Lonely escrita por Novaes


Capítulo 45
Actually, Cass, i've got a plane


Notas iniciais do capítulo

OLÁAAAAAAAAAAA! Vim matar a curiosidade de vocês, mas não totalmente, vou matar a curiosidade de vocês quando eu escrever os flashbacks da Effy com o Governador, ela sofreu mas agora está bem.
Tô demorando porque estou em provas e eu sinceramente cansei da escola e não tô nem um pouco afim de recuperação, e ainda estou com o pé muito ruim, passo o dia no hospital, o dia todo, e só vou de manhã fazer a prova depois eu volto para o hospital de novo, que vidinha complicada eu levo, hein? Eu estou um tanto exausta porque os dias estão cada vez mais pequenos, e eu ando muito cansada, me desculpem mesmo!

Mas enfim... Agradecimentos - lariisilva, DANYDL
alguém viu o último eps de twd? Chorei dms.



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P.O.V Effy

Já havia feito 3 meses desde aquele estúpido Governador, ou sei lá, me trouxe para essa porcaria de refúgio, mal podia respirar com ele na minha cola. Idiota, idiota, tudo era idiota. E para piorar a situação, só havia homens lá – Que aliás, todos ali já tentaram de alguma forma me agarrar, e me beijar, sorte minha que não sou algum tipo de idiota, eles não ligam para esse Governador, já notei isso, o Governador, por mais que ele sabe, e por mais o quanto eu digo para ele que ele é repugnante, ele diz que eu sou dele e que ninguém deve mexer em mim, idiota – e havia mulheres, que depois de estupradas e quando não serviam mais para nada, eram mortas. Era ridículo aquilo pois já haviam poucas pessoas restando no mundo, ele iria querer jogar as que já tinham no mundo?

Eu havia arrumado uma, digamos que, companheira nesse inferno de refúgio, seu nome era Cassie, ela estava perdida e a pegaram, ou seja, eles falam que em troca de sexo, eles irão dar proteção, uma ova! Ela tinha certeza do seu futuro, mas não tinha medo, o seu único medo era sair nas ruas, pois acha que daquele refúgio para fora, era o inferno e aqui dentro, mesmo morta depois de tudo o quê fez para se manter viva, ainda é humanidade.

Não acho que humanidade exista mais, ao menos não aqui, mas ela me fez acreditar que talvez há esperança. Não esperei Rick vim atrás de mim, acordo é um acordo, ele precisava me deixar ir embora, mas precisava falar coisas ainda com ele, precisava falar o que eu podia quando estava com ele mas que o orgulho por ser quem sou não deixou, é, eu odeio mesmo ser tão orgulhosa.

Ele sempre quer algo a mais com você – Cassie comentou chegando ao meu lado discretamente e viu meus olhos confusos e apontou com a cabeça pro Governador.

– Ele me quer porque eu já tenho outro alguém, Cass... Eu sei como essas coisas funcionam – Falei e ela deu de ombros.

– Eles apenas me usam, estou cansada disso – Ela falou e vi a tristeza em seus olhos, ela não queria mais viver daquela maneira, sei que ela estava já cansada de ser usada por completo, como um objeto, ela não era assim, ela era uma pessoa doce e boa, eu podia ver aquilo, de todas as conversas, de todos os momentos que passamos juntas ali naquele inferno, ela era uma pessoa que não merecia aquilo. Ela acreditava em Salvação, Jesus iria ajudar a todos, mas ela acreditava também que por ela ser uma medrosa e egoísta e fazer coisas muito erradas com homens, ela não iria ser salva, ela iria queimar aqui na terra, como no inferno e depois que sofrer bastante aqui na terra, ela iria lá para o inferno e sofrer a eternidade lá. Besteiras, porcarias que põem na cabeça da gente quando somos pequenos, mas nunca acreditei em nada daquilo, até porque minha família nunca acreditou em nenhuma dessas besteiras então eu poderia ser grata ao menos por alguma coisa deles todos, que todos queimem no inferno mas eu sei que estariam todos ali guardando apenas um lugar para mim.

– Tudo isso vai melhorar, irei ter uma oportunidade e acabar com tudo isso – Eu respondi e ela concordou, vi uma lágrima dos olhos de Cassie querendo descer e desabar. Logo as limpei. – Não os deixe ver que você está num momento de fraqueza – Eu falei enxugando, ela concordou mas logo abaixou a cabeça liberando mais e mais lágrimas.

Mas eu sou fraca – Ela falou ainda com a cabeça baixa e entre soluços, eu sinto pena e raiva daqueles cretinos, ela era de menor e ainda por cima apenas uma garota, ela não tinha o que eu tinha na idade dela, ela não tinha safadeza, ela tinha inocência e aquilo doía pois até em um mundo como esse você precisa aprender a se defender dessa forma, Ela tinha apenas 16 anos.

– Olha para mim, eu vou dar um jeito nisso tudo, apenas aguente firme, Ok? – Falei e ela me abraçou, eu não era acostumada com muito contato.

– Eu sei que eles todos já tentaram te pegar, até o Governador tentou te forçar a fazer isso mas você... Você poderia ter ficado, e fugido de lá, por quê não fugiu? – Ela me perguntou se referindo à prisão.

Porque eu tenho pessoas que se importam, que me amam independente de todos meus erros – Falei e pensei novamente sobre o quê eu falei, era algo profundo, eu havia admitido para mim mesma que eu estava mudando.

Você deve ama-los, realmente para fazer tamanha escolha – Ela falou e já tinha a cabeça levantada, os seus olhos já estavam inchados de tanto chorar, ela tinha marcas por todo o corpo, marcas do que aqueles homens fizeram com ela. Eu sabia daquilo, eu já havia passado já por ali, não com esses homens mas com pessoas diferentes, mas eu não era igual a ela, eu não era, parecia que eu já era treinada para esse tipo de coisa, eu me defendia mesmo sendo uma garota frágil, e eu queria falar para ela ser dessa maneira, mas ela era apenas... Frágil.

– Olhe para mim, eles estão vindo – Falei segurando seu rosto e forçando ela em me encarar – Ponha um sorriso nele, e faça o quê fazemos melhor, fingir que está tudo bem... Vai tudo melhorar, eu prometo, eu só preciso de uma brecha – Falei e ela limpou os olhos, estavam vermelhos e meio inchados, era fato, mas ela mesmo assim, fingiu um sorriso, meio irônico mas ainda conseguiu. – Ótimo, assim está melhor – Falei apertando suas mãos. Ele chegou e apenas puxou ela, ela me olhou assustada, e eu sorri para ela, afirmando que tudo ficaria bem, é, iria tudo ficar bem, assim que eu souber quando sair daquele inferno.

Fiquei perdida em meus pensamentos, tentando adivinhar o quê diabos fazer para sair daqui, desse inferno, eu queria tanto descobrir uma forma de tentar driblar todos e sair daqui. Inferno, inferno, eu pensava.

Logo senti alguém tocando levemente no meu ombro, fazendo eu sair dos meus devaneios. Olhei para trás, e vi o tal do Governador, o olhei com um certo nojo, não conseguia acreditar até onde a humanidade foi parar até mesmo nesse apocalipse, que idiotas.

– O quê você quer? – Perguntei colocando aquela ironia na voz, era dessa forma que eu me protegia. E tirando suas mãos do meu ombro, eu não era delicada, e não iria ser com ele.

– Você irá vim comigo – Ele falou e eu o olhei atônita, não era medo, era meio que medo de ele explodir todo aquele lugar, incluindo Cassie. Sei que ela não merecia morrer, mas sei que também, a morte era melhor do que qualquer lugar dali, qualquer pessoa dali. A melhor parte é que você não pode voltar.

– Para onde? – Perguntei curiosa.

– Não se faça de idiota, não vou deixar você aqui com esses homens - Ele falou me segurando pelo o braço.

– Você quer parar? Não sou um objeto – Eu falei soltando as mãos dele. Ele me puxou de leve pelo o cabelo mas ainda doeu.

Para de gritar comigo, garota. Você sabe como as coisas funcionam – Ele falou ainda segurando meus cabelos e me forçando a olhando.

– Você esqueceu de algo, Governador – Falei cuspindo as palavras – Eu não tenho medo de você – Falei puxando as mãos dele com força e jogando para ele, eu saí andando na frente, muitas pessoas ali sentiam um pingo de inveja de mim por não ter medo da morte, e nem do Governador, eles tem, mas eu não, eles podem ter inveja do jeito que eu ajo com ele, do jeito que eu brigo sem ter medo, eu queria que todos eles fossem assim, mas pena que o medo de morrer é maior, e eles sabem que morreriam.

Entramos no carro, havia ali vários homens armados e eu já sabia para onde isso iria, iria para o treinamento de homens, é, era uma futilidade, eles traziam Walkers para alguns jovens matar e se não matassem, iriam ser mortos, eu odiava passar na frente daquilo, os jovens eram fúteis demais, tinham medo de matar os Walkers, era o que restou da humanidade. Vi muitas mulheres chorando e implorando para não levarem os filhos dela, eu assistia isso do lado de dentro do carro, lá fora era o caos, alguns homens simplesmente colocavam as mulheres inconscientes por tamanho amor, e eu acho que isso é amar; É correr, é gritar, implorar para não levar a pessoa amada, é dar sua vida por ela.

O Governador mantinha aquela droga daquele sorriso irônico, eu suspirei cansada daquilo tudo, queria poder ajudar todos. Logo começamos a andar no carro e não demorou muito para chegar naquele deposito abandonado, os Walkers não passavam por ali. Descemos do carro e eu assistia tudo de longe, não gostava de me aproximar.

– Atire – O Governador mandou jogando a arma em cima do garoto que pegou ela tremendo, mirou mas não conseguiu atirar, jogou a arma no chão perto do Governador, que lançou um sorriso irônico e malvado para cima do garoto.- Como se atreve? – Ele perguntou.

Eu só não quero fazer, me mande fazer qualquer outra coisa, mas isso é desumano! É traição! – Ele exclamou pedindo piedade, o garoto deveria ter apenas 13 anos, me lembrou Carl, droga Effy, Carl está bem em casa, não precisa coloca-lo e nem se preocupar. Vi o Governador vir em minha direção, lentamente, tocou de leve nos meus ombros e fez gesto para que eu fosse para o meio, perto daquele garotinho. Os homens me olhavam, desejando, outros rindo.

– O quê você quer? – Perguntei querendo recuar.

– Mostre a ele como se faz – Ele falou me dando a arma de leve. – Faça ou eu vou fazer, mas não são com esses monstros, é com o garoto – Ele ameaçou. Olhei de lado, para o garoto que chorava de medo.

Não, eu não vou fazer – Falei jogando a arma que bateu nele, ele me olhou cheio de ódio no rosto.

– Eu mandei você fazer – Ele gritou.

– Você não manda em mim – Gritei de volta, e vi ele vim para cima de mim, o empurrei e vi que ele caiu sobre mim, consegui dar um soco em sua barriga e logo troquei nossas posições, eu fiquei por cima dele, então algo veio em minha mente, por que ele não revida? Não é porque sou uma mulher, é porque ele deve querer algo comigo. Senti ele segurando minha cintura fortemente e mudando de posição, dessa vez ele ficando por cima de mim. – Fique longe de mim e desse garoto, ou vai se arrepender – Eu falei tirando ele de cima de mim e me levantando, todos estavam olhando a situação atentos.

Ele deixou passar aquele garoto que ficou do meu lado sempre, ele tinha medo.

– Vai tudo ficar bem – Afirmei para ele, ele segurou minha mão, e logo apertou fortemente mas com uma certa delicadeza. Sorri para ele. Logo foi a hora de voltarmos para casa, escolhi outro carro, sem ser com esse Governador, estava tudo um saco. Chegamos logo no refúgio, e aquela era a pior parte.

Vi Cassie vindo em minha direção então eu a puxei para um canto. Ela se sentou de leve no sofá, vi todas as feridas dela, todas roxas e agora estavam piores.

Isso nunca vai acabar – Ela falou olhando para mim e depois analisando as cicatrizes.

– Na verdade, Cass, eu tenho um plano – Falei e ela arqueou as sobrancelhas e me olhou. Logo, lancei um sorriso para ela, e ela me lançou outro, cúmplice.


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Notas finais do capítulo

Obrigada, espero que tenham curtido o cap, amo vocês ♥



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