Lonely escrita por Novaes


Capítulo 46
I will miss you, babe!


Notas iniciais do capítulo

OLÁAAAAAA! Bom, em primeiro lugar, é, eu sei, eu sei eu tô bem atrasada, mas espero que esteja tudo bem. É, eu tenho uma desculpa e ela é maravilhosa. Mas enfim, eu estou doente, tipo MUITO doente mesmo, estou chateada. Demais aliás, tô muito doente. Obrigada gente por entender. E tô em semana de prova, só para avisar, tô me esforçando pra caramba para me manter em pé e ir para escola, tô indo para escola quase morrendo, é um esforço e espero que eu não fique de recuperação porque tenho que tratar esse pé, fazer essa cirurgia :(
Agradecimentos - lariisilva, meu amor



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P.O.V Effy

Flashback

“O dia começou muito rápido, já havia feito 1 semana que meu pai havia saído de casa, rápido demais? Talvez.

Meu pai estava confuso, ainda não acreditava e falava que era mentira mas mesmo assim foi embora porque precisou, porque quis, mas não por acreditar, pois ele se recusava a acreditar que o amor da vida toda dele apenas o traiu com o quê se falava ser seu “melhor amigo” mas é isso que fazem as pessoas conosco, elas nos decepciona.

Havia tanta decepção, tanta... Poderia ser drogas, poderia ser bebidas, ao menos era o quê as pessoas comentavam mas não... Era apenas decepção mesmo.

Não é todo dia que seu pai vai embora de casa, não é todo dia que sua amiga tem câncer e iria morrer a qualquer minuto, não... Aquilo era apenas os meus dias mesmo, já tinha me acostumado com tudo aquilo mesmo sendo difícil. Era apenas meu pai, ele não era o problema mas minha melhor amiga sim.

Minha mãe não se acostumou com a ideia e não comia e nem fazia nada, só ficou parada ali no lado da porta, esperando por algum milagre; E meu pai de repente, voltar. Era o obvio aquilo, ele não iria voltar, de nenhuma maneira, e acho que aquilo seria bom para os dois, um tempo longe, um tempo só para eles... Para pensarem sobre as consequências sobre o amor. Incrível aquilo, amor juntando e amor separando todos, era tão tentador, tão diferente, era um... Fogo com gelo, era engraçada até a situação pensando no ponto de vista sobre o tal do amor. Meu irmão ia atrás da minha mãe, o tempo inteiro, paparicando ela... Pedindo para ela sair de lá, dando copo de água, oferecendo tudo para ela, mas não, ela preferiu ficar lá! Ela cometeu um erro e agora, ele jamais pode ser concertado, ao menos não completamente.

Tomei meu banho e desci as escadas de toalha pois minha roupa não estavam limpas, droga, aquela depressão da minha mãe já estava me irritando. Eu estava com uma toalha até no cabelo.

Minha mãe estava na mesa, sua cara estava horrível, cheia de olheiras, pálida, toma triste e era até estranho ver minha mãe daquela maneira, é, eu me sentia um tanto mal por ter sido eu que tivesse estragado tudo, mas como sempre, eu estragava as coisas boas na minha vida. De alguma forma, de alguma razão, eu me sentei na cadeira e fiquei olhando para ela, de bruços na mesa. Ela se levantou e me olhou por um longo tempo.

Você é realmente bonita – Ela falou me dando um sorriso amável, sabe, minha mãe não sorri assim para mim faz um tempo, um tempo muito longo.

Assim como você, mãe – Falei e ela sorriu para mim levantando as mãos.

– Eu queria ser bonita assim... Mas isso foi a um longo tempo – Ela falou dando de ombros, levantando as mãos e voltando a aquele olhar triste, novamente.

– Você está tendo um tempo para pensar e refletir, por que você não... Pensa? – Perguntei, é, era minha vontade, ela precisava saber daquilo e me parecia que ela não sabia daquilo, que era um tempo para ela e tudo mais, ela precisava ser alertada.

– Pensar? O quê quer dizer com isso? – Perguntou ela curiosa e parecia que a ficha não havia caído para ela realmente.

– Pensar... Mãe, você cometeu um erro, está bem, eu sou uma culpada... Mãe, eu não queria que isso tudo acontecesse, mas é um alerta. O seu tempo, é precioso demais. Não o perca, você precisa descobrir o quê você fez de errado, e o porque você precisa sim, pensar e refletir sobre o quê fez, você sabe que foi errado, pense... Mãe, pense e reflita, ache uma solução – Eu falei e ela refletiu sobre o quê eu disse, era incrível aquilo, eu dei um conselho para minha mãe, era incrível aquilo, mas ela precisava da verdade, ela precisava pensar e colocar na cabeça tudo o quê fez, pois meu pai era tolo mas nem tanto.

– Eu sinto muito por você está perdendo ela – Ela comentou abaixando a cabeça. Eu dei um meio sorriso, minha mãe nunca tinha me dito aquilo. Ela estava me ajudando, me apoiando.

– Está tudo bem mãe! – Eu falei.

– Amo você me chamando de mãe, querida. Faz um longo tempo. Eu nunca ouvi você me chamado disso ultimamente. Mãe, é, eu gosto do jeito que isso soa – Ela falou refletindo quando disse “mãe”. Eu dei uma gargalhada daquilo. – Como é o sentimento da perda? – Ela me perguntou e sim, aquilo era um assunto delicado.

– Eu não sei... Eu ainda não a perdi – Falei dando uma risada do que eu disse.

– Do quê está rindo? – Ela me perguntou curiosa e com os olhos curvados.

– Eu não sei... É tudo tão frágil, mum – Falei pensando no que Emilly me disse faz uns tempos, sobre a morte.

– O quê é frágil? – Ela me perguntou.

– A morte, a sensação... É tudo tão... Frágil! – Eu falei dando de ombros. Eu não conseguia fingir, ao menos não agora, que eu estava bem sobre a situação.

– A situação da Emilly é complicada meu amor, mas você precisa ter fé – Ela falou, ela nunca foi uma mulher de fé, a olhei um tanto incrédula. Nunca fomos atrás de fé.

– Fé, mãe? – Perguntei. – O quê você está falando?

– Fé, Effy, aprenda a ter fé – Ela falou, e aquilo parecia a coisa mais normal para ela. Mas não era.

– Não há nenhuma fé, mum – Falei no mesmo tom baixo que ela, não havia razões para briga. Ela me olhou um tanto mais magoada, era triste aquilo, ela iria começar a ter fé? Quando não há alguma.

– Você está sem fé – Ela falou. Eu dei de ombros.

– Eu vou ver a Emilly – Falei me levantando pegando minha roupa e dando meia volta na mesa para lhe dar um beijo na bochecha. É, ela ainda não havia me perdido, ainda não.

Troquei de roupa rapidamente e pensei bastante sobre o quê estava acontecendo comigo, eu estava com medo, um tanto assustada, porque eu já devia estar acostumada mas não estou, não estou acostumada com essas perdas.

Logo eu fiquei arrumada, como sempre, do jeito Effy de ser. Desci rapidamente e comecei a andar até o apartamento de Emilly, não era tão longe daqui, cheguei lá e pude ouvir no corredor os gritos, a mãe de Emilly chorando, deve ser um sofrimento ainda maior de perder uma filha. Sei lá, acho que eu nunca compararia com a minha dor.

Bati na porta, evitando o quê estava acontecendo lá dentro. Eu hesitei por uns instantes.

Emilly abriu a porta com a maior cara de choro e pude ver a mãe dela levantando as mãos para o céu, e murmurando irritada, principalmente quando me viu. É, acho que ela me odiava mesmo.

– Ems, vamos? – Perguntei e ela concordou pegando a bolsa. – Para o médico, já – Falei saindo do apartamento e ela saiu fechando a porta atrás dela.

– Vamos caminhar – Ela falou sorridente e tirando as lágrimas dos olhos.

– Não, podemos caminhar depois, porque tem o médico e...

– Ele vai falar as mesmas coisas que eu já sei, não tem cura, por que acha que eles me deixaram vir aqui? – Ela perguntou e eu a olhei um tanto curiosa. – Porque eu estou fucking doente, estou morrendo, então, podemos por favor, sair para caminhar? Respirar algum ar fresco? – Ela me pediu irritada. Eu tentei para-la mas ela se irritou comigo e se afastou, indo embora, e saindo, bufei irritada e saí atrás dela. Vi que ela olhou para trás para ter certeza se eu tinha ido atrás. E deu um sorriso satisfeita.

Ela foi para aquela praça, era verde, havia crianças com seus pais brincando então ela segurou na minha mão e começou a andar. Logo, avistamos Cook. E vi um sorriso se formar nos lábios de Emilly, ela adorava Cook.

Fomos até ele e ele notou depois de um longo tempo que estávamos lá. Ele se levantou, surpreso, ele não sabia que ela estava aqui.

– Emi! – Ele exclamou surpreso e veio ao encontro dela a abraçando, mas não tão apertado. Vi ele olhando para mim e balançou a cabeça, me deu um meio sorriso mas vi que ele estava bem nervoso pois fazia bastante tempo que não via Cook. – Effy – Ele me cumprimentou, balancei de leve com a cabeça o cumprimentando de volta. Logo ele bufou e veio ao meu encontro me dando um abraço forte, é, eu sentia que eu precisava daquilo.

Logo depois que nos separamos, ele me deu um sorriso sincero e se sentou de novo na grama, nos convidando para se sentar ao lado dele. Emilly sentou de um lado e eu do outro lado de Cook, eu era a mais distante.

Eles se sentaram e vi ele segurando a mão dela, era muita saudades antecipada.

Como está a vida? – Ele perguntou e eu olhei feio para ele porque Emilly iria contar e iria começar a chorar, aquilo seria algo triste.

Difícil, ficando pior e pior – Ela falou dando de ombros e vi as lágrimas voltando ao seu olhar. – Meu cabelo está caindo, e está mais curto – Ela falou triste segurando nos cabelos e mostrando e depois voltou a sua posição, seus olhares eram vazios e olhavam para o nada.

– Vai ficar tudo bem – Ele falou e ela deu de ombros mais uma vez. Logo vi ela se encostando nele e posicionando sua cabeça no ombro de Cook. Vi logo que ele pensava em sussurrar algo. – Eu vou sentir sua falta, babe – Ele sussurrou no ouvido de Emilly e ela ficou lá, segurava uma mão de Cook e a outra mão de Cook foi estendida para mim. Segurei ela, como um gesto de saudades, de amizade, de amor...”


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Notas finais do capítulo

Amo vocês, obrigada por entenderem ♥
E eu sinto muita falta daqueles comentários grandes...



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