Viagem de Família escrita por D C S Martim


Capítulo 10
Clint, cale a boca e tire a roupa


Notas iniciais do capítulo

Sim, eu fiz.

Um mês e meio sem escrever e então meu cérebro inútil produziu três capítulos em uma só semana.

Eu sei.

Nada mais a declarar.

Alerta de Smut. Bem, eu espero que todos nós possamos ser maduros à respeito disso.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/526807/chapter/10

Clint empurrou-a conta a parede, pressionando seus lábios contra seu pescoço de maneira agressiva, acariciando a pele com a língua, mordendo ocasionalmente, sugando o mesmo lugar, repetidas, repetidas vezes, de maneira sensual e permissiva. Ele gostava daquela sensação de proximidade, de intimidade e carícia, daquela entrega voluntária da qual ambos tomavam parte. As vezes era agitado, as vezes era tranquilo, podia ser divertido, cândido, sujo, ele não se importava. As vezes eles brigavam por domínio. As vezes ambos se entregavam completa e passivamente. De vez em quando nem faziam sexo, apenas ficavam ali, complacentes. Sem burocracia, apenas os dois, ali, naquele momento.

Uma mão mantinha seu rosto firme, a outra deslizava pela cintura, por baixo da blusa, apertando a pele macia, deixando as marcas de suas unhas para que ela não se esquecesse que ele estava ali, e que ela era sua enquanto o quisesse sê-lo.

Ele sentia-se um pouco fora de forma naquele dia. Talvez um pouco estressado.

–Eu não estou bravo, Natasha. Não estou mesmo. - murmurou contra a base de seu pescoço, subindo a língua até a ponta de sua orelha e dando uma leve mordidinha – Eu só estou um pouco confuso.

Beijou-lhe os lábios, mordendo-os também, de maneira sedutora.

– Inconformado, Clint. Essa é a palavra que você procura. Absolutamente inconformado.

Ele deu de ombros.

–Não me importo.

Natasha achava charmosa a maneira como ele falava aquilo e mexia de leve apenas um dos ombros.

Desabotoou sua camisa branca e sorriu ao deparar-se com o sutiã de lacinho. Puxou os seios para fora, atirando o sustentáculo íntimo no chão, pensando em como a expressão “sustentáculo íntimo” soava refinada e tosca ao mesmo tempo. Examinou os seios despidos e segurou um deles com as mãos, fazendo Natasha estremecer um pouco devido à temperatura baixa de seus dedos. Deu um sorrisinho e correu a ponta dos dedos, circulando a aréola amarronzada, provocando os pequenos mamilos com uma suave pressão até que endurecessem, para então acariciá-los com a ponta da língua, minimamente.

Voltou a beijar-lhe o pescoço, fazendo-a começar a gemer. Ela começou a amoldar-se à seu abraço, relaxando.

–Você não tem que provar nada, Nat.- disse, cauteloso, de uma maneira afável, como que convidando-a a juntar-se a ele.

–Nem você.- respondeu-lhe, com uma expressão cínica.

–Eu não sou um homem de muitas virtudes para sair defendo-as por aí. Já você...

–Ah, não comece!

Ele estreitou os olhos e sorriu.

–Uh, adoro quando você fala desse jeito.

–Clint...

–Sim?

–Tire logo a roupa.

Ela parecia tão frustrada que aquilo tornou-se divertido.

–Uhmmm, não, obrigado. Você tem pressa demais. Acho que deveríamos saborear mais esse o momento.- disse, esfregando seu quadril enrijecido contra uma das coxas de Nat.

–Clint, vou ser um pouco mais específica e explícita. Eu quero que você tire logo a porra da roupa e me foda.

Clint soltou o ar em uma risadinha.

–Você não é romântica, Nat.

–Eu era uma assassina. Sou uma espiã. Perdoe-me pelo ceticismo. Mas, se você fizer questão, podemos foder ouvindo Lionel Richie.

Ele fez uma careta.

–Essa foi a coisa mais grotesca que eu já a ouvi dizer.

Ela sorriu, segurando a ereção do parceiro entre os dedos firmes.

Clint arrancou sua saia enquanto ela o acariciava ritmadamente, lutando para manter os gemidos e arfares baixos.

–Eu sei o que você está fazendo, Natasha.

Ela ergueu uma sobrancelha, desviando os olhos de sua virilidade para expressar o devido deboche.

–Chama-se masturbação, Clint. E eu tenho certeza ABSOLUTA que você sabe o que é isso.

Ele ficou tão frustrado que mordeu-a no ombro, com força. Ela praguejou.

–Nat, estou falando sério. O que você está fazendo...

–Não, Barton. Você está errado. – disse, calmamente, com um sorriso doce - Sinto muito, mas está. Não estou tentando provar nada. Não estou procurando uma maneira de expiar pecados. As coisas, as vezes, são como são. Não posso mudar meu passado mais do que posso mudar a cor de meus olhos. Não me preocupo com isso, sinceramente. Meu único objetivo é não tornar a repeti-lo. O que eu quero, a única coisa que quero, é uma chance de encontrar-me com Loki face a face. Quero ver o quanto da mudança da qual Thor fala realmente aconteceu. Quero dizer-lhe que ele estava certo, mas que agora as coisas são diferentes. Acho que preciso... Acertar algumas contas com ele. Colocar os pingos nos is.

–Eu preciso soca-lo no saco.- Clint disse.

Ela riu.

Finalmente desistindo de preliminares e subterfúgios, ele terminou de despi-la, ainda empurrando-a contra a parede. De uma maneira desajeitada provocou-a com o pênis, o que fez com que ela suspirasse em desaprovação. Empurrando o quadril para frente, Natasha obrigou-o a gemer, finalmente encaixaram-se, e Clint começou a empurrá-la contra a parede, agitando-se mais e mais depressa, enquanto insinuava-se para dentro e para fora dela.

–Ah...- Natasha arfou, revirando os olhos. De um jeito bom, dessa vez.

Barton era um idiota. E ela amava aquele idiota.

Ela correu as unhas por suas costas, porque, durante aqueles poucos minutos, podia abaixar a guarda. Podia deixar os comentários espirituosos e sarcásticos de lado, podia esconder o rosto em seu pescoço e suspirar, podia fazer coisas que jamais pensou que pudesse fazer. Durante algumas poucas horas de seu dia, podia deixar de ser agente Romanoff e ser apenas Natasha, Natalia, ou qualquer outro codinome que resolvesse escolher.

Soltar-se das amarras da profissão, rir como uma garotinha, comer massa de bolo, morder os lábios e gemer durante um orgasmo. Essas eram coisas que agente Romanoff nem sempre podia se dar ao luxo de fazer.

As vezes ousava imaginar como seria um dia, quando conseguisse ser dispensada. Talvez se casasse com Clint. Talvez quisessem ter filhos. E uma casa. E um cachorro bem grande. Talvez ela pudesse abrir uma pequena livraria, ou uma floricultura. E Clint poderia ser professor de educação física, ou cheff de cozinha. Talvez pudessem levar uma vida normal.

Mas não era isso o que tinha por enquanto.

Por enquanto, tinha o pênis de Clint pulsando contra suas paredes internas, enquanto ele trincava os dentes, empurrando-se cada vez mais para dentro dela.

–Nat...- murmurou, enquanto gozava.

Ela riu, apertando seus joelhos e pernas trêmulas ao redor dele.

Clint jogou-a sobre a cama do motel e deixou-se despencar sobre ela, beijando um de seus seios, ainda arfantes.

Ela lhe acariciou a cabeça, pensativa.

Após alguns segundos que usou para reestabelecer-se, Natasha sorriu.

–Talvez eu realmente queira provar alguma coisa, no fim das contas. Talvez eu queira dizer a ele que estamos quites.

–Você não deve nada para aquele imbecil, Natasha. Já te disse isso.

–Eu sei.- ela respondeu, sorrindo.

–Você não está dando a mínima pro que eu estou falando, está?

–Não. Além do mais, eu já te disse para não trazer esses assuntos pra cama.

–Tudo bem. – ele resmungou, virando para o lado e colocando seu par de óculos de sol.

–PELO AMOR DE DEUS, CLINT!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então... Comentários?