Dois meses já tinham se passado. Ária evitava voar com Fúria. Banguela estava cada vez mais protetor. Sempre que podia ele estava ao lado dela. As coisas na ilha aos poucos voltaram ao normal. Apesar de terem mais dragões, eles não estavam mais tendo problemas com eles.

Soluço e Astrid estavam morando com Stoico e Ária, mas como o chefe estava pensando em nomear o filho o novo chefe da aldeia, ele estava ajudando a fazer uma casa para eles.

– Ária você pode me dá mais um pouco daquele chá para enjoou? – Astrid perguntou se aproximando deles.

– Está enjoada de novo? – ela perguntou pegando o chá.

– Sim. – ela disse bebendo um pouco. – Por que você está me olhando assim?

– Astrid você já pensou que pode estar grávida?

– Grávida?

– É. Você está ficando enjoada, come muito, depois vomita...

– Como eu posso saber?

– Eu tenho um meio. – Ária se levantou e levou à mão a cabeça se sentando novamente.

– Ária você está bem?

– Acho que sim.

Ária pegou um pote que estava ao lado e levou para lá.

– Dizem que quando você está grávida e coloca coração de galinha para cozinha dá para saber o sexo do bebê. Você faz um pequeno corte se abri é menina, se ficar fechado é menino, se você não estiver grávida não cozinha.

– Você já estava pensando em fazer isso... Você acha que...

– Sim. Vamos fazer em panelas separadas. – Ária disse pegando duas panelas. Depois de tudo pronto ela olhou para Astrid. – Fale que quer saber o sexo do seu bebê.

Elas colocaram os corações para cozinha e foram fazer outras coisas. As duas estavam nervosas, elas não sabiam o que espera. Quando finalmente estava pronto as duas ficaram olhando para as panelas.

– Que tal você vê o meu e eu vejo o seu? – Ária disse.

– Ótima idéia.

As duas abriram a panela e olharam. Depois se abrasaram e começaram a chorar.

– Parabéns. – falaram juntas.

– Por que estávamos chorando? – Astrid perguntou.

– Não sei.

As duas ficaram em casa penando em como iam falar que estavam grávidas. Quando Stoico, Soluço e Azula chegaram com os dragões.

– O que foi? – Stoico perguntou olhando para elas.

– Temos que conversar. – Ária disse.

– O que foi?

–Se sentem. – Astrid disse.

Os dois se olharam e depois sentam um ao lado do outro.

– Estamos grávidas. – as duas falaram juntas e de uma vez. E juntas balançaram a cabeça quando Stoico e Soluço desmaiaram.

O tempo passou correndo. Logo Fúria, Astrid e Ária estava com barrigões. Azula aceitou bem a idéia de ganhar outro irmão, e adorou ter um sobrinho. Ela achava que seriam dois meninos e isso ninguém tirava da cabeça dela. Como Astrid e Ária estavam nervosos com a notícia não prestaram muita atenção e jogaram os corações fora.

– Calma Banguela. - Soluço disse rindo. – Ela sabe o que fazer.

Fúria estava tendo o filhote, mas estava demorando mais do que o esperado. Banguela andava de um lado para o outro.

– Nasceu. – Ária disse saindo de casa.

Banguela olhou para ela e entrou. Ele foi lentamente até onde Fúria estava deitada. E viu dois pequenos dragões olharem para ele.

– Dois? Eu pensei que só nasciam um de cada vez.

– Os Fúrias da Noite são parecidos com humanos nesse fato. Às vezes nascem mais de um. – Ária disse e colocou a mão na barriga. – Como você está Astrid?

– Bem.

– Que bom.

– O que foi? – Soluço perguntou.

– Nada. Elas apenas entraram em trabalho de parto. – Cabeça-dura disse.

– O que? – os dois gritaram.

Depois de mandarem eles se acalmar elas foram para seus quartos. Depois de algumas horas de trabalho de parto, nasceram dois meninos.

– Como ele vai se chamar? – Ária perguntou para o marido.

– Elói. – ele disse passando a mão na cabeça do filho.

– Mamãe a senhora já viu o Stoico II? – Azula perguntou entrando no quarto.

– Não meu amor. – ela respondeu sorrindo para a filha. – Quer conhecer seu irmão?

– Quero.

Naquela noite eles dormiram em paz. Sabendo que a aventura esperava por eles no dia seguinte.