Learning to love escrita por Hermione Uckermann


Capítulo 11
Desconfianças


Notas iniciais do capítulo

Gente vou ter agora bastante tempo para fazer só que não vou postar, acho que vou esperar terminá-la pra postar tudo logo *-*



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Depois daquela noite, Draco e Hermione não tocaram no assunto. E a garota não falou nada sobre o que aconteceu na Torre de Astronomia para os amigos.



A grifinória resolveu que, se ela queria mesmo ser amiga do sonserino, deveria fingir - não só para ele – pra ela mesma, que não sabia sobre a missão dele e de todos as suspeitas de Harry.



Os monitores, mesmo que inconscientemente, não se aguentavam de ansiedade. Queriam que os dias das rondas chegassem cada vez mais rápido. Estavam cada dia mais ligados um ao outro. Quase não discutiam mais e passavam a maior parte do tempo rindo. Estava ficando cada vez mais difícil fingir que ainda se odiavam. A única que sabia sobre esse novo “relacionamento” dos dois era Gina, que teve que jurar não contar para ninguém.



E, agora, quando Harry falava alguma coisa sobre vigiar o Malfoy, a monitora preferia ficar quieta. Não queria “defender” demais o sonserino e Harry ou Rony acabarem descobrindo que eles se tornaram amigos.



Mas, mesmo preferindo ficar quieta, não podia admitir que o amigo perdesse tanto tempo, como estava fazendo, tentando entrar na Sala Precisa. Sempre tentava de tudo para que ele não fosse, mas nunca conseguia que ele desistisse.



xx



Draco odiava o prof. Slughorn, principalmente porque ele não dava a miníma para as tentativas de dizer que também era de família importante, do garoto. Estava se esforçando na matéria, se não, não conseguiria nota. Por isso, quarta-feira depois do jantar, resolveu ir à biblioteca pegar algum livro que pudesse ajuda no dever.



xx



Os quatro grifinórios estavam saindo do Salão Principal depois do jantar. Não viam a hora de voltarem para o Salão Comunal, o dia havia sido muito cansativo e ainda tinham um dever enorme de poções para fazer.



– Se o Malfoy estiver na Sala Precisa, eu vou lá de novo pra tentar entrar. - falou Harry – O que vocês acham que ele tá fazendo, hein?!



– Harry, - Hermione já estava de saco cheio dessa história – você não tem dever pra fazer? E não tem que se encontrar com o Dumbledore?



– Tenho, por quê? - perguntou, sem entender onde a amiga queria chegar.



– Então, você não acha que é mais importante você fazer primeiro suas obrigações e depois, se sobrar tempo, você vai atrás do Malfoy?



– Por acaso, você tá querendo dizer que eu não cumpro com as minhas obrigações, Hermione? - já falava um tom mais alto que o normal – Sabe, as vezes parece que você está defendendo o Malfoy. Daqui a pouco vai me dizer que ele é super legal e que virou amiga dele.



– Me poupe, Harry. Eu tenho mais o que fazer, não vou ficar aqui te ouvindo falar essas besteiras. Tchau – e começou a se afastar dos três.



– Onde você vai, Mione? - Gina perguntou.



– Biblioteca... vou ver se eu acho alguma coisa pra ajudar no dever de poções, porque eu não tenho um livro que me dê todas as respostas.



Emburrada, a morena seguiu para a biblioteca, sem nem esperar por uma resposta.



Ao entrar, Hermione foi direto para um dos últimos corredores, onde ficavam os livros de poções. A biblioteca estava vazia, exceto pela Madame Pince e por...



– Draco? - perguntou ao entrar no corredor e se deparar com o loiro procurando por algum livro. Ele se virou ao ouvir aquela voz que tanto gostava – Tá fazendo o que aqui?



– Provavelmente a mesma coisa que você, não é? - abriu seu melhor sorriso de lado – A não ser, é claro, que você tenha vindo pra me ver.



– Não, acho que te aguentar em praticamente todas as aulas e em duas noites por semana já está de bom tamanho. - ela riu, ambos sabiam que todo o tempo do mundo não seria de bom tamanho.



– É assim, então. Você me “aguenta”? - fez uma cara de cachorro sem dono antes de continuar – Você não gosta de ser minha amiga?



– Até que não é tão ruim. - ela estava se divertindo com aquilo – Você sabe ser legal as vezes.



– Menos mal. - agora já falava com o tom arrogante de sempre – Senão eu seria obrigado a te lançar um feitiço que fizesse você querer ser minha amiga... - os dois riram, ele continuou – Se bem que não deve existir nenhum específico pra isso, mas também não é nada que uma Império não resolva.



– Draco!



Ela censurou o garoto, que se fez de desentendido e perguntou:



– Que foi?



A grifinória virou-se para as estantes, afim de encontrar algum livro que a ajudasse. Já o sonserino esqueceu o motivo pelo qual estava naquele lugar; só consegui ficar olhando para cada detalhe da morena, como se quisesse gravar em sua mente cada centímetro daquele corpo.



Hermione achou um livro que a ajudaria e virou-se para o loiro, plantado há alguns metro dela.



– Draco?



– Hum...



– Você pode pegar o livro aqui pra mim?



– E sua varinha, não serve de nada, não?



– Claro que serve! - respondeu brava, se virando para a estante – Eu só pensei que você pudesse pegar pra mim, mas já que não...



– Estressadinha você, hein?! - disse cobrindo a distância entre os dois, parando bem atrás dela – Eu pego. Qual é?



Ela assustou-se com a proximidade repentina. Virou-se para responder, apontando para o livro que queria:



– É esse aqui, de capa vermelha.



A meio caminho de pegar o livro, Draco parou. Apoiando uma das mãos na estante, conseguia ver apenas os olhos chocolate que o encaravam. Sem pensar, com a mão que não estava na estante, ele colocou uma mecha de cabelo da grifinória para trás da orelha. Desceu os dedos por todo o comprimento dos fios e ficou alguns segundos brincando com os cachinhos que se formavam na ponta. Não resistiu à vontade de tocar a pele dela. Depositou os dedos no pescoço dela, desenhando o contorno até chegar ao queixo.



Hermione estava em êxtase, mas sabia que aquilo não poderia dar certo e tentou falar:



– Draco, não...



Ele a silenciou, tocando os lábios com um dos dedos, traçando o contorno daqueles rosados perfeitos, fazendo-a fechar os olhos.



– Shi, não fala nada, minha Sabe-Tudo...



Essas palavras, arrastadas e sussurradas, fizeram com que toda razão e sanidade da grifinória fossem embora. Ainda com os olhos fechados, ela jogou os braços em volta da cintura de Draco, puxando-o para mais perto. Ela já podia sentir os lábios se tocando, os corações descompassados, tocando a mesma melodia...



– Hermione! - Harry, ofegante por ter corrido todo o percurso até a biblioteca, estava descabelado (mais que o normal), com o Mapa do Maroto em uma mão e a varinha, apontada para Malfoy, em outra. - Larga ela, seu idiota!



Os dois já estavam bem longe um do outro e Harry continuava avançando para Malfoy..



– Calma Harry! - o medo do amigo fazer alguma coisa contra o sonserino estava estampado no rosto da morena – Ele não estava fazendo nada!



– Sozinho não mesmo, não é Hermione? - o garoto só faltava soltar fumaça pelas ventas de tanto nervoso. - Agora eu entendi porque você fica defendendo ele.



Malfoy não sabia o que fazer, se defendesse Hermione a situação dela pioraria ainda mais. Resolveu fazer o que um Draco não apaixonado faria: interrompeu a discussão dos grifinórios:



– Tá aqui o seu livro. - disse jogando-o na mesa mais próxima. Com um olhar de quem lamenta o que está fazendo, continuou – E não vai se acostumando a me pedir favor, não. A gente só faz ronda juntos, não somos amigos. E eu vou embora, porque essa discussãozinha de vocês tá me dando nojo. - antes de sair do corredor, virou-se para os dois e disse – Sangue-Ruim, Testa-Rachada, a gente se esbarra por aí.



Harry ainda estava muito nervoso e com raiva da amiga. “Eu só posso estar louco, ela nunca se interessaria pelo Malfoy, muito menos se encontraria com ele sabendo que eu estava vigiando o imbecil.”, pensou



– Então, vai me explicar que cena foi essa que você armou? - Hermione tentava recuperar a calma.



– Mione, você sabia que ele estava aqui? - o moreno estava aflito, quase com medo da resposta.



– Claro que não. Por qual motivo eu viria pra cá atrás dele? - “Como ele pode pensar uma coisas dessas? Será que está tão na cara assim que eu gosto dele?”, esse pensamento a fez lembrar de uma coisa – O que você quis dizer com “Sozinho não mesmo”?



– Desculpa, tá! - parecia envergonhado – É que vocês estavam praticamente sozinhos aqui, eu fiquei com medo... e quando eu cheguei, parecia que ele ia... te beijar?



Hermione ficou instantaneamente vermelha.



– Claro que não, Harry. Ele só estava pegando um livro pra mim.... Acho que você devia trocar esses óculos.



– E por que você não usou sua varinha? - indagou, ainda desconfiado.



– Porque quando eu vi que não alcançava ele estava perto e se ofereceu para pegar. - inventou – Agora chega o interrogatório, ou você não confia em mim? - fez-se de inocente.



– Confio. Claro que confio. Você é Hermione Granger, minha melhor amiga, que me aguenta a seis anos e odeia o Malfoy tanto quanto eu. Não tem porquê eu desconfiar. Vamos?



– É, pois é. Vamos. - “Como eu odeio mentir pra você, Harry... “



xx



Os dias iam passando com uma velocidade incrível. Já era sábado, 1º de março. Hermione acordou não muito cedo, havia demorado para dormir, lembrando-se do quase beijo de quarta-feira e de como Draco havia sido carinhoso com ela no dia anterior, pedindo desculpas pela cena que Harry havia feito, mesmo sabendo que a culpa não era toda dele. E ainda brincou dizendo: “Pelo menos ele te impediu de cometer o pior erro da sua vida, pela quarta vez.” Ela não queira ouvir aquilo e ser lembrada do que havia dito há meses atrás, mas achou melhor do que fingir que não havia acontecido nada.



– “Minha Sabe-Tudo...” - sussurrou antes de se levantar da cama, como que para ter certeza de que era tudo real.



Ela já estava atrasada, era aniversário do Rony e queria levar o presente do amigo antes que ele e Harry fossem para o Salão Principal tomar café-da-manhã. Arrumou-se correndo e foi para o dormitório dos garotos, que já não estavam mais lá. Desceu correndo até o Salão Principal, esperando encontrá-los pelo caminho. Nada.



Olhou para a mesa da Grifinória e só encontrou Gina sentada lá. Antes de seguir até a amiga, não conteve o impulso de olhar para a mesa da Sonserina. Ele estava lá. Mas parecia que só fisicamente. Seus olhares se encontram, Hermione percebeu que alguma coisa estava errada com loiro. Trocaram um sorriso tímido, torcendo para que ninguém os tivesse visto. Mas isso não escapou ao olhar de uma certa pessoa, sentada bem no centro da mesa dos professores, que sorriu junto.



– Gina, você viu seu irmão e o Harry? - perguntou ao se aproximar da amiga.



– Não, pensei que eles estivessem com você. - falando isso, a ruiva percebeu uma movimentação estranha na mesa dos professores.



Hermione sentou-se na frente da amiga, imaginando onde os dois poderiam ter se enfiado. Enquanto na mesa dos professores, Dumbledore saía apressado e a profª. Minerva ia em direção à mesa da Grifinória.



– Srta. Weasley. - era Minerva chamando, tirando Hermione de seus pensamentos – E você também srta. Granger, queiram me acompanhar.



“Ai meu Deus, o que aqueles dois aprontaram dessa vez?” as duas pensaram.



– Aconteceu alguma coisa com o Rony? Ou com o Harry? - Gina perguntou enquanto saiam do do Salão Principal com a professora.



– Aconteceu sim, mas agora já está tudo sob controle. - disse tentando tranquilizar as garotas – E não se esqueçam de agradecer ao sr. Potter, ele salvou a vida do seu irmão, srta. Weasley.



– Como assim o Harry salvou a vida do meu irmão? - falou estridente – Onde eles estão?



– Estão na Ala Hospitalar. Vamos que lá vocês saberão os detalhes.



As três seguiram a passos ligeiros pelos corredores do castelo.



xx



Depois que Harry explicou como o amigo havia sido envenenado e como ele conseguiu salvá-lo todos começaram a se perguntar quem havia feito aquilo. Depois de muito conversarem, Hermione chegou a uma conclusão:



– … Acho que há uma ligação entre os ataques, do Rony e da Cátia.



Como é que você chegou a essa conclusão? — perguntou Fred.



– Bem, primeiro, os dois casos deviam ter sido fatais, mas não foram, embora tenha sido por pura sorte. Por outro lado, nem o veneno nem o colar parecem ter atingido a pessoa que deviam matar. É claro — acrescentou ela pensativa — que de certa forma isto torna o mandante dos atentados ainda mais perigoso, porque parece que não se importa com o número de pessoas que liquida até realmente chegar à sua vítima.(Trecho de Harry Potter e o Enigma do Príncipe, capítulo dezenove: Campana de Elfos)



Antes que pudesse ouvir qualquer comentário, várias coisas se passaram na mente de Hermione:



“... já estavam desconfiando dele... missão dada pelo Voldemort” “Eu não posso falar...”



“NÃO!! Não pode ser, ele não faria uma coisa dessas... não faria.”



– Eu preciso fazer uma coisa.



Dizendo isso a morena saiu correndo em direção ao Salão Comunal. Subiu as escadas e foi direto para o dormitório dos amigos, não se importando com quem pudesse estar lá. Logo encontrou o que queria e saiu correndo pelos corredores do castelo novamente.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado rs!
(Senhorita Malfoy fiz esse cap dedicado a vc,Vlw mesmoooo por acompanhar a fic)
Bjuuus :*



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