RPG Really Pleasant Guys escrita por Fabriciu


Capítulo 2
A taverna




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Os três chegaram próximo ao muro da cidade, o castelo que parecia estar perto da cidade não tinha se aproximado nem um pouco.

–Eu queria dar uma olhada no castelo, mas deve estar bem longe..; Iago disse enquanto pulava o muro para a cidade, era um pouco maior que seu tamanho não deveria ter mais de 2 metros.

Fabricio e Victor pularam logo depois, os três caíram num beco, tinha bastante lixo e alguns ratos por lá, já estava anoitecendo e os três precisavam de um lugar para dormir, saíram do beco e esbarraram num cavaleiro usando uma armadura prateada e com uma tocha em mãos, parecia que estava acendendo os postes da cidade.

–Vamos dormir onde sem dinheiro?; Victor estava dando uma olhada em seu inventário.

–Vamos bater em alguém e ganhar uma grana; Iago estava estalando os dedos.

–Se isso é um rpg e estamos sem dinheiro precisamos de missões, e não vamos tentar bater em ninguém porquê somos nível baixo, é bem provável.; Fabricio saiu andando.

–Segue o mestre de rpg; Victor seguiu Fabrício, eles andaram por alguns minutos até acharem um bar, era num lado da cidade que parecia mais isolado, como se fosse o subúrbio do reino.

O chão de pedras tinha algumas faltando, portas quebradas em algumas casa em volta de uma praça com um chafariz quebrado no centro. A praça não era pequena, mas também não era enorme. Fabrício se virou para os dois que estavam o seguindo.

–Tentem não arrumar confusão, como eu disse.. Somos nível baixo.; Fabrício entrou no bar.

Victor e Iago se entreolharam e tiraram suas espadas do inventário ao mesmo tempo, e as guardaram na bainha em sua cintura, e entraram no bar.

O bar não estava cheio, tinham várias mesas vazias, uma mulher velha servia algumas bebidas para as pessoas sentadas, tinham cavaleiros usando suas armaduras, algumas desgastadas, outras novas em folha, caçadores e talvez assassinos sentados isolados de todos usando sobretudo.

Fabricio, Iago e Victor se dirigiram para o fundo do bar onde estava quem parecia ser o dono do local, ele estava cortando carne e a fritando para servir seus clientes.

–Boa noite.; Fabricio sentou numa das cadeiras que ficavam em frente a bancada onde o homem trabalhava, Iago e Victor sentaram ao lado, sempre olhando em volta.

–Diga oque você precisa garoto, ou pague por uma bebida e vá embora.; O homem continuava a cortar sem nem olhar para Fabricio.

Todos estavam encarando os três mas Fabricio parecia não ter percebido, Iago o tentou o chamar o cutucando com o cotovelo, Fabricio o afastou com um empurrão no braço.

–Eu quero saber como posso conseguir dinheiro fácil por aqui, se tem algum lugar que eu o senhor poderia me recomendar para caçar.. Sou novo na cidade.;

–Não é muito difícil de perceber garoto, você não deveria; O homem se virou enquanto falava com Fabricio, mas o barulho da porta do bar abrindo o tirou a atenção, assim que viu quem estava entrando se virou e continuou a cortar a carne.

–Senhor?... Senhor?!; Fabricio se debruçou na bancada.

–Você está sentado no meu lugar..; Era uma voz vinda de cima, falava por trás de Fabricio, ele se virou, e viu um homem enorme falando com Iago, a diferença entre os dois era enorme, o homem era alto e muito musculoso pele parda e cicatrizes por todo seu corpo, estava sem camisa e com suas mãos estavam nuas, mas era bastante visível um machado enorme preso em suas costas. Enquanto Iago tinha uma estatura normal, deveriam ser 40 centímetros de diferença, já o suficiente para que iago pulasse e não alcançasse o testa do homem com suas mãos, Iago não era forte, mas também não era gordo o rpg tinha nos proporcionado um corpo bem comum.

–De..de..desculpe.; Iago se levantou um pouco trêmulo.

–Meu lugar está sujo com sua insignificância, limpe.; O homem continuava parado enquanto falava com Iago. Victor segurou sua espada, sem desembainha-la.

–Mas.. Claro; Iago fingiu um sorriso e procurou um pano em sua volta, limpou com a manga de sua camisa.

–Agora você espalhou sua fraquesa..; O homem disse num tom agressivo.

–Ai fudeu...; Iago olhava para seu rosto com uma cara de medo.

O homem o segurou pelo ombro e o arremessou para trás. Iago decolou pela porta e quicou duas vezes no chão, antes de acertar com muita força suas costas na mureta que cobria o chafariz no centro da praça, que ficava na frente do bar. O homem se virou, deixando Fabricio e Victor um pouco assustados e saiu do bar. Fabricio abriu seu inventário e pegou a espada.

–Mira nas pernas, não quero ver oque acontece quando morremos aqui.; Victor sacou sua espada e os dois saíram correndo do bar, o homem estava de costas ainda, caminhando na direção de Iago.

Victor aumentou o ritmo da corrida e girou acertando as duas pernas do homem pelas suas costas, o corte foi profundo e o fez se ajoelhar de costas, Fabricio pulou e acertou a espada por trás do pescoço do homem, a espada atravessou seu pescoço e ele parou de se mexer no mesmo instante, cuspiu bastante sangue e caiu com a cara no chão.

Iago se levantou um pouco sujo.

–Jogam todo o lixo da cidade aqui?; Iago botou a mão nas costas.

–Você ta bem cara?; Victor andou até o chafariz e esticou a mão para o ajudar a sair de lá.

–AAAhhhh!; Os três ouvem o grito de uma mulher e se viram para olhar oque aconteceu.

Uma mulher estava passando e viu o corpo do homem gigante estirado no chão e as espadas de Victor e Fabricio ensanguentadas.

–Espera! Nós estávamos nos defendendo.. Moça!; A mulher começou a correr e alguns outros saíram do bar, olharam o homem morto e continuaram seu caminho, como se aquilo fosse rotina. Iago saiu do chafariz e alguns cavaleiros chegaram á cavalo.

–Oque aconteceu aqui?; O cavaleiro usava uma armadura com detalhes dourados, e um brasão com um lagarto cuspindo fogo.

–Nós.. Tivemos que nos defender..; Victor guardou sua espada, Fabricio também.

–Quem é esse homem?; Os outros cavaleiros começaram a cercar Fabricio, Iago e Victor.

–Não fazemos idéia.; Fabricio fala dessa vez.

Um dos cavalheiros desce de seu cavalo e anda até o homem caído, levanta sua cabeça e olha para o que parece ser seu capitão.

–Senhor, é o Zaharl.; Os outros soldados começaram a se entreolhar.

–Quem são vocês forasteiros?; O capitão sacou sua espada, todos sacaram suas armas logo depois dele.

–Somos exatamente oque o senhor disse.. Forasteiros..; Victor levantou as mãos.

–Senhor.. Eles podem ser perigosos!; Um soldado ameaçou atacar Victor.

–Pare!; O capitão guardão sua espada.

–Forasteiros ou não eles prestaram um serviço ao reino, matando este monstro estuprador e assassino. Levem-nos conosco.; O capitão virou se e seguiu seu caminho a cavalo.

Victor,Fabricio e Iago foram escoltados pelos demais soldados.

Enquanto atravessavam a cidade, escoltados pelos homens do reino, olhares dos cidadãos os metralhavam, a notícia se espalhou rapidamente pelo reino. Três garotos, sozinhos, derrotaram o estuprador assassino, conhecido como Zaharl, todos se perguntavam quem eram esses garotos extremamente fortes, ou extremamente sortudos.

Chegando perto do centro da cidade um castelo aparecia no campo de visão dos três, mas o outro castelo não tinha se aproximado nem um pouco.

–Senhor!; Fabricio chama a atenção do capitão.

A caminhada continua mas sem se virar o capitão responde.

–Sim..;

–Oque é aquele castelo? Ele sempre esta lá não é?! Não importa o quanto nos aproximamos.;

–Vocês viveram onde esse tempo todo?; O homem para e se vira no cavalo olha diretamente para Fabricio, os soldados param também.

–Nós viemos de bem longe.; Victor responde, o capitão da um sorriso e continua a cavalgar em direção ao castelo do reino.

–Se vocês vieram de longe e estão tentando chegar lá já perceberam, o castelo nunca se aproxima de vocês, nunca se afasta.. Ele só fica lá, parece que zomba de todos que tentam se aproximar dele. Já ouvi histórias de homens que deram a volta ao mundo tentando chegar nesse castelo.. Muitos aventureiros passam por aqui, em direção ao castelo, a maioria nunca volta, os outros que voltam falam que é maluquice tentar chegar lá.;

–O castelo sempre esteve ali?; Iago perguntou.

–Nem sempre, a alguns anos, o castelo simplesmente apareceu. Um castelo daquele tamanho ser construído de um dia por outro?! Muitos dizem que é feitiçaria, por isso poucos se atrevem a investigar oque é.. Chegamos.; O cavaleiro para e desce do cavalo.

O castelo não é tão grande, amplo mas não tão alto, tem dois andares, e um jadim o rodeando, no jardim vários campos de treinamento, com soldados lutando com espadas de madeira e de metal, ou até mesmo com lanças e maças.

–O rei gosta de ficar perto de seus soldados, se sente mais protegido. Ele quer ver vocês, eu vou leva-los até ele.;O cavaleiro tira o capacete, ele é loiro e seu cabelo tampa um de seus olhos, o outro é castanho, ele é branco e não tem nenhuma cicatriz no rosto, não parece participar muito de batalhas.

Os três entram no castelo, no hall tem uma escada enorme no final de uma sala com bastantes portas a sua direita e sua esquerda, parece ser um salão, com vários instrumentos num canto, em cima de um pequeno palco. O cavaleiro sobe as escadas e os outros soldados ficam parados na porta e a fecham assim que Iago, Fabricio e Victor passam.

Assim que sobem a escada o cavaleiro lhes aponta a direção e diz.

–Ultima porta por favor.; Os três só andam em direção a porta no final do corredor, o corredor tem várias armaduras, muito desgastadas, algumas com partes faltando, parecem ter sido bastante usadas, chegando na porta Iago põe a mão na maçaneta e respira fundo antes de abrir.

–Abre logo essa porra.; Victor empurra Iago e a porta abre com Iago caindo no chão.

–Olá garotos.. Saudades?;


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