Que Droga, Cas! escrita por Tribitch


Capítulo 7
De Volta Para O Biggerson's


Notas iniciais do capítulo

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Seis meses.

Seis meses já haviam se passados desde a súbita vontade de Dean Winchester em mudar de vida.

Seis meses que ele não via Castiel.

Seis meses de uma vida normal.

Dean procurou por alguns dias a melhor cidade para morar. Como Kansas estava fora de cogitação, optou por um lugar totalmente diferente do que estava acostumado. Foi para Ohio. O estado dos ‘nerds’ e tudo mais. Ele pensava que se era pra mudar de vida, vamos fazer isso do jeito certo.

Comprara(com o ultimo golpe seu no mundo dos cartões clonados. Foi apenas para pagar a entrada. O resto ele pagava sozinho) uma casa no condado de Fairfield. Uma cidade não muito movimentada como sua vizinha Columbus, mas nada fim de mundo como nas cidades estranhas do Wisconsin. Conseguira um emprego de segurança em um restaurante meio fresco. Digamos que lá não tinha muitas vagas de mecânicos. Mas ele ganhava bem afinal das contas, dava para pagar a casa, contas básicas como tv a cabo, agua, luz e gás e uma coisa que Dean não precisaria tanto quanto antes, mas é sempre bom evitar: plano de saúde.

E conseguira o que queria: Uma casa com cerca branca e tudo. Tinha até um jardim na frente! E por incrível que pareça, Dean cuidava dele! Bem, do jeito Dean de cuidar... Mas nenhuma planta estava marrom. Um bom sinal.

Todo dia era o mesmo ritual. Acordar as seis da manha, sair pro trabalho as sete, trabalhar até as quatro ganhando hora extra, passar pela loja de tortas e receber uma cantada todo dia da moça que serve os clientes. Se fosse há um tempo, na primeira cantada os dois estariam na casa dela, tirando as roupas antes mesmo dela dizer ‘’posso anotar seu pedido?’’ e com certeza Dean responderia algo muito romântico, como ‘’ meu pedido é para viagem’’ ou ‘’ estou com eles nas mãos agora’’. Mas tem uma pessoa que conseguiu tirar todos esses atos pecaminosos do loiro. E essa pessoa não estava ali para presenciar o prazer de Dean em acordar cedo, sentir o cheiro do café pela manhã e dizer bom dia para a senhora Fenty. Uma senhora meio gorduchinha e com seus cabelos brancos, mas uma pessoa boa. Ela que recomendou a casa para Dean e lhe mostrou a vizinhança num passeio de carro. Que nesse mesmo dia, Dean acidentalmente claro, derrubou um pouco de agua benta na pobre senhora, que se limitou a sorrir e dizer que essas coisas acontecem. Ele não tinha com quem compartilhar a alegria de voltar para a própria casa e vê-la ali, do mesmo jeito que ele a deixou pela manhã. Tudo no lugar e sem cheiro de enxofre empesteando o ar.

Hoje fazia 3 meses que Sam não vinha visitar. O que coincidência ou não, Sam iria vir visita-lo hoje.

Deu 10 da manhã e Sam bateu a porta do seu irmão. Aproveitando o dia de folga do restaurante.

– Sammy. – Dean abraçou o irmão. Era a única família que tinha por hora.

– Como vai à vida como um cidadão normal?

– Bem. Ainda estou vivo. Entra ae. Tem cerveja gelada ali.

Os dois entraram e foram em direção à cozinha da casa. Antes de Dean redecora-la, ela era a típica casa de uma senhora viúva de oitenta anos. Papel de parede rosa com flores antigas, lustres por todo o lugar e um carpete que mais parecia um urso polar morto há anos. Sem mencionar o gostoso cheiro de gato na casa. Depois de colocar um papel de parede decente, branco. Dean teve que abrir todas as janelas e portas e jogar litros de produtos químicos para tirar o fedor de coco de gato. Dean suspeitava que ali morasse uma antiga amiga da Sra. Fenty, mesmo ela nunca ter mencionado nada.

– Vai cozinhar pra mim também? Ou ainda não aprendeu?

– Cala a boca! Ou então eu te apresento para a senhora Fenty. Você tem fama entre as velhotas! – riu Dean- lembra aquela velhinha que você teve dançar para conseguirmos a mão da gloria junto com a Bella? Ela ainda te liga? – Sam se limitou a apenas levantar um dedo pro irmão. E não foi um sinal de joia.

– Teve alguma noticia do Castiel? – Dean ainda estava preocupado com ele. Desde aquele dia, ele nunca o procurou ou vice-versa.

– Não... Sinto muito.

– Sem grilo. Bora bater um rango? Não fiz compras esse mês ainda...

– Eu nunca pensei na minha vida que ouvia você dizer isso! Dean Winchester fazendo compras! Você limpa a casa também?

Dean nem respondeu a ultima pergunta ou então o jogaria em cima do colo da Sra. Fenty. Foram para uma das lojas que sempre seguiram os irmãos por essa vida. O Big Gerson’s.

Chegaram, pediram uma mesa e fizeram o pedido. Enquanto esperavam, Dean discretamente(ou pensava que estava sendo) tentou puxar papo com seu irmão sobre o anjo desaparecido.

– O que você acha que tirou o Castiel de lá?

– Não faço ideia... O que pode entrar no Purgatório livremente e tirar alguma coisa de lá?

– E se ele estiver em encrenca? – Dean fazia de tudo para parecer casual e desinteressado.

– Irmão, você está caidinho por ele mesmo hein!

– Quer calar essa boca? Só estou preocupado com o meu... Amigo.

– Depois daquelas cenas, principalmente a daquela noite, você ainda nega?

– Que ‘’daquelas cenas’’ você está falando? Ate parece que eu e o Cas ficávamos embaixo de arco-íris falando sobre amor, carinho e todas essas baboseiras de casais apaixonados.

– Você sabia que o Bobby suspeitava de vocês dois? Há um tempo, ele bebeu um pouquinho a mais e disse que às vezes, tinham momentos entre vocês, que ele tinha dificuldade em saber se vocês eram amigos ou se aquelas olhares tinham algo mais.

– Aquele velho filho da puta! – o que fez Sam rir mais ainda com a cara de raiva que Dean fazia. Mas o papo sobre o Bobby foi verdade. Ele chegou a suspeitar de verdade.

– Se você não admite tudo bem. Mas que houve, houve sim.

– Não irei discutir com você. Mas se continuar com esse papo vai levar uns cascudos.

– Seus pedidos senhores. Tenham um bom dia. – disse a garçonete toda sorridente, atrapalhando a briguinha dos dois. Enquanto comiam, não se falou um pio na mesa. Momento de comer era sagrado. Principalmente quando se come um delicioso Cheese Bacon do Big Gerson’s.

– Uh! Pelo menos uma coisa boa da vida de caçador.

– Lembra quando a gente ganhou um ano de comida grátis? E a gente mal aproveitou?

– Tempos difíceis aqueles. Se rolasse isso agora, eu já estaria uma rolha de poço.

– Foi nesse dia em que conhecemos a Bel...

– Segura minha mão. – interrompeu Dean falando entre os dentes.

– O que?

– Só segura na minha mão Sammy. Anda logo! – Sam cheio de receio, fez o que ele mandou. Pegou a mão esquerda de Dean e a segurou.

– Pra que isso?

– Está vendo aquela mulher ali no balcão? Ela vive dando em cima de mim, acho que agora isso vai fazer ela desistir.

– Olá Dean! – veio cumprimenta-lo- Dia de folga hoje?

– Sim. Sim. Uma folguinha faz bem né não? Ah, esse aqui é meu namorado, Samuel. –Sam sorriu desconfortável para ela.

– Como vai? Eu preciso ir pessoal, foi bom vê-lo Dean. Prazer em conhecer você Samuel. – ela sorriu mais desconcertada do que o Sam. Dava pra ver nitidamente a vergonha na cara dela.

– Precisava disso? Não podia apenas dizer?

– Acha que foi bom pra mim também? Mas conhecendo ela...

– Agora já podemos ir? Quero descansar entes de pegar na estrada.

Foram para a casa, passaram à tarde lá vendo tv, ou qualquer outra coisa que os entretesse. A noite caiu e Sam anunciou que precisaria pegar a estrada.

– Até mais Sammy. Se cuida hein? Porque o musculo da antiga dupla se aposentou agora.

– Cérebro vence força.

– Em Stanford talvez.

– Decorou o nome? Finalmente. E Dean... Não se preocupa tanto com o Castiel. Ele é um anjo lembra? E vive aqui há mais tempo que qualquer um.

– Valeu Sammy. Valeu mesmo... Agora vai embora, antes que eu segure sua mão outra vez.

– Idiota.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo capítulo.