Bem, onde nós estávamos? Ah, já sei: Nossos amigos haviam lido o poema.

Após terem lido o poema, aconteceram algumas coisas: Kate começou a parecer no mapa, assim como muitos pontos no meio do mar, próximo da costa do País do Fogo.

Depois de verem aqueles novos pontos, eles decidiram ir para o local. Ele ficava um pouco acima do País das Ondas dentro do mapa.

Todos colocaram suas roupas para continuar o caminho. Jay continuou com a mesma roupa, só desdobrou a barra da calça. Kate colocou uma camiseta sem mangas branca, uma calça azul marinho e uma sandália preta.

Como já estavam na praia, Nagato só precisou invocar sua tartaruga.

– Zofuku Kuchiyose no Jutsu!

A grande tartaruga apareceu novamente.

– Maneiro. – disse Jay. – Muito maneiro.

Todos subiram na tartaruga, ainda duvidosos do que encontrariam lá. Naruto pegou o mapa e tentou dar zoom no local, mas não achava nada além de água e os pontos.

A tartaruga se moveu em alta velocidade. Em questão de meia hora eles estavam vendo uma ilha a alguns quilômetros, mas próximo dela havia vários redemoinhos.

– Não sei como faremos para passar, mas essa invocação aqui não vai passar. – disse Nagato. – Eu posso até invocar aquelas aves de antes, mas...

Ele apontou para o céu, que estava muito fechado. Mesmo que fossem pelo ar, poderia acontecer alguma coisa.

– Como faremos? – perguntou Jay. – Não tem como passar pela água.

Yuchi pareceu ter tido uma ideia.

– Nagato, traz os passarinhos. – disse ele. – Só teremos que voar baixo.

Nagato aceitou a ideia.

– Kuchiyose no Jutsu!

Então, as mesmas aves brancas apareceram. Mas dessa vez, eram 10 aves.

– Vamos. Subam antes que comece a chover.

Todos subiram nas aves e Nagato deu o comando para decolarem. Logo, todos estavam no ar. A gigantesca tartaruga sumiu, afundando no mar.

As aves voaram muito rápido, mas mesmo assim não conseguiram fugir da chuva. Pelo menos a chuva não foi tão forte, então puderam seguir viajem sem muitos problemas. Ao chegarem na ilha, as aves desceram. Voar na chuva com peso nas costas acabou cansando elas. Todos desceram das aves e Nagato fez um selo para manda-las embora.

Eles estavam totalmente molhados e em um lugar desconhecido. Pelo menos, a chuva havia parado de cair.

– Bem, pegue o mapa, Naruto. – disse Yuchi.

Ele pegou. O mapa continuava a mesma coisa: O lugar sem estar no mapa e vários pontos nele.

Eles se secaram e seguiram viajem. Kate ficou grudada em Jay o tempo todo. Todos estavam atentos em tudo que estivesse em volta.

Eles andaram até o anoitecer. O local onde estavam era uma floresta fechada. À frente, uma clareira.

– Vamos acampar... De novo... – disse Yuchi, suspirando.

– Isso mesmo. – disse Shanai, encarando-o séria. – Tem algo contra?

– Não... – ele olhou para o lado, tentando desviar daqueles olhos brancos por dentro.

Eles foram até a clareira e montaram as barracas. Depois, Shanai e Kate prepararam o jantar. Peixe e arroz, mas dessa vez fritos.

– Itadakimasu!

Eles comeram...

– Muito bom. – disse Karin.

– Obrigado. – agradeceu Kate.

E foram dormir...

No outro dia, Naruto e os outros acordaram cedo. Eles comeram o que sobrou da noite passada e se prepararam para partir.

De mochila nas costas e mapa em mãos, foram para onde os pontos estavam. Andaram por muito, muito, muito tempo. Mas a curiosidade de saber o que era aquilo era tanta que não viram o tempo passar. Quando ficavam com fome, pegavam o que tinham em mãos: Pão, biscoito, bolinho de arroz, qualquer coisa. Eles não queriam parar por nada.

– Já está demorando muito, não acham? – perguntou Karin enquanto andavam. – Bem, parece que...

– Que estamos andando para lugar algum? – perguntou Yuchi. – Parece mesmo...

Todos pararam de andar e olharam em volta.

– Se fosse um Genjutsu, eu já teria detectado. – disse Shanai. – Parece ser outra coisa.

– Uma armadilha, talvez? – perguntou Hogus. – Talvez algum tipo de jutsu que não possa ser detectado...

– Não. – disse Nagato. – Isso tem cheiro de...

– Cheiro de Selo. – disse Onniken. – Um selo de ilusão que não pode ser detectado. Mas quem poderia fazer isso?

Naruto pensou em algo, mas parecia impossível. Não poderia ser aquilo.

– Bem... – disse Lira. – Se for assim, só precisamos achar a fonte da ilusão. Ou então, só embaralharmos o nosso chakra.¹*

Todos se entre olharam e pensaram o mesmo. Em questão de segundos, todos já estavam de olhos fechados, tentando embaralhar seus chakras. Com o chakra embaralhado, eles conseguiram sair da ilusão.

Eles olharam em volta. Ainda estavam naquela clareira na qual dormiram.

– Estranho. – disse Kate. – Parecia tão real.

– Eu estava estranhando algo, mas não sabia o que... – disse Jay. – Minha habilidade de percepção não parava de apitar, mas eu achei que era só por causa de não conhecer o lugar.

Eles continuaram seu caminho, só que dessa vez era o de verdade. Por onde passavam achavam selos desenhados em papéis. Sempre que viam um, eles rasgavam ou queimavam.

Depois de meia hora, eles já estavam avistando o fim da floresta. Parecia que já era fim da tarde. Ao saírem da floresta, deram de cara com o que um dia foi uma vila, mas agora não era nada além de ruínas e de pedras.

No meio das ruínas passava um rio, mas próximo dele havia...

– Uma plantação?!?! – gritou Naruto. – Como assim?!?!

Havia uma plantação de legumes e uma horta bem ao lado. Em volta da vila, haviam árvores cheias de frutos. Ele olhou para o mapa e os pontos estavam junto deles, literalmente.

– Como assim vezes dois?!?! – gritou ele.

Naruto não entendeu nada, mas a maior surpresa foi quando ele olhou para frente.

Uma garota ruiva, que parecia ter uns 15 anos, estava na frente deles. Usava uma calça branca e uma camisa azul clara. Tinha olhos verdes e uns 1,65m de altura. Ela parecia ter ido colher algo na plantação, pois estava com uma bolça para alimentos. Ao vê-los, se assustou.

– O que? Como? Quem? – ela parecia estar com muito medo.

– Espere! – gritou Nagato. – Nós não vamos...

Não adiantou. A garota fugiu. Mas o pior de tudo é que ela era um dos pontos do mapa...

Eles nem precisaram falar nada uns com os outros. Todos foram atrás da garota.

Ela havia corrido para a floresta. Eles a seguiram: Naruto com o mapa em mãos, Karin e Nagato usando seus jutsus sensoriais, Shanai olhando em volta e cada um fazendo um esforço para encontrar a garota. Por fim, acharam uma caverna na floresta. A caverna tinha sua entrada em uma elevação no solo, mas a própria caverna ficava abaixo do solo. A garota parecia ter seguido por dentro da caverna.

Eles pegaram alguns galhos das árvores e pediram para Onniken, Nagato e Lira acenderem. Então, eles entraram.

A caverna era de paredes de terra, mas o chão era de pedras retas e organizadas, o que dava a ideia de que alguém havia feito aquilo. A caverna seguia um ângulo levemente diagonal, o que os fazia descer aos poucos para o subsolo.

Eles andaram por muito tempo, o que junto com a ilusão de mais cedo, devia ser umas 3 da tarde. Ao longe, eles viram uma luz na caverna.

– A luz no fim do túnel? – brincou Yuchi.

Eles continuaram andando até aquela luz, que era uma tocha que iluminava bastante o caminho. Dali para frente, haviam tochas iluminando o caminho, então eles deixaram as tochas que fizeram e continuaram o caminho.

Depois de algum tempo, eles viram uma saída ao longe.

– Agora sim é o fim do túnel. – disse Hogus. Depois, ele pareceu estar preocupado. – Lua já deve estar caçando tudo que ver pela frente. Ela vai acabar com a fauna do lugar.

Eles continuaram a andar até a saída. Ao saírem, seus olhos tiveram que se acostumar com a luz. Mas quando se acostumaram...

– Nossa! – disseram todos, até mesmo Onniken, em uníssono.

O local era um grande espaço no subsolo. Devia ter uns 10 metros de altura. La embaixo, várias barracas e casas em construção. Naruto e os outros estavam sendo observados por várias pessoas que apareceram a sua volta. A maioria deles tinha cabelos ruivos.

– Olá. – disse Naruto meio apreensivo. – Tudo bem?

Eles olhavam para eles, surpresos, curiosos, cochichando entre si... Até que um senhor, que parecia ser o líder da vila, apareceu. Ele parecia ter uns 50 e poucos anos, mas que ainda estava com boa aparência. Tinha cabelos ruivos grisalhos e um sorriso no rosto. Seus olhos azuis transmitiam tranquilidade. Usava um manto, parecido com o de um Kage, mas esse branco com nuvens vermelhas na barra de baixo e com um símbolo muito conhecido por Naruto, que ficava no peito esquerdo do senhor: Um redemoinho vermelho, símbolo dos Uzumaki.

– Olá. Bem vindos a Uzushiogakure, ou o que restou dela. Eu sou Uzumaki Kazuo, atual líder do Clã e da Vila. Quem são vocês e o que os traz aqui?

Como assim? Um Uzumaki? Quem são essas pessoas? Essas e outras respostas no próximo capítulo...

To Bi Continued...