Sweet Life escrita por ScarletErza


Capítulo 7
O Noivo


Notas iniciais do capítulo

Olá! Bem,esse capítulo foi mais ou menos. Meus provões finalmente acabaram o/ Talvez escreva um mais cedo do que o normal,já que eu to escrevendo umas coisas horríveis. Desculpa galera,vou melhorar!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/526107/chapter/7

Aria continuou parada encarando seu pai.

–O que me obriga a fazer o que você quer? -perguntou com raiva.

O homem se aproximou como uma cobra preparada para o bote.

–Creio que sabe muito bem o que acontece. -Seu pai disse baixo,para que somente a menina o escutasse. - Seria uma lástima se algo acontecesse com seus amados amiguinhos,não é mesmo?

A garota congelou.

–Não faria isso. -ela apertou o pequeno punho.

–Você sabe que faria. -ele sorriu e continuou andando em direção a porta. - Irei deixá-los a sós. Há muito o que conversar.

Com isso,ele se foi. Aria ainda não queria olhar para trás.Realmente não queria,mas sabia que precisava ser forte,precisava arranjar um modo de resolver aquilo tudo.

Virou-se então para a pessoa que ali estava . O que viu não era exatamente o esperado.

–Ahn? -a garota arqueou as sobrancelhas.

O garoto era alto e com o corpo definido. Os cabelos obviamente,pintados de vermelho escuro,caiam em seu pescoço. Usava uma camisa de um grupo de rock,sobreposta com uma jaqueta de couro. Vestia também calças jeans de lavagem escura e tênis all star. Os olhos tinham um indeciso tom de castanho acinzentado,além de não serem nada receptivos. Tinha a típica imagem de rebelde.

–O que foi? - ele perguntou mal humorado.

–Bem,você não é o que se pode chamar de algo que atende as expectativas. -a menina colocou as mãos na cintura emburrada.

–E você não é o que é o tipo de garota com o a qual eu queira me casar,princesinha. -retrucou.

Ele também não quer se casar comigo,Aria pensou.

–O que eles fizeram para te trazer até aqui? -perguntou séria.

–Não te interessa. -ele respondeu.

Ela bufou e balançou a cabeça. Castiel se jogou no sofá e a menina sentou-se em uma cadeira perto a janela. Na sala se instalara somente o silêncio durante um bom tempo.

–É por causa de uma pessoa. -finalmente disse . - Um amigo,filho de uma das empregadas. Era o único que me entendia e ouvia naquele inferno que chamam de casa.

Antes que eu disesse algo,o garoto de cabelos vermelhos continuou.

–Ele sofreu uma droga de acidente de carro e entrou em coma. A família não tem condições de pagar o plano,então eu arco com todos os custos. Meus pais ameaçaram cortar a renda que mandamos para os aparelhos. -Castiel olhou para a garota imóvel .- Então aqui estou eu. E você?

Aria respirou fundo.

–Algo parecido. -disse .

–Qual é ! Você me fez falar tudo isso,para depois ficar quieta? -bradou ele.

–Eu não te obriguei a nada. Não é como se eu tivesse te espancado até você me dizer. -ela deu uma risada baixa.

–Você é muito convencida para alguém que nem peitos tem. -ele sorriu ironicamente.

A menina corou imediatamente,dando cor a pele pálida.Cruzou seus braços numa tentativa de proteção.

–O que você está tentando esconder? Não tem nada ai mesmo.-ele continuou.

–Que linguajar mais vulgar! -reclamou.

–Está dizendo isso, só porque sabe que é uma tábua. -Castiel disse.

–Calado! E você parece um tomate!Olhe só para o seu cabelo. Completamente ridículo! - ela indignou-se.

–Ora,ora! A senhorita perdeu a compostura. -ele fez sinal negativo com o dedo indicador.

–Me deixe em paz! -grunhiu.

–Agora que estou me lembrando. Você escrevia cartas o tempo todo. -comentou.

–Como sabe disso? -indagou com as bochechas ainda mais rubras.

–Bom,você escrevia elas para mim. É bem natural eu saber. -respondeu sarcástico. - Eram até bonitinhas.

–Eu estava praticando minha escrita! Eu era pequena,não tente me julgar por aquilo. Além disso,você também me mandava cartas. Eram até bonitinhas. -a garota imitou sua voz na última frase.

Aria lembra-se de escrever para seu noivo quando tinha uns dez anos.Podia ser ela mesmo naquelas cartas. As palavras que escrevia vinham de seus verdadeiros sentimentos,não precisava fingir. Ela se sentira completamente solitária quando as cartas se foram.

–Não consigo acreditar que um grosso como você, escrevia aquelas cartas para mim. -disse a menina.

–Mesmo? Posso ser bem surpreendente. Muito melhor do que você imagina. -Castiel falou.

–Estou pagando para ver. -sorri.

Percebeu como Castiel era parecido com ela. Tinha o mesmo modo arrogante de ser,mas sofria por dentro. Uma máscara da qual ninguém poderia ver o que havia por trás,cobria ambos os rostos.

Acabaram tendo que ficar até a noite na antiga casa da garota. Prepararam-lhes o jantar,não puderam recusar,no entanto Aria e Castiel achavam que já era hora de ir.

Castiel se fora levado pelo seu motorista. Aria então encaminhou-se até os portões onde Jev se encontrava do lado de fora do carro preto.

–Olá Jev. -cumprimentou.

–Como foi? -Jev questionou preocupado.

–Não foi de todo ruim,mas confesso que também não é nada fácil. É tanta coisa para mim,Jev. Estou confusa. -ela colocou a mão na cabeça.

Jev então a abraçou de modo como um pai faria. Ela se surpreendeu com a ação repentina,no entanto não o afastou. A meina sempre considerou Jev um pai, o homem sempre lhe dera o carinho que seu verdadeiro pai nunca dera.

–Não se preocupe tanto. -ele a tranquilizou.

–Eu sei. -a garota deu um sorriso apagado.

–Vamos,você deve estar cansada! -Jev a levou para dentro do carro.

Aria permaneceu quieta a viagem toda. Queria pensar,arrumar um jeito de assumir as rédeas do que estava acontecendo. Sua mente girava. A garota estava realmente cansada. Encostou sua cabeça no banco e fechou os olhos. Não se lembrava quando,mas adormeceu.

Acordou novamente com o irritante despertador.Não sabia como havia parado em sua cama.A resposta estava num pequeno bilhete em cima da cômoda.

"Eu a trouxe para cima,não queria lhe acordar quando estava dormindo. Não fique brava com isso. Tenha um bom dia,senhorita."

A garota deu um singelo sorriso e levantou-se. Aria logo tomou seu banho e mudou as roupas. Ela fez um café forte,que juntou com algumas rosquinhas de nata da qual gostava. Sempre tivera a pequena mania de mergulha-las no café.

A menina saiu de casa sem muita pressa. O caminho era sempre o mesmo,ela já o conhecia perfeitamente. Quando parou na porta da escola se lembrou que teria de explicar as coisas para Khalisa. Ela precisava inventar uma desculpa. E rápido.

Correu para a sala de aula afim de não encontrar Khalisa. Nathaniel logo veio falar com a garota.

–Olá Aria! Já está se sentindo melhor? Khalisa disse que você estava com dores de cabeça. -Nathaniel parecia pertubado.

–Ah,sim! Estou bem melhor! -exclamou.

–Que bom! -ele sorriu.

Íris e Melody lhe fizeram o mesmo tipo de pergunta. Procurou pegar pistas nas coisas que diziam e tentava completá-las de forma evasiva. Armin não parecia se preocupar com esse tipo de coisa,Aria só o vira de longe jogando como sempre.

A professora de física entrara na sala seguida por alguém.Ela vira de relance os cabelos vermelhos se agitarem enquanto ele andava.

–Apresente-se.-a professora falou.

–Castiel. -foi a única coisa que ele disse.

Aria pode ouvir um grande cochicho pela parte das garotas. Ela deu uma risada debochada. Olhou para Castiel de forma irritada,então ele se aproximou.

–Eu disse que podia fazer coisas bem surpreendentes. -comentou.

–Muito óbvio. -respondeu.

–Isso está só começando. -ele sussurrou perto de seu ouvido.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!