Chicago University escrita por JuliaChase


Capítulo 11
Nossos pais


Notas iniciais do capítulo

AI GENTE EU ESTOU TÃO FELIZ!! RECEBI UMA RECOMENDAÇÃO LINDA DA MARAVILHOSA THEOGASMS!! EU QUERO AGRADECER A VOCÊ MINHA FLOR!!! ESSE CAPITULO É PARA VOCÊ... SIGAM O EXEMPLO DELA...

E Fernandinha, ai está o capitulo como o prometido!!! Hihihihi!!!

Nos vemos lá em baixo!!



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Pov. Tris

Eu fiquei muito receosa em contar para Tobias sobre a gravidez. Ele é a pessoas mais importante da minha vida, mas eu nem imaginava o que ele poderia falar ou fazer ao receber a noticia de que seria pai. Não gosto de pensar que talvez ele fique arrasado e me deixe sozinha para criar uma criança. Eu o amo tanto. Não sobreviveria nenhum dia sem ele.

– Eu estou grávida.- eu digo.

Assim que eu pronuncio essas palavras, Tobias me encara como se eu tivesse duas cabeças. Ele vai me odiar, ele vai me deixar, eu vou criar um filho sozinha. Eu devia ter pensado melhor nisso tudo.

– Isso é sério?- ele me pergunta com os olhos arregalados e a voz embargada.

– Si.. sim...- eu respondo e ele arregala mais ainda os olhos- Eu entendo se não quiser...

– Epa epa epa- ele fala gesticulado para que eu pare de falar e sorri- Como você pode sequer pensar em alguma coisa assim?

– Eu não sei...- eu digo- Não faço ideia de como ser mãe...- eu começo a chorar e cubro meu rosto com as mãos- Estou com medo.- digo derrotada.

– Amor- sinto que ele me abraça e eu me aninho em seu colo- Não chora. Olha para mim- eu o faço- Eu também estou com medo. Pode ter certeza. Mas eu nunca deixaria você, muito menos um filho ou uma filha. Eu amo você, e vou amar essa criança e cuidar dele ou dela com a minha vida.- ele diz sorrindo de orelha a orelha.

– Jura?- eu pergunto chorando de alegria e sorrindo muito.

– Eu juro- ele fala com com firmeza e eu pulo em seu colo para beija-lo.

Eu já beijei Tobias muitas vezes, mas nunca é a mesma coisa. Eles ficam melhores com o tempo. Mas uma coisa não muda. Quatro sempre demonstrou o seu amor através desses beijos. Me lembro da primeira vez que nos beijamos. Foi diferente, mas a felicidade de estar o beijando continuava a mesma. Ele juntava nossos corpos cada vez mais, me puxando para seu colo e agarrando meus cabelos com ambas as mãos. Assim que nos separamos, encaramos um ao outro.

– Nós vamos ter um filho.- ele diz meio retardado.

– Ou uma filha- eu digo da mesma maneira.

Ele se levanta e eu permaneço sentada. Tobias se agacha, levanta minha blusa e beija minha barriga gentilmente. Eu sorrio com essa cena e uma lágrima escorre de meus olhos.

– Eu amo vocês dois- ele diz.

– Também te amamos.- eu digo acariciando meu ventre. Um pensamento de desespero me vem à cabeça- Como vamos contar para os nossos pais?

– Sinceramente?- ele pergunta e eu apenas aceno com a cabeça- Não faço a menor ideia.

Essa é uma pergunta que ficou martelando na minha cabeça desde o momento em que soube da gravidez. Nossos pais que queriam nossa união, o casamento e tudo mais. Porém, não faço ideia do que eles vão pensar ao descobrirem que vão ser avós. Eu os conheço bem, mas nunca se sabe.

Minha mãe me apóia em tudo na vida, e acho que dessa vez não vai ser diferente. Meu pai sempre foi super protetor, e acho que ele ficará bravo com Tobias, porém vai entender com o tempo e vai amar a criança tanto quanto eu já amo. Mas até então eu nunca tinha ficado grávida, o que complica as minhas previsões.

Já em relação a Marcus, acho que ele não vai estar nem ai para o neto ou a neta. Nunca esteve com o próprio filho. E Evelyn, pelo pouco que eu conheço, acho que vai encarar da mesma maneira que minha mãe. Elas são bem parecidas, a diferença é que a mãe de Tobias enfrentou as ameaças de Marcus, enquanto minha mãe faz tudo o que meu pai quer. Ele não é maldoso, mas eu tenho dó dela.

– Quando vamos contar para eles?- pergunta Tobias me tirando de meus pensamentos.

– Amanhã- eu digo com firmeza.

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– COMO É QUE É?- grita meu pai assim que eu pronuncio a frase "Eu estou grávida".

Eu e Tobias acabamos acordando cedo, então decidimos procurar nossos pais para contar a novidade. Meus pais e o Marcus estavam na cidade à trabalho, então, com um monte de jornais por Chicago, não foi muito difícil acha-los.

Eles estavam em uma reunião com os membros do Conselho, mas foi só ligar avisando que tínhamos algo urgente para falar. Não demoraram nem cinco minutos até eles aparecerem.

– Eu ja falei. Mas eu vou repetir- eu digo segurando as mãos de um Tobias que está tremendo mais do que um chiuaua.- Eu estou grávida.

– Não acredito- fala minha mãe- Como que vocês puderam ter relações sexuais sem proteção?- ela pergunta calmamente.

– Foi um acidente de percurso. Na hora do "oba oba" tudo ao redor fica sem foco.- fala Tobias descaradamente e eu coro.

– Vocês são muito jovens- fala meu pai.

– Nós vamos nos casar daqui dois meses. Achou mesmo que isso não iria acontecer um dia?- eu pergunto perdendo a paciência. Enquanto isso, Marcus está sentado em uma cadeira do lado oposto da sala, com as pernas cruzadas e com cara de quem não se importa.

– Não agora- meu pai diz irritado- Você tem 18 anos. Eu não vou permitir que...

– Quase 19 pai. E outra- eu o interrompo exaltada- Para começo de conversa, quem começou com essa historia de casamento foram vocês três- eu falo gesticulado para todos eles- Nós acabamos nos conhecendo melhor e nos apaixonamos. A gente transou e agora eu estou grávida. Eu estou esperando um filho do meu noivo. Não tem nada de errado nisso. Agora, já chega. Eu não quero ouvir mais reclamações suas. Se você não quiser aceitar por enquanto, tudo bem. Eu te dou todo o tempo do mundo.- eu digo já gritando- Mas eu não quero saber da sua aprovação. Eu e Tobias estamos felizes com a noticia e decidimos que vamos ter esse bebê. Ponto final.

Assim que eu digo isso, meu coração aperta. Eu nunca fui grossa com meu pai. O dia em que ele disse que eu e Tobias íamos nos casar foi a primeira vez. E estava começando a ficar frequente.

Sempre fui vista como a menininha dos olhos do papai. Acho que pelo fato de eu realmente agir assim. Mas eu nunca quis ser desse jeito. Por dentro, eu era, e sou, uma pessoa que gosta de se divertir, de namorar, de se meter em confusões, e de ser quem realmente é. Só que nunca me perguntaram o que eu queria.

Quando encontrei Tobias, senti que eu poderia ser quem eu sou. Ele e eu somos bem parecidos, mas Quatro ainda tem uma certa vantagem. Eu nunca fiz o que eu queria, enquanto ele, sempre fez de tudo. Inclusive ir atrás do "assassino" de sua mãe. Mesmo sabendo dos riscos. Eu nunca teria tanta coragem assim. Apesar dele falar o contrário.

Eu encaro meu pai com toda a fúria que está dentro de mim. Como ele ousa falar alguma coisa sobre o meu filho ou filha? É o meu bebê. E ninguém vai me fazer mudar de ideia quanto a te-lo. Nunca pensei em ser mãe tão cedo, mas agora que já aconteceu, não vou voltar atrás. Eu não acabaria com a vida de um ser nem se eu quisesse. Quanto mais um filho meu. Isso nunca. NUNCA.

Tobias põe a mão em um de meus ombros e se coloca atrás de mim. Eu o olho e ele sorri. Acho que ele estava pensando a mesma coisa que eu. Ninguém vai tocar um dedo no meu bebê. Nem por cima de nossos cadáveres. Eu sorrio de volta e encaro meu pai novamente.

– Ela está certa Sr. Prior- fala Tobias- Eu tenho mais respeito pelo senhor do que pelo meu próprio pai, mas eu não vou permitir que tire o meu filho ou a minha filha de mim. Isso é um assunto que apenas eu e a Tris temos o direito de opinar. Por mais que seja o pai dela, essa criança é nossa. E de mais ninguém.- ele diz- Ponto final.- ele repete o que eu disse alguns segundos atrás.

– Eu só queria que me escutassem por...

– Chega Andrew- eu ouço minha mãe o interromper- O filho é deles. E quem decide o que é melhor para essa criança são os pais. No caso, a Beatrice e o Tobias.- eu a olho agradecida e admirada por estar me defendendo das idéias malucas do meu pai.- Querido. Eu e sua filha te amamos e sabemos que é difícil aceitar o fato de que você será avô. Mas temos que deixá-la viver a vida dela. Nós já a orientamos e a aconselhamos em tudo que é possível e imaginável. E agora não será diferente. Porém, ela tomará as decisões juntamente com o Quatro.

Meu pai a olha horrorizado, mas ao mesmo tempo, eu percebo que ele está mais inclinado a aceitar o que nós falamos. O fato de minha mãe o enfrentar já mostra que o assunto já foi resolvido e que nada que ele venha a dizer nos fará mudar de ideia. Eu o encaro esperando uma resposta.

– O que me diz pai?- eu pergunto- O senhor pode aceitar tudo isso?

Ele parece pensar durante um tempo. Suas expressões mudam a cada segundo. Desde frustração até um estranho estado de calma. Coisa que é difícil vindo do meu pai. ele se aproxima e me encara.

– Está bem- ele diz e eu sorrio como nunca o abraçando.

– Eu te amo- eu digo.

– Eu também te amo.- ele responde, nós nos separamos e eu me volto para minha mãe sorrindo.

– Mãe- eu a abraço- Estou orgulhosa de você. Não deve ficar se escondendo- eu sussurro para que apenas ela me ouça.- Obrigada.

– Eu não fiz isso só por você- ela diz e se afasta um pouco- Sempre sonhei em ser avó, e seu pai não vai estragar isso nem que o mundo acabe.- eu sorrio e olho ao redor da sala.

Meus olhos se param em Marcus. Ele ficou senado desde a hora em que eu é Quatro chegamos. Ele fica olhando a unha e mexendo no celular. Não liga se ai ser avô ou se o filho está assustado. Imbecil. Eu me aproximo dele lentamente.

– E você meu querido sogro do coração?- eu pergunto sarcasticamente- O que me diz?

– Você sabe muito bem a minha resposta e opinião sobre esse assunto- ele diz baixo o suficiente para apenas eu ouvir- Estou pouco me lixando se você está esperando um filho do idiota do Tobias.- meu sangue ferve- Ele ou ela, vai ser igualzinho a vocês dois. Inocente, imaturo, ingênuo, lerdo, maricas e sem conteúdo.

Eu não me aguento e lhe dou um tapa bem dado em seu rosto com toda a força que eu consigo. Ele me olha horrorizado. Mas eu não vou deixar que meus pais pensem que eu o bato de propósito. Eu perderia toda a razão com eles. Então faço a primeira coisa que me vem a cabeça.

– Me desculpe- eu faço um teatrinho- Eu vi um bicho no seu rosto e fui matá-lo. Te machuquei?- eu falo inocentemente e coloco as minhas mãos delicadamente em seu rosto. Como se estivesse preocupada.- Sinto muito...- mas eu o olho furiosamente.

Ele vai saber que eu estou fingindo. E não vai desmentir. Isso faria com que meus pais o chamassem de louco na imprensa por ter me acusado "injustamente" de agressão. Seria ruim para a tão sonhada campanha perfeita.

Ele me encara de volta e eu posso notar que ele percebeu tudo o que aconteceu ali e que teria que inventar uma longa historia se contasse para meus pais do verdadeiro motivo do tapa. Ele sorri "amigavelmente".

– Sem problemas- ele diz "docilmente"- Não foi culpa sua.

– Me desculpe mesmo- eu digo e me certifico de que meus pais estao acreditando. SUCESSO. Eles estão neutros. Já Tobias, que esta atras deles, tem um sorriso enorme no rosto. Me viro para Marcus de novo e o abraço descaradamente - Nunca ouse repetir essas palavras. Ou eu acabo com a sua raça seu monte de merda acumulada.- eu sussurro em seu ouvido e me separo o olhando ferozmente. Meus instintos de mãe já apareceram.- Espero que esses insetos parem de aparecer.- dou uma gargalhada falsa.- Vamos amor? Temos que pensar no casamento.- me viro e vou em direção a Tobias.

– Claro.- ele diz.

Eu me despeço de meus pais e começo a caminhar para fora daquele escritório. Quando estou de costas para meus pais e de frente para Marcus, que esta perto da saída, sou o sorriso mais perturbador possível.

– Já disse que eu te amo?- pergunta Quatro bem baixo.

– Já.- eu paro e me viro para beija-lo- Mas é sempre bom fazer algumas coisas boas um pelo outro para ouvir isso de novo- eu digo e ele ri.

Me viro, encaro Marcus mais uma vez e saio daquele lugar. Ele que tente fazer alguma coisa para machucar meu filho. Eu arranco cada pedaço de sua pele com uma gilete e corto o seu "brinquedinho" com uma tesoura bem afiada.

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– Eu vou ser vó?- fala Evelyn meio chocada ao ouvir sobre a minha gravidez.

Depois que saímos do escritório de nossos pais, eu é Tobias almoçamos e viemos para a casa da mãe dele para lhe contar a novidade. Ela mora em um bairro bem afastado de movimento, mas ainda sim é uma casa enorme. A decoração é sofisticada, porém simples.

– Exatamente- fala Tobias- O que a senhora acha?

– Eu?- ela diz apontando para si mesma e nós concordamos- Estou muito feliz. Sempre quis ser avó. Podem contar para mim em relação a qualquer coisa.

– Obrigada Evelyn- eu digo e sorrio- Mas estou com medo de Marcus.- falo receosa.

– O que ele fez?- ela pergunta.

– Nada. Mas eu tenho pavor de pensar que, se ele descobrir que você esta viva, talvez possa fazer alguma coisa com alguém que a senhora ame. Desde Tobias até o bebê. Ou então o Edward, ou meus pais.- digo derrotada.

– Ele não vai descobrir Tris- fala Tobias me acalmando- E se descobrir, não importa. Eu não vou deixar ele mexer com a minha família. Nem
por cima do meu cadáver.

Eu sorrio, mas o sentimento de apreensão em relação ao bebê e ao que Marcus pode fazer com ele se descobrir alguma coisa não me deixa. Não sei o que faria se algo acontecesse com alguém que eu amo. Mas não tenho que ficar pensando nisso. Agora eu tenho que me focar no casamento e na gravidez. Só espero que não aconteça nada grave.


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Notas finais do capítulo

Me desculpem acabar o capitulo meio que vago sobre a Evelyn, mas eu queria postar hj... e preciso dormir!!! Entao ficou meio bosta. Mas prometo recompensar no proximo!!!

Muitos beijos de luz meus cupcakes