Hope In Darkness escrita por Caroline


Capítulo 2
1x2-Arley


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal espero que o capitulo tenha ficado bom.Espero comentários >< e até o próximo.



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Tudo começou em um dia normal como qualquer outro.Sentada em minha cama com o notebook no colo eu pesquisava sobre arte de diversos artistas e tentava pintar como eles. Rebekah estava tendo mais um dia de trabalho longe de casa, arquitetura com certeza não será a profissão que escolherei. Sempre adorei arte e serei uma grande pintora no futuro. Ouvi um barulho no andar de baixo da casa e resolvi ir ver o que era. Estava um pouco assustada afinal eu ficara sozinha e se a Rebekah me visse me mataria por ter matado aula hoje. Desci as escadas devagar e assim que cheguei lá em baixo olhei em volta tentando encontrar algo fora do lugar em uma casa tão grande como aquela.Impossível.Senti um arrepio ruim e resolvi voltar para o meu quarto e me trancar lá assim a Rebekah não conseguiria entrar. Ao contrário dela que era toda desastrada e confusa eu era cautelosa e decidida e por essas características eu conseguia entrar e sair de qualquer lugar sem ser notada. Tranquei a porta do meu quarto e peguei um pincel, fui até o cavalete e comecei a pintar tentando pintar igual a réplica de "Noite Estrelada" de Van Gogh. Ouvi novamente o mesmo barulho e tive a certeza que alguma coisa estava errada.Caminhei até a janela e vi um carro preto estacionado.Apesar dos vidros escuros eu consegui ver quem estava dentro do carro.Era uma mulher loira e assim que me viu pelo retrovisor desceu do carro.Saltei da janela e rodopiei até chegar ao chão.

—Ai meu Deus.Pensei que você fosse cair.Está tudo?Você é maluca ou o que de saltar da janela do terceiro andar desse jeito?

—Eu faço ginástica olímpica desde os quarto anos.Algum problema?-perguntei.

—O meu pneu furou e eu não faço ideia de como trocá-lo.-respondeu.

—Meu nome é Hope.Hope Mikaelson.

—Meu nome é Arley Kerr.Sabe trocar pneu?

—Saber, saber trocar eu não sei mas eu posso tirar ele do lugar enquanto você vai até uma oficina.

—Sabe onde tem alguma?

—É só você ir reto e virar três vezes para a esquerda e depois para a direita.-respondi.

—Eu vou até a oficina.Pode tomar conta do carro pra mim?

—Claro.-respondi e ela começou a seguir as coordenadas que eu lhe passara.

Como é que se tira um pneu do lugar?Acho que precisarei de um macaco para isso.Peguei um macaco e com muito custo consegui tirá-lo do lugar e só me faltava esperar a dona do carro chegar com os mecânicos.

O dia estava como sempre em Londres.Nevava e chovia ao mesmo tempo.Isso era pra ser impossível.Me abaixei e olhei para o retrovisor.Havia uma sombra se aproximando mas eu não consegui ver o rosto da pessoa que usava uma capa preta como gorro.Aquela coisa se movia rápido demais não consegui pensar em outra coisa a não ser em me virar para ver se era imaginação da minha cabeça ou algo do tipo.

Encostei as costas no carro e fiquei olhando em volta.Quando decidia aceitar que era apenas coisa da minha imaginação Arley chegou com Cléber e Natália, os mecânicos da oficina.Mas para a minha infelicidade logo após a chegada dos três Rebekah chegara.

Sorri meio sem graça por ter cabulado aula e nem para esconder aquilo eu servi.Ela desceu de seu carro e veio me encontrar.

—O que faz aqui?Você deveria estar na escola mocinha.Você está encrencada.

—Sua filha é um doce.Ela me ajudou com o pneu do meu carro se não fosse por ela eu nem saberia o que fazer.-disse Arley.

—Hope não é bem a minha filha.-disse Rebekah desviando o olhar para Arley.—Mas eu estou muito orgulhosa dela assim mesmo e o castigo não será tão pesado.

—Estou sem mesada?-perguntei preocupada afinal quando eu fosse ao Shpping Certer com as minhas amigas eu torraria o quê?

—Sem internet por mês.

—Me tira a mesada.-supliquei.

—Nada disso mocinha. Arley por que não fica e janta com a gente eu comprei tacos?-disse Rebekah.

—Eu adoraria.-respondeu Arley e nós três entramos para dentro da casa.

Ajudei Rebekah a colocar a mesa e com toda certeza do mundo aquele foi o jantar mais divertido da minha vida.

—Você fez faculdade de quê?-perguntou Rebekah.

—Psicologia.Inclusive eu consegui um trabalho na School High of London.

—Sério?Eu estudo nessa escola.Vai ser ótimo ter você lá quando as férias acabarem.-disse sorrindo.

—Que ótimo então eu encontrei alguém que possa me mostrar a escola eu já me cansei de me perder por lá.

—Vai ser ótimo te apresentar para a escola e para os alunos da minha classe.

—Pelo visto nos veremos muito, parece coisa de destino.

—Acredita em destino?-perguntei.

—Você não?-perguntou me respondendo com uma pergunta e eu resolvi deixar a minha pergunta de lado.

—Eu acho que isso de "destino" não passa de baboseiras.-respondi e ela sorriu.

—As pessoas não acreditam mesmo que isso exista.Você não é a primeira a pensar ou dizer isso.

—Quer que eu te mostre o meu quarto?-perguntei.

—Eu adoraria.-respondeu e subimos.

O meu quarto era enorme e completamente decorado por mim.As paredes eram todas detalhadas com tinta, eu costumava pintar as paredes como se fosse feitas para serem um cavalete com quadro enorme. Rebekah achara a minha ideia genial e vivia dizendo que o meu gosto pela arte deveria ser genética e eu nunca entendi porque ela dizia isso, afinal eu não conheci os meus pais e como ela estava desesperada para se distrair me adotou.Era isso que eu achava.Tinha um tapete vermelho enorme todo peludo no chão. Pufes por todos os lados.Um lustre enorme no teto bem em cima da minha capa de casal.Ao lado da cama se encontrava uma mesa de cômoda eu um abajur no formato de uma flor ficava em cima da mesinha.A luz do abajur era toda colorida e refletia nas pinturas feitas nas paredes e dava o maior ar de tranquilidade.A janela do meu quarto era branca e uma cortina da cor do tapete costumava ficar impedindo o sol de afetar o meu rosto durante o sono.Uma mesa da canto esquerdo ao lado da janela carregava o meu notebook e dentro da gaveta o meu diário.Sim, eu tinha um diário e não achava que aquilo fosse uma bobeira afinal é bom ter lembranças e eu escrevo desde que tinha cinco anos e aprendi a escrever o meu nome todo.Rebekah me deu o meu primeiro diário e disse para eu nunca parar de escrever e que um dia quem sabe no futuro aquilo fosse servir para alguém me conhecer melhor.Acho isso um absurdo afinal ler o diário das outras pessoas é muito errado e eu jamais deixaria alguém ler o meu.

Arley sorriu e eu pude ver que ela tinha adorado a decoração e que tinha se perdido totalmente no meu mundo da arte.Me sentei na minha cama e sorri e aos pouquinhos comecei a viajar e só voltei para a Terra quando percebi que ela estalava os dedos em frente ao meu rosto.

—O quê?Você disse alguma coisa?-perguntei

—Você estava em outro universo ou o quê?-perguntou

—Mais ou menos.

—Explique-se.

—Melhor não.-respondi.

—Eu sou psicologa e vou adorar consultar a minha primeira aluna.-respondeu.

Arley passava tanta confiança que parecia ser de confiança então eu resolvi desabafar com ela totalmente em sigilo e fiz questão de lembrá-la que ela era uma profissional e que o que eu dissesse morreria ali.Ela confirmou e eu pude então começar a contar.

—Meu pais me abandonaram e eu queria muito, muito saber o motivo.Não sei se eles não me quiseram se eu era um bebê chato e chorona.Se eu era um fardo na vida deles por que eles não me mataram logo de uma vez?

—Você deveria marcar uma consulta teríamos muito o que conversar.-disse Arley.

—O quê?Não vai me instruir?

—Hoje não.Nos vemos na escola.

Arley saiu do meu quarto, se despediu de Rebekah e seguiu sua tragetória.Eu mal via a hora das aulas começarem eu queria que esses dias passassem o mais rápido possível para que eu pudesse conversar com a Arley novamente.Ela parecia ser muito legal e de confiança.Me deitei em minha cama e abracei um dos meus travesseiros.

Desde o dia em que conheci Arley Kerr eu sabia que a minha vida mudaria para sempre.Todos os meus planos, sonhos e desejos foram automáticamente cancelados e eu definitivamente era outra pessoa.


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Notas finais do capítulo

Obs.: Queridos leitores a história se passa no passado e é a narração da Hope ela é quem está lembrando mas logo logo ela volta para o presente e terá que tomar uma decisão.



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