Angels and Devils escrita por FChastel


Capítulo 11
Battle II


Notas iniciais do capítulo

Demorei, né? Não me odeiem, eu, juro, estava tentando fazer o melhor para vocês.
Tive até que dar uma pausa já que não saia nada ;-;
Mas vocês têm que ser um pouquinho pacientes ok? Minhas aulas voltaram e eu realmente NÃO POSSO PEGAR NENHUMA RECUPERAÇÃO NAS MATÉRIAS TÉCNICAS, e nas do médio também! Não porque já estou ferrada, mas sim porque foi devido a isso que parei de escrever da última vez.
Estou bem melhor esse ano, eu consigo entender todos aqueles negócios de eletrotécnica e pá, mas enfim
Sejam bonzinhos, eu postei u.ú
Espero que gostem!



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ANGELS [AND DEVILS]

BATTLE II

O sorriso no rosto de Grimmjow desapareceu. Eles deviam ter sido impedidos, exterminados na fronteira, mas estavam ali, um ou dois arranhões podiam ser vistos. Os músculos ficaram tensos, o que também aconteceu com os companheiros.

— Pode remover a limitação. – O ruivo falou risonho já se aproximando com uma loura no encalço.

— Muito obrigada.

Os demônios encontravam-se encurralados agora, e o caminho para Ichigo estava livre. Rukia comandou silenciosa para o casal, o cara de chapéu assentiu. Num piscar de olhos eles estavam ali ao lado dele, o homem agarrou o braço com força e a mulher fez o mesmo em seu ombro.

— Infelizmente não pode ficar aqui, Kurosaki-san. – O chapéu listrado tampava os olhos, Ichigo desviou o olhar quando sentiu uma onda ainda mais densa de pressão.

Rukia tinha em mãos uma fita vermelha que ela vagarosamente desenrolava do braço, quando terminou fitou Grimmjow com um brilho no olhar, as espadas se chocavam por todos os lados. Renji lutava contra o moreno e a garotinha e as duas louras se enfrentavam não muito longe. Os pais estavam a poucos metros de si, lutando contra o homem pálido. Todos ali o protegendo, enquanto ele não podia fazer nada. Irritou-se.

— Como eu liberto meu poder? – Ele perguntou, lembrando-se do que a mãe dissera.

— Como é? – A mulher de olhos felinos esbravejou. – Você não vai libertar merda nenhuma, garoto. Vamos embora Kisuke.

Os dois ameaçaram arrastá-lo, mas ele se livrou do aperto.

— Eu só estou selado, então tem um jeito de eu me libertar. Não é? – Ele procurava qualquer reação negativa. Nada. – Eu sei que tem! – Esbravejou.

— Tire logo ele daqui! – Rukia gritou ao longe.

— Não é tão simples, Kurosaki-san, portanto venha conosco! Precisamos que esteja seguro.

— Fale logo! – A voz dele sobrepujou mais um grito de Rukia

— Você não está apenas selado, - Urahara desistiu da discussão inútil que só irritava uma pequena garota que estava por ali. – carrega consigo um objeto que não permitirá que o selo seja quebrado, já que se utiliza do seu poder para amadurecer. Esse objeto é a chave para a vitória, não deixe que ele se per---

— Quero saber como eu liberto a porra do meu poder! – Em seus olhos um brilho de determinação nunca visto antes por Urahara.

— O objeto precisa que você deseje do fundo de seu coração. – Disse apenas, quase deixando um enigma no ar.

Em uma fração de segundos Rukia atingiu Grimmjow e correu na direção de Ichigo, se ninguém fosse fazer o trabalho ela mesma faria. “Lilynette”, ouviu alguém gritar, mas não hesitou, as costas já se expunham mostrando superfícies cobertas de plumas brancas prestes a se libertarem. Porém por um instante viu a pequena garota de cabelos amarelos e no instante segundo estava jogada no chão. As costas queimavam com a dor lancinante do choque e a espada já se direcionava ao seu peito. Com força a garota abaixou a lâmina, que para a surpresa de todos fora desviada por uma ainda maior.

— Eu desejo. – O sussurro soou enquanto o poder espiritual assombrava a todos, era muito poder para uma só pessoa.

Os demônios se entreolharam e claramente agora estavam na defensiva. Rukia sorriu emocionada, as gargalhadas baixas foram ouvidas enquanto ela se levantava.

— Vamos acabar logo com isso. – Ela olhou os olhos determinados do Kurosaki, que apenas assentiu.

Os anjos avançaram, e com a desvantagem numérica os demônios recuaram. Ainda recebendo ataques de oponentes variados eles se mantiveram fortes e resistiram por um longo período de tempo. Ichigo desfrutava da sensação de poder correndo em suas veias, a espada que empunhava por pouco não era do mesmo tamanho que o rapaz. Uma armadura forte e branca agora revestia seus ombros, costas, peitoral e parte das pernas, bloqueando sem esforço ataques dos demônios.

Ele não sabia o que estava fazendo, manejar uma espada não era algo de seu costume, mas ainda assim tentava, e mesmo desferindo golpes de modo atrapalhado estes poderiam ser fatais. Tomava a frente de Rukia atacando o homem de cabelos azuis, que diferentemente dos outros não apresentava dificuldade em lutar contra dois. Por um segundo o ruivo se distraiu ao ouvir a voz da mãe, algo cortou o vento deixando um assovio ser ouvido por Rukia, a espada de Grimmjow entrou facilmente na carne do ombro de Ichigo, mesmo passando pela armadura. Rukia soltou um silvo baixo e em um segundo segurava o outro pulso de Grimmjow.

— Agora não vai ter mais volta. – Disse empunhando Sode no Shirayuki com mais força.

A lâmina branca, já maculada, atravessou o braço do maior o fazendo urrar de dor. O membro fora totalmente arrancado dessa vez, tornando se apenas um vulto negro quanto tocou o chão. Recuperando-se da dor ao receber o corte no ombro Ichigo balançou a espada, cortando o peito do maior que caiu no chão sem forças.

— Grimmjow! – Os companheiros gritaram indo até o homem.

— Vai ter volta! – O azulado conseguiu grunhir antes de fugir com os outros.

— Maldito! – Rukia tentou segui-los, porém foi parada por Renji.

Todos ofegavam, mas não evitavam sorrir vitoriosos. Haviam vencido a batalha, e o ruivo agora podia lutar. Isso não deveria ser possível, mas se ele o fez, então o que poderiam dizer? A mãe o abraçava, preocupada e orgulhosa enquanto Rukia discutia com os outros quatro. Renji e a loura, que descobrira se chamar Rangiku, saíram para observar os arredores e garantir segurança. A morena o fitou sorrindo enquanto a mãe o curava. Isshin se aproximou.

— Muito obrigado, Rukia-san, sem você isso poderia ter dado errado. – Ele a tocou no braço.

— Ah, não! Que isso! Não tem que me agradecer. – Ela balançou as mãos em frente ao peito, envergonhada.

O homem sorriu. Rukia retesou os músculos das costas.

— Isshin-san. – O homem a fitou. – Se não se importar eu gostaria de me esticar um pouco. – Ela apontou as costas com o polegar.

— Pode ir, filha. – Disse gentil, dirigindo os passos na direção de Ichigo.

O ruivo olhava para a mãe enquanto esta curava o ferimento em seu ombro. Por mais estranho que parecesse havia aprendido com o tal Urahara a “desativar” a armadura, logo depois o louro o convidou para treinar em algum lugar e se foi. Virou o rosto para o lado de Rukia, longe dali, que se despedia dos dois. Apenas ficou fitando a garota. Espantou-se ao ver uma estrutura branca saído da abertura do vestido. Inicialmente dobrada, aquela coisa tinha o formato de um “V” de ponta cabeça, porém quando se esticara ficara quase reta, revelando uma grande envergadura. Repetiu as ações com a do outro lado, deixando o ruivo admirado.

Afinal, anjos têm asas.

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Os olhos abriam-se levemente ao som das pequenas passadas curtas perto da cama. Podia perceber que elas iam e voltavam de tempos em tempos. O silêncio veio tempo depois e ele fechou novamente os olhos. Estava cansado, e ficara acordado por um bom tempo na noite passada esperando Rukia voltar. Não conseguira, vencido pelo cansaço ele dormiu. Sentiu um peso na cama em suas costas, abaixando o colchão levemente.

— Ichigo? – Ela disse baixinho.

Virando-se na cama Ichigo a encarou ainda sonolento. Para sua surpresa ela usava uma das camisetas dele, branca e de mangas longas, não sabia se ela usava uma bermuda já que as pernas torneadas estavam expostas. Ela estava linda, mas ainda assim ela estava usando as roupas dele. Bufou.

— O que está fazendo com a minha camiseta? – Resmungou com a voz ainda rouca.

— Bom dia também, seu cabeça de cenoura! – Ela grunhiu.

— O que foi? Por que me acordou? Que horas são? – A enxurrada de perguntas a irritou um pouco.

— São seis. Na verdade, quase seis. Quero te pedir um favor.

— Às quase seis da manhã? – Resmungou. – Fala logo.

— Está frio, muito frio, e não achei nenhum cobertor. Posso me deitar aqui?

Ele corou, mas ainda assim não pode negar que era uma oportunidade. Assentiu com a cabeça. Ela levantou as cobertas e Ichigo se arrepiou com o ar frio que entrou. Tinha esfriado bastante durante a noite. Ela se remexeu e Ichigo continuou quieto, apenas observando-a. Uma das pernas da pequena tocou o braço exposto do ruivo, fazendo-o notar como ela estava fria. Um minuto se passou e ela estava quieta, tremendo levemente.

— Ei, Rukia. – Ele a chamou movendo-se na cama.

— O que foi?

— Sabia que a temperatura do corpo humano é de trinta e sete graus célsius? – Ok. Essa foi péssima.

— E? – Ela perguntou desinteressada.

— Bom... Fica bem mais fácil se esquentar se estiver perto de alguém...

Os braços dele já enlaçavam levemente a cintura pequena da garota, que corada tentou se afastar, uma tentativa mal sucedida já que os braços fortes do maior não permitiram que ela o fizesse.

Ele se arrependeu ao sentir o frio do corpo dela, arrepiou-se levemente, porém não rompeu o contato visual nem por um segundo.

— Puta merda, Rukia. Você está gelada pra cacete! – Murmurou baixo.

—Se você me soltasse não estaria tão incomodado. – Ela disse baixinho, corada devido à proximidade deles. Ela tinha a frente de seus olhos cor de âmbar do maior.

— Não vale a pena te soltar. – A voz rouca soava novamente.

E então nenhuma outra palavra saiu daqueles lábios. Apenas os olhos se encaravam. As mãos frias da pequena agora estavam nos ombros do maior, este acariciava levemente a camiseta fina com a ponta dos dedos, uma das mãos moveu-se até a nuca dela enlaçando os dedos nos cabelos negros e sedosos. Sem resistir por mais tempo ela o beijou, surpreendendo o ruivo que apenas retribuiu aproveitando a sensação e logo depois seu tão imaginado gosto quando ela cedeu passagem para a língua do maior. Separaram-se não muito tempo depois, a pequena enfiou a cabeça na curva do pescoço de Ichigo murmurando um “idiota”. Ele sorriu. Talvez o sorriso mais sorridente que ele podia ter dado em anos.


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Notas finais do capítulo

Deixem reviews, pode ser para reclamar, elogiar, surtar, me chamar de burra e qualquer outra coisa, só comentem amados, quero saber o que acham!!
Até!!