uniforme. Assim que me viu, ele sorriu.

– Oi - diz baixo.

– Oi - retribuo o sorriso - achei que não viria.

– Nem que estivesse atrasado, deixaria de vir. Posso entrar?

– Claro - digo dando espaço a ele.

– Eu posso ficar só um pouquinho - diz assim que entra em meu quarto.

– Não importa, pelo menos você veio - digo me aproximando - mas não sei se vou conseguir me despedir de novo.

– Em uma semana estaremos juntos novamente - me tranquiliza - mas, também não posso negar que não gosto de despedidas - pôs sua bolsa no chão.

– Eu queria te dar uma coisa, mas não sei o que poderia te dar - mudo de assunto.

– Não precisa me dar nada, Vilu - se aproxima segurando minha cintura - quero só uma coisa - sorri torto.

– O que? - pergunto.

– Você... - diz me beijando.

Seus lábios estavam firmes e tensos sob os meus. Passei minhas mãos por sua nuca, as entrelaçando. Sentia-o em luta consigo mesmo e não conseguia deixar de pensar que algo acontecia.

Nos separamos calmamente, permanecendo juntos. Procurei seus olhos, mas ele desviou, pondo as mãos em meus ombros e brincando com as mechas de meu cabelo.

– O que foi? - pergunto com um sorriso fraco, curiosa.

– Eu... Hã... - suspira - queria fazer uma coisa, mas parece mais fácil do que realmente é. Então... - se afasta alguns centímetros e segura na minhas mãos.

– Leon... O que... - dizia confusa.

– Calma, eu te amo - sorri passando os polegares circularmente em minhas mãos - Na minha vida, nunca pensei em encontrar alguém tão incrível como você. O seu amor me transforma, me faz ser alguém melhor. E agora tudo o que faço na minha vida, eu faço pensando em você. Violetta, você se tornou tudo pra mim, e sei que eu não sou digno de você. Mas eu também sei que te amo - suspira com um sorriso confiante - e apesar de parecer impossível, cada dia eu te amo mais, e cada dia eu tenho a certeza de que nasci pra estar do seu lado. E eu não sinto o peso de carregar todo este amor no meu coração porque, pelo contrário, é este amor que me dá força e coragem para suportar o peso de tudo que acontece. Por isso eu não tenho medo de dizer, que quero passar o resto da minha vida com você.

Cada palavra era pronunciada calmamente enquanto eu simplesmente seguia ali, admirando-o. Tudo o que foi dito, me deixava cada vez mais alegre e emocionada. Não conseguia pensar em nada, só sentia aquele amor tão forte por Leon.

– Esse não seria o lugar nem o momento apropriado, mas eu não suporto não ter você. Eu quero ter você pra mim, Vilu. Então eu faço um gesto simples - se ajoelha na minha frente, soltando minhas mãos.

Ele tira do bolso, não uma caixinha, mas um anel com uma linda pedra de cristal e o ergue em minha direção. Eu não me importava com o anel. Por mim, ele poderia ser até de madeira. Meu coração se aqueceu com aquele amor. Eu só queria abraçar Leon e dizer o quanto o amava. Vendo-o ali, ajoelhado na minha frente, eu queria simplesmente gritar um "sim", antes mesmo de ele perguntar.

– Digo que te ofereço tudo o que sou, apesar de não ser muito. E peço humildemente, com toda a força de meu coração: Violetta Castillo, quer casar comigo? - pergunta finalmente com olhos clementes.

– É claro que eu quero - digo num fio de voz, sorrindo fracamente.

Ele sorriu muito feliz, e colocou o anel no dedo anelar da minha mão esquerda que não parava de tremer. Eu não parava de tremer! Ele se levantou e me abraçou vigorosamente pela cintura. Descansei minha cabeça em seu ombro e permanecemos em silêncio por um tempo.

– Te amo com todo meu coração Leon! Não precisa de um anel pra saber que meu coração já é seu. E não há alegria maior que estar ao seu lado e compartilhar momentos incríveis como este. Você me ensinou a ser o que sou hoje! Você me transformou também! E me faltam palavras, então eu digo que te amo no mais profundo de meu ser. Eu te amo, Leon Vargas - digo não entendendo porque soluçava enquanto falava.

– Não era pra você estar chorando, meu amor. Casar comigo é tão ruim assim - diz Leon carinhosamente se afastando um pouco e segurando meu rosto entre suas mãos, secando minhas bochechas com os polegares.

Eu nem havia percebido que chorava. Estava em êxtase pelo tamanho da alegria e do amor que pareciam não caber dentro de mim.

– São lágrimas de alegria, disso não tenha dúvida - digo.

Antes que algo mais pudesse ser dito, ele selou nosso compromisso com um beijo terno, me surpreendendo com a doçura de seus lábios. Seus lábios, apesar de serem firmes, se moviam com calma e suavidade sob os meus. Me agarrei fracamente à camisa de sua cintura, enquanto suas mãos amparavam meu rosto tranquilamente.

Não queria me separar de Leon nunca, mas logo o ar se fez necessário. Ele descansou sua testa sobre a minha, permanecendo com as mãos em meu rosto. E por um longo tempo permanecemos nos admirando com sorrisos bobos no rosto.

– Te amo - dizemos ao mesmo tempo, dando uma risada fraca.

– Vamos casar! - digo sem acreditar.

– Sim, vamos! - sorri largamente soltando meu rosto - é claro que teremos que esperar um pouco, até tudo se ajeitar. Provavelmente quando acabarmos a faculdade.

– Tudo bem, então nesse meio período seremos noivos. Certo? - pergunto divertidamente.

– Sim - ri deixando seu sorriso encantador estampado no rosto - e por enquanto, vamos manter isso em segredo, tudo bem?

– Tudo bem - sorrio - vou gostar disso.

Rimos e então o relógio de Leon apita. Ele o olha preocupadamente.

– Tenho que ir - diz tristemente.

– Então vá - digo sorrindo fracamente.

– Não quero. Principalmente agora que sei que você é minha!

– Sempre fui sua, Leon. E você sempre pertenceu a mim! - digo - agora vai - o empurro fracamente. Seguro sua mão e ele a olha.

– Espera. Me da sua aliança de namoro? - pede.

– Claro, pra que? - pergunto lhe entregando.

– Tive uma ideia - sorri tirando seu colar que ele havia ganhado no exercito.

Mexendo no fecho do colar, ele anexou a aliança ao mesmo e pôs o colar no pescoço.

– Pronto, agora tenho algo seu! - sorri. Seu relógio apita novamente.

– Agora você tem que ir - digo - antes que se atrase.

– Verdade - diz pendurando a bolsa nos ombros.

Caminhamos pelo quarto até a janela. Ele se sentou no batente da janela e passou uma perna para o lado de fora.

– Semana que vem eu te encontro - diz seriamente - prometo.

– Ok. Te amo.

– Te amo - sorri roçando levemente nossos lábios.

Ele pôs a outra perna para fora. Virou-se e sorriu uma última vez, antes de passar para a árvore e descer a mesma.

Fechei a janela e deitei em minha cama, mas não posso dizer que dormi. Ficaria acordada a noite inteira tentando processar que eu estava NOIVA e que realmente casaria com Leon.


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Notas finais do capítulo

EAI?????? O que acharam do mais novo babado de Leonetta? kkkk
Tentei deixar o mais legal possível e espero ter atingido meus objetivos...
Obrigado por acompanharem, comentarem e favoritarem, vcs são 10 :)
Até Terça que vem!