Angels and Devils escrita por FChastel


Capítulo 6
Especial - Fight for you


Notas iniciais do capítulo

Demorou mais saiu! Não me odeiem pela demora, me desculpem. Apenas leiam e aproveitem.



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ANGELS [AND DEVILS]

ESPECIAL – FIGHT FOR YOU

Rukia corria, os pés já doíam, queimavam no contato com o asfalto. Por que justo naquele maldito fim de tarde ela decidira deixar Ichigo sozinho? Por quê?

O peito se enchia com a sensação de desespero fluindo em si. Ela tremia, sentia calafrios, se não pudesse ajuda-lo, se algo acontecesse... Ela não podia nem pensar, só corria devido a uma maldita limitação. Ela praguejava. As gotas da tempestade batiam contra seus olhos fazendo-a piscar num momento tão inoportuno.

De longe ela pôde avistar a casa, graças a Deus! Apertou o passo já se preparando para entrar. Escalando habilidosamente ela chegou até a janela e a forçou para o lado, gerando um barulho baixo. Praguejou de novo e ainda mais. A janela estava trancada.

— Merda Ichigo! – Ela gritou, porém a janela e a chuva abafaram o som, mesmo assim a sombra se virou, procurando a origem do barulho.

Ichigo empurrou a sombra e correu, a morena quase sorriu, tentou mais uma vez com calma abrir a janela, o ruivo acabaria com a raça dela se esta fosse quebrada. Falhando de novo na tentativa de mover o trinco ela se irritou, ao mesmo tempo em que viu a sombra morder o garoto. Grunhiu ao ver o sangue na camisa deste.

A morena nem se importava com o resto do mundo, dane-se tudo. Aquele demônio pagaria por tê-lo ferido! Chutou com força o trinco o quebrando, com a mão que não a segurava ela abriu a janela, numa questão de segundos jogava o corpo pra dentro do quarto e gritando um nome comum ela atacou.

A espada era pressionada pelos dentes afiados desta, graças ao feixe de luz gerado ao invocar a espada ela teve uma brecha. Moveu o braço para cima com força e afastou a criatura. Sem olhar para Ichigo a voz raivosa ordenou:

— Saia daqui! Volte quando as luzes acenderem!

— Mas---

— Vá – Ela teria o socado se a situação fosse outra.

Ele hesitou, ela não entendeu. Por Deus, ele estava em perigo! O garoto não tinha nenhum bom senso para correr dali? Ela ainda encarava a sombra, que agora tinha um ar de desinteresse. Ao ouvir a porta se fechando ela relaxou mais os músculos.

— Agora eu não quero mais brincar... – A voz masculina soltou desinteressada. – O prêmio era o ruivo... Um anjo como você não tem poder, portanto, não tem graça.

— Então é o poder que atrai vocês... Quanto mais alto o poder da vítima, mais fortes se tornam?

— E por que quer saber, anjinha? – Os olhos azuis a encararam divertidos. Talvez ela fosse interessante.

— Curiosidade? Estudamos vocês por muito tempo e não sabemos o motivo...

— Sério? – Ele riu. – Porque é saboroso, anjinha. Mas não estamos aqui para conversar, não é mesmo?

Uma sombra densa surgiu perto da mão direita e dela uma espada saiu.

— Não.

A imagem da mordida no ombro de Ichigo queimou na mente de Rukia e deu ainda mais forças a ela. As espadas se chocavam, causando pequenos cortes aqui ou ali, no ombro, no rosto, nas coxas, maculando o vestido, instigando o inimigo. A cada corte que o homem recebia parecia que seu animo era revigorado. Avançava com ainda mais força para cima da morena, antes ela parecia fraca, agora, a cada novo golpe desferido contra ele, a cada esquiva, a cada movimento rápido e equilibrado ele se convencia do contrário, e se divertia. Podia ver a determinação queimando nos olhos dela, e que olhos. Será que todos os anjos eram assim?

— Você se distraiu... – A voz dela tinha um tom debochado enquanto ela olhava de modo repugnante o sangue preto escorrendo de sua lâmina.

O demônio de cabelos azuis e olhos da mesma cor observou o corte. A marca sangrenta estendia-se do seu obro esquerdo até a cintura do lado direito. Não era tão funda, mas era a primeira vez que recebia tal corte. Até o momento seu corpo era liso e perfeito, livre de qualquer cicatriz ou marca, mas aquele corte deixaria uma. Irritou-se ao mesmo tempo em que avançou para cima da garota.

As espadas se chocaram com muita força, faíscas refletiam uma luz fraca no rosto dos dois, e então ele sorriu sádico, ainda forçando a espada contra ela, agora apenas com um braço, ele segurou o pulso dela e subitamente o virou, o estalar do osso fez Rukia gritar e soltar a espada.

— Agora eu vou provar você, anjinha.

Num movimento rápido, que impediu Rukia de reagir ele a mordeu na altura das costelas. Rukia gelou, sentindo-se tonta instantaneamente, mas não seria agora que ela ia fraquejar. Socou o rosto do outro, fazendo com que os dentes rasgassem a pele. Ela apertou as unhas no pescoço dele com tanta força que as unhas curtas perfuraram a pele. Ele a soltou.

No segundo seguinte ela já empunhava a espada e lhe desferia outro golpe, cortando levemente o antebraço. Porém já se sentia fraca, o cômodo girava, a visão, já falha devido a escuridão embaçava.

— Veneno, anjinha... Provavelmente estará morta em meia hora, devido à dose que acabou de receber.

— Maldito! – A voz alta era quase um grito. – Não ouse tocar nele! Eu juro que te mato!

— Vai estar morta! – Ele rebateu sorrindo. – Não vai poder fazer nada quando estiver morta, e eu só vou me divertir. Nem posso matá-lo.

— Eu volto! Volto pra te matar! Se tocar nele eu juro que vou arrancar cada membro do seu corpo!

O demônio começou a rir. Apesar de as palavras soarem convincentes ele não acreditava. Andou até achar a espada e chegou até ela, quando estava prestes a desferir um último golpe as luzes se acenderam. O choque o assustou, e aproveitando a chance Rukia o cortou novamente. O corte fundo quase arrancou o braço esquerdo do maior, e com a luz acesa ele não podia fazer nada.

— Vai ter volta anjinha. Ainda te devorarei, com o maior prazer do mundo.

Tornando-se uma sombra novamente ele sumiu.

— Droga! – Ela praguejou olhou ao redor do cômodo procurando o comunicador.

Levantou-se resistindo a vontade que tinha de se jogar no sofázinho e adormecer perto da janela, sentia como se fogo estivesse se espalhando a partir de suas costelas. Olhou para a porta com o ruído que ela fez e viu Ichigo, uma visão embaçada e distorcida. Olhou o ombro, a blusa estava manchada com o pouco sangue que a ferida liberava, preocupada com a expressão dele mexeu as pernas, com dificuldade, tentando alcança-lo. Um passo, dois passos, e mais nada. As pernas não obedeceram.

Sentiu os braços ao redor dela. Ichigo. Ichigo. Pegue o comunicador Ichigo. Não sabia se a voz saía, confirmou apenas quando o garoto a soltou e trouxe o comunicador. Ajuda, ela chamou por ajuda no comunicador, sem noção do som baixo da sua voz. Dor, ela apertava o ruivo como se a dor fosse passar.

O medo se apossou dela. Não podia deixa-lo sozinho.


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Notas finais do capítulo

Aee!! Gostaram? Vejo nos reviews! Beijos leitores amados