A Alma escrita por Julie Stew


Capítulo 16
Capítulo 14 - Surpresa


Notas iniciais do capítulo

Gostaria dedicá-lo a Mrs. Oshea para quem não sabe ela que faz essas capas lindas! Obrigada pela dedicação!



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O medo dominava cada célula do meu corpo. Eu não sabia onde estava mais sabia que estava deitada em uma maca e que havia algumas pessoas discutindo a minha volta.

– Por que está fazendo isso? - disse uma voz grossa , de algum homem provavelmente.

– Você vai vai entender, Ian - a voz de Pet entende. Quem é Ian?

– Estou fazendo a coisa certa garoto!- essa voz me deixou nervosa, ansiosa, eu s conhecia de algum lugar.

– Ela está acordando - falou alguém próximo à mim.

Percebo que devo abrir meus olhos para saber onde estou. A primeira coisa que vejo é uma luz antiquada usada em hospitais, mas que hoje em dia já havia caído em desuso e um teto cor de barro, laranja e meio arenoso. Onde eu estou? O terror me domina e logo da lugar ao medo novamente.

– Olá querida Julie! - a voz conhecida sabe meu nome. Como? Me levanto rapidamente procurando quem falara meu nome e meus olhos encontram a forma de um senhor de aproximadamente cinquenta anos envelhecido pelas dores mais mesmo assim forte, eu reconheceria aquele rosto em qualquer lugar, olhos vivos e sempre atentos, aqueles eram os olhos de um Stryder!

– Tio Jeb! - sorrio e ao mesmo tempo tenho medo, pois lembro da sua atitude na última vez em que me viu. - Onde estou?

– Como você cresceu também quanto tempo não nos vemos ,não é? Venha me dar um abraço garota!

Saio da maca e corro em sua direção , talvez eu estivesse sonhando , pois isso não poderia estar acontecendo eu estava com Tio Jeb!

– Literalmente onze anos! - digo

– Eu também contei o tempo! Bom vou te mostrar minha casa! Peg e Ian vão avisar aos outros que vocês chegaram mais não contem a novidade!

– Pode deixar! - a voz grossa diz e eu olho para ver o rosto que a pertence. Um homem alto, com cabelo tão preto como o meu e olhos azuis humanos e do seu lado Pet. Porque tio Jeb a chamou de Peg?

– Peg? O nome dela é Pet! - exclamo.

– Não é mais, Jujuba! Essa é uma longa história e as histórias ficarão para depois! - ela disse e partiu para um corredor que mais parecia um buraco infinito e escuro.

– Hora de conhecer a casa! - Tio Jeb diz animado - Você vai ficar aqui Doc? - ele pergunta para o homem de voz dócil.

– Não, eu irei para o grande salão.

– Já iremos para lá!

– Ok! - ele fala e vai pelo mesmo caminho que Peg e Ian foram.

– Vamos explorar- Tio Jeb exclama e me leva ao mesmo túnel. - Eu sempre digo que este lugar me encontrou, pois eu literalmente cai aqui, bom no começo eram só alguns túneis mais agora é uma grande caverna.

– Caverna? De humanos? Deve ser, pois o senhor ainda é humano.

– Isso mesmo! Garota esperta!

A cada lugar que ele passava me contava a história de como descobriu cada um como a Sala de Banhos, que era uma grande rio e que se deve tomar muito cuidado para não cair um uma das nascentes senão já era, a Sala de Jogos que tinha esse nome, pois os era utilizada para jogos. Ele me permitia fazer todas as perguntas menos a que mais me interessava , Jamie estava ali?

– E agora esta na hora de conhecer a família!

– Quantas pessoas tem?

– Algo próximo de quarenta ou quarenta e cinco.

– Tudo isso! - exclamo boquiaberta.

– Sim! Bastante gente! Agora se prepare para as fortes emoções!

Ele diz antes de entrarmos no Grande Salão. O salão principal, outro nome para esse grande lugar, era enorme e cheio de humanos, vários grupos cada um em um canto. Tio Jeb me levou em direção ao grupo em que estava Pet, quer dizer Peg, Ian, um homem alto que conversava com todos, outro homem musculoso e forte que pousava o braço protetoramente no ombro da mulher que estava agarrada a sua cintura como se nada pudesse separá-los. Essa mulher era alta com cabelos castanhos na altura do ombro e tinha um porte físico de uma atleta que corre muito.

–Ei gente! Conheçam a nova garota! - Tio Jeb chama a atenção deles para mim. - a mulher vira e eu não podia acreditar que aquilo estava acontecendo aquela mulher era Melanie!

Melanie! A minha Mel viva! Meus joelhos tremem e meus olhos se enchem d'água, vejo quando ela olha para mim me reconhecendo e me abraçando tão forte. Mel estava viva!

– Minha irmãzinha! - ela exclama.

– Mel! Você está viva!

– É eu estou! Você cresceu tanto!

Alguém passa correndo por mim, uma garota consigo perceber os cabelos cor de fogo e vai em direção dois garotos que estão na parede oposta à minha. Meus olhos acompanham- a.

– Sabe tem alguém que você precisa ver também! Vai na mesma direção que aquela garota. - Mel indica.

– Ta bom! - digo e corro na mesma direção da garota é assim que chego perto escuto o garoto que ela esta abraçada dizendo o quanto estava com saudades e aquela voz pareceu a melodia mais bonita do universo aos meus ouvidos.

– Jamie - chamo-o não acreditando que ele estava ali. O menino solta a garota e olha para mim, espantado e no segundo depois com um olhar de adoração.

– Não pode ser! Julie! - ele corre e me pega num abraço tão forte que me levanta no chão, ele me roda no ar e depois me põe no chão mais cintura abraçado em mim. E isso me permite passar a mal por ser cabelo castanho, sentir seu cheiro de canela e olhar dentro daqueles olhos tão conhecidos. Aquilo só poderia ser um sonho.

– É um sonho! - exclamo.

– Deve ser! Sabe uma coisa que nunca vai mudar?

– O que?

– Sua altura! - falho na tentativa de bater nele e ele ri ainda mais.

– Também senti sua falta!

–É faz muito tempo mesmo. Onze anos - ele diz como se viesse contando os dias em que nos encontrarmos novamente, como se tivesse sofrido todo esse tempo com a minha ausência.

– Não posso acreditar que estou aqui! - abraço- o mais forte! Meu Jamie! Jaime! Eu estava com Jaime! Começo a chorar e ele me balança de um lado para o outro tentando me acalmar como ele fazia quando éramos criança e isso faz com que eu o abrace ainda mais forte como se eu pudesse entrar dentro dele, para nos tronáramos um só. A saudade guardada a tanto tempo consumia-se em apenas alguns instantes, em alguns abraços. Meu Jamie estava ali. A partir daquele momento não importaria o que eu passe eu nunca o deixaria partir novamente.

– Meus irmãozinhos reunidos - escuto Mel dizer atrás de nós, mas eu não quero olhar para trás ou me desgrudar de Jamie, pois aquele era o nosso momento, abraço-o mais forte e deixo que as lágrimas escorram por meu rosto. Jamie estava ali! Eu não conseguia acreditar nisso.

Ele afrouxa um braço e o abre a Mel e nos abraçamos exatamente como fazíamos quando eramos crianças.

– Eu senti tanta a falta de vocês! - exclamo!

– Nós também - diz Tio Jeb

E nesse instante percebo que minha chegada chamou a atenção de todos. Saio do abraço de Jamie mais continuo segurando-o com medo de que ele fuja novamente.

Algo pesado cai do outro lado da sala e instantaneamente meus olhos são atraídos para o barulho, e eu vejo a cara de espanto de Tia Maggie e Sharon, as minhas ruivas preferidas, por me verem. Corro na direção delas e Sharon vem ao meu encontro e me derruba no chão.

– Minha bebê - ela dizia.

– Eu falei que você iria gostar da surpresa - escuto Doc dizer a Tia Maggie.

– É uma surpresa e tanto! Sharon deixe a menina respirar - ela diz isso e Sharon sai de cima de mim e me ajuda a levantar - Venha me dar um abraço menina! - quanto eu sentia falta da voz dela.

– Uau! - alguém exclama! e vejo os olhares de espanto e surpresa presos nos rostos dos humanos resistente assim que tia Maggie me abraça.

– Eles são uns bobões - ela fala.

– é que ninguém esta acostumado a ver a senhora tão feliz e abraçando as pessoas - diz ironicamente Jamie.

– Respeito menino! - ela o repreende.

Eu olho para ele e sorrio, os olhos de Jamie não mudaram nada nesses onze anos continuavam a ser os mesmos olhos castanhos-escuros como terra e me que me puxavam como a gravidade deste planeta, eu sentia como se aqueles olhos me prendessem a esse lugar. Ele me abraça e eu sei que nem ele consegue acreditar que finalmente estamos juntos.

Em todo o tempo que vive nesse planeta eu só via a dor e a tristeza, mas nesse momento eu via o prazer e a felicidade.


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Notas finais do capítulo

E o grande momento finalmente chega!



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