Histórias De Dragões. escrita por Anieper


Capítulo 24
Capítulo 24




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Soluço acordou com Ária chamando ele. Ele abriu os olhos e fechou novamente por conta da luz. Depois de olhar em volta ele percebeu que já tinha amanhecido. Banguela estava comendo perto dele, assim com os outros dragões.

– Por que não me chamou antes? – ele perguntou aceitando a água que ela oferecia.

– Não ia conseguir dormi, então achei melhor pelo menos você descansa. Você vai pilotar.

Eles tomaram café em silêncio. Ária não chorava mais, mas estava com os olhos vermelhos e o rosto inchado. Depois de tomarem café eles partiram. Soluço foi voando baixo para que os Estranguladores pudessem segui-los. Eles não pararam, foram direto para Berk, por isso chegaram lá no fim da tarde. Soluço pousou na praia. Ária e ele desceu de Banguela e foram conversar com os dragões.

– Aqui vocês vão ficar seguros. – Soluço disse. – Não ataquem nenhum barco.

– Depois vamos vim com o resto dos pilotos. – Ária disse passando a mão no adulto.

Eles montaram novamente em Banguela e foram para casa. Como Ária tinha perdido sangue e o ferimento era profundo, Soluço achou melhor ela descansar. Ele a ajudou a chegar no quarto. Ele a deixou descansando e foi atrás do seu pai. Soluço encontrou Stoico na academia com os outros. Ele correu até o pai.

– Soluço que bom que chegou. Cadê a Ária? – ele perguntou olhando em volta.

– Em casa. É melhor o senhor vim comigo.

– O que aconteceu? – o chefe perguntou para ele.

– Venha.

Os dois montaram em seus dragões e foram para a casa. Stoico pulou de cima de Tornado e correu para casa.

– No quarto.

Ária estava com a cabeça encostada na cabeceira da cama de olhos fechados. Stoico se aproximou dela.

– Oi. – ela disse abrindo os olhos.

– Oi. O que aconteceu?

– Encontramos alguns Estranguladores. – ela se mexeu e colocou a mão no ombro que doeu quando ela se mexeu. – Decidimos esperar para ver o que imos fazer. Fomos para a ilha que acampamos na primeira noite. No meio da noite escutei alguma coisa, tinha uns caçadores de dragão na ilha. Estava quase saindo de lá quando eles nos secaram...

– E depois? – Stoico perguntou. Ária escondeu o rosto no peito dele e começou a chorar. – O que aconteceu?

– Estávamos na praia. Esmeralda e Banguela foram nos ajudar. – Soluço continuou. – Ária estava indo em direção a Esmeralda quando lançaram uma garra de ferro, ela acertou o ombro de Ária, Esmeralda quebrou a corrente que ligava as duas. Conseguimos sair da ilha. Mas alguma coisa acertou Esmeralda e... Bom, ela estava muito ferida...

– Eu sinto muito. – Stoico disse quando entendeu o que aconteceu.

– Ela morreu para nos salvar. – Soluço disse.

Eles ficaram um tempo em silêncio. Ária se afastou do Stoico e passou a mão boa no rosto. Ela tentou sorrir, mas não deu muito certo.

– Temos que ir para as cavernas marítimas. – Ária disse. – Os Estranguladores tem que confiar em todos nós. E nós conhecer também, assim se algum estranho tentar atacar a ilha temos uma vantagem.

– Você precisa descansar. – Stoico disse.

– Não vou ficar nessa cama para sempre. – Ária disse fungando. – Mas você tem razão, vão vocês com os outros pilotos, quando eu estiver melhor levamos todos para perto deles, assim eles saberão quem é amigo e quem não é.

O resto da tarde passou normal. Ária tomou um banho com a ajuda de Stoico. Depois ficou conversando com Soluço sobre os Estranguladores. Ela estava tentando manter a mente ocupada. Na hora do jantar eles foram para o grande salão.

– Soluço. – Astrid gritou quando o viu. Ela não estava na academia quando eles chegaram. Ela veio correndo até eles. Quando estava perto dele deu um soco no ombro dele. – Por que não veio falar comigo antes?

– Ele estava comigo. – Ária disse chamando a atenção para ela.

– O que aconteceu? Você está bem? – Astrid perguntou vendo o braço dela.

– Estou bem. – ela disse e foi se sentar com ajuda do Stoico.

Depois do jantar Stoico contou para todos o que tinha acontecido. Ele disse também para os pescadores para ficarem atentos para qualquer barco suspeitos que encontrarem. E também prestarem atenção em qualquer notícia que escutarem das outras ilhas.

Os dias foram passando. Valhalarama ia todos os dias ajudar Ária. Apesar de odiar ter que depender dos outros, ária ficava feliz por Soluço conversar com a mãe sempre que ele se encontrava com ela. Ária estava com o ombro quase bom, apesar de não poder pegar peso, ela já conseguia move-los.

– Acho que manhã podemos levar todos para a costa. Acho que já está na hora deles se conhecerem e começamos o treinamento deles. – Ária disse durante o jantar.

– Acha que já está bem o bastante para isso? Você precisa descansar. – Stoico disse colocando uma colherada de sopa na boca.

– Você não pensou desse jeito ontem à noite.

Stoico se engasgou e começou a tossi. Ária e Soluço riram dele.

– E-eu.. Bom... É... – ele tentou falar. – Querida o Soluço está aqui.

– Tudo bem, pai. – Soluço disse. – Já entendi. Mas como você mesmo disse Ária precisa descansa.

– Eu estou bem Stoico e Soluço. – Ária disse ainda rindo. – Estou muito bem aliais.

– Tudo bem. – Stoico disse vermelho.

Ária riu e voltou a comer. Eles voltaram à conversa sobre os dragões. Já tinha se passado um mês desde que eles foram atacados. Soluço perguntou se Ária um dia iria ter outro dragão. Ela disse que um dia quem sabe. E se fosse escolher outro seria na ilha da Fúria Azul.

– Ária eu estava pensando, temos que dar um nome para os Estranguladores. Melequento queria dá mais achei melhor esperar por você.

– Obrigada, Soluço. Depois a gente fala sobre isso. – ela disse se levantando. – Vou deitar.

– Eu vou também. – Stoico disse se levantando.

– Vê se deixa ela descansar pai. – Soluço disse tirando a mesa.

– Me respeite que ainda sou seu pai. – ele disse indo para o quarto vermelho.

No outro dia de manhã eles foram para o grande salão. Todos estavam esperando por eles. Depois de Stoico explicar o que eles tinham que fazer, eles foram para a praia. Quando os Estranguladores viram Ária correu para ela. Stoico se colocou na frente dela, ele sabia que eles não iam machucá-la, mas o braço dela ainda não estava totalmente bom para caso eles se chocassem com ela.

– Tudo bem. – Ária levantou a mão e eles pararam. Ela foi até eles e passou a mão pelo rosto deles. – Oi gente.

– Então que nomes vamos dá a eles? – Melequento perguntou.

– Eu acho que devemos deixa com que as crianças façam isso. – Ária disse olhando para Stoico.

– Tudo bem.

As crianças se aproximaram dos dragões. Depois de algum tempo discutido, eles decidiram que o nome do adulto seria Azul, e dos filhotes, Água, Casque e chumbo. Eles passaram a manhã lá, com Ária e Soluço explicando tudo o que eles tinham que saber sobre os Estranguladores.

Stoico também ajudou, falando sobre como eles podiam montar os dragões e verem o perímetro da ilha, isso é com a ajuda do pessoal da academia. Ária disse que antes de alguém montá-los ela teria que ver se eles não são venenosos, por se forem eles teriam vantagem se estivessem sendo atacados. Soluço disse que quem quisessem fazer parte da força marinha era para se escrever que ia fazer um pequeno curso na academia, para entender um pouco mais sobre dragões e como treinar, caso seja preciso.

Ária deu a ideia de fazer uma concha para os Estranguladores soarem toda vez que verem um barco diferente. Stoico concordou com a ideia, e ao invés de uma concha ele mandou fazerem cinco, uma para cada filhote que ficariam espalhas pela ilha e uma para o adulto que serviria para avisar para todos na ilha se fosse realmente um ataque.

Ária e Soluço começaram a treinar os dragões. Ela sabia que tinha que fazer as coisas o mais rápido que podia, ela não queria ser surpreendida com um ataque.

Os dias foram se passando e o treinamento iam ficando mais sérios. Eles terminaram o treinamento dos Estranguladores e depois foram para os dos pilotos juniores. A cada dia que se passava Soluço e Valhalarama ficavam mais próximos um do outro. Ária tentava deixa o caminho livre para ela, mas ás veres isso a tirava do sério, como quando ela ia para a casa e passava horas conversando com Soluço e no meio da conversa chamava Stoico e eles ficavam como uma grande família. Ária por várias vezes saiam de casa e andava pela ilha. Bocão a encontrou em uma das suas caminhadas e eles passavam algumas horas conversando. Mas em momento algum ela falou que saiu de casa por causa da Valhalarama.

Ás vezes ela ia até a casa dela e ficavam algumas foras olhando para o lago. Ela sentia muita falta de Esmeralda. Ela sentia falta das conversas que elas tinham. A cada dia que passava, ela passava mais tempo andando pela ilha. Stoico não percebeu, apesar de Soluço ter comentado para ele, que seria melhor chamar Ária para a conversas deles.

Ária estava terminando de preparar o jantar de Stoico quando escutou alguém batendo na porta. Ela lavou as mãos e pegou um pano para secar.

– Oi. – Valhalarama disse quando Ária abriu a porta.

– Oi.

– Soluço está?

– Não. Ele saiu com Astrid. Acho que foram fazer um piquenique a luz do luar – disse segurando a porta. – Eu falo que você veio.

– Será que podemos conversa?

– Claro. – Ária deu espaço para ela entra. – Estou terminando a janta então não poderei me sentar com você. Quer alguma coisa?

– Não obrigada.

Ária pegou uma faca e começou a cortar o repolho. As duas ficaram em silêncio por um tempo. Ária estava concentrada no que estava fazendo e Valhalarama não sabia por onde começa.

– Em que posso te ajudar? – Ária perguntou colocando o repolho na panela.

– Eu queria saber se você pode convencer Stoico me deixar ajudar na ilha. – Valhalarama disse sem olhar para ela.

–Como assim?

– Eu pedi para ele me deixar ajudar com a pesca e ele não deixou, depois falei para ele me falar em que posso ajudar então, e ele me disse que em nada.

– E isso te incomoda?

– Sim. Stoico não quer me deixar fazer nada.

– Já tentou falar com ele?

– Sim.

– E o que ele disse? – Ária começou a meche a sopa.

– Que eu não precisava me preocupar com isso.

– Sei. – Ária experimentou a sopa e depois olhou para ela. – Posso tenta falar com ele.

– Obrigada.

– Não por isso.

– Então, já vou.

Ária acenou enquanto se virava e pega alguns temperos para colocar na comida. Valhalarama saiu da casa. Quando ela estava indo para o grande salão encontrou Stoico.

– Oi.

– Oi Valha. – ele disse sorrindo. – Como vai?

– Bem. Tem um minuto?

– Claro.

Os dois foram em direção ao grande salão.


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