Learning to love escrita por Hermione Uckermann


Capítulo 12
Palavras Apagadas


Notas iniciais do capítulo

Oi genteee!! Vou postar só mais alguns capitulos e depois vou esperar terminá-la e postar tudo logo. O.k.?
Só não me abandonem, por favooooooor!!!! *-*



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Antes de começar a subir a escada para a Torre de Astronomia, Hermione sussurrou “Malfeito feito”, guardou o Mapa nas vestes e prosseguiu. Ela precisava tirar aquela história a limpo e não sairia de lá sem fazer isso.



Mais uma vez ela se surpreendeu ao encontrar Draco - apoiado em uma janela, observando Hogwarts, como se pretendesse pular dali - chorando tanto quanto no outro dia. Mas ela estava decidida, não se abalaria com nada que ele pudesse fazer ou dizer. Resistiu a vontade de perguntar se ele estava bem – era óbvio que não – ignorou o choro do rapaz e disse, o mais firme que conseguiu:



– Malfoy, precisamos conversar. Agora!– destacou bem a última palavra.



– Saí daqui, Hermione, eu não quero conversar com ninguém! - com a voz embargada, respondeu sem olhar para a garota.



– Pois eu quero! E você vai me ouvir. - ele suspirou e secou os olhos. Ela continuou – Agora larga de ser sem educação e olha pra mim.



Draco sabia que ela não sairia de lá, nem deixaria ele sair, enquanto não dissesse tudo o que ela tinha para falar, achou, pois, melhor fazer o que ela havia dito. Virou-se e esperou que ela começasse, mas ela não começou.



Hermione nunca havia visto o sonserino em pior estado. A camisa de uniforme, sempre impecável no corpo, estava toda amassada, para fora da calça, com os primeiros botões abertos e a gravata frouxa no pescoço. Olheiras profundas contrastavam com a pele alva do rosto, que estava inchado devido ao choro, que junto com a roupa – a mesma do dia anterior – indicavam que ele não havia dormido. Os olhos vermelhos e os cabelos em completo desalinho, completavam a imagem, quase de horror, que fez a grifinória perder a fala.



– O que que é, Granger? Vai falar logo ou não?



– Draco, você precisa de ajuda. - seu tom era quase de suplica – Olha o seu estado, você não pode continuar assim.



– Não, Hermione, eu não preciso de ajuda. - estava aflito – E mesmo que precisasse, ninguém pode me ajudar, entendeu? Ninguém! E não foi pra isso que você veio até aqui. Desembucha logo.



Ela não sabia por onde começar. Tentou manter a calma e fazer com que o sonserino também a mantivesse, porque tudo o que ela não queria era ver Draco com raiva.



Aproximou-se alguns passos. Passou a mão no rosto do garoto, que fechou os olhos com o toque, sentindo-se mais leve. Ela tentou se lembrar de que nada que acontecesse ali tiraria seu foco, mas não conseguiu.



Abraçou o loiro que não hesitou em corresponder. Afastou-se depois de um longo minuto. Tocou-lhe, mais uma vez, a face e disse:



– Você precisa descansar um pouco. Tomar um banho, comer alguma coisa, trocar de roupa. - ele assentiu. Fitaram-se por alguns segundos. Havia gratidão no olhar dele. Ela quebrou o silêncio – Mas eu ainda quero, eu preciso, conversar com você. Ainda é cedo... a gente pode se encontrar depois do almoço. Quatorze horas, na estufa. E não ouse não aparecer.



Ele concordou com um gesto de cabeça. Levou a mão direita ao rosto de Hermione, onde uma lágrima – que ela estava segurando desde que entrou na Torre – teimou em descer, secou-a. Com um sorriso de canto, despediu-se.



Hermione ficou lá. Tentando por os pensamentos em ordem, pensando em uma desculpa para a saída repentina da Ala Hospitalar e no que falaria para Draco.



xx



Hermione já estava atrasada, havia saído da Torre de Astronomia há pouco mais de meia hora. Pelas contas da garota, ficou quase três horas por lá, pensando. Não obteve muito resultado, não conseguiu ao menos encontrar uma desculpa por ter sumido. Chorou um pouco também, não queria estar naquela situação. Tomou um banho rápido e foi se encontrar com Draco. Não comeu nada, não conseguiria.



Ele sabia que aquele, definitivamente, não era seu estado normal. E que ele só estava enganando a si mesmo quando dizia que não precisava de ajuda, mesmo sabendo que ninguém poderia ajudá-lo.



Draco já estava na estufa quando Hermione chegou.



– Está atrasada. - constatou.



– Eu sei... Desculpa, eu esta...



– Não importa.



O sonserino estava sentado em uma das mesas que havia no local, para as aulas de Herbologia. Fez sinal para que ela se sentasse também. A grifinória passou umas das pernas pelo banco, sentando-se de frente para ele, ambos na mesma posição, com uma perna de cada lado do assento. Continuou falando, parecia até que era ele quem queria conversar.



– Eu estive pensando e tenho quase certeza sobre o que você quer conversar. - apoiou o braço direito na mesa e começou a tamborilar os dedos, deixando Hermione ainda mais nervosa. Fitou os castanhos da garota e continuou – Você é esperta, mais cedo ou mais tarde ai acabar ligando os pontos.



– Onde você quer chegar, Malfoy? - depois de todas as conclusões a que chegou, não conseguia esconder o medo em sua voz.



O loiro suspirou, pesaroso. Só podia ter perdido completamente o juízo. O que ele pretendia fazer podia acabar de vez com ele se alguém do lado das trevas descobrisse. Mas não desistiria:



– Bom, você já percebeu que tem alguma coisa errada comigo e eu vou te contar o que é. - revirou os olhos, ainda tamborilando os dedos – Responder toda e qualquer pergunta, que eu souber a resposta, claro.



– Rá! - a morena o cortou – E você acha mesmo que eu vou acreditar em você? Tá bom...



– Tudo bem, usa qualquer coisa que me faça falar a verdade, então. - foi irônico – Eu estou aqui, de boa vontade, me arriscando. Eu quero falar... mas eu tenho uma condição.



A garota rui com gosto. Ele só podia estar fazendo uma brincadeira, muito da sem graça, inclusive.



– E você acha mesmo que está em condições de pedir alguma coisa? E para com isso! - bradou, colocando a mão esquerda sobre a de Draco, fazendo com que ele parasse com aquele barulho.



Draco fitou-a mais uma vez, perdendo-se naquele mar de chocolate. Antes que ela movesse a mão, inverteu a posição, pousando – ternamente – a sua sobre a dela, prendendo-a ali.



Hermione não pôde ignorar aquela contato, todo seu corpo reagiu a ele. Fechou os olhos e respirou fundo.



Um pouco mais próximo, Draco quase sussurrou:



– Me escuta pelo menos. - ainda com os olhos fechados, ela assentiu. Ele continuou – Eu te conto tudo se você me prometer que vai apagar, explodir, tirar, qualquer coisa, essa memória de mim.



Ela arregalou os olhos, incrédula. Ele não podia estar falando sério...



– Isso é loucura! - conseguiu falar – E além do mais, eu nunca fiz isso, pode ser arriscado.



– Qual é, Granger? - ele rui – Não é possível que você tenha fama de ser a bruxa mais inteligente de Hogwarts à toa. Eu não posso acreditar que você deixaria uma oportunidade dessas passar porque pode ser arriscado pra mim, Draco Malfoy, o cara que você odeia.



– Você sabe que eu não te odeio. - desviou o olhar, sabia que estava vermelha. Draco deixou um sorriso escapar – E o que você vai ganhar com isso? Me contando tudo.



– Eu já disse, você deve ser de confiança. - parecia entediado, como se falasse a coisa mais óbvia do mundo. Acariciou a mão da morena, que ainda segurava, sem nem perceber o que fazia. Ela fez o possível para ignorar isso, precisava manter o foco – E você, com certeza vai arrumar algum jeito para me ajudar. Eu confio em você, Sabe-Tudo. - disse carinhoso.



– Tá, tudo bem. Eu faço isso. Mas se eu “estragar” alguma coisa na sua cabeça, não vai ser culpa minha.



– Eu já falei, confio em você. Não vai dar nada errado. - com um sorriso encorajador, continuou – Pode começar com as perguntas.



– Eu não sei por onde começar. São tantas coisa. Tá pronto pro interrogatório?



Ele afagou mais uma vez a mão da grifinória e assentiu.



– Bom, eu não sei se você já ficou sabendo, mas o Rony foi envenenado. - ele negou com a cabeça, mas com um ar de quem já imaginava que alguma coisa havia acontecido – E, obviamente, ele não era o verdadeiro alvo. O que ele bebeu era pra ser entregue ao Dumbledore. - Draco já sabia que ela estava perto de falar o que ele menos queria ouvir – Eu pensei um pouco e cheguei a conclusão de que o envenenamento e o ataque à Cátia Bell estavam ligados...



Ela respirou fundo, não queria saber a verdade, mas precisava:



– Antes do Natal, Harry ouviu uma conversa sua com o Snape, você deve saber qual conversa é. - ele meneou a cabeça afirmando – Eu juntei os fatos, a conversa, os ataques... Foi você, não foi? Você que entregou o colar à Cátia, a garrafa de Hidro Mel...



– Eu não tive escolha. - ele quase chorava de novo – Precisava fazer alguma coisa. Ele quer se vingar pelo fracasso do meu pai. Se eu não fizer o que o Lord quer, ele vai matar a mim e a minha mãe. Eu não tenho escolha, Hermione. - ele apertava a mão da garota, como se aquilo fosse fazer ela entender melhor – Eu sei que não vou conseguir fazer o que ele quer. Minha mãe também sabe. Ela obrigou o Snape a fazer um Voto Perpétuo... - as palavras foram morrendo.



– Eu sei disso. Agora, me responde duas coisas: - ela precisava manter a calma e acabar com aquilo o mais rápido possível – o que, exatamente, você tem que fazer? E o que você tanto faz na Sala Precisa?



– Eu estou consertando o armário sumidouro que tem lá... ele forma uma passagem com outro que está no Borgin e Burkes. Já que nada do que eu fiz deu certo, vou ter que fazer alguns Comensais entrarem no castelo... - ele fez uma pausa. Hermione teve que se esforçar para continuar ouvindo de tão baixo que ele falou – Quando eu tiver que matar o Dumbledore.



A morena estava em choque. Era muita coisa para ela processar. Não sabia o que dizer. Entrelaçou os dedos nos de Draco, que ainda segurava sua mão. Com a outra, tocou a face do garoto. Fitou as íris cinzas, transpareciam medo.



– Como você está aguentando essa pressão? Isso é desumano.



– Esqueceu com quem eu estou lidando, Granger? Você acha mesmo que ele se preocupa com alguém? - rui da própria desgraça, imaginando o fim que teria.



– O que você quer que eu faça? Como eu posso te ajudar? - estava desesperada.



– Eu não sei... - disse pensativo – Você é esperta, vai dar um jeito. Mas eu tenho uma coisa que pode te ajudar.



Ele tirou uma moeda do bolso e entregou à grifinória.



– Isso é igual a que eu fiz para...?



– A Armada Dumbledore? É, eu copiei sua ideia, foi muito útil. Estou usando algumas. E quando forem entrar no castelo, você vai ficar sabendo e vai poder fazer alguma coisa. - ele demonstrava uma calma que não tinha.



– Draco...



– Não fala nada. Eu sei que você vai conseguir me ajudar. Tem que ter alguma solução.



Os dois se olharam por longos segundos. Castanho e cinza se perdendo em sentimentos. As mão ainda entrelaçadas começaram a reagir ao contato. Os corações pararam uma batida antes de perderem completamente o ritmo. Hermione abraçou o sonserino, ficaram mais algum tempo assim. Apenas se sentindo. Sentindo o momento. Sentindo cada um o perfume do outro. Draco percorreu os braços macios da grifinória, sentindo cada pedaço de pele que pôde.



A garota se afastou um pouco, fitou os olhos cinzas. Aproximou-se do ouvido do loiro e sussurrou:



– Já que você não vai se lembrar de nada mesmo, posso te pedir uma coisa? - ele assentiu com a cabeça. Estavam completamente entregue aos sentimentos – Me faz cometer o pior erro da minha vida mais uma...



Draco não esperou que ela completasse a frase. Sabia exatamente o que ela queria. Tomou os lábios da garota como se suas vidas dependessem daquilo. As línguas se encontraram, vasculhando cada milímetro que pudessem encontrar. A paixão que emanava dos dois era quase palpável. Hermione estava completamente entregue nos braços do sonserino, mas se concentrava em cada movimento que seus lábios faziam, queria se lembrar de cada detalhe daquele beijo. Tão avassalador. Tão tenro.



Se desvencilharam com relutância. Precisavam de ar. Draco começou a depositar beijos no pescoço da morena. Hermione arfou. Ela sabia que ele não iria se lembrar de nada daquilo, mas precisava falar. Sussurrando no ouvido do loiro, disse:



– Draco, nem que quisesse, eu conseguiria te odiar. Eu estou completamente apaixonada por você, seu arrogante imbecil. - brincou.



– Mione... - ele também sussurrava – Isso não é justo. Eu quero me lembrar disso. Me lembrar durante todos os dias da minha vida, que a primeira pessoa da qual me fez sair dos eixos, jogar tudo pro alto, também é apaixonada por mim. Eu quero lembrar todos os dias, que a minha grifinoriazinha metida a Sabe-Tudo, também me quer.



Encontraram os lábios mais uma vez. Com desejo, paixão, urgência... amor? O beijo foi prolongado o máximo que a falta de ar permitiu.



Lágrimas de tristeza e felicidade misturavam-se na face da morena. Ela fitou aqueles olhos cinzas, sempre tão frios, agora cheios de vida, paixão, esperança... Queria se lembrar deles assim. Falou:



– Eu sei que não é justo, pra nenhum de nós. - ela rui pelo nariz – Daqui a pouco você sequer vai saber que isso aconteceu. Mas eu, sempre que te vir, vou lembrar de tudo isso. - ele ia falar alguma coisa, ela não deixou – Quem sabe, um dia, quando toda essa Guerra acabar, a gente possa ficar juntos. Sem medo, sem resistência, perseguições... Agora não é nossa vez. Vamos continuar bons amigos. E eu prometo que vou fazer de tudo pra te ajudar.



Sem dar tempo para que o sonserino dissesse qualquer coisa, tirou a varinha das vestes. Deu-lhe um selinho e, com a varinha apontada para a testa de Draco, disse:



– Obliviate.





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Notas finais do capítulo

Vlw mesmo vcs que estão lendo ._.
(Rose esse cap tbm é dedicado a vc) :3



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