Chicago University escrita por JuliaChase


Capítulo 7
Tris...


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!!! Como vão??? Senti saudades!! Mesmo que eu tenha postado antes de ontem... Eu bati minha cabeça na parede enquanto estava dormindo ontem e eu fiquei mais tonta do que eu ja sou. Entao não tive pique para escrever hoje mais cedo. Tirando o fato que meu namorado vai viajar com o time de futebol e eu estou tentando aproveitar ao máximo enquanto ele está aqui. O tempo me foi tirado esse fim de semana. E minhas aulas voltam quarta-feira, infelizmente. E não sei como vai ficar a postagem da fic. Mas eu aviso!!!

Vamos ao que interessa

Nos vemos lá em baixo



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Pov. Tobias

Depois que a Tris foi tomar banho, eu fiquei enrolando e mirando o teto. Acontece que eu estava incomodado com uma coisa.

Por mais que o casamento entre a Seis e eu seja forçado, eu queria fazer as coisas direito. Comprar uma anel, preparar uma noite especial, lhe dar um vestido para usar na ocasião e pedi-la em casamento.

Eu sei que todos devem estar pensando " Para de ser frouxo e faça logo isso!", mas não é tão simples. Eu estou achando que eu a amo. Mas ainda não tenho certeza. Então, eu vou esperar mais um pouco.

Eu ouço o barulho do chuveiro de Tris e decido por tomar um banho. Me levanto e vou direto para meu banheiro. Me lavo rapidamente e pego uma roupa qualquer. Uma calça de moletom preta e uma regata cinza colada. Apenas coloco um chinelo e saio do recinto.

Ao sair vejo que Tris não está em lugar nenhum. Procuro em seu quarto e não a encontro. Vou na sala e vejo um papel acima da mesinha de centro. O pego e leio.

" Amor, fui no mercado. Volto logo... E eu vou com meu carro."

Não sei por que, mas assim que deixo a mensagem de lado, me bate um aperto no coração. Como se algo tivesse acontecido. O mesmo que senti no dia da morte da minha mãe.

Depois que ela morreu, eu nunca mais fui o mesmo. E não havia sentido nada parecido depois do ocorrido. Será que aconteceu alguma coisa? Será que foi com a Tris? Meu coração aperta só de pensar.

Não deve ser nada. Logo ela chega. Pego o controle da TV e a ligo. A cena do Sheldon e do Leonard discutindo alguma coisa idiota aparece na tela. The Big Bang Theory é o programa preferido da Tris. Vou gravar para ela ver mais tarde.

Tento me distrair, mas não consigo. A demora de Seis para chegar me deixa apreensivo e sem nenhum pingo de calma.

Decido por ligar para ela. Vou no meu quarto em busca do meu celular, mas não o encontro em lugar nenhum. Ai eu me lembro que havia deixado no carro da Tris noite retrasada. Eu e ela tínhamos ido jantar fora, e nem dei falta ontem.

Pode ser idiotice, mas eu sou muito supersticioso. Não penso duas vezes. Pego as minhas chaves, minha carteira e vou direto para o estacionamento.

Entro no meu carro e saio do condomínio. Não sei bem para onde estou indo, só tenho esperança em encontrar a Tris. E então me lembro do papel que ela deixou na sala. Ela estava indo no mercado.

Dou voltas e voltas pelo bairro, tentando achar o caminho que ela fez para sair. Até que vejo um amontoado de pessoas em volta de alguma coisa. Não sei o que é, mas não parece nada bom.

Chego mais perto com o carro e paro ao lado de um casal que estava com um olhar preocupado para seja lá o que estivesse ali.

– Oi- eu digo chamando a atenção deles- O que aconteceu?

– Parece que houve um acidente entre um carro e um caminhão- meu coração gelou na hora em que o rapaz pronunciou aquelas palavras.

– Vo... Você sabe que... Que carro é?- eu pergunto com medo da resposta.

– Acho que foi um MiniCooper vermelho se não me engano- fala ele de novo.

– Estão tentando tirar uma jovem de dentro.- fala a mulher ao seu lado.

– Essa não- eu desligo o carro e saio desesperado- Licença- eu tento pedir com educação para todos a minha frente- Com licença...- eu vou chegando mais perto e encontro um bombeiro- Senhor, sabe quem está ali?

– Nós identificamos a placa- ele diz olhando uma prancheta- Mas não tenho permissão de falar isso para o senhor.- fala indiferente.

– Escuta aqui sei idiota- eu o seguro pela gola da camisa- A minha noiva saiu de casa para ir no mercado e não voltou. O carro dela é um MiniCooper vermelho. E de acordo com as pessoas que estão ao redor, uma jovem está dentro desse carro- ele engole um seco- Então eu vou perguntar mais uma vez...- eu olho diretamente para seus olhos- Quem está dentro daquele carro?

– Be...- ele tenta falar, mas não sai nada- Beatri...tri... ce Pri...or- conclui- Beatrice Prior.

Eu fico sem chão. Não, não, não, não, não, não, não, não... NÃO... Não pode ser a minha Tris que está naquele carro. Eu fiquei longe dela por meia hora e olha o que acontece...

Eu solto o bombeiro e corro em direção ao carro que esta rodeado de bombeiros e policiais. Muitos tentam me impedir, mas eu apenas os soco. Sei que eles não tem culpa, mas eu não estou nem ai.

– TRIS- eu grito com todas as minhas forças- SEIS- eu chego o mais próximo que consigo do carro. Vários bombeiros estão com equipamentos para tirá-la de lá.

Então eu a vejo. Tris está totalmente coberta de sangue, cheia de hematomas, percebo que algo está fincado em suas pernas e que seus olhos estão fechados.

– Tris...- eu sussurro- ALGUÉM FAZ ALGUMA COISA- eu grito desesperado e sinto braços me segurando.

– Quatro calma- eu vejo que Uriah e Zeke, amigos meus da faculdade, estão tentando me segurar.

– CALMA? COMO EU POSSO TER CALMA AGORA ZEKE?- eu começo a espernear- É A TRIS QUE ESTÁ DENTRO DAQUELE CARRO! EU ESTAVA COM ELA NÃO FAZ NEM MEIA HORA- eu estou me debatendo tentando chegar mais perto.- EU SÓ FUI TOMAR BANHO... E ENTÃO EU CHEGO AQUI E A VEJO NESSE ESTADO.

– Quatro, a gente está aqui com você- fala Uriah segurando meu braço esquerdo- Vai ficar tudo bem- eu paro de me debater.

Sinto lágrimas escorrendo de meus olhos, e então eu desabo no chão ainda olhando para aquela cena. Eu estou quase engasgando com a minha própria saliva, mas eu não ligo. Tudo o que eu quero é a Tris do meu lado.

– Não...- eu começo a me lamentar e sinto mãos acolhedoras atrás de mim- Minha Tris... Alguém ajuda ela...- eu falo inutilmente limpando as lágrimas de meus olhos.

– Vai ficar tudo bem- eu escuto a voz de Christina- Eu vi no noticiário e corri para cá na hora.- eu me aninho em seu colo e choro igual a uma criança- Shii... Vai ficar tudo bem. Eles vão salvá-la.

Então tudo ao meu redor escurece e eu perco a consciência. Eu só quero a Tris...

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Quando eu finalmente acordo, vejo que estou em um quarto de hospital, com alguns fios presos no corpo. Minha cabeça dói e meu corpo pede pela minha cama.

Eu fico me perguntando o que estou fazendo aqui. Tento me lembrar e quase desmaio de novo. A Tris sofreu um acidente de carro e eu acabei apagando de vez.

Saio desesperado do quarto e dou de cara com todos os meus amigos e um garoto que não me é estranho abraçado com uma garota.

– Cade ela?- é tudo o que eu consigo falar.

– Quatro, calma- fala Eric vindo na minha direção- A Tris está bem. Só precisa descansar e se recuperar.

Assim que eu ouço as palavras dele, o abraço e começo a chorar de novo. Mas dessa vez, é apenas alivio.

– Nunca achei que veria Tobias Eaton chorar- ele diz e eu dou risada.

– Para você ver o que aquela nanica faz comigo- eu me solto dele e me viro para o garoto que não conheço- Eu não quero ser rude, mas quem é você?

Quando ele me olha, percebo que seus olhos estão inchados, como se tivesse chorado muito. Ele parecia cabisbaixo, mas com a mesma expressão serena que eu fiquei ao saber que a Seis estava bem. Ele se levanta, dá um meio sorriso e estende a mão.

– Eu sou o Caleb- ele diz e eu o cumprimento- Irmão da Beatrice.- eu solto sua mão.- Moro na cidade ao lado com a minha esposa Suzan- ele aponta para a garota que estava abraçado a poucos minutos e ela apenas acena levemente a cabeça- Viemos assim que vimos a noticia na TV.

– Eu sou Tobias, mas pode me chamar de Quatro- eu digo simplesmente- Imagino que seus pais tenham comentado sobre mim e Tris- ele parece confuso- Ou não... Eu te explico melhor depois- eu falo- Mas basicamente, eu sou noivo da sua irmã.

Caleb fica da cor da parede quando eu pronuncio aquela frase. Ou seja, branco. Ele fica meio atordoado por um momento e depois me encara de novo.

– Noivo?- ele pergunta perplexo.

– É uma longa história- falam todos atras de mim.

– Bom, obrigado por vir- eu digo- E seus pais?

– Eles estão vindo já- ele fala- Daqui a pouco chegam.

– Pois bem- eu me viro para meus amigos.

Vejo que todos estão lá. Eric, Lynn, Chris, Will, Shauna, Zeke, Marlene, Uriah, Al e Cara. Eles estão com cara de acabados, tanto psicologicamente, quando fisicamente.

– Oi pessoal- eu falo e eles sorriem.- Valeu por virem. E... Uriah, Zeke. Obrigado por não me deixarem fazer besteira... É que eu perdi a cabeça.- me lembro da cena e estremeço.

– Tranquilo- Uriah de levanta e me abraça- Estamos aqui para o que der e vier.

– Mesmo que não queira nossa companhia- fala Zeke fazendo o mesmo que Uriah.- A gente parece chiclete. Não desgrudamos tão facilmente.

– Eu quem diga- falam Marlene e Shauna ao mesmo tempo.

Vamos às explicações. Chris, Will, Lynn e Eric todos já sabem quem são. O resto, eu e Tris conhecemos na faculdade e não nos desgrudamos mais. Apesar de conhecê-los a pouco tempo, posso considera-los grandes amigos meus.

– Parentes e amigos de Beatrice Prior?- só então percebo que tem um medico atras de nós.

– Sim- falamos todos juntos.

– Ela esta bem doutor?- eu pergunto me aproximando dele.

– Bem- ele olha para a prancheta em sua frente- Ela sofreu um traumatismo cranioencefalico leve.- ele diz e eu fico em choque- Pode ficar tranquilo que esse tipo de traumatismo não é fatal. Ela vai fazer mais exames e ficar em observação.

– Por quanto tempo?- pergunta Caleb.

– Bom, esse tipo de traumatismo não requer uma grande tempo de recuperação, mas devido ao acidente, ela não pode ir pra casa ainda. Um pedaço de vidro estilhaçado do carro perfurou sua perna direita, por sorte. Se fosse a esquerda seria mais complicado.- ele diz e eu presto muita a atenção- Ela vai ficar internada por mais ou menos duas semanas.- não é tanto.

– Nós podemos vê- la?- eu pergunto ansioso.

– Podem, mas ela esta dormindo. E não sabemos quando vai acordar.- ele fala e eu fico muito feliz- Mas apenas dois de cada vez. Quem vai primeiro?- ele pergunta.

– Vai o Tobias e o Caleb.- fala Zeke e eu o agradeço mentalmente- Os dois são os mais importantes aqui.

Eu e Caleb nos olhamos e acenamos com a cabeça. O médico começa a andar e nós o seguimos. Meu coração parece que vai sair pela boca.

Passar todo esse tempo sem ver a Tris me fizeram mal. Eu não comi, não descansei do jeito que deveria e chorei de mais, o que me causou uma batia dor de cabeça.

Depois do acidente, eu me dei conta de uma coisa. Eu amo a Tris. É perturbador saber que tudo isso teve que acontecer para que eu me desse conta disso. Tudo o que eu queria era te-la em meus braços de novo. Não precisaria beija-la ou fazer amor com ela. Só queria estar com ela.

Nós entramos na sala em que ela se encontra e eu abafo um gemido sofrido. Ela esta toda machucada, com a perna enfaixada, os cabelos totalmente desgrenhados e com tubos e fios pelo corpo inteiro. Mas tinha uma coisa nela que nunca mudaria. Tris continuava linda.

Eu me aproximo e me sento na cadeira que havia do lado direito da cama e pego sua mão. Vejo que Caleb faz o mesmo do lado esquerdo. Lágrimas escorrem de meus olhos ao ver seus olhos fechados. Queria poder ver a imensidão azul que são suas íris.

O que eu mais sinto falta são seus abraços, seus sorrisos, suas piadas idiotas, seu jeito de andar, suas roupas que sempre me deixaram sem fôlego e de tudo que se tenha direito. Mas o que eu mais tenho saudades, são as brigas. Por que são elas que nos proporcionam tudo de bom. Ela quem traz a reconciliação. Os beijos, os abraços, tudo.

– Oi amor- eu digo baixinho- Senti saudades de você hoje. Estava passando The Big Bang Theory na TV quando você saiu. Eu sei que gosta de assistir, então eu coloquei para gravar.- tento falar normalmente, mas ela permanece de olhos fechados.- Quando chegarmos em casa, a gente assiste. É uma promessa. Eu vou gravar todos os episódios novos.- as lágrimas escorrem com mais intensidade- Eu queria que estivesse acordada. Senti tanto medo hoje. Medo de te perder, medo de fazer alguma besteira, medo de nunca te encontrar, medo de... Sei lá. Medo de tudo.- eu falo embargado- Só quero você- eu me inclino para beijar sua mão- Acorda rápido. Para eu te encher de carinho e amor.- eu olho para Caleb e ele escuta atentamente- Seu irmão está aqui. Ele gostaria de falar com você sobre o casamento. Pelo jeito seus pais não contaram nada sobre isso.- eu dou risada da cara dele- Mas pode deixar que eu explico a confusão que é essa história. E mais uma coisa... Seus pais chegam daqui a pouco. Fica tranquila.- eu me levanto e beijo sua testa- Eu queria ficar aqui, mas nossos amigos estão lá fora. E se eu não deixar eles verem você, o pessoal que trabalha aqui vai matar todos eles por perturbarem a paz.- ouço a risada de Caleb.

– Pelo pouco que eu fiquei com eles, já vi como são. Você tem toda razão.- ele beija a testa de Tris e se afasta ainda a olhando- Eu te amo sua porqueira. Não me assuste assim de novo ou eu mesmo te mato.- ele fala brincalhão e eu sorrio.- Vamos lá- ele fala para mim- Temos que esclarecer algumas coisas.

– Pois é- eu dou um selhinho bem suave na boca de Tris e me afasto- Mais tarde eu volto.

Eu e Caleb saímos do quarto e voltamos para o lugar onde nossos amigos estavam anteriormente. Encontramos Natalie, Andrew e Marcus no meio do alvoroço. O que meu pais está fazendo aqui eu não sei. Mas eu juro que se alguém não me segurar, eu vou espanca-lo. Vou esquecê-lo por um tempinho.

– Mais duas pessoas podem entrar- eu falo e todos se viram para me olhar.- Acho melhor vocês irem agora- eu digo para os pais da Tris, que no momento estão abraçando Caleb.

– Oh meu querido- Natalie vem me abraçar- Como você está?- ela tenta controlar o choro.

– Eu estou bem- nós nos afastamos e ela limpa as lágrimas.

– Não imagino o que você passou. Sozinho nessa confusão toda- ela fala exasperada.

– Eu não estava sozinho- eu digo olhando para meus amigos- Todos me ajudaram. Mas devo admitir que a ficha ainda não caiu.- eu olhos para Andrew e meu estômago embrulha- Melhor vocês irem vê-la.

– Tudo bem- fala Natalie- Vamos querido.

Andrew se move, mas faz algo que me surpreende. Ele me abraça e dá um tampinha em minhas costas.

– Obrigado por cuidar dela Tobias- ele diz e se afasta- Não me entenda mal pelo casamento. Se quiserem se separar depois...

– Não precisa se desculpar- eu o corto- Eu e Tris estamos mesmo juntos.- eu sorrio e ele faz o mesmo.

– Fico muito feliz por ela estar junto de alguém como você- ele passa por mim- Já voltamos.

E então ele é Natalie somem no corredor. Eu me senti no banco que tem por perto e me distraio com meus pensamentos.

Ontem, eu tive a melhor noite de toda a minha vida com a mulher que eu mais amo no mundo todo. Hoje de manha, nós estávamos felizes com a brincadeira das cócegas. E então, tudo desmoronou. Ela sofreu o acidente, me deixou preocupado e veio parar no hospital. A vida é uma montanha-russa de emoções.

– Tobias?- ouço Caleb me chamando.

– Pode me chamar de Quatro- eu digo sorrindo.

– Tudo bem... hum... Quatro- ele parece meio inseguro em me chamar daquela forma- Pode me explicar o que aconteceu nesse meio tempo em que a Tris se mudou?- ele pergunta confuso.

– Com todo o prazer- eu sorrio- Bem...

Eu falo para ele sobre o apartamento que ambos compramos, a faculdade, o jantar com nossos pais, o casamento forçado, o início do nosso namoro e o acidente. Percebo que Caleb é um ótimo ouvinte. E que Suzan apareceu no meio da conversa para escutar também. Eles pareceram meio assustados de inicio, mas logo se acalmaram.

–...e aqui estamos nós- eu termino.

– Caramba- os dois falam juntos.

– É muita coisa para processar, eu sei.- eu sorrio para eles.

– Bem, tudo o que eu tenho a dizer é...- ele faz suspense- Cuide bem dela. A Bestrice pode parecer forte, o que não é mentira, mas ela é tão frágil quanto uma xícara de porcelana.

– Fique tranquilo.- eu digo para ele- Ela é a mulher da minha vida.

– É bom que seja.- ele fala brincalhão- Acho que vamos nos dar bem Tob... quer dizer... Quatro.

– Eu também- eu falo animado.

Eu olho ao redor e vejo meu pai com uma cara de quem não queria estar ali. Me irrito na hora. Por que raios ele está aqui? Vou descobrir.

– Com licença um minuto.- eu falo para Caleb e Suzan que acenam levemente com a cabeça. Me levanto e sento ao lado de meu pai, mas apenas olho para frente.- O que faz aqui?

– Natalie e Andrew pediram para eu vir- ele fala seco- Beatrice não tem importância nenhuma para mim. Apenas o casamento dos dois que me interessa. Sem ele, eu perco o governo.- ao ouvir aquelas palavras, meu sangue ferve.

– Tem sorte de eu amar a Tris. Caso o contrário, eu ja teria desistido do casamento a muito tempo. Só para o ver fora de seu mundo encantado- eu cuspo as palavras- Não sei como pode ser tão cara de pau em aparecer aqui.

– Tenha mais respeito Tobias- ele fala ríspido- Eu continuo sendo seu pai.

– Você já perdeu esse título a muito tempo.- eu fecho os punhos tentando me controlar- Desde a época em que mamãe soube estar grávida. Você nunca deu a mínima. Apenas me assumiu como filho para não manchar a imagem.- decido encara-lo- Você nunca foi e nunca vai ser o meu pai. Se eu não recebi seu respeito, você não merece o meu. Eu tenho nojo de você.- ele sorri sarcasticamente.

– Ela é igual sua mãe. Sonsa, estúpida, fraca, boba, ingênua, ridícula e horrorosa.- eu quero tanto bater nele- Você e Tris vão ser iguais eu e sua mãe.- ele diz sorrindo.- Uma hora ou outra você vai fazer o mesmo que eu.

Eu não me controlo. Soco sua cara duas vezes com a mão direita e uma com a esquerda. Só paro quando sinto braços me segurando.

– Você é um idiota, mesquinho, salafrário, diabólico, sem coração, canalha, filho da p#$, agressivo e mais tudo de ruim que existe no mundo.- a cena de seu nariz escorrendo sangue não tem preço- Seu verme miserável. Você não tem o direito de falar isso da minha mãe e da Tris. Nem se quer tem o direito de falar uma palavra sobre qualquer uma. Nunca mais a chame assim. Ela não vai ser a "Tris" para você. E eu não seria igual a você nem em outra vida.- me solto dos braços que me seguravam- Nunca mais chegue perto de mim ou de qualquer um que eu ame. Se o fizer, eu juro que te mato- eu olho bem para ele- Eu estou fazendo isso para o seu próprio bem- eu repito o que ele me dizia durante anos.- Agora...- cuspo na cara dele, dou um chute em suas partes íntimas e ouço um grito de dor-... saia daqui antes que eu te mande para o inferno.

Ele se levanta minutos depois e sai cambaleando para a saída do hospital. Na hora que tudo acaba, eu fico meio tonto e me sento no banco. Não acredito que eu fiz isso. Um peso enorme saiu das minhas costas.

Fiquei com o desejo de bater em Marcus durante tantos anos, e agora que o fiz, me sinto muito bem. Mas nada no mundo fará com que eu perca o medo que tenho dele. São muitos anos de destruição para conseguir tal feito.

Vejo que ninguém me pergunta sobre o que aconteceu e eu os agradeço mentalmente por isso. Não suportaria tantas perguntas. Seria muita pressão.

– Voltamos- fala Natalie aparecendo no corredor- Onde está o Marcus?- ela pergunta.

– Passou um pouco mal e foi para casa- fala Zeke e algumas pessoas sorriem. Não posso deixar de fazer o mesmo.

– Ele até caiu de tontura e quebrou o nariz- Uriah entra no meio da história.

– E por que ele não foi atendido?- pergunta Andrew- Estamos em um hospital.

– Nós falamos para ele, mas Marcus não quis ouvir e saiu andando.- fala Christina.- Agora, se nos dão licença, eu e Will vamos ver a Tris.- os dois se levantam e ela pisca de leve para mim com um sorriso na cara. Sei que terei que explicar para ela o por que daquela cena.

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Noite passada, eu vim para o quarto de Tris e acabei por dormir na cadeira que estava do lado da cama. Não conseguiria dormir em casa nem por sonho.

Acordo, mas sem abrir os olhos, dou uma se espreguiçada, coço o queixo e bocejo. Minha cabeça dói e meu corpo esta todo dolorido por dormir naquela posição desconfortável.

– Bom dia amor- eu escuto a voz de Tris e fico estático.- Dormiu bastante hein.

Eu abro os olhos rapidamente e dou de cara com uma Tris sorridente tomando café da manhã. Meu coração dispara e eu dou o maior sorriso de toda a face da Terra.

– Tris...- eu a olho incrédulo e me inclino para mais perto pegando em suas mãos-... você não tem noção do que eu passei. Lógico que não se compara ao que você passou, mas foi ruim do mesmo jeito.- eu falo desesperadamente.

– Calma amor- ela fala para mim- Eu estou bem. Logo logo a gente volta para casa.- ela faz carinho em minha mão- E obrigada por gravar The Big Bang Theory para mim.

– Ué... como você...

– Ontem eu estava ouvindo tudo, mas não conseguia me mexer nem falar.- ela diz- Eu sei que todos estiveram aqui, inclusive meus pais.

– É...- eu digo- Até o meu pai esteve aqui. Mas não ficou muito tempo.

– Que estranho ele vir- ela falou pensativa- Por que ele ficou pouco?

– Ele me irritou e eu meio que o expulsei daqui- eu digo.

– Como assim "meio"?- ela pergunta curiosa.

– Eu bati nele e falei um monte- ela fica boquiaberta- Foi o segundo momento mais feliz da minha vida.- ela se recupera e sorri.

– Nossa. Nunca pensei que você faria isso- ele diz- Qual o primeiro momento mais feliz da sua vida?

– A noite em que passamos juntos- eu digo e ela cora- Você fica tão linda corada. Senti sua falta ontem.

– Na hora do acidente, eu só pensava em você. Fiquei com tanto medo- lágrimas escorrem de seu rosto- Eu só me lembro de ver o farol do caminhão e gritar.- ela fala embargado.

– Ei... Shiiii- eu me levanto e a abraço de lado- Fica calma. Está tudo bem. Eu estou aqui com você.- ela diminui o ritmo do choro e me encara.

– Promete não sair daqui?- ela pergunta e eu vejo que é o momento perfeito para me declarar.

– Eu prometo. E sabe por que?- eu pergunto e ela nega com a cabeça- Por que eu te amo Seis.- eu falo com firmeza.

Ela sorri tanto que parece que sua boca vai rasgar até ficar igual a do Coringa do filme do Batman. Dá ate medo, mas eu fico feliz. Porém o medo de ela não sentir o mesmo invade meu corpo em seguida.

– Eu também te amo Quatro- ela fala- Sempre amei, só não sabia ainda.- eu sorrio com suas palavras.

– Foi preciso que você sofresse um acidente para nos darmos conta disso.- eu digo- Vamos combinar de não fazer mais isso. Falaremos o que sentimos sem rodeios. Não vamos esperar algo ruim acontecer para falar. Combinado?- eu pergunto.

– Combinado- ela responde feliz- Agora, me beija.

– Sei pedido é uma ordem.

Eu me abaixo para ficar mais perto de seu rosto e coloco minhas mãos em suas bochechas a puxando para mais perto. No momento em que nossos lábios se tocam, eu sinto uma felicidade imensa. Ficar sem beija-la durante tanto tempo foi horrível. Eu peço passagem com a língua e ela concede. Ficamos assim por um tempo, mas o ar se faz necessário. Nos separamos e encaramos um ao outro.

– Eu te amo- ela fala.

– Eu também te amo.- eu respondo.


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Notas finais do capítulo

E ai?? Reviews? Favoritaçoes? Recomendações?

Façam alguma coisa... please people!!! Nem que seja criticar!!

Espero que tenham gostado... Até o proximo!!

bjs de luz