Assim que chegaram ao hotel, Regina ficou extremamente impressionada. Nunca tinha visto um lugar tão grande e tão fino. Foram até a recepção e Emma se dirigiu à moça em francês, pegando a repórter totalmente de surpresa.

– Você fala francês!?

Regina perguntou assim que entraram no elevador.

– Um pouco.

– Emma, Emma, a cada dia me surpreendo mais. Quantos talentos a senhorita pode esconder?

A morena questionou se aproximando de Emma e segurado-a pela cintura.

– Bom...alguns.

Emma falou com uma voz misteriosa, fazendo Regina rir.

– Você está disposta a descobri-los?

A loira perguntou mordendo seu lábio inferior de uma forma sexy, causando um arrepio em Regina.

– Com toda a certeza.

Ela se aproximou de Emma e lhe beijou os lábios com possessividade. Assim que a porta do elevador abriu, as duas deram as mãos e se dirigiram para o quarto. Foi só naquele momento que Regina se tocou que iria dormir no mesmo quarto que Emma e na mesma cama que ela. Claro que já tinha feito isso uma vez, mas agora era diferente. Elas estavam juntas, se envolvendo cada vez mais profundamente e não que não existisse sentimento naquela época, mas agora eles estavam totalmente expostos.

– Está tudo bem?

Emma perguntou estranhando ao ver Regina encarar perplexa a gigantesca cama do quarto.

– Cla...claro.

– Ei, se você ainda não estiver preparada para isso, nós podemos ficar em quartos separados, não tem problema nenhum e...

A morena interrompeu-a com um longo selinho, o que fez Emma sorrir e direcionar Regina para cama, começando a beijá-la calorosamente.

– Você não precisar ficar nervosa, amor. Não comigo.

A cantora falou assim que se afastou, fazendo um carinho no rosto de Regina.

– Do que você me chamou?

Foi nessa hora que a Emma se tocou, ficando extremamente vermelha, o que Regina achou superfofo, sorrindo para aquilo.

– Amor.

– Isso soa extremamente adorável quando você fala.

– Mesmo?

Emma perguntou com um sorriso ao ver que a repórter tinha gostado, apesar de ter falado aquilo sem perceber.

– Mesmo.

– Então talvez eu passe a te chamar assim.

A loira sussurrou com os lábios quase colados nos de Regina.

– Vou adorar.

As duas sorriram e deram início a um novo beijo.

***

Emma tinha feito uma reserva de quatro dias no hotel e até já tinha planejado os lugares que gostaria de conhecer junto de Regina. Após desfazerem as malas, as duas foram almoçar, se dirigindo para o Museu do Louvre e depois para o Palácio de Versalhes.

– Então, o que você achou do nosso primeiro dia em Paris?

A loira perguntou assim que elas retornaram ao quarto do hotel por volta das dez horas da noite.

– Simplesmente maravilhoso, Emma. Eu não sei nem o que te dizer, como te agradecer e...

– Se você estiver feliz, eu já vou estar mais do que satisfeita.

Emma falou com um sorriso, puxando Regina para um beijo. Como o quarto em que estavam era extremamente chique, possuía dois banheiros. Então elas decidiram ir tomar banho na mesma hora, para que pudessem ficar juntas depois. A loira terminou primeiro e estava tão concentrada, sentada no sofá, respondendo algumas mensagens curiosas de Scott, que nem percebeu quando Regina retornou. A repórter riu daquilo, fazendo um barulhinho com a garganta para chamar a atenção e pareceu funcionar. Emma olhou na direção dela quase que no mesmo instante, tendo um mini ataque cardíaco. Regina trajava uma camisola preta sexy, que não cobria praticamente nada de suas pernas.

– Nossa! Você está tentando me matar?

Emma perguntou recuperada, se levantando, andando até ela e segurando-a firmemente pela cintura, olhando-a de cima a baixo.

– Do que você está falando?

Regina riu.

– Você...está...

– Estou...?

A morena arqueou sua sobrancelha, na tentativa, bem sucedida, de provocar Emma.

– Extremamente gostosa com essa camisola!

– Uau, acho que eu não conhecia esse seu lado.

– Bom, tem muitos lados meus que você ainda não conhece.

Assim que Emma disse isso, deu um sorrisinho malicioso e Regina sentiu seu corpo se arrepiar com aquilo. Não era a primeira vez que sentia arrepios quando estava com a loira, acontecia sempre, mas daquela vez tinha sido diferente. Ela não sabia explicar, só sabia que parecia ter um tipo de chama dentro de si, que havia crescido de uma forma extremamente absurda ao ouvir aquilo. A cantora então selou seus lábios nos de Regina com um beijo exigente, para em seguida puxá-la para cama, passando seu braço pela cintura da mesma e encaixando seus corpos, causando um arrepio em ambos quando se chocaram. Emma então surpreendeu Regina colocando a mão em cima de sua barriga, que quase nem aparecia, na tentativa de sentir alguma coisa.

– Como está o nosso baby?

– Nosso?

A morena abriu um sorriso enorme ao ouvir aquilo.

– Eu sei que você disse que ia pensar e que era para eu pensar também, mas eu já considero essa criança como minha.

– Emma, isso é sério?

Regina perguntou se virando para encará-la.

– Seríssimo.

– Você sabe que a sua vida vai mudar totalmente, não sabe?

– E eu estou disposta a qualquer mudança para ter você do meu lado. Assim como o nosso filho.

Emma sorriu e se aproximou da repórter, que também tinha um sorriso no rosto, selando os lábios dela com um selinho. Regina se virou novamente e se aconchegou no abraço da loira, entrelaçando suas mãos.

– Boa noite...amor.

A loira sussurrou ao pé do ouvido de Regina com uma voz rouquinha, fazendo a mesma apertar sua mão e se sentir tranquila e extremamente protegida naquele abraço, que podia ser muito bem chamado de conchinha.

– Boa noite Emma.

***

No segundo dia, as duas levantaram cedo, tomaram o café da manhã no quarto e depois partiram em direção ao Museu Rodin, seguida da Catedral de Notre Dame e da Basílica Sacré Couer. No terceiro dia foram até o Jardim de Luxemburgo, passando praticamente o dia inteiro lá e quando voltaram para o hotel, Emma exclamou animada:

– Eu quero te levar para jantar!

– Onde?

– Surpresa!

A loira falou divertida.

– Ah, por favor, Emma. Me conta.

Regina fez um olhar de cachorrinho pidão.

– Nem tenta me convencer, mocinha. Não vou falar.

Emma disse não cedendo à chantagem, por mais difícil que fosse.

– Mas eu preciso saber a ocasião, para colocar a roupa certa. Não quero fazer você passar vergonha.

– Você nunca vai me fazer passar vergonha e sempre fica linda de qualquer jeito, com qualquer roupa.

A cantora falou com um sorriso, o que fez Regina sorrir também.

– Isso foi extremamente fofo, mas você tem que me dizer.

– Não, não. Se arrume da maneira que você achar melhor.

A morena se deu por vencida e resolveu caprichar na produção. Emma terminou primeiro e foi esperar no sofá do quarto, aproveitando para responder alguns fãs sortudos no twitter. Ela trajava um vestido azul royal e saltos brancos. Seu cabelo estava preso em um coque e sua maquiagem era bem leve. De repete, Regina surgiu no quarto extremamente impecável. Seu vestido era vermelho, assim como seu batom, seus saltos pretos e seu cabelo arrumadíssimo, sem nenhum fio se quer fora do lugar.

– Uou! Você está maravilhosa!

– Obrigada.

Regina sorriu um pouco tímida devido ao jeito que Emma lhe olhava.

– Então vamos?

A cantora perguntou contente, se levantando e pegando sua bolsa.

– Claro.

Assim que as duas desceram até a entrada do hotel, se direcionaram para o primeiro táxi que avistaram. Emma deu as instruções para o motorista e como era em francês, Regina não conseguiu nenhuma pista do lugar que estavam indo. Depois de um dez minutos, o carro parou. Elas deram as mãos e entraram no restaurante. Lindo era pouco para descrevê-lo. Era simplesmente deslumbrante. A boca de Regina abria e fechava enquanto seus olhos percorriam aquele gigante e maravilhoso lugar. Emma riu diante daquilo. Uma moça bem arrumada foi recepcioná-las, levando-as em seguida para a mesa que tinha sido reservada anteriormente pela cantora. Assim que se sentaram, Regina fez um bico.

– O que foi?

– Imagina se eu não tivesse me arrumado direito? Emma, esse lugar é chique demais!

– Amor, para. Você estaria bem vestida até se tivesse vindo com aquela camisola sexy!

A loira piscou para ela, para começar a rir no minuto seguinte, assim que a viu corar. De repente, os olhos de Emma foram cobertos por duas mãos eufóricas. Na mesma hora, ela tocou aquelas mãos, na tentativa, falha, de reconhecer quem era.

– Eu não acredito, Emma! Você é realmente péssima nesse jogo!