Angels and Devils escrita por FChastel


Capítulo 12
With you


Notas iniciais do capítulo

Demorei né? Me desculpem, mas eu tive motivos u.u
PORÉM se me odiarem e pararem de ler a fic o problema será todo de vocês!
Portanto me perdoem.
E aproveitem!!



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ANGELS [AND DEVILS]

WITH YOU

O sol estava alto quando os olhos do ruivo se abriram de novo. O braço esquerdo formigava lentamente devido ao corpo em cima dele, porém não se importava. Respirou absorvendo o cheiro doce dela. Lembrava chocolate. Ele sorriu, amava chocolate. Roçou os dedos nas madeixas curtas em sua mão, um leve afago na nuca da garota que estava encolhida entre os braços do maior.

Com o braço livre alcançou o celular sobre o criado-mudo, eram dez e quarenta. Haviam ficado quase cinco horas ali. Colocou o objeto novamente no lugar e abraçou a garota, enfiando o nariz entre os cabelos bagunçados da morena. Respirou fundo novamente. Sentiu as mãozinhas em seu peito o empurrando.

— Me deixa dormir! – Ela murmurou.

— Não... – Ele resmungou e depois riu baixinho. – Já é bem tarde, sabia?

— Se quer levantar fique à vontade. – Ela disse, agora completamente desperta, olhando-o nos olhos.

— Você é chata!

E ele a beijou na testa, Rukia não pode evitar sorrir. Enlaçou novamente os braços no pescoço do maior e puxou-o para outro beijo. Ichigo retribuiu de imediato, adorava aquela sensação nova. Não que nunca houvesse beijado ninguém, pelo contrario, já esteve com algumas garotas, mas com Rukia era totalmente diferente. Sentia algo diferente no estômago e tudo que poderia estar em sua mente era soprado para longe. Os lábios dela acariciavam os dele com certa experiência, o que o deixava curioso e enciumado, ela rompeu o beijo por um segundo.

— O que foi? – Ela perguntava, a expressão era um pouco preocupada. Ouviu o ruivo murmurar um “nada”, porém não ficou convencida. – Parecia inquieto...

— Só me beija, ok? Não é toda hora que você fica toda amável assim. Você costuma me socar, lembra?

— Eu devia fazê-lo agora, cabeça de cenoura. – Ela ralhou fazendo uma veia saltar na testa do maior. Desde quando ela dava apelidinhos chatos como aquele?

— Baixinha e chata.

— Pelo menos você gosta de mim... – Ela deu de ombros com as bochechas coradas. – Vamos levantar.

E sem esperar por ele, ela o fez, sentou-se na cama e esticou os braços ao alto, o ruivo fez o mesmo. A sensação de ter acordado ao lado dela era tão boa que ele não podia esconder o sorriso que surgia em seus lábios. Ela se levantou e se despedindo com um aceno, nada mais que isso, pulou pela janela.

Ele a ignorou, provavelmente ela voltaria logo. Apenas continuou com sua rotina matinal. Ajudou a mãe com a refeição e conversou bastante com ela sobre vários assuntos, agora novos em sua vida. Ela informou ao filho onde se localizava Urahara, e recomendou que ele começasse o treinamento o mais rápido possível. Afinal, uma guerra estava começando.

Após o almoço ele se arrumou, ainda curioso sobre onde Rukia estava saiu com o pequeno papel em mãos. Nele havia um endereço. Os passos eram calmos e desinteressados, perguntava-se o que poderia aprender com o homem do chapéu e que tipo de relação tinha com Rukia.

Rukia. Mais uma vez a imagem dela era projetada na mente dele. Sorriu. Ela o fizera sentir tanto em tão pouco tempo que era surreal. Seria possível se apaixonar em tão pouco tempo? Um riso soou mais alto daquela vez e ele pode sentir olhares curiosos dos que passavam por ele. Kurosaki Ichigo riu sozinho pela primeira vez em meses.

— Kurosaki-kun? – A mão tocava seu ombro tirando-o de seus pensamentos. Olhou para o lado e viu a garota de longos cabelos ruivo-acastanhados que sorria radiante para o rapaz.

— Ah, olá Inoue. – Ele sorriu e recebeu um beijo na bochecha como cumprimento. – Tudo bem? O que faz por aqui? – A menina de belos olhos acinzentados, quase pratas, tinha uma beleza rara. O corpo de curvas perfeitas era coberto por roupas simples, deixando o conjunto ainda mais atraente. O vestido rosa era acompanhado por sapatilhas e um casaquinho de lã branco. O vento frio balançou os cabelos, que ela colocou atrás da orelha.

— Estou bem sim, Kurosaki-kun. Estava voltando pra casa com essas compras. – Agora ele notara as várias sacolas que ela carregava. – E você?

— Estou bem! – Ele tinha coisas para fazer, mas sua mãe lhe ensinara como ser um perfeito cavalheiro. Era caminho. Seria rápido. Suspirou e tomou-lhe as sacolas. – Eu levo.

Ela ia protestar, porém ele apenas saiu andando na direção anterior e então a ruivinha não pode fazer nada a não ser acompanha-lo. Sorriu ao observar o ruivo caminhando ao seu lado. Por baixo da camiseta de mangas longas azul, e apertada, ela podia ver os músculos retesados. Corou e se repreendeu. Não podia evitar. Kurosaki Ichigo era simplesmente perfeito.

Chegaram rapidamente à casa da moça, que agradeceu por tudo abraçando com força o Kurosaki. Ainda convidou-o para entrar, o rapaz recusou e continuou o caminho. Inoue Orihime, em sua opinião, era uma menina perfeita. Sempre dedicada a tudo, preocupada com todos e bobinha. Não de um jeito ruim. Aquilo ainda adicionava mais beleza e inocência à garota. Não que gostasse dela. Ou melhor, gostava sim. Como amiga.

Saía com ela e sempre acabavam por trocar alguns abraços, na verdade, ele sempre recebia abraços da tímida garota de longos cabelos ruivos. Talvez ela sentisse algo por ele, mas e ele? Ele não podia deixar uma marca funda na garota, pois para ela, ele nunca saberia conjugar o verbo “amar”. Simplesmente não era assim com os dois.

Diferente de Rukia. Ah! Ele tinha que comparar as duas mesmo? Tinha. Com ela era tudo diferente. Se não a conhecesse há pouco tempo, e em um período mais que surreal em sua vida, poderia jurar que já teria dito “Eu te amo” um milhão de vezes. Oras, não é preciso conhecer alguém por muito tempo para amar esta, é? Se for: foda-se. Kurosaki Ichigo sentia-se conectado a Rukia como nunca pensou ser possível. Uma alma em dois corpos? Clichê. Mas era a única explicação que ele conseguia achar.

Tudo nela o cativava. E quando se é cativado por algo, alguém no caso, tudo se torna especial fazendo com que se lembre deste alguém. Sem lembrava disso do livro que leu há duas semanas. Sentia-se cativado pela morena. O céu azul lembrava seus olhos, e como eles não eram nem um pouco claros daquela maneira. Aquele tom meio violáceo dos olhos dela o submergiam em um oceano. Sentia tudo a sua volta contrair-se sobre o corpo dele, mas a sensação que lhe causava tontura e falta de ar por outro lado era tão boa quanto a sensação de seus lábios nos dele.

Ah sim! Os lábios macios como o toque do sol em sua pele naquele dia, em especial. Porque o sol estava fraco, preguiçoso. Calmo. Tocava a pele de Ichigo tentando atravessar uma ou outra nuvem intrometida. O calor permanecia na pele por um tempo. Assim como os beijos da morena.

Parou de divagar ao lembrar-se de que ela não havia dado sinal de vida desde que saíra por sua janela, usando suas roupas. Bufou e parou em frente ao pequeno estabelecimento. Loja Urahara, era ali que passaria um bom tempo a partir de agora.

Olhou para o céu uma última vez antes de entrar no lugar. Desejou, por um finito segundo, ver um vislumbre de asas vindo em sua direção.


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Notas finais do capítulo

LEITORES NOVOS E VELHOS, deixem comentários ;)
E até o próximo!!