Enchanted escrita por LuSeokJin


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Olá gente... Estou aqui para apresentar a vocês minha one-short que conta a a história de amor entre Demetri e Renesmee... Oh... sei! Shipp diferente, mas quem acompanha meu trabalho de anos, sabe que morro de amores por Jake/Bells , no entanto adoro ler e escrever estórias com personagens atipico. E ohe não é diferente... Sei que quem gosta desse tipo de variedade vai gostar... Como ficou muito grande essa one, dividi em duas partes,até mesmo porque quero colocar um trailer com a musica tema, mas quem quiser escutar o tema da fanfic é : ENCHANTED - Taylor Swift.

Outra coisas: Só para exclarecimento a fanfic acontece no mundo da saga, com vampiros, hibridos e lobos... Só que não rolou o imprinting com o Jacob... Na verdade , mesmo não falando muito do que aconteceu e deixando as coisas claras para os futuros acontecimentos, o que aconteceu foi o seguinte: Para começo Jacob não teve impressão com Nessie e sim com uma humana, mas em nome da amizade dele por Bella, ele ajudou ela como também ajudou junto a matilha para o bem dos humanos os Cullem quando tevem de enfrentar os Volturi.
(essa é uma visão que sempre defenditer sido melhor na saga, do que a merda que S. Meyer criou). Então se tiverem duvidas podem perguntar, mas desejo que gostem...



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Será que um sonho tem o poder de lhe mostrar quem seria o amor de sua vida? Ou um futuro desconhecido? Até hoje não entendo essa capacidade do ser humano projetar seus medos, amores em um momento de inconsciência, mas isso não deveria ser aplicada a mim, que não sou totalmente humana pelo simples fato de ser fruto do amor entre uma humana e um vampiro. É drástico pensar por essa forma quando o detalhe que te faz humana é porque pode dormir, comer alimentos sólidos, ter um coração batendo e um crescimento super acelerado, porem o resto me faz ser como vampiro. Mas a questão não é o que sou e sim as imagens que assombra por anos o meu sono de cada noite. Não que seja ruim, mas sempre é o mesmo. Eu, sentada em uma cadeira dentro de uma lanchonete praticamente vazia, segurando uma xícara de chocolate quente, não importando com o calor em minhas mãos porque é agradável, e meus olhos voltados em direção à porta, como se esperasse alguém que estivesse atrasado para nosso encontro. Porém a pergunta é; que encontro? Quem eu vou encontrar? Só sei que está pessoas é o amor de minha existência, que quero estar quanto antes com ele, porém esta pessoa não chega... Até que finalmente a porta da lanchonete se abre, e o vejo. Meus olhos minuciosamente vão captando os detalhes de seu corpo vestido... Calça preta, uma camisa obviamente social cor azul marinho, e jaqueta preta... E quando finalmente chego a seu rosto, não sou capaz de vê-lo. Não pude ver seus lábios, olhos. Nada. E a decepção toma conta de mim... É quando acabo acordando do sonho, completamente frustrada.

Hoje mais uma vez não foi diferente. Sinto vontade de chorar com isso, mas o que adianta se nada me fará ver o rosto daquele homem. Oh, sim... Não é um rapaz, é um homem. E eu não me importo que seja. Só queria saber quem é... Talvez não consiga por ele ainda não existir. Bem... Não duvido, já que vivo num mundo onde criaturas místicas existem ocultas aos olhos humanos.

Já faz anos que venho tendo esse sonho, antes mesmo de chegar à fase adulta. Meu pai que lê os pensamentos das pessoas, nunca foi capaz de conseguir explicar o significado desses sonhos repetitivos. Tão pouco, tia Alice que via o futuro conforme as decisões das pessoas, mas a questão era que eu sou uma exceção, pois ela não consegue ver meu futuro por eu ser uma criatura desconhecida, e ser não tão diferente dos lobos. E se fosse caso dela poder ver, acho que saberia se esses sonhos significam que irei encontrar a pessoa que um dia será meu companheiro, infelizmente isso não irá acontecer.

Hoje estou me forçando a acreditar que esteja errada e que só passa de um sonho, e por ter me intrigado seja a razão de ficar sonhando. Meu pai diz que é uma projeção da minha mente querendo desvendar algo impossível e que se tornou uma obsessão. No entanto, continuo sonhando.

Levanto-me indo para o banheiro na intenção de tomar banho e fazer minha higiene matinal e assim que faço visto a roupa que Tia Alice deixou separada. Totalmente pronta, desço na intenção de ir tomar meu café da manhã. Não que isso seja relevante, pois me contentaria em manter somente a dieta de sangue, mas meus pais afirmam que tenho que me alimentar com comida humana para que as pessoas não estranhem ainda mais. Pois eles que sempre pegam comida e não comem...

Assim que chego à cozinha, meu pai terminar de por omelete no prato. Cumprimento a todos, e sem muita conversa pego o garfo dando a primeira garfada, e quando Emmett começa a dizer.

-Eu estou cansado dessa cidade... Poderíamos ir passar um tempo no Alasca, já que lá podemos ter mais convívio com as pessoas... Não que me importo, eu só quero sentir ar puro sem ter medo de chamar atenção quando o sol bater em meu rosto.

-É uma boa ideia- assente Carlisle. – Poderíamos viver por algum tempo... Vamos sempre visitar os Denali, mas nunca vivemos lá...

-É... Já passamos tempo o suficiente aqui em Forks, mais do que deveríamos para ser sincero. – relata Rosalie. – Ainda sim, não precisa ser Alasca... Tem tantos outros lugares para ficarmos.

-Alasca é melhor opção, assim teremos o convívio de nossos primos... – disse Jasper.

-Eu não sei... Prometi a Charlie que não iria embora... – disse minha mãe incerta.

-Bella, seu pai pode entender que a situação pede que partamos... Além do mais, ele pode vir nos visitar seja onde estivermos e não iremos causar separação a vocês. – ponderou Esme.

Mamãe respira fundo mesmo não precisando, mas acaba assentindo.

-É... Irei falar com ele. E quando será essa mudança?

-Pode ser no fim dessa semana, e assim temos tempo de organizar com calma. – responde Carlisle.

Observava toda a conversa sem dizer nada, além do mais dar minha opinião não muda em nada. Mas não me incomoda de mudar, pois preciso conhecer outros ares e quem sabe o sonho que me persegue me deixa assim que encontrar outras distrações, como nova escola, amigos humanos...

Sinto meu pai olhar para mim, mas dou de ombro continuando a comer. Sei que ele iria dizer algo, mas tia Alice aparece e ao mesmo tempo para mostrando que estava tendo uma visão, porém foi somente questão de segundos.

Papai deixa de prestar atenção em mim, para dar a tia Alice...

-Ele vive lá?- perguntou meu pai.

-Parece que sim. – responde Alice.

-Mas a risco para nós? – quando meu pai dizia ‘nós’, ele estava se referindo a mim.

-Não venho o monitorando desde que deixou os Volturi e nada que tenha relevância.

-Estão falando de quem? – pergunto pela primeira vez.

Meu pai pondera antes de responder, e percebo um olhar significativo da mamãe para ele. Acreditei que Edward iria omiti, mas ao contrario.

-De Demetri.

Franzi a testa, tentando lembrar que já tenho ouvido falar sobre ele. Mas antes que possa perguntar novamente Rosalie começa a falar.

-O que tem Demetri?

- Parece que ele decidiu viver no Alasca, mas num lugar bem isolado. – responde Alice.

- Pelo menos a bem distante de onde pretendemos viver? – perguntou Emmett.

- Sim. - responde Edward por fim.

- Acredito que não devemos temer a ele, pois faz um bom tempo que deixou a guarda e até então nunca cruzou nossos caminhos. – dessa vez foi Carlisle quem afirmou.

Aquele assunto começou a me incomodar, não sei por quê. E acabei desistindo de comer e fui para sala... Lá liguei a TV na intenção de ver se estava passando algum programa interessante, mas acabei relembrando a conversa de agora a pouco sobre mudança e desse tal Demetri. Na verdade seu nome me intrigava, e sem entender causava palpitações ao ouvi-lo. Nunca o conheci ou vi, mesmo quando anos atrás Alice teve a visão dele deixando os Volturi. Naquela época meu pai explicou que ele esteve junto à guarda quando vieram em peso a Forks na intenção de punir nossa família pelo crime a qual foram acusados injustamente por terem criado uma criança imortal, que no caso era eu. No entanto no fim foi provado que eu não era o que pensavam, mas segundo Edward, Aro desistiu porque viu que se insistisse grande parte de sua guarda iriam ser dizimada, inclusive ele mesmo. E como um bom covarde, saiu de fininho com o rabo por entre as pernas... Ainda sim, não me lembro de Demetri naquela época, e mesmo sendo uma criança bem inteligente e desenvolvida, creio que esse vampiro não trouxe nada com ele que me chamasse atenção para ele...

Bem... Era uma criança assustada e com medo de perder meus pais por existir. Então o tempo passou e um dia Alice teve outra visão com os Volturi, e conforme relatado por ela, Aro e sua guarda de talentosos vampiros foram a um lugar proceder outra punição... E pelo que sei esse tipo de punição só ocorria quando Aro tinha interesse em algum vampiro de determinado clã, então para ter o objeto desejado, cria uma cena que no fim finge querer perdoar a pessoa em troca de se juntar a ele... Mas que imortal irá querer contestar essa proposta em troca de sua existência. Entretanto dessa vez e mais uma vez Aro teve suas intenções contrariadas, pois não contava que o determinado clã escondia que todos ali possuíam dons extraordinários. Houve uma luta árdua, que no fim havia baixas importantes no lado de Aro... Alec, Chelsea, Renata foram mortos, e ainda sim os Volturi saíram vencedores, ainda que não possa levar os talentos do clã rival.

Com isso a guarda Volturi ficou abalada, além do mais com a morte da vampira não mais importante, mas fundamental. Chelsea era a vampira que manipulava os sentimentos dos vampiros, como criando laços afetivos ou até mesmo criando discórdia. Ela era o pilar que fazia com que dos os vampiros que compunham a guarda mantivessem unidos, obediente, e nunca questionando as decisões de Aro, Caius e Marcus... E com isso, Aro perdeu não só em morte algumas de suas joias, mas também alguns que não queriam estar mais ao seu lado o servindo.

E Demetri foi um deles... Pela razão a qual eu não entendi quando relataram a mim. O que entendi, era que Chelsea era uma espécie de companheira ou amante de Demetri, e com sua morte esse laço que tinha com ela se rompeu. Na verdade ele só estava com ela porque ela usava seu dom nele, e não estando mais sob influencia de seu poder sua escolha foi partir de Volterra.

Aro, não gostou muito de perder seu melhor rastreador, pois suas forças estavam abaladas no mundo vampírico. E seus inimigos poderiam aproveitar, mas como Alice disse, ele optou em deixá-lo ir, porque na visão de Aro era melhor um aliado distante do que um inimigo dentro de sua própria casa.

Então, Alice passou a ficar alerta no caso de tudo for um truque ou até mesmo Demetri pedir ajuda a Carlisle, mas isso nunca aconteceu. Não entendia porque ela agora teve visão com ele já que continua não representando ameaça a nós.

Deixei de lado esses pensamentos e voltei a me concentrar-nos que passava na televisão...

(***)

Uma semana depois

Não demorou muito para minha família encontrar a casa perfeita para vivermos. Não tão diferente da que temos em Forks, mas com a exceção de que ao redor não eram arvores e vegetação cercando nossa casa e sim, muita neve e um imenso lago congelado, que segundo Emmett serviria como pista de patinação e divertidas disputas hóquei...

Não fazia diferença para mim, pois olhava tudo e tinha a sensação de frustração e vazio. Não entendia porque disso, porque tinha esses sentimentos quando acordava após o mesmo sonho. E para dissipar esses sentimentos comecei a pensar na nova escola, quem poderia fazer amizade... Embora não fosse tão seguro, desejava que aqui fosse diferente, e não ser vista aos olhos dos outros como a garota com a beleza absurdamente inigualável, mas ao mesmo tempo esquisita, fechada, que só convive com o mesmo grupo de pessoas, as quais são seus irmãos, primos com suas namoradas ou namorados...

-O que quer dizer com isso? – perguntou Edward se aproximando de mim.

Rolei os olhos não satisfeita por ele está lendo meus pensamentos.

-Pai, por favor, para de ficar bisbilhotando.

Na defensiva ele responde.

-O que posso fazer se está gritando seus pensamentos?

-Do que estão falando? - Pergunta minha mãe juntando-se a nós

-Renesmee quer que as coisas aqui sejam diferentes. – responde Edward. - Quer fazer novas amizades e não ficar agarrada com a gente todo tempo como de costume.

Bella olha para mim surpresa e diz.

-É mesmo? Porque isso agora?

Respiro fundo, me sentindo cansada, mas respondo.

-Mãe, eu tenho toda eternidade para ficar fingindo ser prima, irmã, afilhada, neta, a cada cidade em que vivemos. Eu só quero agir normalmente como um ser humana... Já não envelheço mais, não tenho regras que fazem meu corpo desenvolver ou menos dizer que sou comum como qualquer garota, e tudo que me resta é meu coração batendo, a capacidade de respirar, dormir, comer, então acredito que uma vez na vida posso agir como um ser humano normal, e quem sabe namorar... Mas se continuar na mesma mesmice, acho que vou petrificar.

Bella me olha com uma expressão indecifrável, e abri os lábios para dizer algo, mas meu pai quem diz.

-Entendo seu lado filha, mas acho que isso não pode acontecer enquanto vivermos aqui. Temos que está perto caso Demetri mostre que ainda faz parte dos Volturi fazendo algum mal a você.

-Seu pai tem razão. – defende Rosalie ao entrar na casa e sendo acompanhado por Emmett.

Eu não queria bancar a rebelde, ou discutir, mas naquele momento me senti sufocada com tanta proteção...

-Eu não faço ideia de quem seja esse Demetri e tão pouco acredito que ele saiba quem sou... Além do mais, quando me viu ainda era criança e hoje tenho o corpo de uma mulher, e creio que ele tem mais o que fazer do que correr atrás de uma hibrida protegida pela guarda nacional de vampiros, a não ser que queira morrer. Mas acho que não...

- Sabemos o que é melhor para você querida. – Bella disse.

Agora sim me irritei, coisa que geralmente não acontece.

- Porque não me colocam numa redoma de vidro blindado e impenetrável à prova de vampiros e me escondam no porão? É melhor do que está liberdade camuflada. - esbravejei

-Está sendo injusta. – disse Edward.

- Quem está sendo são vocês. Só pensam em proteção, sem se importar se é isso o que quero. Não sou totalmente vampira, mas a vida me fez ser metade e ainda sim isso significa que sou capaz de me defender, e por outro lado tenho a humanidade é porque não sou durável e tenho a opção de não viver para sempre. – respiro fundo controlando minha raiva e continuo. - Em algum momento posso morrer e vocês não poderão fazer nada. Entretanto morrer sem ao menos ter tido a chance de viver realmente, fazer coisas normais para dizer no final que minha vida valeu a pena. Isso fez valer todo o sacrifício e preocupação. Deixem-me viver um pouco, e se houver ameaça saberei pedir ajuda se for necessário. – argumentei.

Ninguém disse nada, mas pelo olhar do meu pai significava que tudo o que disse não foi relevante para ele, mas por outro lado ganhei uma aliada.

-Tudo bem, minha filha... – disse Bella. - Vamos dar essa chance a você.

-Bella... - Edward e Rosálie disseram ao mesmo tempo, mas minha mãe olhou para eles e disse.

-Não Edward eu sei que quer o bem de nossa filha e eu também, mas não podemos tirar isso dela. Ela ainda é humana e diferente de mim quando fui escolhi deixar todas as experiências de lado para tornar imortal, e você me obrigou a ter como também tentou preservar minha humanidade, ainda que humana sofri grandes perigos. E ao contrario de mim nossa filha quer ter essa experiências, então porque não dar essa chance? Eu darei e respeitarei, caso algo de errado ai sim vamos mudar as coisas.

Minha mãe parecia firme e decidida e pela cara do meu pai, ele iria ceder à vontade dela.

- Está bem. - disse por fim em concordância.

Sorri e o abracei.

-Obrigada.

-Tudo bem... Mas vou ficar de olho de vez em quando. - ele avisou.

-Sem problema.

(***)

O dia passou rapidamente e meus pais decidiram ir caçar e em sua companhia foram Alice, Jaspe e Emmett, ficando somente em casa Rosalie, Carlisle e Esme... Como estava bastante cansada pela viagem acabei dormindo cedo, mas... O sonho. Ele não me deixou essa noite.

Como sempre foi a mesma cena, todavia... Algo mudou.

O sonho não parou quando meus olhos tentaram alcançar o rosto do homem que seria meu amor. Continuei no mesmo lugar sentindo meu coração pular descompensado dentro do meu peito, enquanto contemplava as costas do meu amado que caminhava em direção oposta a minha na intenção de encontrar um lugar solitário. Quando por fim ele encontrou o lugar ideal, respirei aliviada por ser na direção que o manteria a vista. Por um momento acreditei que ele sentaria de costas para mim, mas se fizesse reuniria minhas forças para ir até ele ver seu rosto, porém não foi preciso. Ele sentou de maneira que pudesse olhar em seu rosto... Não sei o que houve, pois ele parecia ter se enrijecido como se houvesse ameaça a ele. Mesmo assim mantive meus olhos em sua direção, até que finalmente seus olhos foram de encontro aos meus.

Senti meu coração parar por um segundo e voltar a bater em fortes solavancos. Poderia ter passado séculos a nossa volta, mas a cada segundo mergulhava mais em seus olhos dourados... Seus lábios convidativos me chamavam para um beijo e ainda sim fiquei parada no mesmo lugar...

Acordei sentindo uma mão fria tocar meu rosto. Abri meus olhos me deparando com minha mãe que sorria e disse.

-Te acordei. Desculpa.

Sorri ficando sentada na cama.

-Tudo bem. Devo ter dormindo demais...

-Não... Ainda são oito da manhã. Pode ficar mais um pouco na cama...

Assenti voltando a me deitar, e minha mãe me deixando sozinha. Fechei meus olhos novamente, mas não dormi. Fiquei repassando toda cena do meu sonho relembrando os detalhes do homem que por anos vem povoando em minha mente durante o sono sem ao menos conseguir ver seu rosto, sendo que dessa vez pude vê-lo. Ele era lindo e possuía uma beleza tão inumana.

Com esse detalhe, abri meus olhos me dando conta de que o homem de meus sonhos se tratava de um vampiro e não um ser humano comum. No entanto, a pergunta certa a ser fazer é se esse detalhe é relevante ou que mudaria meu sentimento. Com tudo, a resposta era mesma... Não. Não muda em nada...

(***)

É sábado, e mesmo que lá fora só havia neve, não poderia continuar trancada envolta de pensamentos. Mais tarde minha mãe voltou acompanhada de Alice dizendo para que me arrumasse, pois iríamos visitar os Denali e no caminho eu poderia caçar. Não havia como objetar, pois era melhor do que ficar trancada então tomei um banho e me vesti com mais uma roupa escolhida por Alice. Depois da caçada chegamos à casa dos Denali sendo recebidos com muita hospitalidade. Mesmo com toda conversa minha mente não parava de pensar no meu sonho, mas por uma razão voltei a entristecer com ele pelo simples fato de que não conseguia lembrar o rosto do homem que povoa nele. Percebi meu pai franzi a testa ao olhar de relance para mim, acredito que antes tenha visto como sempre fez, mas pelo visto ele deveria não está em casa quando sonhei e vi o rosto do grande amor de meus sonhos. Porém ele nada disse, somente voltou a concentrar na conversa e das novidades contadas por Eleazar.

Como aquelas novidades não tinham relevância a mim fiquei observando a branquidão do lado de fora pelas janelas. A vista da casa dos Denali mostravam lugares propícios para esquiar e imaginei em algum momento disputando uma corrida de esqui com Emmett. Mas meus pensamentos foram interrompidos assim que percebi que as conversas paralelas entre a família Cullen e Denali tornaram um só.

-Então esse tempo todo que ele está aqui tem vivido isolado? – Carlisle pergunta mostrando em sua face admiração pelo fato relatado.

-Sim raramente os vimos de longe. – comenta Kate.

-Depois que ele deixou claro para nós não arrumaria problemas, até ficamos de olho, porém cumpriu com sua palavra. – acrescentou Tanya.

Percebi que falavam do tal Demetri. Quem mais seria?

-Ele não anda caçando humanos? – Rosalie pergunta intrigada.

-Bem parece que não. Seus olhos estão da cor que o nosso. E além do mais se ele quisesse manter sua dieta de sangue humano teria que ir para longe já que a população daqui é pequena, e sei que Demetri mesmo não estando na guarda não vai querer chamar atenção com isso.

Aquele assunto já estava me entediado e comecei a me sentir sufocada, então decidi que era hora de tomar ar puro.

-Desculpa - disse chamando atenção de todos. - Eu acho que vou até a cidade andar um pouco, respirar...

-Vai nevar a qualquer momento Nessie... É melhor ficar... – opinou Carmem com olhar ameno.

-Eu não vou demorar e se complicar eu ligo. – digo olhando para meu pai que parecia estar a ponto de dizer não.

“Pai, por favor, só preciso respirar, pensar um pouco... Prometo não demorar, caso contrario eu ligo ou vem atrás de mim... sei que irá fazer. Além do mais prometeu que teria liberdade para interagir com outras pessoas ...”

Ele respira fundo como se reunisse animo para responder.

-Tudo bem. Só não demore. – disse ele se rendendo.

Sorri.

-Obrigada.

(...)

Poucos minutos caminhava pelo pequeno centro comercial. Havia poucas pessoas por ali, mas a maioria estava seguras e confortáveis dentro das lojas. Como não havia nada mais para ver ali, decidi entrar numa livraria. Embora já tenha lido bastantes livros, mas a maioria eram literaturas românticas que minha mãe possuía, mas nada popular. Como desejo parecer uma pessoa normal, acho que seria o momento de ler algo mais comum para jovens...

Não havia muitas variedades, mas as poucas que tinha eram interessantes. O dono da loja olhava para mim com um misto de admiração, incredulidade e desconfiança, mas ignorei até que escolhi por levar Cidade de Papel – John Green.

-Quanto custa? – pergunto tentando sorrir numa simpatia.

O senhor sorri, e responde pegando o livro e verificando o valor no código de barras, e reponde.

- Custam catorze dólares.

Pego o valor e entrego a ele, e quanto colocava o livro numa sacola e senhor pergunta.

-É nova por aqui, estou certo?

-Sim mudei-me para cá nesse fim de semana com minha família.

O senhor parecia está fazendo algum tipo de associação mental, mas nada disse somente sorriu novamente e disse.

-Então sejam bem vindos... E aqui está seu livro. Boa leitura.

-Obrigada. – digo e saio da loja.

Ao fechar a porta da loja, suspirei tentando decidir o que faria. Voltasse para casa, ou entraria num outra loja em busca de conhecer alguém de minha idade. No entanto, àquela hora e com todo frio seria difícil encontrar alguém para conhecer e o que me restava era voltar para casa dos Denali e ler o livro que comprei, mas antes que desse o primeiro passo e ir embora. Vejo do outro lado da rua uma lanchonete.

Claro que nunca tinha visto, mas havia algo que me impelia a ir até ela... Parecia não haver ninguém lá dentro e talvez fosse ótimo ler meu livro ali sem ter ninguém me interrompendo enquanto bebia uma caneca fumegante de chocolate quente com biscoito. Com essa ideia meu estomago roncou, e foi que me dei conta que não havia comido nada no café, além de me alimentar com sangue. Sangue é só para saciar a cede vampírica e não a fome humana, então eu caminhei até a lanchonete.

Assim que entrei, avistei uma jovem do lado do balcão lendo uma revista e pela roupa era a garçonete, um senhor comendo enquanto prestava atenção no noticiário da TV. E numa mesa afastado ao meu lado esquerdo outro senhor que lia jornal. Por mais engraçado que fosse nenhum deles olharam para mim como se a chegada de qualquer pessoa ali fosse irrelevante a eles. No entanto, a garçonete deixou um pouco sua revista e olhou para mim. De primeira sua reação foi à mesma de qualquer humano admirado com a beleza do ser inumado, e um pouco de inveja. Todavia ela decidiu fechar sua revista quando me observou sentar numa das mesas próxima ao senhor que lia o jornal. Não tinha intenção de incomoda-lo, só vi que se ele estava ali era pra não ser interrompido e como iria ler meu livro então seria ideal para mim também não ser incomodada.

-Oi. Deseja pedir algo? – perguntou a garçonete me entregando um cardápio.

Olhei rapidamente no conteúdo mesmo já tendo em mente o que pedir.

-Quero uma caneca de chocolate quente, e um muffin de morango.- entrego o cardápio com um sorriso simpático.

Escutei o coração dela acelerar, e como se tivesse sido pega no flagra balança a cabeça como se quisesse voltar a si, então anota o meu pedido.

-Trago seu pedido e dois minutos. – e sem dizer mais nada ou esperasse que agradecesse ela se afasta.

Olho para o lado e tudo continuava na mesma, então decidi a começar a ler antes que trouxessem meu pedido. Até que o livro era interessante, e mesmo a garçonete trazendo meu pedido não consegui tirar meus olhos do livro. Por fim estava tão concentrada que não percebi que lá fora já nevava, e nem ao menos das coisas que me atormentava. Até que...

Ouço a porta da lanchonete abri. Sei que poderia ser qualquer pessoa, mas não era... O perfume que chegou a mim tinha um aroma diferente das que os humanos normalmente possuíam, e foi esse perfumo que chamou minha atenção e fez minha mente se abrir e resgatar lembranças que por poucas horas tinham apagados.

Meu coração acelerou porque sabia que de alguma forma o meu sonho estava tornando real. Olhei em direção de onde vinha o cheiro, mas com grande diferença pude ver seu rosto antes que virasse para longe de meus olhos.

Oh Deus! Era ele...

É evidente que ele é um vampiro... Mas o que isso importa quando vejo que meu sonho se tornou real?


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Notas finais do capítulo

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