Histórias De Dragões. escrita por Anieper


Capítulo 44
Bônus.




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Soluço olhava para a esposa que dormia tranquilamente. Ele ainda não conseguia acreditar que era pai. Ele ficou em pânico durante as horas do parto. Ele tinha certeza que Astrid conseguiria, mas mesmo assim, saber que ela estava sentindo dor, e que de certa forma a culpa foi dele e que ele não podia fazer nada para ajudar a dor passar, o deixava louco. Ele se sentou na cama ao lado dela. Ele ainda não tinha conhecido o irmão, mas pelo que tinha escutado, era um garotão. Soluço se inclinou na cama e tirou o cabelo do rosto da esposa, Astrid se mexeu e abriu os olhos.

– Oi. – ela disse olhando para ele sorrindo.

– Oi. – ele sorriu. – Como se sente?

– Ainda estou um pouco cansada. – ela disse se sentando na cama. – Stoico ainda está dormindo?

– Sim. – ele disse se sentando mais perto dela. – Temos que inventar um apelido para ele. Não podemos ter dois Stoico na aldeia.

– Eu pensei nisso quando escolhemos o nome dele, mas ainda não conseguir pensar em nada. – ela se encostou nele. – E você?

– Ainda não.

Eles ficaram em silêncio, apenas aproveitando a presença um do outro. Astrid estava quase dormindo novamente quando um som agudo encheu o quarto.

– Deixa comigo. – Soluço disse se levantando.

Ele caminhou até o berço e tirou o pequeno bebê que estava agitado ali dentro. Ele beijou a testa do filho e voltou para a cama, onde Astrid os esperavam. Ele entregou o filho a ela e ficou vendo ela tirar o seio e depois dá de mama para o bebê. Ele sorriu. Soluço nunca entendeu essa mania que o pai tinha de ficar vendo Ária alimentar Azula, mas agora ele sabia o porquê. Era um momento mágico. Ali tinha duas das pessoas mais importante da vida dele. Dois pessoas que ele daria a vida para manter seguras. Ele viu quando Astrid pegou a mão do bebê e segurou delicadamente.

– O que foi? Por que está me olhando assim? – ela perguntou olhando para ele.

– Nada. Apenas estou admirando minha esposa e meu filho. – ele disse se sentando atrás dela.

Astrid se apoiou nele e ficou olhando o filho se alimentar.

– Acho que ele puxou seu pai no apetite. – ela disse baixinho depois de um tempo.

– Concordo. – Soluço disse rindo.

Stoico soltou o peito da mãe, que o colocou de pé contar o peito dela e o fez arrotar. Soluço pegou o bebê e o levou para o berço enquanto Astrid arrumava a roupa. Soluço voltou para a cama sorrindo.

– Eu te amo. – ele disse quando se deitou ao lado dela novamente.

– Eu também te amo. – ela disse dormindo.

Seis meses depois...

Soluço corria atrás de Astrid. Ele não entendia por que a esposa estava tão nervosa. Soluço não fez nada de errado. Seu pai tinha mandado ele ir receber uns amigos dele que estavam chegando na ilha, Soluço não tinha culpa que a filha do amigo de seu pai fosse atirada e quisesse alguma coisa com ele. Que deixou bem claro para ela que era casado e que amava a esposa, mas Astrid ver as coisas desse modo? Não. Ela só via a menina dando em cima dele e esfregando o decote na cara dele. Que estava olhando para o outro lado e que nem viu isso, mas como a esposa disse que estava acontecendo e ele já estava encrencado, achou melhor não comentar nada sobre isso. Qual é, eles estavam casados agora e ela ainda pensava que ele podia se inteiriçar por outra pessoa?

– Astrid, espere. – ele a chamou novamente.

– Me deixe. – ela disse entrando em casa.

– Não. Você é minha esposa.

– Não quando tem uma va... – ela parou vendo o filho sentado ali perto brincando com os filhotes de Banguela. – Uma outra mulher se joga em cima de você.

– Escutou o que acabou de falar? Quando uma mulher se joga em cima de mim. Eu não fiz nada. – ele pegou a mão dele e a puxou para ele. – Eu não estava dando a mínima para ela, a única mulher que realmente me importa é você.

– Que seja. – ela o afastou. – Vou ajudar Cabeçaquente, volto mais tarde. – Astrid deu um beijo na testa do filho e saiu.

– Eu não entendo sua mãe. – ele disse olhando para o filho. – Simplesmente não a entendo.

Stoico apenas deu um grito e levantou as mãos. Soluço riu e o pegou no colo. Geralmente quando eles iam para lugares pertos, eles o deixava com os dragões, mas como ele ia para longe e Astrid foi sabe-se lá para onde, ele iria levar o filho.

– Vamos, Pinguinho. Hoje vai ser o dia dos homens. – ele disse jogando o filho para cima.

Soluço passou o resto do dia com o filho e fugindo da filha do amigo de seu pai. Sua sorte era que ela tinha medo de dragões e ele passou o dia com Banguela indo atrás dele para onde quer que ele fosse, com seus filhotes atrás.

– Quem vai tomar banho? Quem vai? – ele perguntou tirando a roupa do filho. – Vai ser meu bebê? Vai? Claro que sim. Banguela, está bom.

Soluço viu a temperatura da água e depois colocou o filho. Ele deu banho e depois o trocou. Eles saíram de casa e foram para o grande salão onde todos estão esperando por eles. Assim que ele entrou viu Laura, a filha do amigo de seu pai, vim em sua direção. Ele acenou com a cabeça para os amigos e foi em direção ao seu pai.

– Oi, filho. – o pai disse assim que o viu.

– Oi.

– Esse é seu neto, Stoico? – Mailon, pai de Laura, perguntou. – Parece muito com seu filho, quer dizer o outro.

– É. – Stoico disse rindo. – A gente teve que marca para saber quem é quem.

– Verdade?

– Não. – Soluço disse rindo. – Elói é ruivo, Stoico é loiro.

– Stoico?

– É. – Soluço disse beijando a testa do filho. – Esse garotão aqui.

– Oi, Soluço. – Laura disse chegando até deles.

– Oi. – ele respondeu educadamente.

– Oi, amor. – Astrid disse chegando perto deles e beijado Soluço. – Oi, filho. – ela pegou Stoico II no colo e sorriu.

– Laura, quero apresentar minha esposa, Astrid. – ele disse colocando a mão na cintura da mulher. – Amor, essa é Laura.

– Oi. – Laura disse seca.

– Oi. Venha Soluço. Preciso de você. – Astrid disse se afastando. Soluço apenas acenou e seguiu a esposa.

Durante o resto da noite Astrid não falou muito com Soluço. Mas todas as vezes que Laura estava olhando, ela colocava a mão na perna o no ombro dele, como se dissesse, meu. Ás vezes ela o beijava ou até mesmo passava o braço dele pelos seus ombros. Isso sempre com o filho no colo.

– Vamos embora? – Soluço perguntou quando viu o filho lutando contra o sono.

– Vamos.

Os dois saíram sem falar com ninguém. Astrid estremeceu de frio e apertou o filho mais contra si. Soluço tirou sua capa e colocou envolta dos dois. Tempestade e Banguela iam na frente deles, quando eles chegaram em casa Tempestade foi para o celeiro e Banguela voltou para o grande salão.

– Você o faz dormi? Quero tomar banho. – Astrid perguntou.

– Claro. Vai lá. – ele disse pegando o filho.

Soluço voltou pouco tempo depois para o quarto. Ele tirou a blusa e se jogou na cama. Estava moído.

– Soluço? – Astrid chamou se sentando na cama. Ele estava tão cansado que devia ter pegado no sono.

– Oi? – ele disse sem abri os olhos.

– Eu te amo.

– Eu também te amo, Astrid. – ele disse olhando para ela. – Isso quer dizer que você não está mais com raiva de mim?

– Acho que estava com raiva de mim mesma, não de você. – ela disse se deitando em cima dele. – Aquela mulher se jogando em cima de você. Eu não estou mais com era quando casamos, me senti insegura. Ela é bonita e tem um belo corpo. E sei que...

– Calada. Eu não quero ela, eu quero você. Sempre quis. Astrid, você continua linda. Já perdeu tudo o que ganhou na gravidez, e eu não me importo com sua aparência. Eu te amo. É com você que vou passar o resto da minha vida. Eu te amo, entende?

– Sim. Me desculpa.

– Vem cá.

Eles se beijaram e tudo estava bem de novo. Por que o amor deles era assim mesmo. Uma hora sentiam ciúmes outras estavam bem novamente.


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Notas finais do capítulo

RavenCharming3695, ai está seu especial.
Obrigada a todos que leram.
Lyne