Alizée et Chermont escrita por Velvet


Capítulo 11
Onze


Notas iniciais do capítulo

Heeey, negrada. Sumi por motivos de não tenho nenhum motivo, só preguiça de escrever. Próximo capítulo está quentíssimo, prometo. Obrigada à Lih e a Seraf1mR outra vez por terem recomendado a história.



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Olhei com sono para os dedos dos meus pés escapulindo do fim da coberta, a pele azul por causa da luz que atravessava os vidros. Virei de lado e Chermont ainda estava dormindo, o cabelo caindo sobre os olhos e nu sobre o lençol.

Desisti de voltar a dormir, estalei o corpo para fora da cama e pisei com cuidado pelo assoalho, tentando não acorda-lo. Me espreguicei no corredor, sorrindo de orelha a orelha, desejando com fervor que o resto do dia fosse tão bom quanto havia sido até agora.

Peguei um pote de iogurte na geladeira e despejei dentro do copo plástico as amoras que haviam sido esquecidas no fundo da geladeira há muito tempo. Não estava no menor ânimo para ir comprar pão fresco, então coloquei no forno os croissants industrializados enquanto levava as geleias, os queijos e o iogurte para a varanda. O alarme do forno disparou alto e eu desliguei, derramando sobra a pia um pouco da água quente do café que estava coando.

─ Café?

A rouquidão matinal de Chermont era inconfundível. Ele parado ali, a dois passos atrás de mim, parecia o modelo vivo do David de Michelangelo, três metros mais baixo.

─ Já levei quase tudo para a mesa ─ coloquei café em uma xícara para mim e levei a porcelana aos lábios, secando prazerosamente a nudez despreocupada de Chermont logo pela manhã.

Ele olhou para o relógio no micro─ondas e arregalou os olhos.

─ Eu tenho aula em dez minutos!

Chermont saiu da cozinha apressado, correndo para o seu quarto, eu caminhei atrás dele francamente decepcionada, eu teria o dia livre e pensei que Chermont não tivesse muito ocupado, não ocupado o suficiente para sexo, pelo menos.

Aparentemente a aula era importante, porque eu beberiquei meu café completamente nua, observando-o sentada na ponta da sua cama, o vendo passar de um lugar para o outro pegando coisas no caminho enquanto vestia uma blusa e tentava calçar um sapato.

─ Matéria importante? ─ Perguntei enquanto ele passava o cinto pelos passadores da calça.

─ Hoje eu tenho que apresentar os esboços do meu trabalho pro meu possível professor orientador ─ ele roçou seus lábios nos meus e murmurou um pedido de desculpas, que só me fez amarrar a cara. Ele saiu do apartamento sem mais nenhuma palavra, e eu encarei o pensamento do resto do dia enfadonho.

Eu tinha que arrumar todas aquelas roupas que ainda estavam jogadas em caixas ao redor da sala e também tinha que começar a pensar na minha exposição no final do semestre, no começo do verão. Mas tudo isso só depois que terminasse de tomar café. Sozinha.

Meia hora depois, me vi sentada no chão do meu quarto e rodeada da bagunça que antes havia na sala. Era muita coisa. E isso porque os vestidos mais volumosos, aqueles para o casamento, ainda seriam entregues, porque estavam sendo alterados para as minhas medidas.

Consegui colocar boa parte das coisas no guarda-roupa e depois deixei o resto empilhado no canto, caixa sobre caixa. Só que eu não tinha mais nada pra fazer o resto do dia. Necas de pitibiribas.

Já era quase meio dia quando o toque do telefone me salvou do tédio, e não podia ser mais providencial.

─ A quem mais você deve favores nesse mundo? ─ A estridência animada só poderia provir da voz de uma pessoa.

─ A você ─ minha tentativa de parecer pragmática não chegou nem a atravessar meus dentes, minha voz estava borbulhando de animação. Coralie era minha melhor amiga no mundo inteiro e sempre significava aventura.

─ Eu preciso de uma ajudinha agora. Amanhã à noite eu passo na sua casa oito horas, dá um tapa no visual e leva a câmera ─ ela hesitou minimamente antes de continuar, a voz continuando estranhamente nervosa. ─ E é segredo.

Eu havia conhecido Coralie no meu primeiro ano de faculdade, ela estava quase se formando em jornalismo e já era cheia de negócios suspeitos e trabalhos misteriosos. Ela havia começado a trabalhar em um jornalzinho estranho de baixa tiragem há um ano, todas as reportagens do jornal eram de ar inflamado e com opiniões política um tanto fortes, mas Coralie parecia feliz trabalhando lá, nós não nos víamos tanto desde então.

─ Hm... Eu deveria me preocupar? ─ O sorriso teimando em não sair do meu rosto.

─ Talvez... ─ eu sabia que ela também estava sorrindo do outro lado, as duas já prevendo a adrenalina ─ Não usa salto, pro caso de nós termos que correr.


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Notas finais do capítulo

Capítulo foi pequeno, mas o próximo tá animado, como eu disse. Desculpa por sumir. Comentem, criunchas.



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