Essence of Time escrita por Seraphina Morgenstern


Capítulo 4
"You can stay forever."


Notas iniciais do capítulo

EEEEEEEEI, OLHA PRA CÁ! Querem saber? Eu nem deveria estar postando! Gente, qual é a dificuldade de comentar? Vocês tem lepra, é? Os dedos vão cair se digitarem um comentário? Já se passou pela cabeça de vocês que os capítulos viriam muito mais rápido se vocês comentassem? Gente, eu podia postar desde de QUINTA-FEIRA e não postei porque vocês não comentam! Será possível, povo?! Eu deveria excluir a história?!
De qualquer jeito, boa leitura!



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– Hum... você tem certeza? – Luke perguntou, incerto.

– Er... Sim, tenho certeza. – Disse Grover.

Como Alex havia dito, eles logo haviam encontrado o sátiro há mais ou menos uma semana, enquanto tentavam convencer um dono de loja de que não estavam ali para roubar, embora fosse mentira. Grover, um sátiro medroso de cabelos castanhos e encaracolados, e olhos também castanhos, havia aparecido e comprado a comida que precisavam, e depois, alegara que poderia levá-los a um lugar seguro. Este lugar era o Acampamento Meio-Sangue, um lugar onde os semideuses poderiam treinar e viver em segurança. Luke e Thalia haviam concordado em segui-lo, desejando viver em um lugar seguro e poder proteger Percy, como prometeram.

– Ahn... a verdade é que eu estou meio perdido... Devo ter feito algum desvio. Mas essa casa é segura.

Agora, eles estavam em Flatbush, no Brooklyn. Precisavam descansar, haviam corrido o dia inteiro, sem parar. Os olhos dourados de Percy quase se fechavam. Os pés de Thalia estavam doloridos, e Luke estava quase no chão pelo cansaço. Grover havia avistado uma casa abandonada, uma mansão melhor dizendo, e tentava convencer Luke de que era seguro e sem monstros.

– Eu não sei... tenho um mau pressentimento sobre isso. – Disse Luke.

– Luke. – Disse Thalia. – Você está sendo paranóico. Podemos apenas fazer um pausa e depois continuar?

Percy assentiu fracamente, concordando.

Luke fez uma careta. Percy e Thalia o viam como um líder, mas ele se sentia um pouco desconfortável. Agora, eles pediam permissão para descansar, e ele não gostava disso. Olhou para Grover, e assentiu.

– Vamos entrar. – Disse.

Entrando na casa, ela parecia ainda mais abandonada. Ela era um labirinto de corredores, com quadros tortos nas paredes, que eram arranhadas pelo que pareciam garras, lustres caídos, móveis despedaçados.

Luke viu um brilho vindo de um corredor e foi investigar. Thalia ouviu um ruído estranho e foi para o outro. Grover sentiu um cheiro esquisito e mergulhou na escuridão de outro corredor. Deixando Percy sozinho no encontro dos três mais um corredor.

– Luke, socorro! – O filho de Hermes ouviu de repente, e podia sentir medo na voz de Percy. – Eles me pegaram. Socorro!

– Percy! – Percy ouviu a voz desesperada de Thalia. – Me ajude! – Ele se sentou no chão, abraçando os joelhos, tentando ignorar a voz que com certeza não era a de Thalia.

– Ahh! – Gritou a voz de Luke, para Thalia. – Thalia! Onde você está? Preciso de ajuda!

– Grover! – O sátiro ouviu a voz de Luke. – Grover, socorro! – A voz de Thalia. – Grover, me ajude, por favor! – A voz de Percy. Era a voz mais desesperada e cheia de medo.

Luke correu atrás de Percy, Thalia atrás de Luke, e Grover atrás dos três. Percy também teria corrido para salvar Thalia, mas se deu conta de uma coisa: ela nunca pediria ajuda para ele. Sempre fizera de tudo para mantê-lo seguro, ele que era teimoso demais para colaborar. Mas sabia que a Thalia de verdade não pediria ajuda. E também sabia que aquilo era uma armadilha.

Ele se levantou, com as pernas bambas, e correu para encontrar os amigos. Correu pelos corredores até encontrar a sala principal. Ele viu Luke, Grover e Thalia, pendurados no teto como presunto defumado, amordaçados e com as mãos amarradas. Um sujeito enorme de quase quatro metros de altura, com um olho só bem no meio da testa, cuidava de uma fogueira bem ali no piso. Ao seu lado, um enorme bastão de madeira sólida.

Percy puxou sua faca, mas o ciclope o ouviu. Virou-se e sorriu. Ele falou e, de algum modo, conhecia a voz da mãe de Percy, Sally. O ciclope disse com a voz dela: "Agora, Percy, não se preocupe. Você pode ficar aqui comigo. Você pode ficar para sempre."

Por um momento, Percy não conseguiu se mexer. Lembrou-se dele e de sua mãe, brincando no parque, rindo, comendo sorvete. Depois, se lembrou da maneira como ela o havia tratado, se embebedando e deixando-o sozinho com Gabe. Seu peito encheu-se de raiva, e ele avançou, fincando a faca no pé enorme e imundo do ciclope.

O monstro urrou de dor e surpresa. Sua mão moveu-se para seu bastão, e ele girou-o em um arco, atingindo Percy na barriga. A força usada enviou o menino para a parede.

Percy gritou quando sentiu as costelas quebrarem e o ar ser arrancado de seus pulmões. Ele caiu em cima de sua perna, e gritou novamente ao ouvir o estalo de ossos se quebrando. O ciclope avançou lentamente, com o bastão erguido.

Percy só tinha mais uma chance. Ele apertou o pingente de lua no pescoço, e um arco surgiu em suas mãos. Ergueu o arco, e a flecha surgiu do nada quando puxou a corda. Mirou. A benção de Ártemis devia ajudar. Ele soltou a flecha, e ela acertou bem entre as sobrancelhas do monstro.

Luke enfim conseguiu cortar as cordas, e não se importou com o mau jeito com que caiu no chão, assim como Grover e Thalia. Eles correram para Percy, que apoiava as costas contra a parede, respirando pesadamente, os olhos fechados. Sua perna se dobrava de uma forma estranha, ele já estava cansado de viver quebrando aquela maldita perna.

– Percy! – Exclamou Luke. – Nunca mais faça uma bobagem dessas! Você poderia ter se matado!

A voz de Percy não alcançou mais de um sussurro, e ele não abriu os olhos:

– De nada.

Luke, talvez, tivesse rido em outra situação, mas não agora. Ele não podia conter a raiva que o dominava. Se não tivessem entrado naquela mansão, isso não teria acontecido. Uma parte dele, a maior, dizia que era culpa de Grover, e era isso que ele expressaria em palavras naquele momento.

– Você disse que a casa era segura. – Sua voz era dura e ameaçadora, fazendo Grover se encolher um pouco. – E agora, veja. Percy está ferido, e nós não temos mais tempo para descansar. Está feliz?

– N-não. – Grover respondeu, trêmulo. – Mas, Luke, eu juro...

Luke ergueu a mão para que parasse.

– Grover. – Ele suspirou. – Não faça mais promessas. Por favor. Apenas cure Percy.

Grover assentiu, um pouco magoado. Então se agachou ao lado de Percy, examinado seus ferimentos. Apenas alguns arranhões, perna quebrada, e algumas costelas também. Pegou sua mochila, que estava jogada num canto, e tirou o néctar e ambrosia.

Uma das vantagens de ter encontrado Grover, era o néctar e ambrosia. A bebida e o alimento dos deuses, em pequena quantidade, eram capazes de curar semideuses, e em quantidade maior, de matá-los. Era bom ter mais recursos de cura, mas seu estoque já estava acabando.

Grover deu um pedaço de ambrosia para Percy, derramando um pouco de néctar no corte em sua perna. O néctar e a ambrosia acabaram quando ele deu, também, para Thalia e Luke, para, quem sabe, dar-lhes um pouco mais de energia para continuar.

Luke ajudou Percy a se levantar. Ele ainda mancava um pouco, mas teria que aguentar. Eles estavam muito perto do Acampamento Meio-Sangue, não poderiam para agora.

Depois de alguns minutos, eles acharam a saída e fugiram da mansão. E depois de apenas um quilômetro de correria, eles já podiam ouvir os berros dos monstros atrás deles.


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Notas finais do capítulo

Eu vou dizer aqui a mesma coisa que disse lá em cima, porque as pessoas dão mais crédito às notas finais do que às iniciais. Tá aí: "EEEEEEEEI, OLHA PRA CÁ! Querem saber? Eu nem deveria estar postando! Gente, qual é a dificuldade de comentar? Vocês tem lepra, é? Os dedos vão cair se digitarem um comentário? Já se passou pela cabeça de vocês que os capítulos viriam muito mais rápido se vocês comentassem? Gente, eu podia postar desde de QUINTA-FEIRA e não postei porque vocês não comentam! Será possível, povo?! Eu deveria excluir a história?!"
SAIBAM QUE EU JÁ TENHO O CAPÍTULO 5 E 6 PRONTO! Pensem no que vão fazer agora!
Kisses!