Os escolhidos escrita por Willian Thiago


Capítulo 12
A noite, O escuro, E o creeper azul


Notas iniciais do capítulo

''Então, foi aí que o homem viu Steve saindo de dentro dos arbustos com a tocha na mão, se abaixou rapidamente e pegou a espada depois saiu correndo na mesma direção que o creeper, após alguns minutos uma enorme claridade veio de dentro da escuridão da floresta"



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De volta ao quarto de hotel...

–Nós... nós... Adália tentava dizer alguma mentira que pudesse explicar o que ela e Steve estavam fazendo, só que sua mente a traiu de uma forma tão violenta que todos os seus pensamentos se esvaíram, deixando apenas o som do silêncio ecoar pelo quarto.

–Me poupe dos detalhes Adália! Disse um homem alto de cabelos pretos, agora que ele e Diego estavam um do lado do outro Adália pode perceber que eles dois eram os mesmos homens altos que estavam no prédio de reuniões na noite em que a Aldeia do Sul fora atacada.

–Eu encontrei com o Marcelo na sala do governador. Ele foi avisar que a Aldeia do sul foi destruída. Disse Diego.

–Ele fez absolutamente a mesma coisa que eu pretendia fazer. depois nós conversamos e eu acabei dizendo que você estava aqui Adália, então ele me pediu pra traze-lo no hotel! Completou.

–E nós precisamos conversar Adália! E É AGORA! Disse Marcelo.

Adália a essa altura já havia se desgarrado de Steve, então olhou para ele meio que nervosa:

–Steve você... você pode nós dar licença?

Steve não disse nada, apenas saiu do quarto com um olhar de cachorro sem dono...

–ótimo! Pode me dizer o que o senhor veio fazer aqui?! Disse Adália enquanto cruzava os braços e se encostava na parede.

–ora, como assim o que eu vim fazer aqui?! Achei que já soubesse!

–soubesse o que?! Se você não sabe eu estava em uma missão fora! Faz meses que não tenho informação alguma sobre o reino!

–Hum... disse Marcelo, Diego aproveitou para se sentar sobre um dos baús do quarto. Depois continuou:

–O Reino de Angra foi invadido por centenas de monstros! É isso.

–COMO ASSIM?! Adália ficou com uma cara semelhante à de quando ganha um presente, pena que o presente não tinha lhe agradado nem um pouco.

–Foi o que você ouviu! Foi dominado, tomado, invadido! Entenda como quiser, só sei que eu fui enviado nessa missão com cem homens com o objetivo de retomar o reino!

–e o que eu tenho a ver com isso? Se não prestou atenção eu acabei de dizer que já estou em missão e... Marcelo interrompeu.

–PRA QUE?! PRA SALVAR A DROGA DE UMA PRINCESA?!

–Hora como você ousa! Adália armou em punho a espada de diamante, mas Diego interveio.

–Calma Adália! Escuta o que ele tem pra dizer é importante...

–É Adália, fica calminha... Marcelo era o tipo de cara que fazia de tudo pra diminuir os outros, isso fazia ele ter a falsa sensação de ser superior.

–Olha aqui! Ou você conversa direito ou eu vou ter que te expulsar desse quarto! Respondeu Adália.

–ok! Disse Marcelo revirando os olhos.

–Bom, continuando, a mais ou menos duas semanas o reino do leste começou a receber a visita de certos... digamos, ‘‘convidados’’ não esperados. Marcelo colocou as mãos para trás e começou a andar pelo quarto como se fosse um general.

– O exército da cidade à principio conseguiu conter os invasores, mas a mais ou menos uma semana a situação saiu do controle. Muitos monstros como creepers, zumbis e endermans conseguiram adentrar a muralha da cidade e agora tomam conta das ruas! Centenas de pessoas já morreram! CENTENAS Adália! E você ai preocupada com a vida de UMA única princesa!

–sim, nisso você tem razão... mas mesmo assim, isso não é problema meu! Nem de Théfires, eu não vou me meter nisso se bem que eu não posso fazer muita coisa por você! Disse Adália, parecia estar decidida.

–É ai que você se engana mina cara! Você é a capitã do exercito de Théfires!

– que exército? Nós estamos a quilômetros de Théfires se não percebeu! E até ele chegar aqui...

–Você não entendeu. Eu quero dizer que eu tenho uma vaga de... de general pra você.

–faça-me rir! Você está querendo dizer que você veio até aqui pra me pedir pra ser sua subordinada? Nem ferrando eu aceito isso!

–e oque eu você quer pra ajudar aquelas pessoas?! Muitas delas estão morrendo nesse exato momento!

–Para de mentir Marcelo! Eu te conheço muito bem você não está fazendo isso pelas pessoas e sim por você!

–Não dessa vez...

–Dessa vez nada! Eu sei que é só pra chegar no reino de Draco com se fosse um herói! Você adora isso né?! Mas quer saber, faça por merecer NÃO conte comigo!

–você tem que me ajud...

Adália agora empunhou a espada novamente, Diego tentou intervir pela segunda vez mas Adália apontou a espada pra ele também deixando-o sem alternativas. Marcelo saiu, e assim que cruzou a porta deu um leve suspiro e serrou os dentes:

–você vai se arrepender por isso Adália!

Assim que terminou de dizer isso a porta se fechou com força, faltou atravessar a parede.

–dá pra acreditar nisso Diego?! Esse imbecil vindo pedir minha ajuda!

–Não sei... só acho que se você não for fazer por ele, faça pelas pessoas da aldeia do leste, elas precisam de você.

–Eu sei que ele adora pagar de Herói! Sempre foi assim desde pequeno.

–Você que sabe, mas ele disse que me daria três diamantes se eu o trouxesse aqui pra falar com você.

Assim que ouviu a palavra DIAMANTES Adália se lembrou de Steve, dos seus olhos azuis, e que a essa altura devia estar cheio de Dúvidas por causa do abraço que ela havia lhe dado.

–Diego você viu aonde Steve foi?

Enquanto isso...

“Sozinho... sozinho... sozinho”

Steve tinha sido colocado para fora do quarto, atravessou aquele corredor sem rumo especifico, assim que chegou no final encontrou a escadaria, desceu, Chegou na recepção, viu um portal de obsidians, não encontrou ninguém ali, também, quem estaria acordado as 03:00 horas da madrugada pensava ele. Voltou para o quarto, ouviu algumas pessoas conversando, pareciam discutir, quis entrar mas se arrependeu, não queria incomodar quem quer que estivesse ali, claro, colocaram ele para fora por algum motivo e se ele entrasse agora... Atravessou o corredor denovo, mais escadas... pareciam não ter fim, subiu... avistou uma pequena luz, centenas de luzes agora, um céu repleto de estrelas apareceu para Steve. Estava na cobertura do hotel, se sentou na beirada do telhado em uma parte que era apenas madeira e ficou balançando as pernas.

‘‘ aiai...’’

Ficou ali apreciando a noite... o vento gélido da madrugada trazia à memoria de Steve as mais belas lembranças de sua infância... o horizonte... o Oceâno ao fundo, o porto da cidade... tudo feito de uma forma tão armônica que se fosse traduzido em palavras seria uma orquestra...

–AAAAAAAAAAAAAAAAH! SOCORRO! SAIAM DAQUI SEUS MONSTROS!

Uma pessoa gritou, Steve percebeu uma movimentação estranha em uma floresta que se iniciava bem do lado do Hotel, Viu uma carroça! Sim, uma carroça puxada por dois cavalos, era diferente, parecia mais uma casa de tantos artefatos que carregava, o homem gritava enquanto guiava os cavalos para não baterem nas árvores, tinha um pequeno grupo de aranhas e creepers atrás dele, pequeno mesmo questão de cinco ou seis, o homem gritava desesperadamente, os cavalos com um palmo de língua do lado de fora da boca, pareciam exaustos! Não aguentariam mais correr muito menos...

–AAAAAAAAAAAAAAH!

Bateram bruscamente contra uma árvore de carvalho, foi o suficiente para Steve tomar coragem e saltar de cima do prédio.

***

Caiu dentro da piscina do Hotel, saiu nadando até a beirada e correu na direção dos gritos que escutava através das árvores, a cada passo que dava a adrenalina aumentava, sem espadas, sem armadura, era uma missão suicida!

–SOCORRO!!! ALGUÉM ME AJUDE!!!

Assim que chegou na carroça viu que as aranhas já estavam no encalço do homem! E por incrível que pareça ele empunhava uma espada de diamante, não muito habilmente mas era o suficiente para manter as aranhas afastadas, porém, os creepers estavam cada vez mais perto!

–cuidado! Gritou Steve. –Tem uns creepers ali!

–EU SEI!!! O QUE TÁ ESPERANDO PRA ME AJUDAR????!!!

–você tem outra espada ai???

–NÃO!!!

–qualquer uma, até de madeira me serve estou desarmado!!! A conversa era apenas gritos.

–então quem precisa ser salvo é você! Olha!!!

Os creepers que antes estavam seguindo o homem agora tinham mudado de alvo! E agora, estavam vindo na direção de Steve. Certamente ele morreria ali mesmo!

–Droga! Rápido me joga sua espada!!!!

–a minha?! Mas eu vou ficar sem! E essas aranhas vão...

–joga logo confia em mim!

O homem hesitou um pouco em jogar a espada, mas assim que viu que os creepers estavam cada vez mais pertos de Steve ele jogou. A espada foi voando fazendo círculos no ar, Steve com uma habilidade que ele mesmo ficou surpreso aparou a espada em pleno voo e subiu na árvore mais próxima. O homem agora ficou sozinho contra duas aranhas estava certamente morto! Uma saltou encima dele mas ele rolou para um lado e desviou mas no momento em que se preparava para correr uma aranha saltou sobre suas costas, ele caiu no chão e a aranha agora montou nele e começou a morder as suas costas! O homem sentia aqueles dentes pequenos rasgando suas roupas, posteriormente sentiu eles roçando sua CARNE! Ele pensou que iria morrer, mas no momento em que sentiu a dor do primeiro dente tocando sua carne a aranha misteriosamente parou. Simplesmente caiu para o lado...

–Anda levanta! Disse Steve limpando o sangue da espada.

–eu...eu...o homem recém salvo estava em choque!

Steve saltou de cima de um dos galhos de uma árvore.

–Toma cuidado! Vê se fica perto que estamos cercados!

Assim que se recompôs o homem percebeu o que havia acontecido, Steve havia dado um golpe nas costas da aranha, tão potente que se desse um chute nela ela se partiria em dois!

Equanto admirava aquela monstro caído no chão uma segunda aranha saltou sobre ele mas ele se abaixou, Steve deu um golpe na aranha enquanto ela estava no ar! Ela já caiu morta no chão.

–NÃO ACREDITO! OLHA ALI! O Homem apontava com o indicador para os creepers que agora estavam muito próximos.

Steve não acreditava no que seus olhos estavam vendo, a única coisa que pode dizer foi:

–estamos mortos...

Dentre os dois creepers surgiu um terceiro, só que era diferente, era um CREEPER AZUL, parecia estático! Elétrico, Sua pele emitia um brilho parecido com neon. Steve já tinha visto um daqueles uma única vez em toda sua vida, e escapou dele por pouco! A única coisa que sabia era que aquele creeper não podia explodir de forma alguma!

–você vai ter que confiar em mim de novo... disse Steve olhando para os creepers que se aproximavam.

–claro, e eu tenho outra saída meu caro amigo?!

Ignorando totalmente o comentário dele, Steve continuou:

–tá vendo aquela árvore ali?! Aquela com a raíz meio torta?

–sim!

–eu quero que você saia correndo o mais rápido que puder até a sua carroça e pegue uma tocha acessa! depois quero que você suba naquela árvore!

–Pra já!

O homem saiu correndo e deixou Steve sozinho com os três creepers. Enquanto o homem procurava o isqueiro para acender a tocha ele ouviu uma explosão!

–AAAAAH! Aquele garoto morreu e eu nem...

Ele olhou para trás e viu que Steve havia DESAPARECIDO! Assim que se virou achou o isqueiro caído bem do lado de um baú, acendeu a tocha e saiu correndo. Assim que deu os primeiros passos ele percebeu que o creeper azul e o creeper normal agora estavam seguindo-o, talvez a tocha acessa tenha chamado a atenção deles, pensou consigo mesmo, ele então abandonou o plano, saiu correndo sem rumo pela floresta, percebeu que se continuasse certamente não conseguiria fugir pois já estava exausto! E suas costas machucadas não estavam colaborando.

–EIIII!!! SEUS IDIOTAS!!!! VENHAM PRA CÁ!!! Steve apareceu por detrás dos dois creepers, sua camisa estava totalmente rasgada.

Os creepers não ligaram nem um pouco para Steve, então ele gritou para o seu novo amigo:

–JOGA A TOCHAAAA!!! AGORA!!!

O homem jogou a tocha para Steve, ela passou por cima da cabeça dos creepers e caiu bem na frente de Steve.

–CORRE!!!

Assim que ouviu Steve gritando o homem subiu em uma árvore e ficou olhando tudo de longe.

Steve então começou a correr ao redor dos dois creepers, estava usando aquela tática pela segunda vez naquele dia. eles se afastaram um do outro, era tudo que Steve queria! Steve pegou sua espada e com uma habilidade incrível a jogou bem na cabeça do creeper verde!

–ISSO!!!! Disse o homem que via tudo de longe.

ele explodiu na mesma hora! Por sorte o creeper Azul estava longe o bastante para não ser afetado pela explosão! Assim que o creeper explodiu Steve aproveitou a distração pegou a tocha do chão e saiu rolando para dentro de uns arbustos que estavam logo atrás dele mesmo!

–nossa! ele é muito rápido!

O creeper ficou desnorteado, apenas olhava de um lado pro outro, parecia esperar algum ataque vindo diretamente do escuro mas por incrível que pareça nada aconteceu. O creeper então, por não ser tão inteligente pareceu achar que Steve havia indo embora pois saiu andando pela floresta sem direção.

Então, foi aí que o homem viu Steve saindo de dentro dos arbustos com a tocha na mão, se abaixou rapidamente e pegou a espada e saiu correndo na mesma direção que o creeper, então, após alguns minutos uma enorme claridade veio de dentro da escuridão da floresta. Ficou por um instante pensando que o creeper havia explodido mas... não tinha ouvido nada, algo de muito estranho estava acontecendo e disso ele tinha certeza!

Então, assim que saiu andando de volta à sua carroça ele escuta um som de passos, assim que se vira fica maravilhado com a visão que tem:

Vê Steve sem camisa usando a pele do creeper azul como uma espécie de roupa de capuz, ao seu redor tudo estava claro como o dia mas com um tom azul, a pele do creeper parecia emitir uma espécie de luz mística, ele segurava em uma das mãos a espada de diamante que em vêz da lâmina convêncional tinha FOGO!

O homem ficou sem palavras... e Steve apenas perguntou o que sempre perguntava à Adália:

–Está tudo bem com você? Disse Steve.


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Notas finais do capítulo

Ainda bem que estou de férias, bastante tempo livre rsrsrs então vai ai o décimo segundo capítulo da saga! >:)



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