A Alma escrita por Julie Stew


Capítulo 2
Uma vida incomum


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pela demora e por ter excluído o ultimo capitulo. E ia postar ontem mas o Nyah fez o favor de excluir o meu capitulo. Então, boa leitura.



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– Você não vai conseguir me pegar- gritei

– Eu vou ganhar, Julie - disse Jamie

Corri mais rápido e cheguei primeiro no parquinho do fim da rua.

– Ganhei! Ganhei! - eu gritei ofegante e alegre -Eu disse que você perderia, Jamie.

Ele me mostrou a língua.

– Você parece uma criança birrenta de cinco anos.

–Na verdade eu tenho seis.

– E eu sete, criancinha!

– Sabe Julie algumas vezes acho que você é um adulto preso no corpo de uma criança mas em outras parece ser uma menininha mimada de dois (2) anos - disse Melanie tentando ser séria, mas não conseguindo começou a rir.

– Mel, Julie é uma criancinha mimada- disse Beatriz rindo mas seu olhar era meio severo como se me lembrasse do segredo. ' Finja ser uma criança humana' ela me dizia sempre.

Melanie e Jamie são irmãos Stryder e eram bem parecidos ambos tinham olhos castanhos e cabelos castanhos e tinham uma feição dura mas eram sempre dóceis e amáveis, Mel tem 13 anos e Jamie 6 anos, a diferença de idade bem parecida com a minha e de Bia.

Beatriz esta com 13 anos também, ela e Mel são melhores amigas, seus cabelos loiros e cacheados caíam na cintura e suas feições de princesa continuavam as mesmas de sempre.

– Oie gente - disseram Elize e Bethane, as gêmeas de 11 anos, filhas do Tio Jeb ( tio de Mel que considerávamos da família). Lizzie e Beth são gêmeas identificas, e sendo assim ambas tem o cabelo bem preto e liso da mãe e os olhos castanhos característicos dos Stryder's.

– Olá - eu disse sorrindo

– Vocês não vão a festa? - perguntou - nos Lizzie enquanto andava até mim para mexer no meu cabelo. 'Ah eu adoro quando ela mexe no meu cabelo'.

– Eu vim chamar os tampinhas ( apelido que o Tio Jeb havia dado a mim e a Jamie), Liz - disse Mel

– Venha Julie, eu trouxe várias piranhas e presilhas para por no seu cabelo.

O parquinho ficava no fim da rua onde minha família e os Stryder moravam, éramos vizinhos desde sempre.

– Julie desse vez eu vou ganhar de você - disse Jamie

– Não vai não!

– Eu vou ganhar - disse Mel já correndo e nesse momento eu e Jamie já sabíamos que havíamos perdido pois Melanie era conhecida como Guepardo por correr tão rápido.

Chegando na casa dos Stryder's lugar onde acontecia a festa, encontrei papai e mamãe. Os Stryder são como nossa segunda família, por isso não havíamos colonizado eles, mas o plano de colonização desse planeta estava dando muito certo quando chegasse o momento certo, eles seriam colonizados.

A família Stryder se resumia em Melanie, Jamie, Linda e Trevor ( pais de Mel e Jamie), Magnolia e Sharon ( respectivamente tia e prima de Mel), Elize, Bethane, Charlotte e Jebdiah. Era uma família pequena mais unida.

– Olá tampinhas - disse Tio Jeb a mim e a Jamie, ele me abraçou e passou a mão nos cabelos de Jamie bagunçando-os.

– Olá minha flor - disse Tia Char, Charlotte tem grandes olhos verdes e cabelos lisos, ela era a pessoa mais amável que eu conhecia, eu sorri e beijei sua bochecha.

Sharon, a prima ruiva de cabelos cacheados e rebeldes e olhos castanhos típicos dos Stryder, ela é a mais velha do nosso grupo tem 15 anos, estava jogada no sofá vendo TV, sentamos todos na sala para assistir TV junto a ela e Lizzie foi pegar as presilhas para fazer uma trança no meu cabelo.

As festas, vulgo reunião de família, dos Stryder eram sempre muito boas, muita comida, boa companhia, muitas brincadeiras. Mas como os humanos costuma dizer ' tudo que é bom dura pouco', a noite chegou e nós tivemos que ir embora.

– Bia e Julie, já para o banho - disse-nos mamãe assim que entramos em casa. Após um longo e quente banho, papai me colocou para dormir. Essa era a rotina de casa, papai sempre colocava as filhinhas para dormir.

Eu estava cansada de tanto brincar, quase pegando no sono, até que o barulho de algo se quebrando e mamãe gritando me acoradaram.

– Meu Deus - ela gritou horrorizada

Papai correu ate ela, e eu fui atrás, encontrei Beatriz perto da sala.

– O que aconteceu?

– Não sei, Julie, mas não deve ser algo bom o noticiário deve ter anunciado mais uma tragédia e mamãe deve ter ficado preocupada como sempre, deve estar tudo certo. - ela disse tentando me acalmar como sempre fazia. Eu tenho uma ótima irmã.

Ela pegou minha mão e assim caminhamos para a sala. Mamãe estava chorando nos ombros de papai e ambos estavam com caras devastadas, atrás deles o noticiário transmita um novo acidente.

' Acidente na auto estrada um carro massacrado, 3 mortes incluindo 2 crianças e uma mulher adulta.' dizia o repórter

Ah não , mais mortes, mais violências, esse mundo é cruel, seus habitantes são cruéis.

O repórter estava entrevistando um homem, identifiquei pela voz grossa e conhecida, mas não queria olhar para TV e ver imagens dos corpos mutilados. Enfim olhei para a TV e o homem que falava era bem conhecido para mim, barba e cabelos branco, olhos castanhos e feições duras. Tio Jeb.

Não. Não. Isso não estava acontecendo.

– Esse caminhoneiro bêbado e irresponsável matou minha esposa e minhas filhas - disse ele abalado - Estávamos em uma festa, mas cada um veio com um carro e então agora estávamos voltando para a casa, quando esse terrível acidente aconteceu. Eu daria tudo para que fosse eu no lugar delas- Tio Jeb terminou a entrevista chorando.

– Isso não esta acontecendo - eu disse. Toquei meu cabelo onde ainda havia resquícios da trança que Elize fez no meu cabelo, das presilhas que ela colocara, seus últimos momentos, quando eu disse adeus a Tia Char, Beth e Liz que iam em um carro e eu acenava e mandava beijos. Não podia estar acontecendo isso, Tio Jeb perdeu sua família, suas filhas ainda tão pequenas e o grande amor de sua vida.

Esse mundo é cruel e horrendo, triste e feliz, quente e frio, não se podia ser muito feliz neste plante, pois a balança entre o bem e o mal se desequilibrava e caia para o lado do bem, mas o mal revida bem rápido e nos passa a perna. Os humanos são maus e irresponsáveis só pensam em si e não no bem da comunidade. Gananciosos isso que eles são, a ganancia move os humanos. Esse é o planeta mais difícil de ser vivido, pois nele só se tem dor e perda.

– Não sei o que faria se perdesse vocês - disse papai abraçando Beatriz , mamãe e eu.

– Isso jamais vai acontecer papai - eu disse antes de começar a chorar.

Nessa bela noite o céu receberia três belas estrelas.


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Notas finais do capítulo

Triste, mas lindo. Me inspirei nesse final. Espero que tenham gostado. Vocês já viram ou leram Gossip Girl? Eu amo e super recomendo.
Será que isso sera a única perda na vida de J? Só a fic para dizer,
Para vocês que me amam,
Gossip Girl



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