Os escolhidos escrita por Willian Thiago


Capítulo 13
Espirito de Aventura


Notas iniciais do capítulo

-Steve preciso te mostrar uma coisa... Adália começou a baixar a gola da camisa. Steve ficou de boca aberta.



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–cara! Não acredito! Como foi que você conseguiu destruir aquele creeper?!

–eu... eu usei a tocha que você pegou e um pouco de pólvora que caíram dos outros creepers que haviam morrido, daí, bastou passar um pouco de pólvora na espada e usar a tocha pra fazer essa espada flamejante aqui.

No momento em que Steve falava o fogo da espada começou a diminuir lentamente, a chama que antes poderia ser vista de metros de distância agora dava lugar a apenas uma lâmina de diamates em brasa.

–Ei, me responde uma coisa? Perguntou Steve.

–claro! O que você quiser saber.

–por que essa espada é leve desse jeito? Steve equilibrou a espada na vertical sobre o dedo indicador.

–hum... que bom que notou.

–ela parece ser quatro vezes mais leve que uma espada de diamantes normal, como você...

–meu caro amigo, eu não posso revelar as minhas fontes... hum... olha, como você me salvou daqueles monstros pode ficar com essa espada de presente pra você!

–sério?! Muito obrigado!

–mas olha, nunca fale para ninguém como foi que você conseguiu essa espada viu?!

–está bem... disse Steve olhando para os lados.

–olha, não é querendo abusar da sua boa vontade, mas você poderia me ajudar a levantar minha carroça?

Steve e seu novo amigo se apresentaram um ao outro enquanto levantavam a carroça , Zeca ofereceu algumas roupas suas para Steve, Steve de pronto aceitou já que sua antiga camisa tinha se rasgado quase que completamente na luta contra os creepers, dentre as tantas que ele viu ele escolheu uma blusa escura sem mangas, era feita de um tecido meio áspero mas muito confortável que oferecia uma mobilidade incrível nos braços e na barriga e, junto com a pele de creeper, era como se usasse uma armadura!

–muito obrigado Zeca, espero te encontrar qualquer dia de novo.

–até Steve.

Então, Zeca adentrou com sua carroça e seus cavalos na floresta, rumo ao Oceano, e Steve foi andando de volta ao hotel.

***

Era por volta das quatro horas da manha quando Steve chegou no hotel, assim que chegou foi direto ao quarto e encontrou Adália deitada em uma cama e Diego em outra bem do lado, estava morrendo de sono e cansaço, passara a noite em claro lutando contra os monstros e não dormiu nem um segundo sequer, em volta dos seus olhos se formaram algumas olheiras escuras que davam ao rosto de Steve um aspecto de pessoa mais velha, Steve sabia que precisava dormira, pegou sua espada de diamante e guardou em um dos baús e se deitou em um canto do quarto, no chão mesmo, não era a primeira vez que dormia daquele jeito e talvez nem a última, só estava chateado por que aquela seria a primeira vez que ele dormiria com algum conforto em dias e Diego havia atrapalhado! sua visão começou a ficar turva, as pálpebras começaram a pesar e seus olhos azuis fechavam com aquela visão embaçada, Steve dormiu ali naquele quarto frio de Hotel aquecido pela pele de um creeper azul.

***

–oi dorminhoco! Vamos levantar hein.

–ham... Disse Steve abrindo os olhos e olhando pra Adália e Diego que estavam de pé bem diante dele.

–pode nos dizer onde foi que o senhor passou a noite?! Ficamos acordados até de madrugada lhe procurando pelo hotel e pelas ruas da cidade, você sumiu Steve!

–eu... Steve se lembrou de Zeca e da noite que passara.

–Eu... eu sai pra dar uma volta por ai. Disse Steve se levatando e indo na direção do baú em que guardara sua espada na noite anterior.

–poxa Steve, você não acha que tem que explicar muita coisa não? Perguntou diego.

–explicar o que?

Steve olhou no baú e percebeu que sua espada havia DESAPARECIDO! Ele fez uma cara de quem estava confuso, coçou os cabelos grisalhos.

–está procurando por isso Steve?! Disse Adália enquanto segurava a espada e fingia dar golpes no ar.

–SIM! Quem mandou você pegar?! Perguntou Steve tentando tomar a espada.

–Calma Steve... disse Adália colocando a espada para trás.

–Steve onde foi que você conseguiu essa espada?! E essa pele de creeper?! E por que diabos ela é AZUL?! Diego bombardeou Steve de perguntas.

–qual foi gente é uma espada de diamantes só isso?!

–O PROBLEMA STEVE! O problema, é que essa espada não é uma espada comum!

–e daí? Vai querer tomar ela pra você é isso?!

–Steve! Essa espada não é comum ela é encantada! E só tem um jeito de conseguir e é com BRUXAS!

–você andou visitando bruxas Steve?! Perguntou Diego com um olhar desafiador.

Steve até poucos dias nem sabia da existência de bruxas, e muito menos da existência de encantamentos, energia e essas coisas. O problema disso tudo, era que Steve não podia contar onde conseguiu aquelas coisas, Zeca tinha feito ele prometer que não contaria, portanto, teria de mentir.

–Sim, eu consegui com uma bruxa!

Adália largou a espada no chão e segurou na gola da camisa de Steve:

–Que DROGA Steve! O QUE ELA PEDIU EM TROCA SEU IDIOTA! Você...

Steve teve de contar a verdade, mesmo quebrando a promessa, sabia que Adália nunca faria mal a ele e muito menos ao Zeca, até porque, ele já devia estar muito longe a esta altura, pelo menos era o que Steve achava.

–me solta! Steve se soltou das mãos de Adália e pegou a espada do chão.-olha gente. Steve olhou para Diego. –eu não consegui essas coisas com bruxa NENHUMA! Eu menti... eu consegui com um amigo.

Steve contou o que havia acontecido na noite anterior, desde o momento em que ele saiu do quarto até o momento em que cruzou como creeper azul. Adália e Diego ouviram tudo atentamente, e depois fizeram as pazes. arrumaram as coisas nas mochilas e foram subindo rumo ao porto.

***

Foram andando pelas ruas apertadas da cidade da Água desviando da multidão, Diego Adália e Steve cada qual vestindo suas armaduras e carregando uma mochila, Steve carregava o casaco de creepers azul na mochila que não estava muito grande pois os mantimentos e a bagagem haviam sido divididos entre os três. Após alguns minutos chegaram no porta navios da cidade, no ôceano puderam ver algumas embarcações, a maioria era depequeno porte carregavam no máximo uma pessoa de cada vez, tinha no máximo umas três ou quatro embarcações que carregavam mais de cinco pessoas, no porto, se encontrava uma multidão de pessoas, muitas mesmo! Carregavam sacos de batatas, cenouras, trigo, pareciam que iam embarcar também.

–O que viemos fazer aqui mesmo gente?

–achei que já soubesse Steve. Disse Adália. –vamos ambarcar no Espirito de Aventura!

–Ele vai zarpar daqui duas horas. Disse diego com sua cara de cético.

–Eu sei. Já comprei as passagens. Disse Adália balançando três papéis na mão.

–Nossa. Nunca andei de barco na minha vida!

Diego e Adália deram um sorriso alegre em resposta.

–E qual desses é o espirito de aventura?

–AQUELE!

Steve olhou e não viu nada a principio, mas... ele olhou para o Oceano e viu... viu aquela COISA... aquele monte de ferro e madeira que flutuava na água, certamente era muito maior que um prédio de QUINZE andares! Era talvez a maior coisa que já vira em toda a sua vida!

–Esse é o Espirito de Aventura. Disse Adália. -Ele é o maior navio de carga já construído, na verdade, ele é o maior navio já construído, é ele quem leva o exército de Théfires em suas missões e agora, é ele quem vai nos levar de volta ao reino.

–ele foi enviado para levar um exército hoje também Adália. Disse Diego.

–Ham? Como assim?!

–olha ali.

Adália olhou para o outro lado do porto e pode ver que Marcelo estava lá com seu exército de cem homens! Provavelmente estavam em missão ao reino de Angra e iriam embarcar no Espirito de Aventura também. Os homens eram todos ENORMES! duas vezes mais alto e com mais músculos que Steve e Diego, eram máquinas de guerra do reino de Dracon!

–meu deus... quanta idiotice.

–o que Adália? Perguntou diego.

–Aqueles homens. Eles acham que força bruta sempre resolve as coisas, pena que nem sempre é assim.

–Ué. O seu exército não é assim também não?

–hahaha. Adália gargalhou. –nem de longe Diego. Os meus são homens normais assim como você e Steve.

–nossa, então o seu exército deve ser...

–tamanho não é documento Diego. Você sabe o porque de Théfires possuir o melhor exército dos cinco continentes?

–não... disse Diego depois de pensar um pouco.

–é porque em Théfires os soldados são mais inteligentes do que fortes. Nossas táticas de guerra tem quase 0% de chance de dar errado. Somos praticamente gênios!

–nossa... então quer dizer que meu futuro emprego foi pra lava. Disse Steve se intrometendo na conversa. Steve achava que quando chegasse em Théfires iria trabalhar como um soldado ou coisa do tipo, não tinha grandes planos ou sonhos futuros.

–fica tranquilo Steve, você é inteligente, eu sei. E a prova disso está na sua mochila, não é qualquer um que mata um creeper sem deixa-lo explodir vai por mim...

–vendo desse ponto de vista né. Steve deu um sorriso manhoso, parecia uma criança. Adália retribuiu o sorriso e ficou olhando nos olhos de Steve.

–O que vocês acham de comermos alguma coisa antes de embarcamos? Sugeriu Adália.

–por mim... Disse Steve passando a mão na barriga.

–Podem ir, eu comi algumas maçãs no hotel, e também, tenho que resolver uns assuntos com Marcelo!

–que assuntos?!

–Ele ainda não pagou os três diamantes se lembra?! Disse diego enquanto ia andando rumo ao exército de Dracon.

–pois bem Steve. Acho que só sobrou nós dois. Vamos!

Eles pararam em uma casa de madeira de um homem gordo. Era o açougueiro da cidade, comeram algumas carnes de galinhas assadas, carne de vaca, dispensaram o bacon, claro. Mas... querendo puxar assunto, Adália perguntou:

–Steve por que você não come carne de porco?

Parece que a palavra ‘porco’ tinha ativado um baú de lembranças na mente de Steve, ele se lembrou de Roinc! Dele morrendo...

–você vai achar engraçado se eu te contar... disse Steve abocanhando um pedaço de coxa de galinha.

–Não, sério Steve, pode falar.

–Eu tinha um porquinho de estimação... o nome dele era Roinc.

Adália se segurou para não rir, geralmente as pessoas criavam lobos, mas porcos? Porcos eram para ser comidos!

–sério, ele foi o que chegou mais perto de ser uma família pra mim. Ele foi a única companhia que tive em anos.

–Sério? E onde ele está agora?

–Ele morreu na noite em que te conheci...

–hum... Adália estava levando aquele papo na brincadeira.s

–Ele era incrível, parecia entender tudo o que eu dizia, ele até lutava comigo contra os monstros, sério mesmo ele era muito esperto.

Adália deu um leve sorriso de lábios serrados. Depois falou:

–parece até com um porquinho que encontrei perto da sua casa, aquela que foi destruída lembra?

Steve parou de comer e olhou para Adália de boca aberta. Mas, antes que pudesse dizer qualquer coisa Diego veio correndo do meio da multidão:

– já está na hora de EMBARCAR! Disse Diego.

–Vamos então. Disse Adália.

Eles então adentraram no espirito de aventura, era por volta das duas horas da tarde quando a porta do barco foi fechada e ele começou a navegar. Por dentro o barco era apenas luxo! As paredes eram feitas de ferro com um acabamento que parecia manual de tanta perfeição que esbanjava, o teto era feito de madeira assim como o piso, parecia ser rígido, e navegar naquele barco dava uma sensação de segurança a qualquer um. Ele era divido em quatro corredores repleto de quartos, eram cerca de dois mil quartos naquele navio, fora o salão de festas, os banheiros, o convés, alguns lustres de vidro e glowstone com um estilo barroco tomavam conta da iluminação do lugar, o convés era feito apenas de um lugar plano com piso de ferro e algumas grades que impediam quem quer que fosse de saltar do barco, do lado de fora alguns botes salva vidas, cerca de duzentos no total, era praticamente uma máquina de guerra.

***

Adália Steve e Diego pegaram o quarto 21, por coincidência o mesmo número do quarto do hotel.

–nosso número da sorte, disse Adália.

Os quartos era feitos de lã branca, no teto alguns glowstones e nas paredes algumas velas, não iluminavam absolutamente nada serviam apenas para a decoração. era dividido em duas partes, um quarto e um banheiro.

–caraca... pra quê tudo isso? Perguntou Steve.

–Nós vamos demorar um pouco aqui. Disse Diego largando sua bolsa no chão e começando a tirar a armadura.

–três dias pra ser mais exato Steve. Disse Adália tirando sua armadura também.

–olha Steve eu te recomendo usar alguma roupa mais grossa, essa sua blusa sem mangas não vai te manter aquecido, e também, no oceano o frio é muito INTENSO!

–verdade... disse Adália puxando uma blusa de mangas da bolsa e indo em direção ao banheiro.

Steve não tinha nenhuma roupa reserva, só tinha aquela que estava usando, ele olhou para sua mochila com um olhar perdido, tudo que tinha era apenas a pele do creeper azul, parecia mais um tecido bem grosso do que um couro de creeper em sí, se soubesse que a pele de creeper era tão macia já teria enchido seu guarda roupas delas.

–fazer o que né.

Ele se vestiu e sentou na cama, Diego vestiu um moleton escuro feito de lã e se sentou em um dos quatro baús do quarto, estavam esperando Adália. Não demorou muito ela saiu , havia tomado banho e estava usando uma roupa de seda bem fina, com um short curto e com seus cabelos ruivos soltos.

–achei que era pra usar roupa de frio! Disse Steve.

–Eu já estou acostumada com o frio. onde eu moro neva praticamente o ano todo. Disse Adália.

–pois bem. Disse Diego. –eu vou lá com o Marcelo ele falou que iria me dar os diamantes assim que embarcássemos. Diego saiu do quarto e bateu a porta, deixando Adália e Steve sozinhos no quarto.

Foi Adália quem puxou conversa, como sempre:

–Steve preciso te mostrar uma coisa... Adália começou a baixar a gola da camisa. Steve ficou de boca aberta, estava pensando que...

–está vendo?

–sim, mas porque está me mostrando?

–Não são lindos?

–são sim... muito bonitos. Disse Steve.

–você quer pegar neles?

–sim, só em um...

Steve pegou um deles e balançou...

***

Adália estava mostrando dois chaveiros cada qual com um pequeno sino e uma chave. estavam pendurados no seu cordão. Havia dado um deles para Steve que estava balançando para ver o som que saía. [pensaram besteira neh? Kkkk]

–essas chaves abrem um cofre que está logo atrás daquele quadro, está vendo?

–sim... mas por que está me dando ela? E o que tem no cofre?

–olha, no cofre tem as duas cabeças de Enderman! Se acontecer alguma coisa comigo quero que você as entregue ao rei de Théfires! Ele vai saber o que fazer com elas.

–sim... entendi, mas por que pra mim e não para o Diego?

–Eu... eu confio mais em você Steve... e também, Diego é amigo do Marcelo e eu não gosto nem um pouco disso! Mas... já acho que somos bem grandinhos e cada um escolhe suas amizades!

–você está certa... Adália, eu...

–Não diz nada... só faz o que eu estou te pedindo...

Steve balançou a cabeça respondendo que sim, e depois se levantou e foi tomar um banho, agora que ele se lembrou que da vez em que esteve no hotel não tinha tomado e agora, devia estar cheirando a carne podre de zumbi!

***

Assim que saiu do banheiro só de toalha encontrou Adália sentada em uma das três camas do quarto, estava com uma cara de pidona e quase fazendo beicinho:

–Steve amanha vai ter um baile aqui no Espirito de Aventura. E eu acho que agente deveria ir por que já batalhamos muito nesses dias e... e...e eu acho que como já estamos perto de terminamos a missão devíamos comemorar um pouco...

–Baile? Perguntou Steve levantando uma das sombrancelhas.

–sim... um Baile...

–Mas eu nunca estive em um baile antes, eu... eu... Steve gaguejava. -eu não sei... eu não vou.

–mas é fácil, nós só temos que dançar e...

–você vai? Perguntou Steve.

–nós vamos.

–nós?

–sim, é um baile, temos de ir juntos.

–está me convidando pra ir com você?

–não exatamente...

–como assim?

–como você não conhece outra mulher além de mim nesse barco...

–Está dizendo que eu sou obrigado a ir com você?!

–Quase isso. Disse Adália dando um leve sorriso entredentes.

Steve olhou em volta com as mãos na cintura.

–Eles vem deixar as roupas aqui no quarto hoje a noite... completou Adália.

–Quer saber?

–o que?

–eu não vou! Steve bateu o pé no chão.

–mas Steve você vai se divert...

–Já tomei minha decisão Adália. Steve havia se vestido a esta altura. -Desculpa mas você vai ter de encontrar outra pessoa, já conversou com o Diego?

–Diego? Perguntou Adália.

–Sim, disse Steve abrindo a porta do quarto.

–Steve mas eu quero ir com você será que não entende!

Steve já havia saído do quarto quando Adália disse isso. Mesmo tendo dito aquilo em voz alta Adália tinha ficado aliviada que Steve não tinha escutado, então, decidiu que iria encontrar outra pessoa para ir com ela ao baile do navio Espirito de Aventura.




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Notas finais do capítulo

desculpa a demora aew, só queria que quem visualizasse não esquecesse de comentar :/ bjuus ae.



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