Bem, onde nós estávamos? Ah, já sei: Nossos amigos estavam saindo da vila de Kumo.

Eles estavam conversando enquanto decidiam como iriam para Kiri.

– Bem, o mais normal seria de barco. – disse Yuchi.

– Nada de barcos. – disse Karin rapidamente.

– Nagato, e suas invocações? – perguntou Naruto.

– Eu acho que até tenho uma que possa nos levar. – disse Nagato. – Mas primeiro, teremos que ir para a água.

– Então tá. – disse Hogus. – Eu levo vocês para o local mais próximo para isso.

Eles viajaram até à tarde, e chegaram a uma praia na parte sul do País do Relâmpago.

– Aqui está o local. – disse Hogus. – Agora, é só fazer o jutsu.

– Zofuku Kuchiyose no Jutsu! – ele fez um selo e invocou uma tartaruga gigante, do tipo que não existe em nenhum lugar.

– Nossa! – disse Hogus. – E eu achei que vocês não tinham nada de especial.

– Eu já tinha criado essa tartaruga para algo desse gênero. – disse Nagato. – Como esse jutsu permite que eu invoque seres com habilidades diferenciadas, a desta tartaruga é nunca se cansar. Então, é só subir e seguir viajem.

Todos subiram na tartaruga gigante. Então, Nagato disse a ela:

– Para Kiri.

Ela foi ao mar e começou a nadar rapidamente.

– Só tente nadar suavemente, pra não causar enjoo nas pessoas. – disse Nagato, lembrando de Karin passando mal na viajem de barco.

Então, a tartaruga começou a nadar um pouco mais devagar, mais suavemente, mas ainda rápida. Yuchi e Onniken ficaram conversando no canto, como se planejassem algo.

– Neste ritmo, chegaremos a Kiri amanhã. – disse Shanai. – Então, descobriremos quem é o Uzumaki de lá.

Nagato sentia que Shanai já sabia a resposta, mas decidiu ficar quieto. Sabia que ela não gostava de falar do passado.

– Tá okay então. – disse Naruto. Então, ele ficou curioso. – Mas Shanai, você tem ideia de quem seja a pessoa? Sabe, você era de lá...

Naruto havia feito a pergunta que Nagato temia fazer. A expressão de Shanai não mudou, continuou com uma expressão pensativa.

– Bem, eu tenho ideia de quem seja, mas é melhor esperar. – disse ela.

Nagato sabia a verdade: Shanai sabia exatamente quem era, ela só não queria falar.

– Tudo bem. – disse Naruto. – Mas, por enquanto, o que vamos fazer?

Naruto olhou para o lado e viu que Hogus tinha feito um sinal de uma ave com as mãos. Alguns segundos depois, uma águia de penas pretas azuladas pousou ao seu lado.

– Nossa! – disse Karin admirada. – Como você fez isso?

– Isso? – perguntou Hogus. – Essa águia é minha de estimação. Ela me segue onde eu for e vem para perto de mim se seu fizer o sinal. – ele fez novamente o sinal: Uma ave feita com as mãos, sendo cada mão as asas e os dedões juntos, a cabeça. – Ela esteve sobrevoando sobre a gente o tempo todo, vigiando a área. Mas ela, que já me conhece, me seguir é fácil. Isto aqui é mais difícil.

Ele ficou parado, olhando a água, como se quisesse se concentrar. Logo depois, ele levantou a mão e um golfinho pulou da água. Ele levantou a outra e outro golfinho pulou. Ele abaixou as duas mãos, e os golfinhos sumiram. Depois, ele levantou as duas de uma vez e uma baleia pulou da água.

– UAU! – gritou Karin. – Você é bom!

– Que nada. – disse Hogus, que aparentemente já estava mudando seu jeito revoltado de ser. – Isso são técnicas básicas da família. Minha mãe sabe fazer um show aquático só com uma mão.

Naruto ficou boquiaberto com as habilidades de Hogus e o que ele havia dito de sua mãe, Lika. Depois, uma dúvida veio a sua mente.

– Uma coisa sobre a sua família: Qual é o sobrenome de vocês?

– Nosso sobrenome? Nem eu sei. Minha mãe não me disse. Ela só disse que nós já somos conhecidos como a família de Hogus, o mágico, dentro da vila de Kumo. Então, eu nunca precisei usar meu sobrenome para nada, nem nas provas da escola ninja.

– Entendo. – disse Onniken, que estava sentado, relaxando. – Comigo foi quase o mesmo, só que eu não sei meu sobrenome porque sou órfão e ninguém conhecia a minha família antes disso.

– Entendi. – disse Nagato. – Vejo que eu e Karin somos casos parecidos, mas nós praticamente já ganhamos o sobrenome Uzumaki. Se algum dia vocês precisarem usar seus sobrenomes, podem usar o sobrenome Uzumaki.

Onniken ficou pensando no assunto, mas sua expressão era meio fria. Já Hogus, pareceu ofendido.

– Usar o mesmo sobrenome do boiola loiro? Não, obrigado. Eu pergunto o meu à minha mãe quando eu voltar.

– Ei! – gritou Naruto. – Quem você chamou de boiola? Sua mãe não te proibiu de chamar os outros assim?

– Sim... Mas se ela não souber, eu posso continuar a te chamar assim, Naruto. – ele deu uma entonação especial no nome “Naruto”.

Eles continuaram a viajem, somente observando o mar, até que...

– Eu preciso ir ao banheiro. – disse Yuchi. – Não tem como parar em algum lugar não?

Nagato olhou para a água, até avistar uma ilha, aparentemente deserta.

– Eu acho que dá pra parar ali. – disse ele, apontando para a ilha. – A gente aproveita e faz o almoço.

– Okay. – disse Yuchi.

Nagato mandou a tartaruga seguir caminho para a ilha. Logo que chegaram lá, Yuchi saiu correndo para o meio do mato.

A ilha tinha uma aparência meio tropical, com muitas árvores e, aparentemente, muitos animais selvagens.

Todos desceram e foram para a praia. Nagato deixou que a tartaruga fosse nadar um pouco sozinha, comer alguma coisa. Shanai logo foi para a floresta, recolher lenha para a fogueira. Nagato a seguiu, querendo ajudar.

A praia era de areia branca e a água cristalina.

– Esse lugar lembra o País das Ondas. – disse Naruto. – Será que estamos perto?

Ele pegou o mapa na mochila. E lá estavam os pontos deles, no meio do mar, próximos tanto a Kiri, como ao País das Ondas.

– Não seria mais rápido irmos ao País das Ondas primeiro? – perguntou Karin, chegando por trás de Naruto.

– Eu acho que não. – disse Onniken, também chegando por trás dele. – Nós já estamos seguindo para Kiri. Mudar o caminho agora só nos atrasaria. E também...

Onniken pegou o mapa e aumentou o zoom¹* onde eles estavam.

– Vê? – disse Onniken, apontando uma área no mapa cheia de pontos cinzas escuros. – Essa área por onde iriamos para lá é cheia de rochas. Nós gastaríamos muito tempo dando a volta em todas elas. Entretanto... – ele apontou para o caminho para Kiri, que era totalmente limpo de qualquer obstáculo. – E melhor: O caminho de Kiri até o País das Ondas é totalmente limpo de obstáculos. – ele apontou para uma extensa área de mar sem formações rochosas. – Então, nós vamos pra Kiri e depois tomamos reta par o País das Ondas.

– Entendi. – disse Naruto. – Então, vamos seguir caminho para Kiri.

Eles ficaram lá, observando o mar, até que Yuchi retornou de seu “Chamado da Natureza”. Alguns minutos depois, Nagato e Shanai voltaram com lenha o bastante para fazer o almoço, a janta, o café do outro dia e ainda o almoço do outro dia. Eles estavam muito quietos, mostrando que eles haviam conversado algo enquanto estavam na floresta.

– Okay então. – disse Shanai, jogando a lenha na praia. – Karin, você e eu faremos o almoço. Nagato, acenda a fogueira, por favor.

– Certo. – disse Nagato.

Nagato juntou a lenha, fez um selo de Tigre e fez uma pequena bola de fogo, só para acender a fogueira.

– Nagato, você poderia pegar alguns peixes para nós? – perguntou Shanai.

– Deixa isso comigo. – disse Hogus.

Ele tirou a camisa e ficou só de bermuda. Depois, ficou descalço, pegou um saco de tecido dentro da mochila e foi para a água. Dois minutos depois, ele voltou com uns 40 peixes de todos os tipos.

– Isso aqui dá? – perguntou ele ironicamente.

– Talvez dê para hoje. – disse Shanai, também na ironia.

Ela pegou os peixes e os deixou no fogo. Depois, começou a fazer o resto da comida.

O almoço iria ser ótimo, se não fosse por...

– Ei! – gritou um homem em um navio que estava chegando à praia. Ele parecia estar com raiva e ele e todos que estavam no barco estavam armados. – Essa ilha é nossa!

Naruto se levantou onde estava, sem a jaqueta, só com a camisa, e disse:

– Desculpa! É que a gente precisava dar uma parada!

Quando os caras chegaram à praia, o cara que gritou para Naruto parecia conhece-lo. Ele tinha um arpão na mão, era musculoso e grande. Todos junto com ele também eram assim. Havia umas 20 a 25 pessoas em cima do navio. Ele ficou cara a cara com Naruto.

– Ei! Você é aquele garoto que protegeu o construtor da ponte!

Naruto olhou para o cara, tentando reconhece-lo.

– Não me lembro de você...

– Eu era um dos homens do Gato! Pro sua culpa, eu perdi o emprego!

– Ah... – disse Naruto. – Mas o Gato merecia aquilo!

– Mas nós perdemos nossos empregos por sua culpa, moleque! Agora, nós temos que trabalhar como piratas! E essa ilha é nossa!

– Quer lutar? – perguntou Naruto.

– Pode ser. – respondeu o cara. Então, ele gritou para o navio, que estava a uns 40 metros. – Podem sair, rapazes!

Ao gritar isso, vários outros homens saíram de dentro do navio.

– Rapazes, o loirinho é meu. – disse o grandão com o arpão.

E a porrada rolou solta: Nagato chamou novamente sua tartaruga, que afundou o navio, e foi para cima dos adversários; Shanai derrubou dois de uma vez; Karin pegou uma kunai e ficou na defensiva; Naruto ficou lutando com o cara do arpão; Hogus chamou sua águia e mandou-a atacar, enquanto fazia dois selos de mão: Um, cruzando enfiando os dedos entre os outros, fazendo um sinal de mais; depois, ele virou as mãos de lado, fazendo um X. Então, ele soltou suas mãos, que estavam com a Garra da Fera, mas diferente das de Lika, ele tinha uma de raio e uma de vento.

Ele ia de inimigo em inimigo, fazendo cortes e desferindo chutes, desviando de ataque num estilo de luta de um animal selvagem seguindo seus instintos.

Já Onniken, derrubou alguns adversários com sua manopla, dando golpes de lado com os braços. E Yuchi só ficou pulando para trás enquanto fazia aviões de papel.

Após termina-los, Yuchi jogou seus aviões em seus inimigos. Logo depois, fez um selo e eles ficaram gigantes. Mas ao invés de irem e caírem, eles ficaram voando enquanto ele parecia controla-los com as mãos, como um show de marionetes. Logo depois, Onniken fez um selo de Tigre, tirou a máscara e cuspiu fogo nos aviões, logo depois pondo a máscara novamente. Então, Yuchi os lançou aviões em direção dos inimigos, num estilo de aviões Kamikazes, que caiam sobre os inimigos, derrubando e desmaiando muitos deles.

Após a luta, facilmente vencida pelos Uzumakis, Shanai obrigou todos os piratas a fazerem a limpeza da praia. Enquanto eles limpavam tudo, os Uzumakis almoçavam.

– Itadakimasu!

Após o almoço, eles pegaram alguns mantimentos na ilha, subiram na tartaruga e foram embora, enquanto os piratas gritavam:

– E nós?!?!

– Façam jangadas e vão embora!!! – gritou Shanai.

Então, eles deixaram a ilha para trás e seguiram rumo a Kiri.

– Bela estratégia aquela dos aviões pegando fogo. – disse Nagato. – Vocês criaram ela naquela hora que estavam conversando durante a viajem?

– Isso mesmo. – disse Onniken. – Quando me contaram das habilidades de papel de Yuchi, eu quis ver se poderíamos fazer algo desse tipo.

– É. – disse Yuchi. – E deu num belo show aéreo.

Eles continuaram viajando a tarde inteira, conversando, até que anoiteceu. Todos decidiram que era melhor parar para dormir. Eles fizeram a janta, que era peixe...

– Itadakimasu!

Arrumaram as camas...

– Eu não durmo perto do loirinho!

– Eu é que não durmo perto desse animal selvagem!

E foram dormir...

No outro dia, acordaram com Shanai e Nagato preparando o café da manhã. Dessa vez, eram frutas tropicais, suco e água de coco.

– Que belo café da manhã! – disse Naruto, pegando uma banana e um coco, que ele bebeu a água na própria fruta.

– É mesmo. – disse Karin, pegando um copo de suco.

Eles tomaram café e seguiram viajem. Eles decidiram dar uma acelerada, então conseguiram chegar em Kiri ainda pela manhã, mas Karin não ficou muito bem com isso.

Mas o que acontecerá com eles em Kiri? Quem é o Uzumaki? Como essa pessoa é? Isso e muito mais, no próximo capítulo.

To Bi Continued...