The Lost Number escrita por Miss_Miyako


Capítulo 3
Nº 2: A viagem.


Notas iniciais do capítulo

Hm... Nom tenho muito o que falar desse cap, ele é mais para ligar eventos mesmo ;w; Eu nom posso pular para os pontos mais importantes direto pq senom a história fica sem sentido, né?

Mas até que ele serviu para dar mais uma pista e apresentar os dois persos que aparecerão bastante na história xD Enfim, espero que gostem~

P.s: Até porque eu nom posso escrever uma merda acontecendo em cada santo cap né? Nah, ainda nom tá na hora disso uwu



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Um longo suspiro foi solto, duas mãos ajeitaram o chapéu de palha que deixava a mostra uma franja loira, as mesmas mãos checaram seu cinto e o dedo indicador de uma apontava para outros objetos que levava consigo enquanto a dona da mesma murmurava, confirmando se estava tudo ali.

–Certo... – Yellow levantou as mãos e ajeitou seu chapéu mais uma vez. – Tudo pronto.

Sentiu algo subir em seu ombro, obviamente era sua Pikachu que se recusara a entrar dentro da pokébola.

“Yellow.”

A loira não respondeu.

“Yellow...”

Ela apenas andou até a porta e girou a maçaneta.

“Yellow!”

–Eu sei o que você está pensando em dizer e a resposta é não! – Ironias à parte, ela estava ciente do que Chuchu queria falar, mas não era por causa de seus poderes, e sim porque era óbvio.

“Você vai mesmo sair nessa viajem sem fazer as pazes com o Red antes?” A Pikachu perguntou mesmo assim quando ambas já haviam saído da casa de Yellow.

–Vou. – Respondeu ao trancar a porta e dar meia volta.

“Mas Yellow!” A Pokémon insistiu. “Você não sabe quanto tempo isso vai demorar! E se ele sair em outra viagem também? Quando que vocês vão voltar a se falar?”

–Não sei, Chuchu. – Deu outra resposta seca, andando para a saída de Viridian City.

Estava sendo teimosa e sabia disso.

“E além do mais, é bom que ele fique sozinho!”

Mas para ela, era mais fácil se manter assim, doía menos. A loira tinha com o que mais se preocupar, por isso não tinha tempo para lidar com aquela dor irritante em seu peito. Quanto mais rápido saísse da cidade, melhor.

Chuchu suspirou.

“Você sabe para onde ir, pelo menos?”

Yellow suspirou.

–Eu sei que vou dar um jeito. – E olhou para o papel. Talvez ela encontrasse alguém que soubesse de algo ou mais alguma pista.

Não era muito, mas era alguma coisa. Yellow preferia se manter otimista.

–-000--

O rato elétrico estava no ombro de seu dono e o encarava com um olhar quase perfurante, o rapaz em questão preferia evitar contato visual e continuou parado, olhando um ponto qualquer.

Não falara com a loira em questão desde ontem e ainda parecia muito difícil de acreditar no fato que ambos tinham brigado.

E uma briga feia.

Ah, mas ela não entendia! Red franziu o cenho e voltou a andar, quase derrubando Pika de seu ombro e praguejou baixinho. Yellow sabia ser teimosa quando queria e logo nas piores horas possíveis! Quer dizer, ela tivera a maldita ideia de ir atrás... Dele.

Sentiu um arrepio percorrer suas costas e uma dor aguda atingir sua cabeça, tendo de por uma mão nela no processo.

–Pika!? – O seu pokémon exclamou e dessa vez o olhou com preocupação.

–Eu estou bem, Pika. – O garoto deu um sorriso fraco, continuando a andar. Seus olhos vermelhos não demoraram a avistar o ginásio de Viridian City e ele apertou o passo.

Quando abriu as portas, viu que uma batalha acontecia lá dentro. Um garoto da sua idade, de cabelos castanho alaranjados, de olhos verdes e que usava uma jaqueta de frio marrom, batalha com um menino que ele não reconhecera e era bem mais novo, usava shorts, camisa de mangas curtas e um boné virado para trás.

–Aquilo é um Rattata? – O jovem de olhos vermelhos pensou com uma gota. Como a batalha parecia que ia demorar, decidiu esperar sentado numas arquibancas que ficavam ao lado direito do ginásio.

De fato, a batalha demorou um pouco, mas o desafiante saiu vitorioso – é, não se deve subestimar um Rattata bem treinado – e recebeu a Insígnia do Ginásio de Viridian. Quando o garotinho de boné saiu correndo pelas portas enquanto erguia sua insígnia no ar, o garoto de cabelos castanho-alaranjados se virou para Red que acenou.

–Ah, você voltou. – Ele comentou quando estava próximo o suficiente do garoto de olhos vermelhos e se dirigiu para o lugar onde guardava suas pokébolas próximo das arquibancadas.

–É bom te ver também, Green. – Red ficou com uma gota e apoiou seu rosto na palma de sua mão enquanto seu cotovelo se apoiou na sua perna.

–Hm. – Green respondeu enquanto arrumava as pokébolas e separava aquelas que precisariam ir ao Centro Pokémon mais tarde.

Silêncio se seguiu até um sorriso tomou conta dos lábios do moreno de olhos vermelhos.

–..Perdeu para um Rattata, hein? – Zombou.

–Cala a boca.

Red não aguentou e deu risada, seu ex-rival sentiu a sobrancelha esquerda tremer, mas continuou o que estava fazendo, já esperando outra brincadeira do seu melhor amigo.

Que não veio.

A sobrancelha que tremeu se ergueu e o líder de ginásio se virou para encará-lo, Red ainda tinha um sorriso no rosto, mas também tinha um olhar distante.

E isso não era típico dele.

–Não vai continuar?

–Hm?

–Outra piadinha? Você adora fazer isso quando eu perco uma batalha no ginásio?

–Também não é assim, né? Até parece que eu vivo te azucrinando. – Ele franziu o cenho, mas relaxou a expressão logo depois. – O garoto era bom, ué. Você também deve ter percebido, então deixa para lá.

Green estreitou os olhos. Estranho.

–Aconteceu alguma coisa?

Red o encarou.

–Quê?

–Não venha com essa de “quê?”. – Green cruzou os braços. – O Red que eu conheço, o Red viciado em batalhas pokémon estaria tagarelando até agora sobre os ataques, as sequências de movimentos e o que mais fosse.

–Ei! – Red exclamou, levemente envergonhado. – Eu não faço isso.

–É claro que faz.

–Eu nã–

O garoto de cabelos negros bufou.

–Tá, bom. Talvez.

–Você tá esquisito.

–E como é que você tem tanta certeza? – Ele o encarou com o cenho franzido mais uma vez. – É algum especialista por acaso?

–Isso é senso comum! Eu tenho conheço desde pirralho, Red. – O outro moreno retrucou. – Além do mais, você é maior livro aberto que eu já conheci na minha vida. Isso é, tirando a Yellow, mas...

Opa. Green percebeu o brilho esquisito que percorreu os olhos do seu melhor amigo no exato segundo que ele tocou no nome da loira.

–Ela tá metida nisso, não tá?

Red arregalou os olhos e abriu a boca para falar algo, mas fechou alguns segundos depois quando percebeu que não tinha nenhum argumento que o ajudasse a fugir do assunto.

–Tá bom, vai. Você venceu. – O garoto suspirou e começou a contar os eventos de ontem, desde sua chega a Viridian City até o momento que se separou de Yellow.

–Espera. – Green piscou. – Vocês... Brigaram?

O moreno de cabelos mais escuros levantou uma sobrancelha.

–Sim, o que tem?

–Como você conseguiu brigar com alguém como ela? – Visto a personalidade bondosa, indulgente e compreensiva – que chegava a ser certas vezes invejável – da menina em questão, o líder de ginásio achava muito difícil a possibilidade de ela brigar de verdade com algum amigo próximo. – Ainda mais você.

–Ué? O que eu tenho de diferente? – O garoto de vestes vermelhas piscou.

Green o encarou.

–Nada. – Respondeu, mentalmente pedindo desculpas para a sua amiga loira.

–O que tem de tão estranho em termos brigado? Você e a Blue brigam quase o tempo todo.

–Aquela garota travessa vive me irritando, é diferente.

–E o Gold com a Crys? Eles brigam bastante também! Perdi a conta de quantos chutes ele já levou.

–O Gold faz por merecer. – Green levantou a mão, em um gesto para que o garoto a sua frente parasse de falar. – Isso não vem ao caso.

O campeão da liga levantou os braços em sinal de rendição, ele tampouco queria discutir sobre as brigas de seus amigos.

–Mas... Que motivo é esse que levou vocês dois a brigarem?

Red ficou em silêncio e depois engoliu em seco, juntando as duas mãos. Pika percebeu a mudança de atitude repentina de seu treinador e desceu de seu ombro, para ficar ao seu lado e olhá-lo melhor.

–Lembra daquele Pokémon estranho? Que eu encontrei meses atrás?

–Pokémon estranho...? – Green franziu o cenho, antes de um lapso de memória cruzar sua mente e seu rosto assumir um semblante sério, porém levemente inquieto. – Aquele Pokémon pássaro?

Red suspirou e assentiu.

–A Yellow resolveu ir atrás dele. – Foi a vez de Green arregalar os olhos, mas antes que pudesse falar alguma coisa, foi interrompido por alguém que abriu as portas do ginásio junto de uma exclamação.

–Yahoo! – Uma voz feminina familiar ecoou pelo ginásio e uma garota bonita de longos cabelos castanhos veio rapidamente ao encontro dos outros dois. – Eu volte-ei!

–Oi, Blue. – Red cumprimentou com um sorriso fraco enquanto Pika subia em seu ombro de novo e Green apenas continuou quieto.

Mas a garota percebeu o clima estranho e até um pouco pesado que se instalara entre seus dois amigos e suspirou.

–Ah, eu hein. O dia tá tão esquisito! Vocês com essas caras, além da Yellow nem estar em casa quando eu fui visit–

Red levantou da arquibanca em um pulo.

–A Yellow não tá em casa!? – Exclamou, olhando para a morena que tomou um susto com a reação dele.

–A- Ah... Não... Eu achei que ela tivesse aqui. – Blue franziu o cenho.

–... Eu não acredito nisso. – O garoto de vestes vermelhas murmurou com uma mão na testa.

–Conta para ela. – Green apontou para a garota em questão. – Ela merece saber, é a melhor amiga dela.

–Eu?! – Red exclamou e arregalou os olhos para o seu melhor amigo.

–Lógico, foi você que começou tudo isso!

–O quê?! Eu nã–

–Ei! – Blue exclamou, chamando a atenção de ambos. – O que tá acontecendo?!

Só que antes de deixá-los responder, um pensamento cruzou sua mente e deixou sua voz formar a próxima pergunta, o tom de brincadeira já havia sumido completamente.

–Aconteceu alguma coisa com a Yellow..?

O moreno de cabelos mais escuros suspirou enquanto o outro voltou a cruzar os braços.

–É uma longa história, Blue.

–Eu tenho tempo.

E vendo que não tinha mais escolhas, voltou a falar, mas agora contando tudo desde o início para a sua amiga morena entendesse como aquilo envolvia a loira que mencionaram. Além de também mostrar qual era a gravidade da situação.

–Seu cabeça de Caterpie!! – Ela exclamou e o garoto recuou com medo que a garota usasse seu Blastoise contra ele. – Como é que você deixa a Yellow fazer um negócio desses?!

–Eu tentei impedir, tá legal!? – O garoto se defendeu e desceu da arquibancada. – Mas ela não quis me ouvir!

–Isso não tá acontecendo... – Blue murmurou visivelmente nervosa.

–Blue, eu sei que a situação é complicada. – Green resolveu falar. – Mas a Yellow sabe se cuidar.

A morena o encarou.

–Ah, fala sério, Green! A Yellow é mais frágil que um Magikarp! – A garota cerrou os punhos. – Ela é capaz de dormir no lugar que for sem mais nem menos, ela é capaz de dormir na estrada de ferro que liga Kanto a Johto!

–Espera, isso é ridículo! – Red interveio. – A Yellow não é tão descu–

–Isso já aconteceu! – Blue exclamou. – Eu e o Silver tivemos que tirá-la de lá!

Ambos os garotos ficaram em silêncio.

–Temos que ir atrás dela agora! – A garota balançou os braços e girou nos calcanhares para correr até a porta. Red e Green demoraram um pouco para processar o que estava acontecendo até que viram a garota abrir a porta e foram atrás dela.

–Blue, espera! – O garoto de vestes vermelhas chamou.

–Onde é que você vai? – Green perguntou.

–No laboratório do Professor Oak! – A morena se virou para eles uma última vez. – Se a Yellow achou aquele papel lá, ele deve saber de alguma coisa!

E saiu correndo ginásio a fora, sendo seguida pelos dois garotos.

–O vovô?! Mas ele sabia tanto quanto eu e você quando contou sobre o MissingNo!

–Eu sei, mas e se ele descobriu alguma coisa? – Encarou seu amigo, enquanto ainda corria. Green não disse nada, apenas assentiu e ambos se preocuparam em correr atrás da garota que já havia disparado na frente.

–-000--

Yellow suspirou e sentou ao lado de uma árvore na Route 3.

“O que houve, Yellow?”

A garota piscou pesadamente.

–Acho que estou... Com um pouco de sono...

“Ah, não!” Chuchu pulo de seu ombro e bateu em seu nariz com sua cauda.

–Ai! – A loira pôs a mão ali e franziu o cenho. – Chuchu!

“Nada disso! Você que resolveu sair sem mais nem menos e agora vai dormir?!”

A garota piscou e olhou para baixo, envergonhada.

–Tem razão. Desculpa.

Era verdade que a garota queria se manter otimista, mas sabia muito bem que estava em um beco sem saída. Não podia pedir ajuda para aqueles que pareciam saber de alguma coisa e, definitivamente, não voltaria para Viridian City agora. Ela precisava pensar em algo e logo!

Alguma coisa... Alguma coisa... Alguma co-

–Yellow-chan?

A garota abriu os olhos de repente e olhou para cima.

–A- Ah, olá.

O idoso a sua frente sorriu. Era um velhinho simpático que morava em Viridian City e ensinava treinadores que havia acabado de começar sua jornada a capturar pokémons. Yellow o conhecia desde pequena e já o ajudara com tarefas de casa várias vezes.

–O que o senhor faz por aqui? – Perguntou já que era raro vê-lo fora da cidade devido ao seu trabalho.

–Fui visitar meus netinhos em Cerulean City. – Respondeu. – E quanto a você, Yellow-chan? Parece meio deprimida.

–Ah! – A loira piscou e se levantou. – N- Não é nada... Só estou tentando encontrar uma coisa. – Comentou com um sorriso sem-graça, enquanto olhava para o papel mais uma vez.

–Hm? Que papel é esse?

–É a única pista daquilo que eu estou procurando. – Ela respondeu e entregou o papel. O velho o olhou por alguns segundos. – Está todo velho e gasto... Não ajuda muito.

–Ah, o Missingno? – O senhor perguntou. – Está procurando por isto?

–Sim, mas...! – A garota parou e o encarou. – O senhor o conhece?!

–Bom, sim. – Ele pareceu meio confuso com a reação dela. – Se eu não me engano, uma netinha minha me contou que ouvira uma história sobre ele em Cinnabar Island.

–Cinnabar?! – Yellow exclamou com seus olhos verdes brilhando.

–Sim, se quiser encontrar algo sobre ele, acho que deve ir para lá! – E lhe devolveu o papel.

A loira o pegou e abriu um sorriso. Cinnabar era longe, bem, tecnicamente não, mas não podia mais fazer o caminho por Pallet Town, então teria de dar a volta.

Ia ser mais complicado, mas ela não se importava, havia finalmente achado mais uma pista. E uma que valia mesmo a pena.

A garota tirou uma pokébola do cinto e dela surgiu seu Dodrio.

–Obrigada, senhor! – Chuchu subiu novamente em seu ombro e Yellow acenou para o mesmo, montou em seu pokémon que logo depois saiu correndo na direção da Route 4. O velho acenou de volta e continuou o seu caminho para Viridian.

–Mas é uma surpresa. – Comentou para si mesmo. – Que uma menina como a Yellow-chan tenha se interessado por uma história tão triste.

A pequena procura

Alheia que o

Destino é tão cruel


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Notas finais do capítulo

.................. =D
Para quem nom sabe, para encontrar o MissingNo nos games, você deve falar com o Old Man de Viridian.
BEM, É ISSO! TCHAUZINHO PROCÊIS!!
Inté~



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