Hope In Darkness escrita por Caroline


Capítulo 10
1x10-A Verdade




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Ouvi uma voz familiar e interrompi o beijo.A noite já havia caído completamente e eu nem me dei conta de que fazia tanto tempo

—O que estão fazendo aqui?-perguntou Dora e ela estava acompanhada do infeliz do Alek.

—Vai embora Dora.-disse sendo fria.

—É perigoso ficar na floresta até altas horas e você sabe muito bem disso Hope.-respondeu.

—Se toca Dora.Eu não quero ver você, não quero falar com você e espero que pela amizade que tínhamos respeite a minha decisão e se vá para sempre.-gritei.

—Para sempre é muito tempo.-disse Alek se intrometendo como sempre.

—Vai se ferrar.-respondi desviando o olhar para ele por alguns segundos.

—Não seja grossa Hope.-disse Dora e acabei empurrando-a de leve mas aquilo foi o suficiente para que ela caísse da casa.

Meu coração se acelerou completamente e eu nem me dei o luxo de descer pela escada e pulei dando um rodopiou de um vez.Alek parecia assustado e eu fiquei ainda mais assustada quando vi que o ferimento em sua cabeça era grave e que poderia deixar seqüelas.

—Dora eu não quis fazer isso.-disse assustada com a mão na boca.

—Hope está tudo bem.-disse Tony me abraçando.

—Não, não está não.-respondi em prantos.

—Pensasse nisso antes de empurrá-la.-disse Alek segurando na mão dela.

—Por que vieram até aqui?-perguntou Tony.

—Não diz respeito a você.-respondeu sendo frio.

—Eu vou ligar para a ambulância.-respondi pegando o celular no bolso da minha calça.

Alek tomou o celular da minha mão e o arremessou longe.

—O que está fazendo seu idiota.-respondi.

—Eu estou bem.-respondeu Dora se levantando com cuidado e eu fui ajudá-la.

—Tem certeza?-perguntei preocupada.

—Eu não devia ter vindo pra floresta de salto.-respondeu e eu sorri.

—Se afaste antes que volte a machucá-la.-disse Alek.

—Posso te fazer um pergunta?-perguntei.

—Acabou de fazer.-ironizou.

—Por que me odeia?-perguntei.

—Detesto pessoas como você.No fundo, no fundo são más, detestáveis pessoas como você não tem lugar certo no mundo de pessoas boas, no fundo você é só mais uma garota idiota que não sabe o que quer e muito menos à hora de lutar para conseguir.Seu futuro é de uma assassina sangue frio como os seus pais.-respondeu e eu fiquei perplexa.

—Não pode falar assim dos meus pais.Se você se diz tão bom assim por que atormenta a minha vida.O que foi que os meus pais fizeram de tão grave a você?Em?Por que não responde de uma vez, na verdade o vilão aqui é você, você que é detestável.É você Alek e não eu.Você é o idiota, você que não sabe o que quer.Você quem está sozinho e é você que quer destruir a minha vida.Eu estava muito melhor sem você.Você é o pior tipo de pessoa existente, fica usando uma máscara de bom moço mas é mau.Talvez a Dora e a Lia não vejam mas você é rancoroso e só uma pessoa sem coração poderia descontar em uma pessoa que não tem nada a ver com os erros que os pais cometeram no passado e se você é assim, não merece nem que eu perca o meu tempo.Então pouparei as minhas lágrimas para alguém que realmente as mereça.-disse apontando o dedo na cara dele para ver se ele estava prestando atenção em tudo que eu estava a dizer.

Assim que terminei de gritar com ele me afastei e puxei o Tony comigo.Saímos da floresta e eu fui pra minha casa acabar com aquele dia horrível que começara bem mais no final foi um dos piores da minha vida.

Rebekah preparara um jantar para nós duas hoje e eu não pude deixar de ficar feliz pelo fato de que ao menos alguém tinha tido um dia bom.Sentei-me e assim que terminei de jantar peguei um pote de sorvete sabor napolitano como sobremesa.

—O que deu em você?-perguntou Rebekah sorridente.

—Quero que esse dia termine o mais rápido possível.-respondi enfiando uma colher de sorvete da boca.

—A Lia ligou e te pedindo desculpas, não entendi o motivo mais ela disse que você saberia a resposta.

—Ok, eu vou pó meu quarto.-respondi subindo as escadas correndo.

Peguei um pincel e comecei a pintar um quadro.Sempre que eu estava triste, feliz, irritada, angustiada e entre outras coisas eu ia pintar mais naquele dia eu não estava com cabeça e não conseguia pintar nada que prestasse.Resolvi continuar a pintar e sem parar e no final o resultado foi um anel e eu já havia visto aquilo em algum lugar antes, só não me lembrava onde.

Peguei o quadro e o levei para o porão, que ficava embaixo da casa e a única entrada era pelo meu quarto, em um alçapão.Eu guardava todos os meus quadros ali e qualquer pessoa que entrasse ali levaria um susto com a quantidade de quadros de cemitérios.Pendurei em uma área reservada para quadros que eu pintava por pintar sem ter um significado específico.Fui andando para voltar para o meu quarto e vi um quadro que me chamou a atenção, era um quadro de olhos amarelados e eu sentia a impressão de que já tinha visto aquilo em algum lugar mas como eu tinha sentido aquilo com o quadro do anel resolvi deixar pra lá e subir de volta para tomar uma ducha quente para esquecer completamente aquele dia.

Troquei-me e fui me deitar.Tive um pesadelo sinistro e não consegui identificá-lo.Começava com um pôr do sol, fleches de luzes picantes, um bar cujo nome foi impossível ler por causa das luzes picantes.Um homem alto colocava a mão no meu ombro e dizia que havia esperado dezessete anos para me conhecer.Eu me virei mais não consegui identificar o rosto dele, era como se fosse apenas um grande vazio.

Acordei com a Rebekah me chacoalhando forte.Levantei-me assustada.

—O que aconteceu?-perguntei.

—Você teve um pesadelo.-respondeu.

—Não era um pesadelo, era um sonho e o meu pai estava nele.-respondi e ela engoliu em seco.

—Como pode ter certeza, você nem o conhece?-respondeu.

—Rebekah está na hora de me dizer quem são os meus pais.-respondi e eu não estava pedindo uma resposta como das outras vezes, eu estava exigindo uma resposta dela.

—Vá dormir e amanhã conversamos ok.-respondeu fugindo do assunto e eu decidi que não contaria nada sobre a pesquisa e que eu viajaria para Nova Orleans caso preciso e ela nem sonharia com isso.

Assim que ela saiu o meu celular tocou, fiquei imaginando quem poderia ser o desocupado a me ligar a altas horas da noite.Atendi rápido e aquilo foi à resposta que eu precisava ouvir.

—Hope, me desculpa te ligar a essa hora mais eu preciso falar com você.-respondeu Arley.

—É sobre a pesquisa que eu pedi?-perguntei sussurrando.

—Eu descobri muito sobre Nova Orleans e sei quem são os seus pais.-respondeu.

Eu queria saber a resposta naquele momento mais eu teria que esperar até o dia seguinte afinal certamente a Rebekah estava a ouvir e eu não informaria nada sobre nada com ela.

—Me conta amanhã na hora que a professora marcou.-respondi.

—Certo.-respondeu e desligou.

Mal consegui dormir imaginando o que ela tinha descoberto sobre os meus pais e sobre a cidade.No dia seguinte eu acordei me troquei e desci para tomar café com a Rebekah.

—Bom dia.-respondi pegando uma maçã e fui caminha como eu fazia sempre quando acordava estava ansiosa.

—Está ansiosa?-perguntou.

—Eu diria feliz.-respondi e logo sai da casa.

Após a caminhada fui até o shopping Center.Liguei para o Tony ir me encontrar.Não demorou muito para que ele chegasse.

—Você parecia ansiosa ao telefone, aconteceu alguma coisa?-perguntou.

—Na verdade aconteceu sim.-respondi dando um enorme sorriso de felicidade.

—Então compartilha logo.-respondeu.

—A Arley, a psicóloga da escola fez uma pesquisa sobre Nova Orleans e descobriu quem são os meus pais.-respondi e ele ficou sério. —Por que está com essa cara?Não está feliz por mim?

—Estou mas é que...você vai para Nova Orleans?-perguntou.

—Só por uns tempos.-respondi.

—Promete que vai voltar?-perguntou.

—Por você sim.-respondi e dei um selinho rápido nele.

—Ao menos você vai depois da festa dos anos 60?

—Claro eu tenho o melhor parceiro do mundo.-respondi.

—Oi casal felicidade.-disse Dora. —Posso falar com você Hope?-perguntou.

—Olha Dora eu prefiro não discutir com você hoje.-respondi enquanto Tony nos deixava sozinha e fora buscar um refrigerante.

—Não vim pra brigar com você.A Lia me contou sobre a pesquisa sobre Nova Orleans e eu imaginei que você estaria aqui.Hope por que não me contou?-perguntou se sentando ao meu lado.

—Você estava andando sempre com o estorvo, digo Alek do seu lado e eu não quero que ele saiba nada sobre os meus pais.

—Então você vai me desculpar, porque eu contei pra ele.-respondeu.

—Ta vendo é por isso que eu não te contei.-disse irritada,

—Me desculpa mas eu não escondo nada dele.-respondeu.

—Então cai fora Dora antes que eu me irrite ainda mais contigo.-respondi fechando os olhos e eu só fazia o ato de fechar os olhos quando estava realmente irritada.

Ela entendeu e foi embora.Assim que abri os olhos novamente ela já não estava mais na minha frente, pouco tempo depois o Tony voltou e perguntou se estava tudo bem.

—Claro que está.-respondi tentando mentir.

—Não me convenceu.-respondeu.

—Ok, é a Dora.

—O que tem ela?-perguntou.

—Não posso mais confiar nela, não enquanto ela estiver com o Alek.

—Então você não ficou sabendo?-perguntou.

—Sabendo do que?-perguntei.

—Eles brigaram e estão por um fio de terminar.-respondeu.

—Fico feliz por ela, vai se livrar de uma e tanto.-respondi.

—Mas é só isso mesmo ne?-perguntou me dando um beijo no rosto.

—Por que pensa que teria outro motivo?-perguntei.

—Não coloque palavras na minha boca Hope.-brincou.

—Eu tenho que voltar para a minha casa agora antes que a Rebekah deixe oitocentas ligações no meu celular.

—Mas já?-perguntou

—Infelizmente é.-respondi dando um último beijo nele.

Voltei para casa de táxi dessa vez e para a minha surpresa a Rebekah não estava em casa então supus que algo tinha acontecido.Fui até o meu quarto e acessei os meus e-mails.Para a minha surpresa ninguém havia me deixado e-mails então só me restava ir para a escola.Desci as escadas com a mochila nas costas e a Rebekah entrou.

—Hope você demorou.

—Onde você estava?-perguntei descendo os últimos degraus da escada.

—Eu fui resolver alguns problemas do trabalho.-respondeu. —Já está pronta?

—Sim, vamos.Pensei que teria que ir a pé dessa vez.-respondi.

—A propósito te faria bem.

—Por quê?eu estou gorda?-perguntei assustada.

—Não foi isso que eu quis dizer.-respondeu.

Ela me levou para a escola e eu fiquei a viagem inteira pensando se eu estava ou não gorda.desci do carro sem me despedir e ela sorriu provavelmente a par de que eu estava assim por um motivo como aquele.Entrei na escola e fui direto para o laboratório.Era a primeira vez que eu ia para o laboratório e era a primeira pessoa a chegar.A não ser que todos tenham virado zumbi como em um dos filmes de terror que eu costumava a assistir.

Procurei qualquer pessoa por toda parte e de nada adiantou eu não só estava sozinha eu estava COMPLETAMENTE SOZINHA naquela escola.

—Olá, tem algum ser vivo aí?-gritei levando a história de que acontecera um apocalipse zumbi.

Sai da escola e vi que alguns alunos estavam preocupados.Aproximei-me e resolvi perguntei o que havia acontecido.Foi só eu me aproximar que eu vi as viaturas da polícia.

—O que está rolando aqui?-perguntei.

—Uma garota foi assassinada.-respondeu Alek.

—Que garota?-perguntei.

—Vem comigo Hope.-disse me puxando para dentro da escola.

—Ai, ai ai!Para de me puxar que eu sei andar sua anta.-respondi.

—Aquilo foi coisa de vampiros e a única que eu sei que está na cidade é a sua tia então talvez tenha as respostas.

—A minha tia não se alimenta de humanos, seu tolinho.-respondi.

—Então ela se alimenta de quê?-perguntou.

—Bolsas de sangue.-disse como se já não estivesse estampado na minha cara.

—E você acredita que ela se alimenta de bolsas de sangue gentilmente doadas de um hospital?-perguntou

—Aquilo foi coisa de vampiro mais pode ter certeza de que não foi a Rebekah.Espera aí você disse que ela é minha tia?-perguntei me tocando do que ele havia dito.

—A Dora me disse que ela não é sua mãe então eu pensei que ela fosse sua tia.-respondeu

—De uma coisa você pode ter certeza, não foi a Rebekah.-respondi.

—Existe um conselho contra vampiros nesta cidade e eles vão matar a sua...seja lá o que ela seja sua.-respondeu e em seguida foi embora.

—Hope, eu estava mesmo te procurando.-disse Arley e eu abri um largo sorriso.

—O que descobriu sobre os meus pais?-perguntei.

—Vamos para a minha sala.-respondeu e eu a segui até a sala cantarolando de felicidade.

Ela pediu que eu me sentasse e começou a me contar todo o que tinha descoberto e também me entregou a pesquisa toda imprimida e também fotos de assassinatos.

—O que é isso?-perguntei.

—São assassinatos.-respondeu.

—Eu percebi, mas quem são?-perguntei.

—São os seus pais.-meu coração se apertou e eu perguntei assustada para ter certeza.

—O que disse?

—Seus pais foram assassinatos enquanto tentava te salvar de um híbrido original.-respondeu.

—O que é “um híbrido original”?-perguntei querendo saber tudo.

—É um vampiro, lobisomem as duas coisas ao mesmo tempo.-respondeu.

—Lobisomens existem?-perguntei.

—Sim existem.-respondeu.

—Onde eu encontro esse vampiro,lobisomem, original?-perguntei.

—Em Nova Orleans.-disse.

—Então eu irei para lá.-respondi.

—Calma, calminha aí mocinha eu fiz essa pesquisa e se você quer caçar um híbrido original terá que treinar duro.

—E o que você é?-perguntei.

—Eu sou uma caçadora de recompensa que quer livrar esse mundo dos seres sobrenaturais.-respondeu.

—Como posso matá-lo?-perguntei olhando para o chão.

—Aí está um dos problemas é muito difícil matar um original.

—Eu estou disposta a ir além do que você pode imaginar para honrar os meus pais.-respondi.

A dor de uma perda era terrível e muito dolorosa e eu quem pensava que nunca a sentiria.Arley sorriu e se levantou.

—Somos uma família agora.-respondeu e eu retribuiu o sorriso.


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