Os Mortos Também Amam - Livro 2 escrita por Camila J Pereira


Capítulo 24
Em Espera


Notas iniciais do capítulo

Vamos tentar terminar agora?



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— Desculpe-me por isso, Nina, mas preciso da sua ajuda.

— Estou com a passagem comprada, estava mesmo decidida a vê-la. – A revelação parecia importante, ela quis saber mais.

— Algo grave?

— Não se preocupe tanto, conversaremos quando eu chegar. Espero que seus tios deixem que a veja. – Bella ficou curiosa e um pouco incomodada, mas engoliu suas emoções.

— Claro que deixarão. Te vejo em breve, Nina.

— Beijos, querida.

***

— Tempo? De quanto tempo estamos falando, Isabella? – Sebastian parecia impaciente depois que Bella havia falado sobre o que tinha decidido com a sua família.

— O suficiente, Nina virá, ela fará as infusões. Pedi a Carlisle que chamasse os vampiros antigos que são seus amigos, mas estão hesitando neste quesito.

— Porque?

— Porque não querem envolver os amigos na luta contra os Volturi. É perigoso. – Ela viu os primeiros alunos começaram a entrar na sala. Não podiam mais conversar livremente.

— Ora por favor, não precisaremos deles se teremos a bruxaria das Black conosco.

— Até mais, Profº Sebastian. – Bella encerrou a conversa.

Talvez ele tivesse razão e não queria envolver mais ninguém naquilo tudo. Estavam falando de destruir a supremacia dos vampiros e era algo muito grave para envolver os amigos. Ela mesma não queria que a Rachel a acompanhasse dessa vez, muito menos a Nina, mas precisava de uma pequena ajuda ainda.

***

— Teria vindo antes, mas não pude. – Nina sentou à sua frente, Rachel ainda estava agitada ao seu lado. Ela nunca tinha se recuperado da presença do Sebastian. – Quil Anteara e alguns outros anciões estão muito apreensivos desde a ida da sua família a reserva.

— Eles não queriam ameaçar ninguém, só estavam...

— Tentando encontrá-la. – Nina assentiu interrompendo-a. – De qualquer forma, foi visto como uma ameaça e desde então sucessivas reuniões tem acontecido.

— Quais os assuntos dessas reuniões?

— Vampiros são ameaças aos humanos. Tentamos deixá-los longe da reserva assim como outros seres das sombras. - Bella imaginou que a ida da sua família pudesse ter algum efeito sobre eles, mas não imaginava que seria tão sério como a Nina demonstrava naquele momento.

— Não esses vampiros. Você sabe.

— E contei tudo que sabia para eles. A conclusão foi que ou eu a tiraria desses vampiros tentando de alguma forma salvar a sua alma, ou a deixaria ir com eles e não interferisse mais.

— Não podemos deixar a Bella. – Rachel pela primeira vez falou algo. Nina olhou para a neta tranquilamente e tocou em sua mão por cima da mesa.

— Não podemos. – Nina repetiu. – Ainda não. Sua mãe quer que você se afaste, que venha conosco.

— Eu imagino que sim, ela tem aparecido em meus sonhos algumas vezes. Está bem insistente neste quesito. Não posso deixar a minha família, Nina. E entendendo que tenham que se afastar, talvez seja mesmo o melhor.

— Bella, tenho que insistir que venha. Já tenho a sua guarda, será mais fácil.

Bella olhou em volta, haviam muitas pessoas nas mesas ao redor. Todas pareciam muito normais mergulhadas em suas próprias questões. Alguma delas estaria discutindo sobre seres sobrenaturais? Se um dia ela considerasse ir embora de verdade, como fez da última vez, não teria uma vida normal nunca. Para ela aquilo era impossível.

— Não poderia. – Nina suspirou derrotada.

— Bella, eu entendo que não possa deixar a sua família, mas ainda assim podemos ajuda-la. – Rachel apoiou a amiga.

— Porque não? – Nina questionou com um sorriso divertido nos lábios.

— Gostaria muito da ajuda das duas, mas não quero envolve-las mais do que o necessário.

— Ajudaremos você. – Nina garantiu.

***

As coisas estavam calmas, Esme e Alice voltaram para Forks e discutiram com os outros sobre as novas decisões. Carlisle ainda hesitava chamar Amun e Kebi, mas se rendeu ao medo maior de estarem em desvantagem, apesar de Bella garantir que o seu plano era praticamente perfeito. Em Forks, com a ajuda de Carlisle, Nina pôs uma boa quantidade de verbena e lavada em ampolas. Enquanto Bella arquitetava o seu plano ao lado do seu maior colaborador: Damon. Mas embora Damon tenha sido o seu apoio em tudo aquilo, era Edward quem parecia mais disposto a acabar com os Volturi.

— Preciso que me diga com detalhes novamente sobre os humanos que visitam a mansão, aqueles que eles tomam posse, os alimentos deles e até mesmo sobre os que já estão lá.

— Jane e Alec são os responsáveis pelas novas aquisições. Eles vão até a cidade e procuram por aqueles que lhes chamam atenção. Nunca muito ricos ou famosos, pois não precisam de olhares humanos sobre eles. – Edward estava concentrado em sua poltrona, as pontas dos dedos unidas. Não olhava para ninguém em especifico. – Dimitri os recepcionam, eles estão ali pensando se tratar de uma barganha, uma visita cultural com preço baixo. Toda a casa é mostrada e contam sobre a sua história, tudo é real. Até que eles os convidam para um banquete, há variáveis que não significam nada, mas o objetivo é apenas atormentá-los um pouco. E depois de se alimentarem deles, os prendem, aqueles que sobrevivem.

— Algum deles tomam conta dos presos?

— Há um carcereiro, Johnny, bem alto e musculoso. Faz-se temível com os seus tratamentos. E há, Nathalia, pequena, veloz, atenta e fiel aos Volturi. Ela trata deles antes de terem seu sangue drenado.

— Trata? – Bella ainda não havia ouvido sobre aquela parte.

— Alimenta-os, dá-lhes banho antes de lhes cortar a pele em uma maca fria. – Bella estava como que fascinada observando Edward falar daquelas atrocidades sem ao menos revelar uma expressão de descontentamento. – Como se fossem apenas carne.  

— Temos que ir. – Damon a pegou pela mão e só assim se deu conta de quanto estava vidrada em Edward. – Perderemos o início do filme. – Damon queria leva-la para longe dali, não apenas pela presença do Edward Cullen, mas para livrá-la também daquele clima de conspirações e planos tenebrosos.

Bella se deixou guiar um tanto longe ainda. Pensando nos detalhes do que Edward havia lhes dito. Sentiu os braços de Damon envolve-la já ao lado do carro. Eles se olharam, Damon a beijou de leve nos lábios.

— Pare de pensar um pouco sobre toda essa coisa. Esse é o objetivo da nossa saída hoje. Como meros namoradinhos humanos normais. Iremos ao cinema, comeremos besteiras e andaremos de mãos dadas, pensando apenas em nós.

— Perfeito. – Ela voltou a abraça-lo antes de entrar no carro e seguirem ao seu destino.

***

— Desista disso, Bella. A sua alma estará em perigo, ele aguarda por você.

— Ele? Mãe, você tem que ser mais específica. – Bella estava ficando chateada com a resistência de Renée em falar toda a verdade. – Aro me espera, é ele?

— Desista de ir. Deixe-os ir sozinhos, fique com as bruxas. – Renée desapareceu em meio aos seus gritos de protesto.

— Hey. – Sentiu o toque frio em seu rosto. Estava escuro, tentou se ambientar.

— Damon? – Sua voz saiu rouca pelo sono.

— Não. Ele ainda não voltou. – Era o Edward sentado bem perto dela no sofá. Damon havia saído para se alimentar. Tinham entrado em uma discussão polemica.

Damon queria alimentar-se em seres humanos, pois não queria ter que pegar dos hospitais da cidade. Ali não era Forks, todos muito solícitos, era uma cidade grande, as pessoas estavam mais preocupadas consigo mesmas e por isso o estoque de sangue era precário.

Bella não queria concordar em deixa-lo tomar de humanos diretamente. Sabia o quanto podia ser íntimo, estava arrasada por sua preocupação ser mais pelo ciúme do que por ele poder machucar alguém e usar. Tinha dormido de indignação no sofá mesmo depois que ele saiu. Damon precisava se alimentar, estava fraco.

Bella sentou-se para que Edward se acomoda-se melhor.

— Está tendo pesadelos?

— Não. – Tentou arrumar os seus cabelos com os dedos. – Não são pesadelos. Eu só fico muito chateada.

— O que te chateia? – Bella ergueu as pernas e as abraçou, mantendo o queijo nos joelhos. Diante de Edward ela parecia uma jovem indefesa, mas aquilo já não era verdade. Estava assustado por gostar tanto dessa mulher que se revelava.

— Renée está me deixando maluca. – Confessou.

— Ainda sonha com ela?

— Cada vez mais, mas ela não me diz tudo. Ela me deixa em suspenso. Queria poder arrancar dela toda a verdade, mas às vezes acho que ela não sabe. – Edward estava tento a ela, cada vez mais intrigado por aquela manifestação de Renée para a filha.

— O que ela diz?

— Que eu não devo ir a Volterra. Mas não me diz exatamente porque. Fica repetindo que a minha alma está em jogo. – Edward manteve-se calado e pensativo. – Talvez eu não devesse falar isso para você. Agora também fará coro a Renée e logo os meus tios estarão tentando me fazer ficar.

— Não se precipite nos seus julgamentos. – Edward a olhou nos olhos. – Só pensava que talvez ela esteja se referindo a você se transformar em vampira.

— Não, não me transformarei. Não ainda, isso não está em questão.

— Para você. – Edward passou os dedos em seu ombros. – Alguém pode querer isso.

— Talvez, mas não acho que seja isso. – Percebeu a proximidade do vampiro ao seu lado. Sentia a sua respiração em sua pele.

— Muitos vampiros gostariam de ter você. – Edward estava quase sussurrando em seu ouvido. Bella sentiu os lábios dele levemente a baixo de sua orelha em um beijo. – Muitos ficam loucos pensando em ter um filho contigo. Fantasiam, esse poder, fazer uma nova espécie. Comandá-la. Simplesmente ter um filho. – Outro beijo na curvatura do pescoço. Bella estava paralisada com as deliciosas investidas de Edward. – Bella, não pense que sou um deles. Eu quero apenas você, mesmo que queira se tornar vampira. Será um prazer tê-la para toda a eternidade. – Edward ousou descer um pouco mais, beijando-a em sua clavícula. E mais uma vez ele desceu alguns centímetro e foi tão gostoso, mas Bella levantou-se. A surpresa foi o som do riso do Edward.

— Não é engraçado. – Ela disse quase furiosa.

— Sonho em fazer amor com você e agora eu sei que você também quer. – Precisou de alguns segundos para entender que tinha sido mesmo aquilo que o Edward tinha dito.

— Edward Cullen você perdeu o juízo! – Bateu pé e começou a subir as escadas, mas Edward impediu seu caminho e a manteve presa a parede.

— Damon não precisa saber, ninguém além de nós. E posso nos proteger, sem bebês, sei que não os quer.

— Como sabe que eu não quero? – Bella estava cada vez mais confusa com o que estava acontecendo.

— Você quer?

— Não! – Ela o empurrou afastando-o. – O que está tentando fazer?

— Amar você. – Ele nem vacilou e Bella precisou de muita concentração para protestar.

— Elena está dormindo, mas pode acordar e nos ouvir. Damon e Stefan podem chegar a qualquer momento. Onde está a Alice mesmo? – Bella se deu conta da amiga.

— Foi buscar o Jas no aeroporto, ela estava com saudades e também quer que ele tente controlar meus sentimentos. – Edward deu de ombros. – O caso é que saíram e devem demorar.  

— Acho que deve descansar, Edward.

— Venha comigo, princesa. – Aquela voz sugestiva, ela ficou balançada. – Eles estão chegando. – O viu tornar-se carrancudo. Respirou aliviada. – Ainda não terminou. Você quer. – Edward quase sussurrou e subiu as escadas.

 Bella resolveu descer e esperar os dois que já abriam a porta.

— Ainda acordada? – Seu tio sempre preocupado com sua rotina.

— Esperando por vocês.

***

— Estou tão animada! Faremos isso dar certo, com certeza. – Rachel agitou as mãos demonstrando sua ansiedade.

— Rachel, você acha mesmo que dará certo? – Molly perguntou baixinho olhando para ela e para Samantha ao seu lado que também parecia temerosa.

— Claro que sim, o plano está sobre controle.

— Se der errado e formos pegas, sua mãe irá nos trucidar. – Samantha expôs seus pensamentos.

— Acredito que sim. – Ela confessou. – Mas ela não saberá. Faremos tudo dar certo.

— Bella está vindo. – Molly falou e todas se endireitaram na cadeira. Bella sentou com o seu almoço ao lado de Rachel.  Não tendo nada de boba, Bella desconfiou do olhar assustado de Molly e ergueu uma sobrancelha em suspeita.

— Sobre o que conversavam? – Molly engasgou com o suco. Samantha lhe deu tapinhas nas costas e Bella viu quando Rachel lançava para ela um olhar reprovador. – Acho que já falei sobre não querer nada em meu aniversário.

— Já falou e já ouvimos. – Rachel disse compenetrada demais.

— E entenderam também?

— Sem dúvida. – Samantha apressou-se em dizer. Bella ainda olhou para todas elas antes de voltar para o seu almoço e comer calada.

Com tudo o que estava acontecendo, não se deu conta de que a data do seu aniversário estava próxima. Alice foi a primeira a lembra-la como no ano anterior e depois a Rachel. Pediu parra as duas deixarem a data passar como qualquer uma, tinham muitas outras coisas para se preocuparem do que uma festa adolescente. Porém, pressentia que Rachel estava armando alguma com as meninas, mas ela não desconfiava de que o que a sua amiga estava armando era algo muito maior do que um presente.

Estava na biblioteca fazendo uma pesquisa, resolveu sentar-se com a Samantha e a Molly, pois as duas de certa forma a tranquilizava. Nenhuma delas tinha um segredo sobrenatural ou fazia parte daquilo e era disso que estava precisando no momento. Alguns minutos em uma realidade diferente da dela, porque estava cansada de pensar em vampiros sanguinários, híbridos, mães de híbridos.... Nela mesma.

— Bella Swan. – Jacob sentou ao seu lado sem ao menos pedir licença.  Molly e Samanta se entreolharam com olhos atentos. Bella olhou para Jacob visivelmente chateada.

— Jacob, você deve pedir licença antes de sentar. E mais, você deve cumprimentar todos que estão à mesa. – Provocou. Jacob olhou rapidamente para as outras duas garotas demonstrando nenhum interesse ou vontade de falar com elas, mas a sua tolerância com o que tinha dito foi o que a surpreendeu. Nenhum olhar de raiva e nem ranger de dentes?

— Preciso falar com você. – Aquela frase estava sendo bastante ouvida por ela e já a estava aborrecendo. Bella revirou os olhos.

— Sobre?

— Não sei se gostará que eu fale aqui. – Olhou em volta misterioso e com um leve sorriso debochado nos lábios rosados.

— Fale, Jacob. – Ela rolou os olhos entediada. Aquela saga parecia não ter fim.

— A minha avó e eu temos conversado bastante. – Bella ficou branca e imediatamente calada. - Quer continuar falando sobre isso aqui?

Bella olhou para as duas amigas que estavam horrorizadas achando que Jacob estava inventado qualquer conversa para chatear a Bella.

— Pare de mentiras, Jacob. – Bella disse sem conseguir conceber que seria possível a Nina estar conversando com o neto sobre o que estava acontecendo. – Não acreditarei nisso. – Ele nem ao menos fez questão de responder.

— Venha comigo por um instante. – Pediu já levantando e caminhando. Bella ainda olhou para as duas amigas que lhe devolveram com olhares suspeitos e confusos, mas ela resolveu seguir Jacob até os corredores.

— Você é um idiota, Jacob Black. – Bella retomou o controle das suas cordas vocais. – Não imagino o que pretende com isso, mas não funcionará.

— Uau! Você é realmente uma bela atriz.  

— Se tem algo para dizer, diga de uma vez para eu poder ficar o mais longe de você possível. – Não queria admitir que estava sentindo seus pelos arrepiarem.

— Da última vez que a minha avó veio, conversamos pessoalmente e depois disso, nossa... Fico louco e então sempre estou chamando por ela ao telefone. Então o que ela faz? Me enche de mais besteiras, mas a cada vez que ela fala parece tudo fazer sentido.

— Não sei do que isso se trata.

— De nós, Black. De coisas que eu ignorei quando era criança, sufoquei e agora descubro que não era a minha imaginação, era realmente magia. – Jacob tapou os lábios com as mãos assustado, pensando que tinha falado alto. Bella também olhou para os lados, mas ninguém estava por perto. Ele riu por um momento, seu sorriso largo era genuíno. – Isso não é loucura? Estou falando de magia.

— Ela te contou sobre isso mesmo?

— E mais, falou sobre os vampiros, você e a sua missão. Aos meus olhos, suicida.

— Porque a Nina contou tudo isso? – Bella estava perplexa.

 - Ela disse que não podemos deixar você sozinha, que sente que devemos te ajudar. Ela está velha e então quer que eu e a Rachel dê a você uma vantagem. Eu topei, parece divertido.  – Bella encarou o aluno sorridente a sua frente.

— Você faz a menor noção do que está falando? Você mesmo disse que parece uma missão suicida.

— Ela me fez praticar um pouco e agora tenho que fazer isso com a Rachel. Juntos, a minha avó diz que daremos vantagem a você.

— Pera, pera, pera aí, Jacob. Você sabe mesmo toda a história?

— Porque ainda está perguntando essas coisas? Vampiros, Volturi, Itália, uma mansão cheia deles. Acham que você está morta... A propósito... Como você faz o meu tipo! Depois que soube sobre isso tudo que aprontou... Uau!

— Eu tenho namorado.

— Vários. – Ele piscou.

— Cala a boca.

— Sinto-me estranho há um tempo... Quando estou só e em silêncio quase posso ouvir...não sei se essa é palavra, mas quase posso ouvir outras coisas além do silêncio. Isso é mais intenso quando estou ao ar livre. Sinto-me estranhamente mais ligado a Rachel e a você.

— Se isso for uma cantada bem elaborada eu te encho de porradas. – Ameaçou.

— Não estou te cantando. Não agora pelo menos. – Sorriu. – É que Rachel não acredita em mim e quando olho em seus olhos vejo que acredita mais do que ela.

— Bem, você fez a fama. Não pode culpá-la.

— Sim, eu sei. – Nossa, aqueles olhos de cachorro sem dono era uma coisa nova no rosto de Jacob. – Mas precisamos praticar e ela não me dá trégua.

— Tudo bem. – Bella soltou de repente. – Vou conversar com sua irmã sobre os seus sentimentos. Ela deve decidir. -  Jacob sorriu.

— Valeu. Fico te devendo essa. – Inesperadamente Jacob abraçou Bella. Aquilo a fez lembrar Riley e sentiu-se saudosa.

— Tudo bem, Jacob. – Bella tentou afastá-lo.

— Te vejo mais tarde. – Falou antes de deixá-la.

*****

— Falamos mais tarde sobre isso. Estou um pouco ocupada com alguns trabalhos. – Rachel falou mais tarde depois da primeira tentativa de Bella em conversar com ela sobre o seu irmão.

— Trabalhos? Que trabalhos? – Bella desconfiou.

— Trabalhos extras. – Rachel gritou da porta antes de sair e deixá-la sozinha no quarto.

Rachel e suas atitudes estranhas. Bella estava acostumando com aquilo. Só não se acostumava em pensar em Edward constantemente como havia pensado esses últimos dias. E pensar que ele nem deu notícias desde então.

Bella acordou assustada, Rachel já estava de pé e ao vê-la abrir os olhos gritou um sonoro “Feliz Aniversário!” Bella cobriu-se inteira novamente e quis voltar para o pesadelo de antes, seria muito melhor do que ver todos desejando-lhe parabéns. Neste ano esse fato não a apetecia nem um pouco.


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