Angels and Devils escrita por FChastel


Capítulo 5
Danger


Notas iniciais do capítulo

Aee, com esforço saiu. Espero que gostem!



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ANGELS [AND DEVILS]

DANGER

Quando os olhos extremamente azuis fitaram os castanhos tudo o que Ichigo sentiu foi medo. Pavor. Todos os pelos do seu corpo se arrepiaram e ele sentiu uma vontade justificável de correr pela sua vida. Mas não dava, podia tentar pular da janela, não seria uma queda muito feia, mas lembrou-se de ter fechado todas elas. A sombra estava perto demais da porta, e não havia mais saídas. Droga. Ele pensava em uma maneira de escapar quando a voz rouca o tirou dos seus planos.

— Que bom que você está sozinho! Sem ela aqui eu vou poder me divertir bastante com você...

Ichigo estremeceu.

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Masaki olhou assustada para as escadas, não relaxou os músculos rijos quando as mãos do marido apertaram-lhe os ombros. O homem, normalmente brincalhão, agora falava num tom sério:

— Ele ficará bem, um deles está a caminho.

— Mas... O nível parece tão alto! – Ela quase correu para as escadas, novamente foi contida.

— Em nossa atual situação, se formos lá não conseguiremos ajudar. – A expressão de Isshin era intensa, a luz das lanternas apenas o tornava mais sério. – Se preocupe com as pequenas.

Isshin apontou Karin e Yuzu sentadas no sofá, rindo e brincando com as lanternas.

— Acredite Masaki, – Isshin continuou – este ‘nasceu’ apenas para protegê-lo.

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Ainda tremendo Ichigo se afastava da estranha criatura, rapidamente dava passos em direção à janela com o intuito de abri-la e sair, uma pena seu esforço ser em vão. A sombra moveu-se rapidamente e o jogou contra a parede, as costas arderam com o baque alto, sentiu uma pressão, empurrando-o ainda mais contra a frieza nas costas um “corpo” passou a prensá-lo. A sombra respirou fundo perto do pescoço de Ichigo, parecia um animal rastreando a presa.

— Parece delicioso. – A voz masculina fez Ichigo se retesar.

Para espanto de Ichigo não só a voz da criatura era masculina, mas o formato dele também. A sombra tinha o porte de um homem com no máximo, e extrapolando, 20 anos. Um corpo forte e musculoso que ainda o segurava contra a parede, tocava a pele com a ponta do nariz soltando um grunhido, como um animal prestes a deleitar-se com sua caça.

A sombra teve um minuto de distração com um barulho na janela, tendo a chance o ruivo o empurrou com força. O ruivo correu até a porta, mas a recuperação do outro foi ainda mais rápida, agarrando-o no meio do caminho mordeu seu ombro, Ichigo sentiu a dor aguda quando os dentes pontiagudos deste penetraram sua pele. No momento em que ele se afastou segurando o ombro pode ver os olhos da sombra tornando-se vermelhos.

— Sangue. – Ela sussurrou.

Olhando Ichigo como uma refeição a sombra avançou com os dentes para cima dele, de repente ouviu um estrondo na janela e uma luz forte faiscou. A sombra rugiu com raiva e o ruivo pode observar que esta agora mordia a lâmina de uma espada que Rukia segurava. Movendo o braço para cima com força ela afastou a criatura e sem olhar para o rapaz ordenou:

— Saia daqui! Volte quando as luzes acenderem!

— Mas---

— Vá – Ela o interrompeu quando ele tentou contestar.

Ichigo hesitou, queria ajuda-la, mas sabia que devia obedecer. Correu pelas escadas tampando o sangue que maculava aos poucos a camiseta. Sentia-se meio zonzo. Quando foi questionado pela irmã o porquê da demora justificou dizendo estar no banheiro, aceito por elas. Não notou que a mãe olhava preocupada para seu ombro.

Ichigo começou a suar, um suor frio, um desconforto, um medo. Em sua cabeça consegui imaginar os sons da luta, as imagens passavam por sua cabeça em flashes. Perguntava-se a cada par de minutos se Rukia estava bem. Sentiu um aperto no peito quando os minutos começaram a se arrastar, rezava para a luz voltar o mais rápido possível, mas as preces eram ignoradas.

Depois de quase meia hora de aflição a luz se acendeu, esperou ainda um ou dois minutos na sala com a família para não levantar nenhuma suspeita. Levantou-se tentando não aparentar pressa, mas tinha a respiração rápida e nervosa. Correu pelas escadas tropeçando novamente antes de chegar até a porta do quarto, abrindo-a e fechando logo em seguida observou Rukia em pé perto do sofázinho, a respiração era pesada devido ao esforço e sangue negro escorria do fio de sua espada. Ela deu dois passos na direção dele, que também se apressava ao encontro dela, o terceiro passo foi em falso, ela despencou, sentindo-se fraca, até ser amparada pelos braços de Ichigo.

Pegando-a no colo ele a deitou na cama, ela rangia os dentes e apertava a pequena mão em seu ombro. Dor. Estava doendo muito, como se fogo escorresse por todas as suas veias, queimando e destruindo músculos e nervos. O veneno a consumia por dentro, mas pelo menos o outro saíra tão mal dessa batalha quanto ela.

Ichigo parou para analisar o estado da morena, pelos braços e pernas havia apenas ferimentos superficiais, um ou outro corte mais profundo podia ser visto. O vestido estava rasgado em vários pontos, marcas de garras se estendiam pelo tecido branco. Oque preocupava Ichigo era a enorme mancha de sangue maculando a pele e o vestido da garota, a marca profunda na altura das costelas do lado esquerdo parecia uma versão piorada da mordida que ele levara no ombro. Sentiu uma tontura novamente, porém não a soltava. Sentia-se um idiota impotente por não ter conseguido ajudar Rukia, por apenas poder segurá-la ali enquanto ela se contorcia e grunhia de dor.

— Ichi... – A voz entredentes chamou a atenção do ruivo. – Pegue para mim.

Ela apontou o objeto prateado no chão, parecido com um celular. Soltando-a ele pegou o objeto, após entregar á garota o pequeno objeto passou a segurá-la novamente. Ela discou apenas um número: 1.

— Preciso de ajuda... Veneno. – Logo em seguida ela desligou.

— Sente muita dor? – Ichigo perguntou ao sentir que ela apertava ainda mais seus ombros, cravando as unhas na camiseta e arranhando de leve a pele.

— É o veneno. Queima. – Ichigo arregalou os olhos – Você também foi envenenado, apesar da pequena quantidade, vai ficar tonto por um tempo, mas vai passar. O efeito chega a ser dez vezes pior em anjos, e com a dose que recebi...

Assustado o garoto passou a tentar estancar o sangramento dela.

— O que fez com o celular? – Ele disse ainda refletindo sobre o pedido de ajuda.

— Pedi ajuda. Eu não tenho nenhuma dose de antidoto aqui, e também tenho que me curar...

— Certo. – Disse ainda mais incomodado com a sua impotência, no momento só podia segurar a garota e esperar por um milagre.

Poucos minutos se passaram e Ichigo só podia observar a aflição da morena, ela rangia os dentes e grunhia, apertava os ombros do maior que não podia fazer nada. Uma forte rajada de vento entrou pelo quarto, trazendo consigo uma figura misteriosa.


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Notas finais do capítulo

Mistério! Amo mistério, mas vocês já devem desconfiar. Espero reviews!