A Alma escrita por Julie Stew


Capítulo 22
Capítulo 18 - A verdade


Notas iniciais do capítulo

Esqueci de dedicar o último capítulo a Mary Fernandes! Feliz Aniversáio ♥



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Eu já vivi em muitas vidas em diversos planetas e isso me fez ficar conhecida como a primeira alma, a única que havia ficado para contar a história enquanto as outras almas se sacrificavam para criar as novas vidas. E com todo o meu conhecimento demorei pouco tempo para perceber que os humanos são exatamente como nós e que estavam passando pelo mesmo problema que eu havia passado há éons atrás, e que em toda a minha hipocrisia de criticar e culminar uma raiva pelo que os Abutres haviam feito conosco e não percebi que eu havia feito isso como várias espécies e em vários planetas até chegar nesse lindo planeta azul.

Toda a minha estadia na Terra só serviu para a reflexão de como resolver esse problema, pois este planeta mostrou o lado obscuro de minha espécie que eu jamais imaginei que existia como Buscadores torturando e caçando humanos, os seres deste planeta sofrendo com a fome e o frio enquanto fugiam dos Buscadores, se escondendo.

Meu único desejo é que toda a espécie humana entendesse que eu tinha a melhor das intenções ao colonizar este planeta! Que eu sonhava em salvar este planeta e não em plantar o caos! E eu sei que todos pensam que nós não tínhamos esse direito só que eles nunca viram o quanto estavam destruindo o planeta que ele chamam de lar! Havia tantas guerras em que as pessoas tentavam impor que eram superiores a outras, que sua religião era melhor. Havia tantas mortes e agora há tanta vida! Sempre há dois lados de uma história e eu gostaria que vocês escutassem a minha! - digo a todos os habitantes da caverna na reunião que tio Jeb organizou depois de conversar comigo e permitir que eu esclarecesse tudo.

Eu estava escondida na sala de jogos depois de toda a discussão e desentendimento que eu havia causado e pensava em uma maneira de explicar tudo.

– Julie onde você esta? - uma voz cansada e conhecida fala do começo do corredor. Tento me esconder para só neste momento lembrar que não havia onde me esconder naquele lugar. Uma luz me cega. - Sabia que estaria aqui.

– O que você quer? - pergunto a Ian.

– Entender como você se meteu nesta confusão! E uma explicação para tudo.

– É uma história comprida.

– Relaxa eu tenho tempo! - olho incrédula para ele.

– Então não tem ninguém me procurando no deserto achando que isto fazia parte de um dos meus mirabolantes planos?

– Tem, mas neste momento não importa.

– Tudo bem - digo e conto-lhe toda a história desde a época dos Abutres até o dia de hoje e falo do quanto estou arrependida.

– Sabe todos cometemos erros e eu acredito que você esteja arrependida. E eu sei que estão todos estão bravos com você então dê um tempo a eles e fique aqui. Vou dizer que encontrei você mas que é para ees lhe deixarem sozinha,ok?

– Obrigada!

– Eu que te agradeço se você não tivesse a ideia de colonizar este planeta eu jamais teria conhecido Peg, fique tranquila uma hora Melanie vai perceber o quanto esta errada e virá falar com você.

– Eu espero!

Ele foi embora e me deixou sozinha com meus pensamentos e cansaço, então encostei na parede e dormi. Acordo assustada com uma respiração do meu lado.

– Ian me disse que você estava aqui - exclama Jamie - Desculpe eu não queria te assustar.

– Não tem problema.

– Aqui é um ótimo lugar para pensar, não é?

– É sim!

– Olha eu sei que você não tomou a melhor decisão do mundo em vir pra cá e eu entendo isso! Só não entendo porque você nunca contou isso para nós! - ele diz enquanto pega as minhas pequenas mãos.

– Nunca é fácil fazer a escolha de colonização dos planetas, Jamie. Eu sei que você gostaria de ter outra vida que não fosse ficar enfurnado aqui e eu entendo também, e eu não sabia como falar isso. Letícia me irritou e eu soltei a bomba. Desculpe.

– Você esta cera eu gostaria de viver outra vida, mas eu amo essa vida! Tenho uma família enorme e Letícia não é nenhuma flor então não há nada que você deva se desculpar. Só me responda uma coisa se você pudesse mudar a decisão de vir para cá, você mudaria?

– Eu não sei! Talvez sim porque vocês tem o direito de viver como quiserem e não presos aqui, porém...

– Porém?

– Eu jamais teria conhecido vocês e saber como é ter uma família como é amar alguém!

– Eu não mudaria. é claro que eu sinto falta da minha antiga vida, dos meus pais - uma lágrima escorre por seu lindo rosto - mas isso não trará minhas primas de volta, nem minha tia, nem meus amigos, nem nada! Acho que as coias acontecem por um motivo, Julie, vocês salvaram o planeta e muitas vidas e também destruíram famílias e mataram muita gente.

– Sempre há dois lados de uma história - digo.

– Sim! E também eu não saberia viver sem você - ele me abraça forte - Então eu não trocaria nada por isso!

– Eu também não, Jamie.

– Sei que você esta tão cansada quanto eu e que este chão é terrivelmente desconfortável. Então por que nós não vamos dormir em um daqueles confortáveis colchões? E fique tranquila que todos estão em seus quartos dormindo.

– Tudo bem!

– Hm!- ele diz quando chegamos perto da parte da caverna que servia de quarto - Você não divide o quarto com ninguém, não é?

– Não.

– Podemos ir para lá? Eu divido o quarto cm Nick e Letícia resolveu passar a noite lá.

– Ok!

Assim que entramos no meu quarto percebo que há alguém deitado no meu colchão e fico paralisada, Jamie liga a lanterna e bufa.

– Acho que tem alguém que quer conversar com você.

– Obrigada, criança - tio Jeb diz.

– Tio Jeb - digo.

– Que encrenca que você se meteu - concordo - Bom, não quero saber essas coisas que todos estão querendo saber e sei que você não tem nenhum plano para trazer os Buscadores para nos colonizar, não é?

– É claro que não!

– Então quero que você explique tudo isso para todo mundo numa reunião que eu estou convocando para amanhã. ok?

– Ta bom - ele se levanta para ir embora - tio Jeb.

– Sim?

– Você me odeia?

– Nunca! Você é como uma filha para mim e você fez o que acreditava ser certo e salvou nosso planeta! Cometeu um grande erro? Claro que sim! Mas você é uma humana agora e todos nós cometemos erros. Boa noite, querida. E pirralho vá para o seu quarto.

– Boa noite pra você também - Jamie fala rindo - Eu sabia que ele não iria ficar bravo e é melhor dormirmos por que amanhã será um dia longo.

– Boa noite, Jamie.

– Boa noite, Julie.- ele deita ao meu lado e passa o braço sobre o meu corpo como se me protege-se.

E foi assim que eu cheguei há esse determinado momento em que todos os humanos resistentes me fitavam com raiva, dúvida e medo. Sei que vai demorar muito tempo até que eu consiga ganhar a confiança deles novamente e eu não descansaria até esse momento!


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Notas finais do capítulo

O que vocês acham?



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