Naruto – O Retorno do Clã Uzumaki escrita por Leitor de Animes


Capítulo 17
Capítulo 17 – Um Uzumaki na Névoa


Notas iniciais do capítulo

Bem, esse é o 1/3 da Semana...
Vamos lá!



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Bem, onde nós estávamos? Ah, já sei: Nosso amigos haviam chegado a Kiri.

Após chegarem, Shanai já se sentiu de volta ao passado.

– Vamos falar com a Mizukage. – disse Naruto. – Ela deve querer saber notícias de Konoha... E do Sasuke...

– Então... Finalmente... – disse Shanai, com um sorriso no rosto.

Eles foram para o prédio do governo da vila. Quando chegaram...

– Mizukage-Sama! – disse Naruto, entrando no escritório da Mizukage.

A Mizukage estava sentada em sua mesa, assinando alguns documentos. Quando ela ouviu a voz de Naruto e levantou a cabeça.

– Naruto, me chame de Mei. – disse ela, se levantando da cadeira. – O que trás você aqui?

– Bem... – Naruto ia falar, até que Shanai saiu entrando, saindo de trás da galera.

– Mei! – gritou ela, abraçando-a.

– Shanai! Quanto tempo!

Naruto e os outros entraram na sala bem devagar.

– Bem... Vocês se conhecem? – perguntou Naruto.

Elas olharam para ele.

– Se nos conhecemos? – perguntou Mei. – Eu sou como uma irmã mais velha dessa Meio Emo!

– É mesmo! – disse Shanai. – Essa peituda nunca me deixava em paz. “Shanai, já tá namorando?”, “Shanai, como seu peito é pequeno!” e coisas desse tipo. Isso todo dia...

– Ei! Eu só estava preocupada! Quem te deu dicas de como conseguir um homem? Quem te ajudou a encontrar seu estilo de roupas? Que te comprou seu primeiro sutiã? Eu!

– Tá, tá...

Então, Mei e Shanai desgrudaram uma da outra.

– Mas, Naruto... – disse Mei, curiosa. – Como vai o Sasuke? Ainda com Aquela Tábua?

– Sim. – respondeu ele.

– Diga a ele que quando quiser uma mulher de verdade, é para ele me procurar... – ela deu uma entonação especial no "procurar" e sensualizou um pouco.

– Eu aviso. – disse Naruto, percebendo a cara revoltada de Karin.

Então, Mei percebeu Nagato.

– Já você, é mais maduro que o Sasuke... – disse ela, rodando em volta dele. – Eu e você poderíamos brincar um pouco. – então, ela se pôs bem próxima a ele.

Ele a empurrou de leve, só para manter distância.

– Eu não sou desses, Senhorita.

Ao, o cara de Byakugan de Kiri, decidiu falar algo para Mei.¹*

– Mizukage, você deve se comportar.

“Você deve se por no seu lugar...” – entendeu Mei.

– Eles devem estar procurando algo importante.

“Eles devem estar procurando alguém mais elegante...”

– Eles estão em missão por aqui, com certeza.

“Eles estão sem tesão por você, com certeza...”

Mei se chegou perto do ouvido dele e disse:

– Se falar mais qualquer coisa, eu te mato.

Ao ficou meio assustado, mas logo relaxou. Já estava se acostumando a isso. E também, já havia morrido antes.²*

– Mas, nós realmente temos assuntos importantes por aqui. – disse Nagato. – Nós estamos procurando por uma pessoa.

– Se estão com a Shanai, devem estar procurando por... – Mei ia falar algo, mas Shanai a interrompeu.

– Nós estamos procurando por ela. – disse Shanai. – Pode chama-la aqui?

Mei olhou para o guarda que estava ao lado da porta, que logo saiu.

– Já foram chama-la. – disse Mei.

– Chamar quem? – perguntou Karin.

– Vocês já vão saber. – disse Mei. – Mas me expliquem, o que estão fazendo aqui e por quê?

– Estamos procurando um Uzumaki. – disse Yuchi.

– Aqui em Kiri?

– Sim. – disse Onniken. – Nós temos um mapa que mostra cada um dos Uzumakis e descendentes deles, a partir de sua cor de cabelo.

Onniken pegou o mapa na mochila de Naruto e o abriu.

– Como vemos, aqui estamos nós. – ele apontou para os pontos deles. – E a pessoa daqui de Kiri que procuramos tem cabelos azuis claros. – ele apontou para o ponto logo atrás deles.

– Então estão procurando por mim. – disse uma voz feminina atrás deles.

Eles se viraram na direção da voz e viram uma garota. Ela tinha uns 1,65 de altura, aparentava ter quinze a dezesseis anos, tinha cabelo azul céu, só que mais claro, e bem longos, olhos cinzas bem claros e, por alguma razão, se parecia muito com Shanai. Usava uma calça jeans preta e uma camisa manga curta branca lisa, com uma bota cano curto preta.

– Olá. Eu sou Okinora Lira. – ela olhou para eles e viu Shanai. Então, abriu um grande sorriso. – Irmã!

Lira pulou em cima de Shanai e deu um grande abraçou nela.

– Quanto tempo! Como você está, irmã? – Lira olhou para todos. – Algum desses é seu novo namorado?

– Não! – respondeu ela assustada, pela primeira vez deste jeito ao falar desse assunto.

– Bem, nenhum deles é bonito mesmo. Não como o seu ex... – Lira se soltou da irmã.

Todos observaram a cena sem dizer nada, até que Nagato decidiu perguntar:

– Então, você poderia explicar essa história para todos?

Shanai e Lira se posicionaram para falar.

– Eu vou contar agora a verdade que eu omiti de vocês até agora sobre meu passado.

– Já estávamos curiosos... – disse Karin com um tom de piada.

– Bem, esta é minha irmã Lira. No caso, meia-irmã. Meu pai se casou uma vez e desse casamento eu nasci. Minha mãe morreu durante o meu parto e meu pai me criou sozinha. Quando eu tinha 11 anos, ele casou novamente. Sua segunda esposa era uma fugitiva do Clã Yuki. – ao dizer esse nome, Naruto se lembrou de seu antigo conhecido, Haku, que trabalhava com o falecido Momochi Zabuza. – Alguns meses depois, ela ficou grávida. Durante o parto, ela também morreu. Meu pai ficou muito depressivo com isso, mas eu tentei ajuda-lo. Nós cuidamos dela juntos e eu fiz de tudo para ajuda-la.

– Hur-hun... – Mei fez um barulho com a garganta, jogando uma indireta.

– E é claro, minha querida amiga Mei nos ajudou bastante.

– Hum... – Mei novamente.

– Uma coisa. – disse Yuchi. – Se você tem 25 anos e ela nasceu quando você tinha uns 12, então ela tem 13?

– Sim. – disse Lira, não deixando Shanai responder. – Por quê? Pareço velha por acaso?

– Não, não! – disse Yuchi rapidamente. – É só que... – Hogus cortou a fala dele.

– É que você é muito gostosa para a sua idade! E eu sou mais velho que você um ano...

Shanai o encarrou com um olhar assassino.

– Se falar desse jeito de novo com a minha irmã, eu te corto em dois.

– Tá ok. Faça isso e mate o cara da máscara.

Ele olhou para Onniken e o mesmo leu os lábios de Hogus:

“Você está ferrado!”

Shanai, então, continuou falando:

– Continuando: Nós crescemos e eu acabei me relacionando com um cara. Na época, eu tinha 16 anos. Ficamos juntos 2 anos. Então, eu fui chamada para trabalhar como representante de Kiri em Suna. Ele não quis aceitar e nós terminamos. Eu fui para Suna aos 18 e deixei meu pai cuidando de minha irmã. Fiquei cinco anos trabalhando sem poder voltar em casa. Quando pude, foi durante uma missão de paz. E foi quando a merda aconteceu.

Ela baixou os olhos, triste, mas sem lágrimas.

– Calma, mana. – disse Lira para Shanai. – Pode continuar.

Shanai respirou fundo e continuou:

– Nesta missão, 2 anos atrás, eu tive a chance de rever minha família. Então, logo quando cheguei à vila, fui recebida com heroína da vila. E lá estavam: meu pai e minha irmã. Nós conversamos, relembramos do passado, falamos besteira em código para a Lira não entender, etc.

– Eu entendi tudo daquela vez, sua pervertida mente suja... – disse Lira, zuando a irmã.

– Ei! Não me chame assim. – ela deu um peteleco na cabeça da irmã.

– Ai! Doeu!

– Continuando: Eu achei que aquele era um dos melhores dias da minha vida... Até que, à noite, quando estávamos reunidos para jantar, meu ex-namorado invadiu nossa casa. Ele jogou Lira na parede e ela desmaiou. Ele tentou me atacar com uma kunai, mas meu pai entrou na frente. – ela parou de falar por alguns segundos e respirou fundo. – A kunai foi diretamente ao coração dele. Ele tentou me atacar, mas eu desviei. O máximo que aconteceu foi um corte que ele acertou em corte horizontal em minha coxa direita.

– Que fez a sua cicatriz. – disse Nagato.

– Isso mesmo. – disse ela. – E você, que se diz respeitável, viu isso.

– Pra mim, parece um pervertido. – disse Mei.

– Eu sou respeitoso, mas sou bastante observador. Mas por ser repeitoso, não perguntei nada antes.

– Tá. Continuando: Eu automaticamente peguei no pescoço do infeliz e o quebrei. Logo depois, fui ver como meu pai estava. Sua boca estava cuspindo sangue e seu peito sangrava. A kunai havia acertado bem fundo em seu peito.

“- Pai! – eu gritei, chorando.

– Tudo bem... – ele cuspiu um pouco de sangue. – Você está bem, então tudo bem.

– Mas você...

– Tudo bem. Eu sei, mas ao menos morrerei sabendo que protegi minhas filhas... – ele cuspiu mais um pouco de sangue. – Agora, proteja sua irmã e se cuide. Nos vemos de novo algum dia...

– Pai! Pai! Pai! – gritei, gritei e gritei por muito tempo.”

– Ele morreu na minha frente, em meus braços, por minha causa.

– Não foi sua culpa. – disse Lira, consolando a irmã. – Aquele cara era um louco e idiota. Era esperado que ele fizesse uma merda daquelas.

– Mesmo assim... Eu não paro de me culpar...

– Por favor, continue a história. – disse Nagato.

– Tá ok. Vou continuar: Nós ficamos lá. Lira desmaiada e eu sem saber o que fazer. Quando ela acordou, estava deitada em sua cama enquanto médicos recolhiam os corpos e a equipe de limpeza fazia seu trabalho. Eu estava ao lado dela, com os olhos inchados. Ela olhou para mim e perguntou:

“- Papai?”

– Eu apenas fechei os olhos e abaixei a cabeça. Ela entendeu exatamente o que queria dizer. Ela se apoiou em mim e começou a chorar... No dia seguinte, nós o enterramos. Como eu tinha meu trabalho em Suna e Lira estava estudando, eu voltei para Suna e me demiti. Eu sabia que se eu não tivesse pego aquele emprego, meu pai estaria vivo ainda. Deixei Lira aos cuidados de Mei e fui. A partir dai, vocês já sabem.

– E agora você voltou, né, maninha? – perguntou Lira sorrindo para Shanai, como se história da morte do pai já tivesse se tornado algo que não lhe trouxesse nenhuma tristeza.

Shanai se virou para ela.

– Sim, mas só de passagem. Mas vou levar você comigo para uma viajem, se a Mei estiver de acordo...

– Tá ok. – disse Mei. – Só na próxima vê se me traz um homem que queira algo comigo...

– Quem sabe... – disse Shanai. – Pode ser que você ache um antes disso...

– É...

Naruto e os outros ficaram só olhando, esperando a hora de sair.

– Podemos ir agora? – perguntou Karin. – Não gosto desse tipo de conversa...

– Já tem um encontro com alguém mesmo... – disse Naruto. – Mas é com quem?

– Te interessa? Já estou cansada dessas suas piadas...

Yuchi, Hogus e até Onniken sentiram pena de Naruto.

– Isso foi um HeadShot? – disse Yuchi.

– Eu acho que foi... – disse Hogus.

– Alguém sentiu dor de cabeça. – disse Onniken.

– Já tá bom de zueira, tá? – disse Naruto, deprimido.

– Tá. – disse Shanai. – Agora vamos. Nós hoje iremos dormir na minha casa.

– Nossa casa. – disse Lira. – É sua também, mas quem cuidou dela sozinha por dois anos fui eu.

– Ok. Nossa casa.

– Vão lá então. – disse Mei. – E Naruto, não esqueça do recado para o Sasuke.

– Ok. – disse Naruto, fazendo o sinal de joia.

Eles saíram de lá e foram para a casa de Shanai, que ficava na área mais afastada da vila. Quando chegaram, a casa estava totalmente arrumada. A casa tinha um estilo tradicional, sem muitos moveis e eletrodomésticos.

– Bem vindos. – disse Shanai. – Como podem ver, o Clã Okinora gosta de seguir tradições.

– Que nada... – disse Hogus. – Isso? Tá melhor que minha casa...

Eles perceberam que na casa haviam alguns locais com algumas coisas de família: Fotos, pinturas e itens passados de geração em geração como armas de família e porcelanas muito bem conservadas. No centro da casa, numa área reservada, ao lado da área de jantar, estava um altar de família com vários nomes. Nagato se aproximou dele e perguntou:

– Qual desses nomes é o do seu pai?

Shanai se aproximou dele e apontou para uma dos várias placas de madeira com nomes escritos.

– Este: Okinora Yusuke. E como seu nome diz, ele era muito calmo.³*

– Até na hora de morrer. – disse Hogus, mas que com respeito na voz. – Ele era um bom homem.

– Sim. – disse Lira. – Não me lembro de ter passado muito tempo com ele, mas o que lembro já me basta.

Nagato, em sinal de respeito, se ajoelhou e rezou para os antepassados do Clã Okinora.*

Nagato terminou sua reza, mas uma dúvida estava em sua mente.

– Uma coisa tem me incomodado. Você disse que o clã foi originado dos Uchihas e dos Hyuugas, certo?

– Sim. – respondeu Shanai.

– Mas não nos contou a história.

– Isso? – perguntou Lira. – Eu posso contar, irmã?

– Pode...

– Ok! – Lira se levantou e se pôs em pose de contadora de histórias. – A história do Clã Okinora é uma verdadeira história de amor: Uma Hyuuga e um Uchiha estavam apaixonados, mas seus pais eram contra esse relacionamento. Por causa disso, eles fugiram de Konoha e do País do Fogo. Depois de muito tempo de fuga, eles acabaram pegando um navio clandestino para o País da Água e chegaram a Kiri. Aqui, eles conseguiram um lugar para ficar, um lugar onde seu amor pudesse viver. Mas para isso, eles teriam que passar as informações sobre seus clãs para a vila. Eles aceitaram a condição e ficaram aqui. Ela era da família secundária, então nem se preocupou com possíveis tentativas de perder seus olhos para Kiri. Ele nem se preocupava com seus olhos. Era só um Sharingan a mais no mundo. E ninguém tentaria roubar os olhos dele, que era um dos mais poderosos e temidos ninjas em Kiri. Eles viveram aqui e tiveram uma filha, a qual deram o nome de Okinora. Essa menina não nasceu nem com o Sharingan nem com o Byakugan, mas com uma fusão de ambos. Ela dizia que seus olhos viam a verdade por trás da verdade, por isso o nome de Olhos da Verdade. Os irmãos mais novos de Okinora não tinham nem um dos três Donjutsus. Já os filhos de Okinora herdaram esses olhos recém criados. Seu primeiro filho tinha o nome de Okinora Tsuki, que deu origem ao nome Tsukigan. E essa linhagem foi passada de geração em geração, até que só sobramos eu e Shanai.

– E os outros descendentes? – perguntou Karin.

– Uns morreram, outros foram mortos. Ainda houveram outros que forma embora e acabaram morrendo. Então, só sobramos nós.

– E o Sharingan de seu avô, pai de Okinora? – perguntou Naruto.

Shanai se prontificou de responder essa.

– Após a morte de seu pai, Okinora selou os olhos dele para que nenhum espertinho tentasse pega-lo e assim, deixou que seu pai descansasse em paz. E como o Tsukigan é só uma mescla de Kekkei Genkais, ele some após a morte de seu usuário, deixando seus olhos com pupilas negras e íris cinzas.

Hogus ficou com uma duvida e decidiu perguntar:

– Eu percebi que você, Lira, não tem as pupilas brancas. Que eu saiba, isso é uma característica do Tsukigan. Mas e você?

– Eu? Eu, diferente dos outros, não nasci com o Kekkei Genkai. Mas como pode ver, meus olhos são idênticos a como são realmente os olhos dos Okinora por debaixo do Tsukigan. Então, ou eu desperto ele um dia ou eu não desperto nunca.

– Entendi. – disse Hogus. – Boa sorte.

– Obrigado.

Então, a partir das três da tarde, eles passaram o tempo jogando papo fora, falando sobre como a Mizukage era muito atirada e coisas do tipo. Enquanto isso, Shanai foi para seu antigo quarto para ver como estava. Ela olhou todo o quarto: Estava da mesma forma que tinha deixado antes de sair e totalmente limpo. Sua cama, seu armário e até mesmo sua cômoda, com todos seus utensílios e suas coisas. Lira havia cuidado da arrumação completa do quarto todos aqueles anos, só esperando a volta da irmã. Ela abriu seu armário e viu algo que não via a tempo. Após pega-lo, ela começou a trocar de roupas.

Enquanto isso, Lira estava ouvindo as histórias de Naruto e dos outros.

– Essas histórias de vocês são muito loucas. – disse Lira. – Vinte pessoas contra mais de cem assassinos é sacanagem, né?

– Mas você não viu o que era a equipe que nós estávamos... – disse Onniken. – E nós éramos 16, se não contarmos o Cerberus... Ai seríamos uns 19...

Hogus também estava com um pé atrás com essa história.

– Eu também acho que isso é lorota, mas...

Eles ficaram lá, batendo papo, até que deu umas quatro e meia... Então, Shanai saiu de seu quarto, vestindo um kimono tradicional roxo com desenhos de flores de cerejeira brancas. Ela sorriu para eles e perguntou:

– O que acham? – disse ela, girando no lugar.

– Que eu quero usar um! – disse Lira. – Vou pegar o meu agora!

Lira saiu correndo em direção ao quarto.

– E vocês? O que acham?

Naruto não sabia o que dizer, Yuchi estava em estado parecido, Onniken não se sabia dizer como estava, por causa da máscara, Karin parecia querer fazer a mesma coisa que Lira. Nagato foi o único que disse algo:

– Ficou ótimo. Acho que se houvesse um lugar para comprar um desses por aqui, pediria sua ajuda para comprar um para mim.

– Mas não precisa. Nós temos muitos kimonos aqui em casa. Se quiser um para se sentir num estilo mais tradicional, pode ser.

– Então tá.

– Eu também! – disse Naruto.

– Eu também! – disse Yuchi.

No final, todos decidiram entrar no clima. Onniken pegou um kimono cinza e ficou sem sua máscara, Naruto pegou um laranja, Yuchi um vermelho bem escuro, e Hogus um azul escuro. Todos os kimonos eram simples. Mas o de Nagato tinha algo em particular: Ele pegou um kimono preto, com a faixa branca com detalhes pretos em forma de vento. Depois de uns 20 minutos, eles terminaram de se arrumar, cada um em um dos quartos da casa, que era enorme. Logo após, eles viram como as garotas estavam.

– Nossa! – disse Yuchi.

Lira estava com um kimono branco com desenhos de flores de lótus azul céu. Karin usava um kimono rosa claro com desenhos com desenhos de rosas brancas.

– UAU! – disse Hogus. – Sempre pensei que roupas tradicionais eram uma merda, mas agora eu realmente penso o contrario. Vocês estão muito gatas.

– Obrigado. – disse Lira, constrangida. – Vocês também ficaram bem com os seus.

Ela olhou para todos, até que viu uma coisa em especial.

– Ei! – ela apontou para Nagato. Sua voz estava com um toque de raiva. – Esse era kimono o do meu pai!

Nagato olhou para o kimono que usava.

– Me desculpe. – disse ele, curvando-se. – Eu não sabia que era dele. Shanai disse que eu podia pegar.

Shanai entrou na conversa.

– Eu escolhi esse pois era o que melhor combinava com ele. E também sabia que esse era o do papai. Eu só deixei que ele o usasse pois ele demonstrou muito respeito pelo clã. Se não, eu nunca deixaria ninguém tocar nele.

– Entendi. – disse Lira, constrangida novamente. – Me desculpe.

– Tudo bem. – disse Nagato. – Eu também ficaria assim no seu lugar.

– Tá. – disse Hogus. – Mas agora que estamos todos assim num estilo tradicionalmente tradicional, o que nós vamos fazer?

– Simples. – disse Lira. – Uma Cerimonia do Chá.**

– Boa ideia. – disse Shanai. – Faz tempo que nós não fazemos uma. Mas seria muito demorado.

– Podemos apenas servir o chá e conversar, ao invés de fazermos a cerimonia toda. Fazemos ela completa quando tivermos tempo.

Os outros ficaram só observando as duas conversando sobre como fariam a cerimonia numa versão simplificada. Depois de alguns minutos discutindo, elas decidiram fazer algo tradicional, mas que não fosse demorado. Shanai decidiu fazer toda a cerimonia sozinha, como é o costume. Elas decidiram então usar a antiga sala de chá da família, onde todas as cerimonias do chá eram feitas.

Ao chegarem ao local, eles perceberam a bela arrumação do local. Não havia moveis no local. A única coisa que tinha no local eram os próprios itens para a cerimonia.

– Vamos lá. – disse Shanai. – Ajoelhem-se.

Todos se ajoelharam. Shanai deixou os itens para o chá do lado de fora da rodinha. Ela acendeu o fogo e pôs a água para esquentar. Depois, foi preparando as outras coisas para o chá. Todos a observavam fazendo todos os preparativos.***

– Não fiquem me observando assim. – disse Shanai, preparando as ervas do chá. – Isso me desconcentra. Podem conversar por enquanto.

– Tudo bem. – disse Nagato. – Eu queria mesmo conversar algo com vocês.

– O que é? – perguntou Hogus.

– É sobre o próximo local que vamos e como iremos.

Onniken pareceu estar pensando a mesma coisa que ele, pois se surpreendeu quando ouviu o que Nagato disse.

– Eu queria perguntar algo. – disse Onniken. – Como faremos se o próximo for hostil e tentar nos atacar? Eu não tenho muito problema, mas não sei vocês...

Naruto logo pediu a palavra.

– O País das Ondas é um lugar muito calmo. Não tem tido problemas lá desde a época que eu protegi o construtor da ponte. O que rola lá são coisas tão pequenas que o próprio povo resolve. Não creio que possa haver um Uzumaki malcriado por lá.

– Entendo... – Onniken coçou o queixo, que já estava crescendo barba novamente. – Então não preciso me preocupar.

Karin só observava a conversa, junto com Lira. Então, elas se afastaram um pouco e ficaram conversando no canto da sala. Os rapazes continuaram conversando entre si.

– Eu acho que poderíamos fazer uma parada lá quando chegássemos. – disse Yuchi. – Acho que poderíamos ir à praia.

– Nós fizemos mais paradas que uma lesma cansada.**** – disse Naruto.

– Isso é verdade. – disse Hogus. – Mal me juntei ao time e já percebi isso. Vocês são muito preguiçosos.

– Isso eu concordo. – disse Yuchi, sem parecer ter sido ofendido. Já devia estar acostumado com isso. – Mas... Por favor! É uma praia! A última na qual estivemos nem deu pra curtir direito!

– É mesmo... – disse Hogus. – Eu fui o único que entrei na água. – ele começou a cochichar. – Nem deu pra ver o corpo da Shanai. E além do mais, agora temos a Lira para ver...

– Pervertido. – disse Naruto em tom irônico.

– Você aprendeu com o mestre, que eu saiba... – ele também falou em tom irônico.

Nagato e Naruto pensaram no mesmo nome.

– Jiraya... – disseram em uníssono.

– Ele era o mestre mesmo. – disse Naruto.

– Tá ok. – disse Yuchi. – E você disse que não viu o corpo delas. Mas e no banho publico.

– Com minha mãe correndo atrás de mim querendo me dar banho nem dava.

Eles riram e continuaram a conversa, até que Shanai terminou de esquentar a água e preparou tudo. Ela distribuiu as xícaras, que tinham desenhos de neve caindo. Depois, começou a servir o chá, começando por Lira, indo para Naruto, Nagato, Karin, Hogus, Onniken e Yuchi. Eles pegaram suas xícaras e disseram:

– Kampai!

Todos beberam e...

– Muito bom. – disse Onniken. – Muito melhor que aqueles comprados prontos em lojinhas.

– Tem certeza que não faz há muito tempo? – perguntou Naruto. – Ele tem um sabor não muito forte, mas não muito fraco. E tem um certo sabor um pouco amargo e cítrico.

– É uma receita antiga de família. – disse Shanai. – Nós usamos cascas de laranja junto com as ervas para dar um sabor meio amargo, mas que não deixa o chá ruim.

– Muito boa essa receita. – disse Yuchi. – Poderia me explicar como faz?

Ela puxou a orelha dele.

– Pra você vender na lojinha do seu pai? Nem ferrando!

– Ai! Ai! Isso doí!

Eles riram, conversaram e tomaram chá por algum tempo. Quando viram, já era 8 da noite.

– Já tá na hora de dormir. – disse Shanai. – Se quisermos sair cedo amanhã, temos que ir dormir cedo. Todos troquem de roupa.

Yuchi questionou Shanai.

– Nós não jantamos. Então, se formos dormir de barriga vazia...

– Eu já ia preparar um lanchinho mesmo. – disse Lira. – Nós trocamos de roupa, vamos pra cozinha, fazemos um lanchinho e vamos dormir.

– Tá ok. – disse Naruto.

Shanai guiou cada um para um quarto para se trocarem. Todos os quartos de hospedes só tinham um colchão com cobertor e travesseiro. Após se trocarem, todos foram para a cozinha, que ficava próxima da sala de estar da casa gigantesca. Todos estavam com seus clássicos pijamas, menos Lira que não havia se trocado. Lá havia um lanchinho totalmente preparado por Lira: tinha alguns sanduíches e suco de laranja, que não cairia bem no estômago depois do chá.

– Eu vou lá pessoal. – disse ela. – Boa noite.

– Já? – perguntou Yuchi. – E a zueira noturna?

– Hoje não. – disse a garota saindo do local.

– Tá ok. – disse Naruto. – Vamos comer!

Eles comeram e foram dormir. Dormir sozinhos em um quarto depois de uma semana dormindo em grupo foi meio complicado, mas eles conseguiram se virar.

Naruto dormiu, mas ficou pensando no que Onniken disse. E se o próximo fosse hostil? Como fariam? Isso e muito mais nos próximos capítulos...

To Bi Continued...


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Notas finais do capítulo

Notas:
¹* A cena a seguir está nesta ordem: 1º O que Ao fala / 2º O que Mei entende. Isso tudo explicado por um fato: Mei é louca...
²*: Ah, vá! Se alguém reclamar de Spoiler de Naruto em plenos 2014 merece apanhar! Eu avisei no começo da fanfic que haveriam spoilers...
³*: Yusuke – Cheio de Calma.
*: O altar de uma família japonesa é onde são postos nomes de membros da família que já partiram. Eles são utilizados para fazer orações em favor dos mortos e como forma de... Bem... Eu não sei explicar direito porque é muito cultural-tradicional e eu não conheço tanto assim da cultura japonesa.
**: O "Chanoyu" ou "Cerimonia do Chá" foi criado na China, mas levado para o Japão há MUITO tempo. Então, não me xinguem falando coisas como “Cerimonia do Chá é chinesa, seu p#$@!” e coisas do tipo.
***: Eu não vou colocar o passo-a-passo da cerimonia porque eu estou com preguiça e sei que vocês não querem ficar perdendo tempo com isso.
****: Ou melhor, mais paradas que um ônibus com defeito – Todos...
*****: Kampai! – Saúde!

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