Ele chegou perto e gritou em meu ouvido:

−Sou Leon, prazer. –Aquele grito era apenas um sussurro, no ambiente a musica era alta.

−Sou Violetta! –Gritei de volta.

−É daqui de Miami?

−Não e você?

−Não, sou de Buenos Aires

­−Também, que coincidência.

−Aceita dançar?

−Claro! –Dei minha mão e dançamos em uma musica lenta, colocaram para tocar: Este corazón de RBD, não sei por quê. Enquanto dançávamos, conversamos sobre cada um.

−Qual é a sua idade? -Ele perguntou bastante curioso.

−18 e a sua?

­−19. –Mais uma vez o silencio. A música acabou e fomos para o mar, não tomar banho e sim andar.

­−Violetta, como Buenos Aires é enorme, talvez seja por isso que nunca nos encontramos.

−É, onde você estuda ou estudava?

­−Fiquei um ano no Studio On Beat, depois fui fazer faculdade de musica, mas hoje pratico MotoCross.

−Eu estudo no On Beat, mas já vou me formar. Vou fazer faculdade de musica.

−Legal! –Deu uma pausa. -Posso te beijar? –Fechei os olhos e fiz sim com a cabeça. No instante seguinte ele me beijou, meu primeiro beijo. Abri minha boca sem jeito, mas ele pareceu aprovar. Então aprofundamos o beijo, mas o ar deu “oi” e nos separamos.

−Ér... –Disse sem jeito.

−O que houve? Beijo mal? Tô com mau hálito?

­−Não houve nada... É que...

−Sim?

−É que esse é...

−Seu primeiro beijo?

−Sim! –Disse envergonhada e baixando a cabeça.

−Fico feliz por ser o primeiro, não se envergonhe há tempo para tudo.

−Fico feliz assim!- Ele me deu o ultimo beijo daquela noite. Havíamos combinado de nos encontrarmos na rocha no dia seguinte. Fui para casa com Fran, que também havia conhecido um garoto.

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Acordei e fui tomar banho, tomei o banho e desci. Olga estava cantarolando algo.

­−Bom dia!

−Bom dia, linda! Está tão feliz, o que houve?

−Conheci um garoto.

−Não acha que já é cedo demais para se apaixonar?

−Não Olga e além do mais somos apenas amigos, se caso eu vier a me apaixonar, será mais lá para frente.

−Tá bom, ah, seu pai ligou, disse que vai demorar mais algumas semanas, a pequena Maria nasceu.

−Ai, tô louca para conhecer minha irmã-prima.

−Bom dia! –Disse Fran descendo. –Não pude deixar de escutar, a Mariazinha nasceu?

−Aham. –Disse pegando a jarra de suco e colocando o liquido no copo.

−Legal! –A campainha tocou.

−Aff, quem será a esta hora? –Disse e Olga foi abri a porta. Ouvi as vozes.

−A Violetta está? –Disse a voz.

­−Sim, está na sala de jantar, queira me acompanhar. –Olga disse, virei e era Leon.

­−Leon? Como descobriu minha casa? –Perguntei assustada.

−Minha casa é aqui perto e também te segui com os olhos ontem à noite.

−Nosso encontro era só mais tarde.

−Mais queria ver você. –Sorri e a Fran olhava tudo de longe com um sorriso no rosto.

−Ok, senta-se e coma com a gente.

−Não obrigada, já tomei meu café.

−Já saio, só vou terminar de beber o suco. –Bebi digamos meio que devagar, mas logo terminei. –Fran, Olga, vou sair, volto antes do almoço. –Elas assentiram e saímos.

−Vai ficar aqui por quanto tempo aqui? –Ele perguntou.

−Acho que até o meio do mês que vem, meu pai vai demorar pra vim para cá, minha tia teve neném.

−Oxi, o que sua tia tem a ver com seu pai?

−Eles são casados, minha mãe morreu.

−Ah, sinto muito pela sua mãe.

−Obrigada. –Andamos até a rocha, ele me ajudou a subir e depois ele subiu. –Uau, que vista! –Disse admirando o imenso oceano a minha frente, as ondas batiam na rocha e espirrando água em nós.

−Eu venho aqui sempre. Venho para pensar. Reflito! Agora essa rocha também pertence a você, venha sempre que quiser e me chame quando vier. –Ele me deu um selinho. –Vilu, eu sei que é cedo, mas você mexeu com meu coração e minha mente. – Abaixei a cabeça, não por achar que aquilo era perda de tempo, mas sim por também estar apaixonada.