Naruto – O Retorno do Clã Uzumaki escrita por Leitor de Animes


Capítulo 24
Capítulo Especial – A Missão de Rikka e Ringo Pt. 2


Notas iniciais do capítulo

Este é o 2/3 da Semana Extra.
Partiu ler?



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Bem, onde nós estávamos? Ah, já sei: Ringo e Rikka iriam ter uma conversa com o pai de Issa.

Eles estavam em uma sala de reunião, todos ajoelhados em volta da mesa. O pai de Issa havia trocado seu uniforme de ninja por uma roupa tradicional e se sentava à cabeceira. Em seu pescoço, um medalhão vermelho circular. Sua esposa, também de roupa trocada, estava ao seu lado direito. Ela usava um brinco vermelho, como o de Issa.

Rikka e Ringo estavam do outro lado, dividindo a cabeceira. No meio da mesa, Ryuu e Issa só observavam.

– Bem, o que querem? – perguntou o homem. – Por que estão aqui?

– Bem, viemos aqui por causa de um contrato Tatsuo. – disse Ringo.

– Tatsuo? – perguntou o homem, com uma voz autoritária, mas meio forçada. – Ele está morto há quatro anos. A menos que vocês sejam necromantes, ele não poderia ter falado com vocês.

– Ele falou conosco e pediu para que viéssemos aqui buscar o filho dele Ryuu e a noiva Issa. – disse Rikka. – Vocês podem ter se confundido e ele esteja vivo. Isso ou essa história que contaram de ele estar morto é uma farsa.

– Como assim? – perguntou Ryuu, curioso. – Está dizendo que eles estavam mentindo para mim o tempo todo?

– Exatamente isso. – disse Ringo.

O pai de Issa não aguentou mais aquilo.

– Vocês acham que podem vir aqui e dizer que eu ando mentindo para meu futuro genro? – ele se levantou e sua voz estava cheia de raiva.

– Sua postura ao dizer isso comprova o que dissemos. – disse Rikka.

Ryuu parecia confuso, mas por fim disse:

– Eu vou com elas, senhor Koji. – disse Ryuu. – Se me permite, eu também levarei a Issa comigo.

– Não permitirei! – disse Koji. – Como atual líder do Clã Kamui e como pai dela, eu não permitirei!

Issa pareceu ir contra o ponto de vista do pai.

– Pai, eu quero, não, eu devo ir. – disse ela, se levantando. – Sei que estarei desrespeitando o senhor, mas eu devo proteger meu noivo.

A mãe de Issa parecia com medo, mas ainda assim conseguiu dizer:

– Filha, você deve ouvir seu pai. – ela tinha uma voz suave, que poderia acalmar até o mais furioso homem.

– Mãe, me desculpe, mas eu tenho que ir.

– Eu cuidarei dela, senhora Ai. – disse Ryuu, se levantando. – Eu devo descobrir a verdade de uma vez por todas.

Eles se prepararam para sair, mas Koji ficou extremamente raivoso.

– Vocês não vão sair daqui! Não dessa vila! – ele olhou diretamente para Ryuu e fez um olhar extremamente psicótico. – Seu pai... Eu mesmo devia tê-lo matado quando tentou fugir, mas eu deixei que aqueles incompetentes o deixassem fugir... – ele mudou sua postura, dessa vez mais sério. – Se forem embora, saibam que iremos atrás de vocês. Nós nunca deixaremos vocês escaparem.

Ryuu pareceu se assustar com a ameaça de Koji, mas ficou feliz por saber que o pai estava vivo.

– Podem ir. – disse Koji. – Darei tempo para vocês pelo menos colocarem seus calçados. Não quero que nada machuque os pés de vocês até eu bater neles com uma boa vara.

Eles saíram de lá correndo, pegaram seus calçados na varanda e calçaram rapidamente. Ringo foi correndo acordar Cerberus. Eles ouviram o som de um sino tocar lá dentro do lugar, como se avisassem a alguém que tentava fugir.

– Droga! – gritou Ryuu, correndo até o portão. – Desse jeito, todos os Kamuis irão nos perseguir!

Eles correram de lá, mas várias pessoas de cabelos ruivos começaram a persegui-los. Eles faziam de tudo para evitar seus ataques, mas uma hora ou outra seus adversários quase acertavam.

Quando eles saíram da vila, Rikka e Ringo se viraram para a multidão atrás delas.

– Vamos? – perguntou Rikka, fazendo surgir do ar dois machados enormes em suas mãos.

– Vamos. – disse Ringo, estalando os dedos para Cerberus atacar.

Aqueles vários ruivos não eram páreos para as patas de Cerberus e as machadadas de Rikka. Ela atacava sem matar, somente desmaiando ou incapacitando. Já Cerberus, brincava de pique-pega com os ruivinhos.

Ryuu e Issa ficaram sendo protegidos por Ringo, que só observava Cerberus atacando e cuidava de quem chegasse perto com um soco na cara ou com um ataque de algum animal que aparecia no ar, mesmo sem fazer um jutsu de invocação.

Depois de uns 50 ruivos desmaiados, Rikka já estava ficando impaciente.

– De onde sai tanta gente? – perguntou ela, batendo com o cabo do machado na cabeça de um rapaz e dando uma machadada de leve na costela de uma garota que tentou ataca-la.

– Bem, o Clã Kamui é um dos maiores clãs da vila de Iwa. – disse Issa, rindo da situação. – É engraçado ver os meus tios e primos apanhando.

Naquele momento, saíram de trás de todo aquele povão Koji e Ai, acompanhados de mais cinco membros do clã, entre eles Isamu.

– Bem, vocês devem saber que se forem agora, não tem mais volta. – disse Koji. – Se vocês se entregarem, não farei nenhum mal contra vocês além de um castigo pequeno: Duas semanas sem TV. O que acham?

Ryuu pareceu gostar da ideia.

– Bem, acho que seria bom, mas você disse que queria matar meu pai. – disse, a uns vinte metros de distancia do homem. – Eu devo ouvir a razão disso. Sei que se perguntar para você, irá mentir novamente, como fez durante todo esse tempo.

Ele estendeu a mão e se abriu uma rachadura no ar, na direção contraria a de Koji.

– Você não pode fazer isso, seu idiota! – gritou Koji. – É proibido usar isso contra um dos seus!

– Primeiro que não vou usar contra vocês. – disse Ryuu. – Segundo, como você disse agora pouco, eu sou o Cavaleiro Branco.

A rachadura se abriu até que algo saiu de dentro dela: Um enorme dragão branco, com duas pernas enormes, dois braços musculosos e um par de asas gigantescas. A pele entre os dedos das asas era azul, assim como uma série de elevações de escamas que ia da cabeça do ser até o final da cauda. Estava em pé e devia ter uns cinquenta metros de altura.

O dragão se deitou e virou a cabeça para Ryuu, como se esperasse ordens.

– Podem subir. – disse Ryuu, subindo na frente. Depois, olhou para Cerberus, que soltou o braço de alguém – Você também, cachorrão.

Issa subiu nas costas dele, seguida de Rikka, Ringo e Cerberus.

– Vamos lá, Gleglit! – gritou Ryuu. – Voe!

– Se segurem! – gritou Issa.

O dragão abriu as asas e começou a movimenta-las. Ele alçou voo e começou a virar. Todos se seguravam com bastante força, até mesmo Cerberus, que havia prendido as garras nas escamas e mordia uma delas com as três cabeças para não sair voando.

Mesmo com seu enorme tamanho, o dragão se movimentava bem rápido.

– Não permitam que ele vá! – gritou Koji. – Não podemos deixar isso acontecer!

Quando os ninjas que restaram tentaram atacar, o vento produzido pelo movimento das asas derrubou todos eles. Nosso grupinho foi se afastando aos poucos de Iwa, mas com uma grande pergunta em mente: Por que Koji queria tanto ter matado Tatsuo?

Depois de algum tempo, mesmo em alta velocidade, já dava para ficarem em pé em cima do dragão. Ryuu foi o primeiro a se levantar, seguido pelo resto da galera.

– O que é isso? – perguntou Rikka, soltando seus machados, que sumiram no meio do ar.

– É a habilidade especial do Cavaleiro Branco do Clã Kamui: A Invocação de Dragões. – disse Ryuu. – Ela é meio que um dos únicos Kekkei Genkais que o clã realmente tem e que é passado de geração em geração de modo aleatório.

– Como assim aleatório? – perguntou Ringo, ajoelhada, tentando acalmar Cerberus. O cão não tinha o costume de sair do chão.

– Bem, ela é uma habilidade secreta do clã. – disse Ryuu. – Nosso clã é famoso por poder utilizar Kekkei Genkais de antepassados e suas habilidades de luta, mas tem algo que nem todos conhecem, que é um dos reais Kekkei Genkais do clã.

– Um dos? – perguntou Rikka.

Dessa vez, Issa respondeu.

– Bem, essa parte é mais confusa ainda: Nosso clã tem uma linha de três Kekkei Genkais, que são a luz, as trevas e os dragões. Eu nasci com os dois primeiros e Ryuu com o último. – ela estendeu as mãos: Na esquerda surgiu uma esfera luminosa meio amarelada e na direita, um ponto de escuridão que parecia sugar tudo a sua volta.

Issa fechou as mãos, fazendo ambos sumirem. Ryuu continuou com as explicações:

– Essas habilidades costumam aparecer em somente um membro do clã cada, uma vez por geração. Elas tendem a nunca aparecer na mesma casa, sempre mudam para outra das cinco. Nossa geração foi a única na qual essas habilidades ficaram na mesma casa ou na qual nasceu uma criança com dois dos três Kekkei Genkais.

Rikka e Ringo se entreolharam, como se vissem uma contradição nisso tudo.

– Bem, mas uma pergunta. – disse Ringo, se levantando. – Deu para entender que ele tem o cabelo branco por causa do Kekkei Genkai, se nós ligarmos as duas coisas. Mas e você? Tem algo que te diferencie dos outros?

Ela levou a mão até o brinco na orelha direita e o apertou. Seus longos cabelos ruivos foram mudando para pretos com uma mecha loira muito clara no lado esquerdo do rosto. Seu olho direito ficou negro e o esquerdo amarelo, mas ambos tinham circulo prateado no meio da íris, um pouco afastado da pupila.

– Bem, como na outra geração não apareceu ninguém com os Kekkei Genkais de luz e trevas, eu não sei ao certo qual característica da aparência é de cada. – disse. – E como eu uso esse brinco desde quando me lembro, fica mais difícil ainda saber.

Rikka olhou bem para o brinco de Issa, como se o estudasse.

– Bem, e se eu te dissesse que seus pais eram os portadores desses Kekkei Genkais? – perguntou.

– Como assim? – perguntou Issa, sem entender. – Os jutsus passam de geração em geração de forma aleatória, não de pai para filho. Todas as outras gerações eram assim.

– Mas você deve ter visto o brinco de sua mãe e o medalhão de seu pai, não viu? – perguntou Ringo. – Eles eram bem parecidos com o seu brinco.

– Mas eu já mexi neles há algum tempo, já que eu tinha a mesma desconfiança. Quando o fiz, nada aconteceu.

– Talvez só eles possam mudar a si mesmos. – disse Ryuu, apoiando a teoria das meninas. – Eles já mentiram sobre meu pai. Podiam muito bem mentir sobre isso.

Issa ficou chateada com o que Ryuu disse, mas podia ser verdade. Eles já mentiram antes.

– Bem, por ora, só vamos para Oto logo. – disse Rikka.

– Ok. – disse Ryuu, indo até próximo da cabeça do dragão. – Para Oto, Gleglit.

O dragão mudou somente alguns graus de sua linha de voo.

Ryuu voltou para perto do resto do pessoal, com tudo sobre controle.

– Bem, o único problema é que eu só vou poder segurar o Gleglit neste lado por mais umas meia hora, no máximo uma hora.

– Isso vai ser o bastante para chegarmos bem perto. – disse Ringo, como se analisasse o dragão. – Ele está a uma velocidade boa. Devemos aterrissar perto do País do Som, mas... – uma dúvida pareceu surgir na cabeça dela. – Esse dragão não é do estilo comum por aqui. Tem alguma razão?

– Bem, os mais comuns por aqui são os dragões da subespécie Ryu, os dragões serpenteados símbolos de muitas lendas. – disse Ryuu. – Ele é de um tipo mais ocidental, de onde vieram os Kamuis.

– Pensei que vocês fossem de Iwa. – disse Rikka, confusa.

– Bem, o Clã Kamui é um dos fundadores, mas em si, viemos do ocidente algum tempo depois do Sannin dos Seis Caminhos criar suas filosofias e o ninshuu. – disse Issa. – Esse assunto é meio complexo. Até os mais antigos do clã tem suas dúvidas sobre isso.

– Alguns dizem que os três Kekkei Genkais do clã eram utilizados no ocidente antes mesmo da criação do ninshuu. – disse Ryuu, rindo. – Eu acho que isso é história pra boi dormir. A única coisa que eu quero saber agora é a razão de tantas mentiras e conflitos no clã.

Eles continuaram sua viagem até perto do País do Som, quando Ryuu começou a perceber que não dava mais. O sol já estava começando a se pôr.

Eles pousaram em uma floresta e Ryuu despediu Gleglit.

– Até mais, Gleglit. – disse ele, abrindo uma rachadura no ar em volta do dragão.

O dragão sumiu, fazendo um alto som, e Ryuu caiu no chão desmaiado.

– O que houve? – perguntou Rikka, já socorrendo o garoto.

– Não se preocupe. – disse Issa. – Ele sempre dorme quando manda Gleglit de volta. Deixe-o dormir um pouco.

– Não podemos parar. – disse Ringo, pegando o rapaz pelo braço e colocando em cima de Cerberus. – Seus pais podem ter mandado alguém atrás de nós.

Issa compreendeu o que Ringo disse. As meninas seguiram viagem, com Ryuu dormindo como uma pedra em cima de Cerberus enquanto elas iam andando. Começou a escurecer enquanto elas caminhavam...

O que aconteceu a seguir? Só no próximo Capítulo Especial...

To bi Continued...


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Notas finais do capítulo

Este não teve notas...
'-'

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