Naruto – O Retorno do Clã Uzumaki escrita por Leitor de Animes


Capítulo 21
Capítulo 21 – A Verdade Afinal


Notas iniciais do capítulo

Este é o 2/3 da Semana Final...
Tá acabando! T_T



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Bem, onde nós estávamos? Ah, já sei: Nossos amigos haviam acabado de chegar a uma caverna subterrânea na qual havia um grande grupo de pessoas.

– Olá. Bem vindos a Uzushiogakure¹*, ou o que restou dela. – disse o homem de manto branco, sorrindo para eles. – Eu sou Uzumaki Kazuo, atual líder do Clã e da Vila. Quem são vocês e o que os traz aqui?

Todos olhavam para o homem. Ele era, com certeza, uma boa pessoa. Nagato decidiu fazer as apresentações.

– Eu sou Nagato. Esses são Naruto, Karin, Shanai, Yuchi, Onniken, Hogus, Lira, Jay e Kate. – ele apontou para cada um a cada nome que dizia. Nagato percebeu que houve burburinho quando ele disse o nome Onniken. – Estávamos em uma missão de busca pelos Uzumakis restantes. Todos nós somos Uzumakis e descendentes.

Kazuo os observou de cima a baixo, como se fizesse uma analise em todos eles.

– Vocês dizem que receberam uma missão... Mas de quem? – ele parecia saber a verdade, mas queria ouvir da boca deles.

– Bem, pode não acreditar, mas foi a própria Uzumaki Mito que nos mandou... – disse Naruto.

– Uzumaki Mito? – perguntou Kazuo, com tom duvidoso. – Pensei que estivesse morta.

– É. E está... – ele contou o caso do Lago das Almas. – E foi isso que aconteceu... Nós achamos o mapa e procuramos pelos outros...

Kazuo continuava os analisando.

– Bem, onde está esse mapa? – perguntou ele.

Naruto levou o mapa para Kazuo, que o observou por algum tempo. Enquanto ele observava, Naruto recuou.

– Ha ha. – riu ele. – Esse antigos tinham senso de humor. Bem, peço desculpas, mas terei que mata-los.

– Por quê? – gritou Karin. – Nós não fizemos nada contra vocês!

– Bem, não fizeram... Ainda... Devo evitar qualquer coisa que possa causar problemas para nós...

– Eu sabia que viajar com essas pessoas daria em problema. – sussurrou Kate no ouvido de Jay.

Yuchi estava levando a mão à espada, mas Onniken o segurou.

– Não faça isso. – sussurrou. – Só vai piorar as coisas.

Ele se colocou a frente de todos. Estava com aquela maldita máscara ainda, o que causou certa inquietação entre as pessoas à volta...

– Meus caros, não viemos causar nenhum mal. Só viemos em busca de nossos parentes. – ele pegou a mochila, a máscara e a manopla e as colocou no chão. – Só queríamos terminar a missão que nos foi dada e encontrar os últimos. Eu sou Onniken, um Uzumaki assim como vocês, mesmo que não mereça esse nome. Venho em nome de todos aqui comigo que vocês não nos matem. Viemos em paz.

Ele se virou para os outros, para que fizessem o mesmo. Cada um pôs sua mochila no chão. Yuchi retirou sua espada das costas e a colocou no chão.

– Viram? Estamos desarmados.

Kazuo olhou atentamente para Onniken. Por fim, deu um sorriso.

– Ok. Vocês passaram no teste.

Naruto e os outros olharam para Kazuo sem entender.

– Um teste, hein? – perguntou Shanai. – Bem, se nós já tínhamos dado provas de que viemos em paz, por que esse teste?

– Bem... Por brincadeira! – disse o senhor, sorrindo. – Meu nome já diz que sou da paz.²* Nós já esperávamos por vocês há muito tempo. – ele se preparou para contar uma história. – Na época de Mito, ou seja, trolzentos anos atrás, tudo estava uma grande bagunça. Houve uma guerra, que no final, ferrou bonito com os Uzumakis. Uzushio foi totalmente destruída e os sobreviventes, tanto Uzumakis quanto membros de outros Clãs tiveram que ir embora...

– Pera ai! – interrompeu Yuchi. – Aquela área toda destruída lá em cima era a antiga vila? A vila dos nossos antepassados?

– Sim. – disse Kazuo. – Ela ficou daquele jeito. Na verdade, estava pior algum tempo atrás, mas demos uma arrumadinha. Continuando: Os sobreviventes foram embora, se espalharam pelo mundo. Mas os Antigos Líderes do Clã, os Anciões, os Barbas Brancas, os Velhotes, etc, disseram para que quando a guerra acabasse, era para os sobreviventes voltarem para cá.

– Se era para voltar, porque então o mapa? – perguntou Hogus.

– Havia uma profecia que dizia que alguém procuraria por nós no futuro e reuniria a todos, mesmo aqueles que estavam perdidos por ai. Os antigos, por crerem nisso profecia, decidiram então criar o mapa.

– E como eles sabiam que alguém encontraria o mapa? – perguntou Lira.

– Não sabiam, mas a profecia dizia que alguém nos acharia de algum jeito. Eles criaram o mapa e deixaram lá para alguém achar, o que facilitaria o trabalho de procura.

– Ok. – disse Karin. – Mas porque a merda do mapa estava partido ao meio e nós só podemos ler o poema depois de juntar todo mundo?

– Bem... – Kazuo coçou o queixo. – Acho que ele ter sido partido partido foi uma brincadeira deles. Já o poema, ele devia ser lido depois para que vocês não precisassem ficar indo e voltando, porque, sinceramente, se houvesse no mapa um lugar cheio de pontos, claro que vocês iriam lá primeiro, não é?

– Bem... – disse Naruto. – É mais ou menos...

Kazuo o encarou.

– Sim, com toda certeza. – disse Naruto.

– Então, – ele deu uma grande entonação no “Então”. – vocês só iriam perder tempo. Foi bem melhor ir aos poucos e reunir todos de uma só vez.

– Tá... – disse Shanai. – Mas porque vocês só apareceram depois do poema ser lido? O porquê de lermos depois eu já entendi, mas porque vocês só apareceram depois disso?

– Bem, vocês já devem saber que o nosso clã é muito bom com selos por causa daquela ilusão lá fora. Os antigos simplesmente apagaram a ilha e tudo que nela existe de qualquer mapa. Mesmo depois de ler o poema, só os Uzumakis apareceram no mapa. E eu já vou explicar isso antes que perguntem: O mapa foi feito para detectar todos os Uzumakis pelo chakra e pelo sangue. Mas, aqueles que tinham alguma habilidade para se manter oculto ou que estivesse nesta ilha não apareceria por causa dos selos. Mas após ler o poema, é como se um modo especial de busca que quebra toda e qualquer habilidade fosse ativado e assim, nós podemos ser achados.

– E isso tudo foi dito pelos antigos para as próximas gerações? – perguntou Jay.

– Bem, do jeito deles, mas foi. Eles queriam que isso tudo acontecesse, principalmente a parte do mapa ser encontrado, para que soubéssemos que já era seguro sair da vila. Até uns 10 anos atrás, alguns dos nossos voltaram ainda sendo perseguidos, o que me lembra algo: Talvez algum parente de vocês esteja aqui.

Isso logo fez Naruto lembrar de alguém: Lika.

– Tem algum Uzumaki Hanz por aqui? – gritou Naruto.

Um homem saiu de trás do resto das pessoas.

– Sou eu. Por quê? – disse o homem.

Ele parecia ter uns 33 anos, tinha cabelos ruivos e olhos amarelados. Tinha uns 1,80m de altura, usava uma calça azul e uma camisa branca.

Naruto olhou para Hogus, que parecia estar nem ai, mesmo de frente com o próprio pai.

– Bem, – continuou Naruto. – você por um acaso conhece uma mulher chamada Lika, da aldeia de Kumo.

Ele pareceu lembrar imediatamente. Correu até Naruto e pôs as mãos em seus ombros.

– O que aconteceu com minha Lika? Diga-me! Diga-me! – ele parecia bastante preocupado.

– Bem... – Naruto foi interrompido por Hogus.

– Ela já está morrendo de saudades de você, seu p$#*! Você foi embora e nunca mais voltou!

Hanz se virou para Hogus, que o encarou.

– Não pode ser... Não pode ser verdade...

Ele abraçou o garoto, que logo tentou se soltar.

– Qual foi, cara? – gritou Hogus. – Não jogo nesse time não!

– Cala a boca, moleque. – Hanz estava chorando. – Esse jeito de falar é da Lika. Você não sabe como eu amo sua mãe, meu filho.

Hanz soltou Hogus.

– Eu nunca imaginei que ela havia engravidado. E cá está você, alto e forte. Sua mãe deve ter orgulho de você.

– E ela tem. – ele ainda estava muito bravo. – Mas nunca precisamos de você. Eu nunca precisei de você! Ela vive deprimida por você nunca ter voltado, mas eu? Eu nem ligo pra você! Preferiria que você estivesse morto!

No mesmo instante, Shanai e Lira, quase que por extinto, pegaram uma kunai cada e colocaram no pescoço dele.

– O que vocês estão fazendo? – gritou Hogus.

– Você não sabe o que está dizendo... – disse Shanai. – Perder o pai dói... Muito...

– Escolha bem suas palavras quando estiver junto de órfãos, seu idiota. – disse Lira.

Elas tiraram as kunais do pescoço dele e voltaram para seus lugares.

– Tá ok. – disse ele. – Não desejo que você morra, mas você fez a mãe sofrer muito. Isso me deixou meio revoltado com você... Velhote...

Hanz viu Hogus dar um leve sorriso sarcástico.

– Tá ok. Eu vou me desculpar com ela... Filhote...

Não foi o melhor pedido de desculpas, mas deu pra ajudar.

Kazuo pareceu gostar do que viu.

– Bem, depois dessa linda reconciliação...

Kazuo acabou sendo interrompido. Um homem de cabelos cinzas e uma mulher de cabelos ruivos saíram de meio a multidão. O homem parecia um típico líder de família: Usava um kimono tradicional, com a parte de cima preta e a de baixo cinza. Seus cabelos cinzas pareciam ser dessa cor mesmo, não grisalhos. Seus olhos eram cinzas, um cinza penetrante.

– Onniken. – disse o homem.

– Pai. – disse ele, olhando diretamente em seus olhos.

A mulher de cabelos ruivo era, com certeza, a esposa dele. Usava um kimono tradicional feminino, vermelho. Devia ter uns 1,60m e tinha olhos verdes.

Ela correu até Onniken e o abraçou.

– Me desculpe! – ela chorava sem parar. – Me desculpe! Me desculpe! Nós descobrimos a verdade!

Onniken a abraçou também.

– Mãe, não precisa se desculpar.

– Eu me arrependo desde aquele dia! Não devia ter feito aquilo!

As meninas não estavam entendendo nada.

– Eu achava que ele era órfão. – cochichou Karin para Yuchi.

– Não necessariamente. – cochichou Yuchi de volta. – Depois te explico. Só olhe.

– Mãe. – disse Onniken, em um tom carinhoso. – Eu sei que a senhora se arrepende.

Ele a afastou de si.

– Só quero saber uma coisa: Onde estão meus primos?

Ela olhou para os olhos dele. Já havia parado de chorar, mas depois da pergunta...

– Filho... Seus tios e seus avós... Eles morreram enquanto estávamos vindo para cá... – ela voltou a chorar. – Seus primos também morreram...

Onniken a abraçou novamente e uma lágrima escorreu de seu olho direito.

– Vejo que até demônios choram. – disse o pai de Onniken, sério. – Você devia ter pensado bem antes de ter matado seu irmão. Poderia ter conhecido eles.

Onniken se soltou de sua mãe e andou em direção de seu pai. Ninguém da equipe tinha visto ele com um olhar tão sanguinário antes.

Ele ficou cara a cara com o pai, olho no olho.

– Eu só não te mato, seu velho, porque você é meu pai e isso traria desgosto a minha mãe e desonra para a família.

– Honra? – ele riu. – Você perdeu sua honra ao matar seu irmão.

– Você sabe a verdade, né? Sabe que ele tentou me matar! Sabe que ele me torturava! Tudo isso por um simples pedido... – ele olhou para o alto, como se fosse fazer algum comentário irônico. – Um pedido de quem? Ah é! Seu. – ele disse aquele “Seu” com uma voz muito séria.

A mãe dele parecia ter perdido o chão.

– Como assim?

Ele se virou para a mãe.

– Isso mesmo, mãe! Ele fez tudo aquilo por ordem de papai. TUDO! Esse velho só se importa com sigo mesmo! Ficava olhando para Takashi enquanto ele me torturava. Ele achava que eu não valia nada. Não queria que a senhora soubesse, mas ele pediu por isso mãe.

Ele andou até a mãe e a abraçou.

– Não pode ser. Não pode ser. Não pode ser. Não pode ser. Não pode ser. – repetia ela.

– Eu que devia te pedir perdão, mãe, por falar isso dessa forma. A senhora não devia viver o desgosto que vive.

– Você acha mesmo isso? – disse o pai dele. – Você esteve fora por mais de 20 anos e acha que pode chegar falando isso, desrespeitando seu pai? – ele cuspiu . – Você merecia ter morrido nas mãos de seu irmão naquela vez. Ele era muito melhor que você. Você era e é só um verme, um lixo que não consigo acreditar que tenha meu sangue.

Kazuo só observava até então, mas depois do homem dizer aquilo, ele só levantou a mão e estalou os dedos. Então, selos surgiram do chão e rodearam o pai de Onniken. Como o lugar era tão cheio de selos, devia ser normal eles surgirem do chão.

– Você, Akira, devia ser mais inteligente, como seu nome diz.³* Mas...

Então, os selos se juntaram ao corpo de Akira.

– Você devia ter mais respeito. – então, Kazuo mudou sua postura. Ficou com um estilo de líder, de chefe. – A partir deste momento, o seu direito como Uzumaki foi revogado. Você está excluído de seu clã e nunca mais poderá ter seu nome de volta. A partir de agora, você é um homem sem nome, sem história, sem família.

Os selos começaram a brilhar muito. Depois, desapareceram.

– Mas... Mas... – Akira estava inconsolável. Parecia que nada tinha acontecido, mas para ele era como se fizessem algo pior que a morte.

– Nada de “mas”. – depois disso, ele esticou o braço para Onniken. Este andou até Kazuo. – Eu o nomeio como novo líder de sua casa. Os atuais membros e todos os próximos que nascerem de hoje em diante devem te ver como chefe e como exemplo.

Onniken pareceu respeitar a escolha de Kazuo, mas pareceu não gostar da ideia.

– Eu não posso aceitar. – disse ele. – Posso até receber novamente meu sobrenome, mas o posto de líder eu não mereço. Não sou um exemplo de nada. Tenho minhas mãos sujas de sangue.

Ele andou até sua mãe e colocou a mão em seu ombro.

– Eu passo o direito de líder da casa para Uzumaki Hana, a minha mãe. – ele a abraçou e deu um beijo em seus cabelos. – Aceita essa troca, Grande Líder do Clã?

Kazuo deu de ombros.

– Bem, pode ser. Não vai fazer diferença até porque os únicos membros da casa que ainda estão vivos são você, sua mãe e sua irmã.

Todos se assustaram com aquilo, até Onniken.

– Irmã?

A garota que eles haviam visto mais cedo, de cabelos ruivos e olhos verdes, saiu do meio das pessoas.

– Irmão... – disse ela, meio atordoada. – Irmão!

Ela correu até ele e o abraçou, chorando. Ele a abraçou também.

– Agora sim. Isso é uma reconciliação descente. – disse Kazuo, rindo. – Onniken, sua irmã se chama Uzumaki Aiko, antes que pergunte. E sim, ela é muito prestigiada aqui na vila.* É como uma filha para todos aqui.

Onniken olhou para todos a sua volta, que mostravam concordar com Kazuo.

– Muito obrigado por cuidar dela. – disse ele, agradecendo a todos.

Todos ficaram olhando para aquela família reunida. Naruto se sentiu um pouco triste, mas logo deixou isso pra lá. Eles haviam encontrado todos os outros.

– Bem, muito legal essa reunião. – disse Kazuo. – Eu gosto muito de reconciliações e reencontros, mas precisamos resolver algo: O que fazer agora?

Shanai parecia estar pensando a mesma coisa mesmo antes de encontrarem o lugar: O que fazer o quando resolvessem tudo?

– Bem... – disse Naruto. – Vocês poderiam vir morar em Konoha. Como a guerra acabou há MUITO tempo, vocês não precisam ter medo de nenhum ataque nem nada...

Kazuo pareceu gostar da ideia.

– Bem, Konoha e Uzushio têm alianças desde antes de Hachirama ser Hokage. – ele coçou o queixo, como se estivesse pensando. – Um sinal disso é o símbolo de Konoha ser o mesmo do Clã Uzumaki. Os Senju são grandes amigos...

– E a atual Hokage é uma Senju... – disse Naruto.

Kazuo fez um olhar meio engraçado.

– Você disse “a Hokage”? – perguntou.

– Sim. – respondeu Naruto. – Senju Tsunade, neta de Senju Hachirama.

Kazuo olhou para o alto, como se estivesse pensando no assunto.

– Bem... Ok. – disse ele afinal. – Nós vamos para Konoha.

Todos pareceram comemorar, mas Karin se lembrou de algo.

– Bem, quantas pessoas têm aqui? – perguntou ela.

– Temos 55 pessoas, sendo 10 delas de outros clãs. Por quê? – ele pareceu curioso.

– Bem, não sei se tem lugar pra todo mundo lá... – disse Karin, meio sem jeito.

Algumas pessoas começaram a cochichar sobre isso. Kazuo pareceu ter ficado triste com o fato.

– Bem, então teremos que... – ele foi cortado por Naruto, que estava cheio de entusiasmo.

– Eu sei de um lugar! O bairro Uchiha está vazio desde... – ele lembrou do fato e diminuiu o entusiasmo. – Desde o massacre do Clã. Mas o bairro em si está em boas condições, nada que uma reforma não resolva...

Kazuo e o resto do clã pareceram gostar da ideia, mas Karin pareceu meio desconfiada daquilo.

– Mas você acha que o Sasuke vai deixar você usar o bairro dele para colocar outro Clã lá? – disse ela. – Mesmo que por um tempo, ele não vai gostar da ideia.

Outra vez, o burburinho.

– Bem... Sabe... – Naruto não sabia o que dizer.

Nagato se pôs a frente para falar.

– Bem, nós podemos convencê-lo a deixa-los ficarem por um tempo por lá. Posso deixar algumas pessoas no “Esconderijo” da Akatsuki por uns tempos também.

Onniken também se colocou a frente.

– Bem, algumas pessoas podem vir comigo para a base dos assassinos, se não se importam de conviver conosco.

– Bem, eu não gosto muito de assassinos, mas tudo bem. – disse Hana, mais calma e com o rosto limpo das lágrimas. – Uma mãe tem que cuidar de seu filho, então devo retribuir o tempo perdido.

– Mãe! Não fale como se tivesse cometido um crime! Quem é o assassino aqui sou eu! – ele colocou um tom irônico na frase.

Alguns riram, outros ficaram com medo.

– Ok. – disse Kazuo. – Podemos fazer isso.

Ele olhou para Onniken.

– Quantos podem ir com você?

– Cerca de 10 pessoas, contando minha mãe e minha irmã...

Depois, olhou para Nagato.

– No máximo 5 pessoas...

– Com isso sobram 40 pessoas... – disse Kazuo.

Ele parecia preocupado, mas Shanai pediu lugar para falar:

– Vamos primeiro ver isso com o Uchiha Sasuke quando formos para Konoha. Amanhã nós pensamos em tudo direito e como falaremos.

– Boa ideia. – disse Kazuo. – Agora já deve estar anoitecendo. Vamos jantar e dormir. Amanhã nós vamos decidir isso tudo. Estão dispensados.

Todas pessoas foram para suas barracas. Só Naruto e Cia, a família de Onniken, Hanz e Kazuo continuaram lá, é claro, junto com Akira. Kazuo se aproximou de Akira, que continuava no chão.

– Se você quiser, pode passar a noite conosco e pode ir conosco para Konoha. Mas de lá pra frente, quem vai se responsabilizar por sua vida é você. E nunca mais poderá usar o nome Uzumaki. Você deverá encontrar um lugar para ficar e uma família que queira te acolher, mas não acho que encontrará tão facilmente.

Akira pareceu que ia deitar no chão ali mesmo, mas se levantou e foi em direção de Hana.

– Posso ao menos pegar um cobertor? – perguntou ele.

Ela olhou para ele com bondade, sem nenhum pingo de raiva.

– Você é meu marido. Durma conosco essa noite. Amanhã você poderá ir embora.

Akira pareceu não gostar da ideia, mas aceitou ainda sim. Ele foi em direção às barracas e entrou em uma delas.

Onniken chegou perto de Hana.

– Mãe, tem certeza disso? – ele parecia preocupado. – O que a senhora falar eu respeito, mas sei se é uma boa ideia...

– Sim, meu filho. Tenho certeza. – seu tom de voz era calmo e bondoso. – Só essa noite, até porque, mesmo sendo o monstro que é, ele ainda é seu pai.

Onniken pegou suas coisas no chão e seguiu sua mãe e Aiko até a barraca que seu pai tinha entrado.

Kazuo foi andando até os outros e perguntou:

– E vocês? Como vão passar a noite?

– Meu filho pode passar a noite comigo. – disse Hanz. Ele sorriu para Hogus. – Né, filho?

– Tá ok, pai. – disse ele, suspirando. – E só pra sua informação, meu nome é Hogus.

– Ok. Venha comigo, Hogus.

Hanz foi para sua barraca. Hogus pegou suas coisas e seguiu ele.

– Então? – perguntou Kazuo.

– Nós temos algumas coisas aqui. – disse Nagato. – Podemos nos virar.

Kazuo não gostou da ideia.

– Não, não, não. Não posso deixar a visita passar uma noite ruim. Sigam-me.

Kazuo os guiou para uma barraca grande, de uns 5x6 m, maior que todas em volta. Também era a com a melhor aparência.

– Esta aqui é a minha, mas podem ficar com ela esta noite. Eu vou dormir com meu irmão, fazer uma visita. – ele saiu e os deixou lá.

O lugar era grande e bem arrumado por dentro. Havia uma “parede” dividindo a barraca em duas, então os homens ficaram no lado direito e as mulheres no esquerdo.

Eles deixaram suas mochilas lá dentro e pegaram o que tinham para fazer a janta. Eles prepararam uma fogueira ali, fora da barraca. Shanai comandou tudo mais uma vez.

– Itadakimasu!

Depois da janta, Naruto procurou por Kazuo. Depois de alguns minutos, ele o encontrou próximo da entrada.

– Kazuo, tem algum lugar por aqui no qual possamos tomar banho?

– Tem sim. Chame os outros e me encontre aqui.

Ele foi e chamou todos, até Onniken e Hogus. A irmã de Onniken também foi. Kazuo os guiou para uma lagoa subterrânea na qual havia uma parede de pedra separando o lugar em dois, alguns metros antes da água. O teto do lugar era mais baixo que o do resto da caverna, no máximo a dois metros e meio do chão. Havia uma cortina de cima a baixo no lugar, fechando toda a entrada.

– O lado direito é das mulheres e o esquerdo é dos homens. Se a cortina abrir do nada, não se preocupem. Pode ser somente alguém vindo tomar banho.

Kazuo os deixou lá. Cada um tomou seu banho e voltou para sua barraca dormir.

Eles pareceram ter gostado de chegar àquele lugar. Eles haviam encontrado o resto perdido de seu clã. Agora precisavam somente voltar para a vila, algo muito simples. No próximo capítulo, o fim de tudo.

To Bi Continued...


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Notas finais do capítulo

Notas:
¹*: Uzushiogakure – Aldeia do Turbilhão, Vórtice, Redemoinho, etc...
²*: Kazuo - Pacífico.
³*: Akira – “Claro”, “Brilhante” ou mesmo “Inteligente”.
*: Aiko – “Filha Amada”, “Criança Amada”.

Bem, só falta um...



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