Viagem de Família escrita por D C S Martim


Capítulo 9
Limpando a Ficha


Notas iniciais do capítulo

Tudo bem, MOVIMENTO!!! FINALMENTE!!!!! FOI DIFíCIL, MAS CONSEGUI ME ARRASTAR PARA FORA DA TERRÍVEL LETARGIA! ELA ME SEGUROU PELOS CABELOS E DISSE "HÁ", MAS EU A OLHEI NOS OLHOS E DISSE "NAH", E FICAMOS NISSO DURANTE UM BOOOOOM TEMPO MAS EU ME ORGULHO DE DIZER QUE EU GANHEI!!!!

Então, aqui está. Espero que tenha ficado bom.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/526807/chapter/9

Tony encarou Thor com uma expressão indignada, quase ofendida formando-se entre as sobrancelhas. Finalmente o tipo de expressão apropriada, que qualquer pessoa ousaria colocar no rosto ao deparar-se com um homem colossal, amante de calças apertadas, capas vermelhas e martelos, que ele insistia em chamar de mijölnir (pfffff) se auto-denomindando deus do trovão. Mas Tony perdera sua chance anos atrás, e também sua moral, e as únicas oportunidades que tinha para colocar tal gloriosa e divina expressão era quando o alien fisiculturista fazia alguma coisa muito imbecil mesmo, ofendendo sua sensibilidade cultural e seu bom senso.

Como por exemplo sugerir que abandonassem a Terra, suas obrigações e compromissos, para ir atrás de seu meio irmão genocida que não apenas aliara-se à um exército maligno, mas tentara matar a todos eles, dominar o planeta, e fugira misteriosamente, alguns anos atrás, de uma das mais bem preparadas prisões dos nove reinos, e desde então escondera-se Deus sabe onde, e fazia Deus sabe o que com Deus sabe quem por Deus sabe quanto tempo, provavelmente sem fazer a menor ideia do que eram bolinhos de chuva.

Que idiota.

Tony pegou um dos bolinhos entre dois dedos e mordeu, queimando a língua.

Que idiota.

Steve, Natasha, e Thor discutiam.

–Sinto muito, Thor, mas não faz sentido algum. – Steve murmurou – Eu não... Não podemos... O que está nos pedindo...

–Capitão da América...

–Não posso, Thor! Colocaria a diplomacia entre a Terra e os Nove Reinos em cheque. Você sabe que nossa situação é delicada. E eu não posso fazer isso, entende? Não podemos nos dar ao luxo de provocar uma guerra que não temos condições de travar. Não somos capazes disso!

–Steve...

–-Não, não, não, Rambo, dessa vez eu estou com o Tutankamon aí. –Tony interveio – Sem chances. Nós nem somos fãs do seu irmão. Se fosse a morena gostosa nós até poderíamos pensar.

Steve pareceu escandalizado, reprovando Tony por suas palavras tão vulgares. Tony sentiu-se honrado.

Natasha soltou um suspiro e enfiou 3 bolinhos de chuva na boca. Thor pensou por um instante.

–Meus amigos. Eu, príncipe herdeiro do Trono de Asgard, Capital dos Nove Reinos, vos imploro...

–Vai começar...- Tony grunhiu.

–Por favor, por favorzinho.- Thor terminou.

Natasha enfiou mais 2 bolinhos dentro da boca, mastigando nervosamente.

–Ansh proffffssh crapfffff!

Steve piscou.

–O que foi Nat?

–Strshhhhh gloffff!

–Nat, Nat, eu não falo russo!

Ela ergueu um dedo e terminou de mastigar.

–Eu quero ajudar.

–Ah, claro. Você quer ajudar. – Steve piscou duas vezes – Ajudar quem?

–Thor.

–Ajudá-lo com o quê?

–Steve...

– Você não pode estar falando sério.

–Eu quero mesmo ajuda-lo com o irmão dele.

–Ajudar a matá-lo?!- Tony intrometeu-se.

–Não. Não, meu Deus! Que coisa horrível, até mesmo para os seus padrões, Stark.

–Nat, todos nós queremos ajuda-lo, eu entendo. Mas os dois precisam de terapia, sabe? Essas coisas levam tempo. O relacionamento deles é difícil, longe de ser comum, além do mais, eu acho que você enlouqueceu completamente e precisa de tratamento médico imediato!

Rogers conseguiu arrancar um sorriso da pálida viúva (LOL!!!).

–Não estou dizendo que eu gosto dele nem nada do tipo, mas... - Ela olhou-o com olhos comovidos e machucados – As pessoas merecem uma segunda chance, Steve.

Tony soltou um suspiro alto.

–Droga, Natasha.

–Eu sei. – ela assentiu.

Steve apertou os lábios finos, suas narinas inflaram-se enquanto ele pensava, tomado por forte emoção.

–Eu... – hesitou – Eu...

Natasha tomou sua mão e acariciou-a de leve.

–Ele é para Thor o que Bucky é pra você, Steve. Ele é o que Tony e eu somos.

–Eu não sou um maníaco, Natasha.- Tony protestou, mas então revirou os olhos – Que se foda, ela tem razão, cap.

–Eu... Eu não sei o que fazer!- Steve agarrou seu próprio cabelo, em agonia, contorcendo-se entre o que seu coração lhe dizia para fazer e o que o dever lhe impunha.

–Não estou pedindo para que faça nada, Steve. Só explicando o porque irei fazer. Loki tem uma dívida para com a humanidade, para com todos nós, especificamente para com Clint. Não posso permitir que ele morra antes de fazer alguma coisa para nos compensar.

Steve deu um sorriso fraco.

–Nat...

Ela comeu mais alguns bolinhos.

–OBRIGADO, LADY NATASHA!!!

Thor jogou os braços ao redor dela e apertou com força.

–Thor, não!- Steve protestou.

Clint, usando apenas uma cueca, seus óculos de sol, e um avental de cozinha azul bebê, entrou na sala, colocando uma nova travessa de bolinhos de chuva sobre a mesa.

–Clint, eu quero falar com você...- disse Natasha.

Ele suspirou.

–Eu sei.

–Mas como você...

–Eu não sou surdo, Nat. Ou melhor, sou. E é por isso que Stark desenvolveu esse amplificador auditivo para mim. Eu consigo ouvir tudo em um raio de 3 km.

Tony empalideceu ligeiramente.

–Tudo?

–Sim, Tony. Tudo.

–Inclusive...?

–Sim.

–Ah, bosta.

–Acredite, não é agradável para mim também, Tony. Nenhum de nós será o mesmo após.... Aquilo.

O Capitão não pode deixar de se perguntar sobre o que estavam falando. Mas lembrou que se tratava de um Stark, e que, bem, ele honestamente não estava interessado em saber.

–Eu não acredito que vou dizer isto, mas conte comigo para resgatar sua pequena diva, Bob o construtor.- Tony disse, sorrindo de lado.

Ele roubou um bolinho de chuva das mãos de Natasha, que atirou o porta guardanapos em sua cabeça enquanto ele corria para fora gritando “STARK OUT!”.

–Bem... Conte comigo também.- Natasha sorriu.

–Eu não estou interessado em provocar um reencontro com seu irmão, com todo o devido respeito, garotão.- disse Clint, sentando-se sobre a mesa e mexendo na orelha de Natasha – Mas eu lhes desejo toda a sorte do mundo.

Thor assentiu.

–Eu entendo, Gavião Arqueiro. Sou muito grato por seus devidos respeitos e consideração.

Steve suspirou.

–Eu não posso acreditar, mas sou forçado a fazê-lo. Vou com vocês, Thor. Steve Rogers em Asgard. Indo ao resgate de Loki. Quem poderia imaginar?!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentários? Eu sou movida a comentários, gente! Eles são minha gasolina.