Lábios de dor escrita por Lipe Muliterno


Capítulo 21
You shook me all night long




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Dentro da casa, Paloma e Gaby levam o recém chegado grupo até a sala de estar.

–Vou trazer uns colchões pra cá e já volto. – Avisa Gaby.

A garota magra de cabelos lisos e queixo furado sai por uma porta e sobe uma escada saindo da vista de todos. A sala fica em silêncio e Paloma tenta puxar assunto.

–Então... De onde vocês vieram? – Pergunta a garota baixa.

–Nós temos um gru... – Começa Celly sem perceber que poderia comprometer o grupo.

–Tínhamos um grupo. – Interrompe Luc dando ênfase no “tínhamos”. – Só nós sobrevivemos.

Dudu percebe a estratégia e entra no jogo.

–Foi complicado perder todos eles. – Diz Dudu como que atuando.

–Imagino. – Comenta Paloma.

Um barulho de algo rolando pelas escadas ecoa pela casa, todos acham que se trata dos colchões sendo jogados por escada a baixo, até que um som os faz mudar de idéia.

–Ai... Alguém me ajuda aqui?

Ao se voltarem em direção ao som o grupo encontra Gaby caída com alguns colchões por sobre ela na base da escada.

–Me desculpem por ela, ela bebeu um gole de vinho e já ficou alterada. – Explica Paloma.

Dudu ri e vai ajudar a garota, mas ao se aproximar dela, ela passa a mão pela lateral do rosto de Dudu, alisando sua barba e então o agarra e beija-o. As outras garotas presentes ficam sem graça e algumas desviam o olhar devido à situação ser inesperada.

Paloma coça a garganta chamando a atenção como que em tom de repreensão e isso parece surtir efeito sobre Gaby, pois essa larga Dudu e respira fundo tentando repor o fôlego.

–Gaby, ta de castigo por beber, vai pro quarto! – Ordena Paloma em tom bravo.

A garota embriagada baixa a cabeça e sobe vagarosamente os degraus da escada.

Dudu se levanta, pega os colchões e vai para perto do grupo.

–Ela quase me mata, meu Deus. – Diz Dudu.

–Ela faz tipo tudo que você pede? – Pergunta Luc impressionada.

–Não, ela só ta bêbada. – Responde Paloma com um sorriso. – Vocês se importam em dormir aqui na sala?

–Claro que não, nós ficamos gratos por nos deixar ficar. – Responde Luc.

–Isso deve ser o sonho do bonitão aí. – Diz Paloma indicando Dudu com o queixo. – Ser o único cara numa casa com cinco garotas que querem transar com ele. Bom, pelo menos duas eu sei que querem. – Ela agora se vira com um sorriso travesso e sobe as escadas rebolando.

Dudu acompanha a garota baixa até que ela suma de seu campo de visão, então ele se vira para as outras três garotas e indicando com o polegar o topo da escada atrás de si ele diz:

–Essa garota ta me provocando.

Celly e Mapa parecem enciumadas, mas Luc não, ela olha para o topo da escada com um expressão de certa curiosidade e desejo.

–Coitadas, elas podiam vir dormir conosco pra não ficarem sozinhas. – Sugere Luc.

–SAMPAIO! Essas mulheres mataram a Ju. – Briga Mapa.

–Pensa bem, nós perdemos UMA SOBREVIVENTE, mas agora temos chances de aumentar o grupo com mais DUAS pessoas, o mais forte sobrevive, lembra?! – Retruca Luc.

–Eu gostava da Ju, tipo muito. – Conta Celly com um rosto triste.

–Todos gostávamos, mas não podemos mais deixar mortes nos abalarem. – Diz Luc.

–Bom, se resolvam, eu vou dar um jeito no corpo, arrumem os colchões para dormirmos. - Pede Dudu indo em direção à porta.

Dudu tem a sensação de a noite estar mais fria e escura, a luz fraca da Lua cheia cobre todo o terreno e ilumina o corpo morto de Ju. Ele não sabe se a palidez do corpo é devido à morte ou à luz da Lua, a cena teria sua beleza se não fossem as circunstâncias.

O sangue que sai do buraco na testa da garota em tom carmesim faz contraste com sua e pele clara.

Dudu pousa sua mão direita sobre o rosto da garota e a desliza para baixo, fechando dessa forma as pálpebras da morta. Ele pega o corpo no colo e leva para perto do lago, pega ali perto largado no chão o que antes deveria ser uma porta e pondo o corpo sobre ela os empurra para o lago.

A porta e o corpo flutuam e Dudu puxando seu isqueiro o acende e ateia fogo a um dos cantos da porta, transformado-a em uma pira. Perdido em seus pensamentos, Dudu nem percebe o tempo passando até que o som do disparo de um rifle ao longe, sentido da casa que explodiu, chama sua atenção e o tira de seus devaneios. Ele nem imagina que Filipe acaba de presenciar o suicídio de Yokota e simplesmente ignora.

–Te vejo em breve... – Diz Dudu virando as costas para a chama flutuante indo para a casa.

Ao entrar na casa Dudu congela e um enorme sorriso brota em seu rosto.

Na sala em cima dos colchões estão as cinco garotas nuas trocando beijos e caricias, Luc se atraca com Gaby e Paloma, enquanto Celly tira aos poucos a vergonha de Mapa com beijos, carinhos e mordidas. Elas então finalmente percebem a presença do homem sorridente e dão uma pausa.

–Você não vem? – Pergunta Paloma fazendo bico e cruzando as mãos como que implorando e isso acentuou seus fartos seios.

–DEUS EXISTE! – Grita Dudu enquanto tira a roupa e vai em direção às garotas.

–Você vai descobrir daqui a pouco, pois pretendo te levar pro céu. – Diz Gaby mordendo o canto da boca de forma sensual.

Dudu se deita no colchão e se envolve em um beijo triplo com Mapa e Paloma, Luc acaricia as garotas e Celly desce para um oral, eles ficam assim por um tempo até que Paloma toma distancia se deitando de costas e abrindo as pernas.

–Vem. – Chama ela.

–Mas eu já estou aqui. – Responde ele se preparando para dar inicio ao ato.

Eles começam em um ritmo moderado, mas este logo se acelera rápida como uma máquina, Paloma percebe Dudu já arfando.

–Awnt, vai agüentar? – Pergunta ela em meio a gemidos começando a respirar também de forma pesada.

–Você é a melhor mulher que já conheci. – Diz ele meio sem pensar.

A casa parece balançar devido à intensa movimentação causada pelo sexteto e a noite se segue com as garotas revezando Dudu para o prazer, alegria e satisfação dele.


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